Max desligou o telefone, coçou a barba rala e passou os dedos entre os cabelos fartos e ondulados, num corte moderno. Ficou pensando no seu novo trabalho. Pela segunda vez tinha falado com o seu cliente, um grande empresário de construção civil. O homem queria ação e Max estava pronto. Parecia ser um trabalho simples: investigar o filho do empresário, que desconfiava que o garoto estava consumindo drogas e andando em más companhias.
Quando esteve pela primeira vez na mansão da família, Max percebeu a aflição daquele pai. Depois de muitas noites sem sono, ele e a mulher tinham decidido enfrentar o problema, contratando um detetive. A sorte é que seu cunhado trabalhava como engenheiro numa das firmas do empresário e tinha recomendado Max ao patrão. Na verdade, Max era policial, com 10 anos de experiência, mas para driblar o salário baixo da polícia, fazia pequenos bicos, em investigações particulares.
O empresário e a mulher tinham feito de tudo, de diálogos amorosos a esporros memoráveis para que o filho se abrisse com eles, mas o garoto não queria saber de papo. Até a mesada do rapaz tinha diminuído sensivelmente, mas ele parecia não se importar. Ao contratar o detetive, o pai tinha pedido provas e alertado Max para a presença constante de um amigo inseparável do filho.
Com as pernas esticadas no quarto que ele tinha transformado em escritório, Max pegou o álbum do aniversário do rapaz. Ali estavam Téo, o filho do empresário, e Caco, o amigo, em várias fotos.
“Nada mal”, pensou o policial-detetive. Embora naquelas roupas quase que maltrapilhas, a beleza dos dois rapazes, animou Max. Tinha sido casado por 12 anos, mas seu casamento terminou exatamente porque Max tinha descoberto um outro lado da sua sexualidade. Durante uma festa de solteiro na casa de um policial amigo seu, Max bebeu todas e acabou, num dos quartos, comendo o cu do noivo. O noivo adorou, disse que tinha se divertido muito e acabou casando, sem maiores problemas; mas aquela noite mudaria a vida de Max.
O casamento tinha desabado, de uma hora para outra e agora, aos 35 anos, Max sabia que sua decisão tinha sido acertada. Cada dia mais estava convencido que gostava de homem. Aliás, agora, relembrando sua infância, percebeu que sempre tinha tido uma queda por homens. Sua grande vantagem na hora da conquista, era o seu rosto e atitude másculas, que inspiravam muitos suspiros masculinos. Tinha 1,85 cm de altura e pesava 78 kg bem distribuídos, graças à atividade física que fazia, desde muito jovem. Usava uma barba rala, que não cansava de alisar, a pele era moreno clara, os olhos verdes e o cabelo preto era farto e levemente ondulado.
Virou mais uma página do álbum e ficou impressionado. Sem camisa, à beira da piscina, ainda