[GLUE] 28
Minha cabeça girava eu mantinha os olhos fechados, conseguia ouvir algumas vozes não sabia exatamente o que estava acontecendo, conseguia sentir algo frio sobre o meu rosto até que tudo veio à tona o pai do Luan o beco abri meus olhos no mesmo momento mas não conseguia me mexer percebi que estava com as mãos e os pés amarrados o lugar estava meio escuro a não ser pela claridade que vinha do outro cômodo minha boca estava amarrada com um pedaço de pano. Comecei a me debater até que vi ele vindo em minha direção ele me agarrou pela camisa me levantou até a sua altura, - Está querendo se soltar é? Está? Não adianta ninguém vai vir te ajudar. Seu hálito cheirava a bebida ele parecia estar louco com isso ele me jogou contra o chão de novo consegui sentir os estalos que minhas costas fizeram ao atingir a superfície.
[Luan]
Ele atravessou a multidão até chegar na Ana que estava dançando feito louca. – Ana você viu o Júlio? Ele disse que ia ao banheiro mas acabei de sair de lá e não encontro ele o disse. – Não, não o vi, provavelmente deve tá por ai fazendo amizade com alguém. Ele balançou a cabeça num sentido de concordância, e atravessou o salão novamente, a música tocava alto até que ao longe ele avistou Gabriel. – E ai cara tudo bem foi ele dizendo. – Tudo sim, respondeu Gabriel. – Você sabe do Júlio? Ele disse que ia ao banheiro e eu fui lá ele não está. – Não, não o vi desde aquele hora no palco, ele deve estar lá na frente. – Não está eu já fui lá. – Faz assim foi dizendo Gabriel, eu vou dar uma volta por aqui e você vai lá fora, me espera lá se você não achar ele beleza? – Beleza, respondeu Luan. Ambos se separaram Gabriel no meio da multidão dançante e o Luan para fora do Clube.
[Júlio]
Não sabia quanto tempo estava ali meu braços e pernas começaram a ficar dormentes, mas sabia que me debater seria em vão, comecei a mexer meus meu braços para ver se conseguia afrouxar a corda, até que ouvi novamente os passos chegando por trás de mim. Ele me segurou pelos braços e me jogou no sofá. Eu fiquei olhando ele imaginando o que ele poderia fazer comigo – Sabe garoto, eu tenho um ódio tão ácido de você desde que o maldito do seu pai entrou aqui na minha casa e levou minha mulher, e do jeito que ele destruiu a minha vida eu vou destruir a dele, quer dizer a da sua mãe não é, porque o infeliz já deve está queimando no inferno. Eu ficava o encarando, até que a luz do cômodo foi acesa olhei em direção a porta e lá estava Juliana parada olhando para eu. – Oi Júlio a disse. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo.
[Luan]
Ele passou pelos seguranças foi até a frente do clube, havia algumas pessoas sentadas na calçada conversando mas quando ele foi pergunta se eles haviam me visto a resposta foi a mesma. Ele já estava ficando preocupado ate que ele olhou para os seguranças e saiu correndo em sua direção – Por acaso vocês viram o Júlio saindo, tipo uns vinte minutos atrás? Os seguranças se entreolharam até que um deles respondeu. – Vi sim, ele saiu faz uns vinte minutos e foi naquela direção o disse apontando para um dos lados da rua. – Mas ele não falou pra onde ia perguntou Luan. – Cara nos só somos seguranças o respondeu. Nesse momento Gabriel saiu porta a fora – Não achei ele não Luan cacei lá dentro tudo a Ana está dando uma olhada de novo. – Ele saiu Gabriel foi dizendo o Luan num tom de preocupação, ele sumiu.
[Júlio]
Ela continuava me encarando agora a saliência em sua barriga era perceptível – Como é estar preso, sem ninguém Júlio qual é a sensação me diga? Você sabe que eu já senti isso disse ela vindo em minha direção, senti quando você tirou o Luan de mim, quando começou com o Marcelo assim ela parou na minha frente abaixou e ficou me olhando nos olhos. – Você deve estar se perguntando porque eu estou fazendo isso não está? Nada mais é que uma vingança por tudo que você me fez passar, antes você tivesse se afogado no lago ia ser melhor pra todo mundo. O pai do Luan estava encostado na parede vendo a situação. – Vai pegar o outro a disse olhando para ele. Com isso ele saiu do cômodo e ficamos só eu e ela. Conseguia ver seu ódio transpassando pelo seu rosto – Se você vai sair vivo daqui hoje Júlio vai depender de mim e de mais ninguém a disse.
Eu já não sabia o que pensar mais, a única coisa que passava por minha cabeça era que os dois iam me matar ali mesmo. Depois de algum tempo o pai do Luan volto com o Marcelo nos braços e jogou ele do meu lado, ele estava desacordado, com o rosto tudo roxo eles bateram nele. Eu comecei a me debater até fazer o sofá se mover até atingir a mesa de canto. – Segura ele a disse? Com isso o pai do Luan veio para cima de mim, juntei toda força que tinha nas pernas e o atingi contra o peito ele caiu de costas no chão, comecei a gritar mas aquele lenço na minha boca abafava todo o som possível de ajuda. Vi o pai do Luan se levantando de novo a raiva girava em torno dele, ele veio pra cima de mim e me deu dois socos no rosto e um na cabeça fiquei zonzo no mesmo momento. Minha cabeça parecia que ia explodir. Me contorci no sofá, a dor era imensa. – Isso é pra você aprender ser maldito foi dizendo Juliana e com isso sua mão atingiu meu rosto, e novamente outro tapa me debati novamente e acertei meus pés es sua barriga. Ela deu um grito que ecoou o como inteiro, com isso veio o pai do Luan e me dei mais dois socos nesse momento senti o amargo do sangue descendo pela minha boca ela estava no chão gritando de dor. Enquanto o pai do Luan tentava levantar ela.
Ele me olhou nos olhos e disse – Se meu filho morrer por sua causa eu mesmo vou te matar. Nessa hora fiquei em estado de choque, olhando os dois Juliana começou a se levantar devagar, com isso o beijou na boca – Está tudo bem a disse, ele não machucou nosso bebe. Ela me olhou – Como vocês são idiotas, você Luan inclusive esse verme ai do seu lado. Você achou que eu ia ficar gravida desse tipo de gente Júlio assim ela veio em minha direção colocou suas mãos contra meu rosto e começou a me apertar, sentia sua unhas entrando em minhas bochechas, - O pai do meu filho é ele disse ela olhando para o pai do Luan.
Tudo poderia ter saído como planejado se você ou a vagabunda da sua mãe não tivesse se metido na história ai a coisa foi e complicando o Marcelo ficando desconfiado de mais, a família dele se metendo, até que hoje a noite ele resolveu me seguir, mal sabia o que o esperava, agora vou ter q dar um fim em vocês dois a disse. Ela tirou a mão do meu rosto, e saiu em direção a cozinha seguida pelo pai do Marcelo. Encostei minha cabeça no ombro do Marcelo e comecei a sacudi-lo, vi ele abrindo os olhos até que ele me olhou e deu um um salto do sofá e caiu no chão. O pai do Luan voltou ao cômodo pelo barulho que o Marcelo fez – Olha só quem acordou o disse. Com isso ele pegou o Marcelo pelos braços e jogou do meu lado. – Fiquem ai o disse, o fim de vocês está chegando com isso ele ameaçou um soco no Marcelo e saiu rindo.
Marcelo me olhou, olhou para meu rosto todo o sangue que agora atingia minha camiseta. Eu via em seus olhos seu sofrimento, acenei com a cabeça no sentido que ia ficar tudo bem. Com isso Juliana voltou ao cômodo em umas de suas mãos ela segurava uma faca de cozinha. Meu sangue congelou, ela chegou perto de nós dois – Eu vou tirar o nó da sua boca Marcelo mas se gritar foi ela dizendo sacudindo a faca em direção ao meu rosto você sabem o que vai acontecer. Ela tirou a ata da boca do Marcelo – Juliana por favor para com essa loucura foi dizendo Marcelo, para Juliana. – Loucura Marcelo, loucura foi o dia que te conheci você acha que foi fácil pra mim, meus pais me deram as costas eu sai com você e você só me usou depois não quis mais nada – Mas ai foi dizendo ela, eu encontrei um homem de verdade com isso apareceu o pai do Luan com uma cadeira em suas mãos ela o beijou de novo. O pai do Luan colocou a cadeira ao centro me pegou pelos braços e colocou-me sentado olhando para o Marcelo. – Sabe Marcelo, a surra que ele te deu disse ela apontando a faca para o pai do Luan não foi nada, isso só é uma dor momentânea de corpo eu quero ver você sofrer de verdade.
Com isso ela veio por trás de mim colocou a faca em direção a minha garganta e olhou para o Marcelo. – E se eu matar ele agora seria dor o suficiente pra você a disse? – Não faz isso Juliana por favor, não faz isso o disse em lágrimas – Fazer o que a respondeu isso? Assim ela passou a faca sobre minha bochecha a dor era insana, meu rosto começou a queimar eu me debatia na cadeira enquanto o pai do Luan me segurava, - Não Juliana, para por favor para o disse – Eu não falei que não era pra você gritar a respondeu. Com isso ela passou a faca novamente do outro lado do meu rosto, Eu já estava tonto, a dor me atravessava eu sentia o sangue correndo pelo meu corpo e atingido o chão, o Marcelo agora chorava em silencio - Esse era o tipo de sofrimento que eu queria ver Marcelo, isso era tudo que eu queria a disse. Ela olhou para o pai do Luan – Está na hora a disse e os dois saíram da sala. Eu estava ali de cabeça baixa o sangue escorria pelo meu corpo, não aguentava mais nada já estava sem forças – Me desculpa Júlio, me Desculpa foi dizendo Marcelo.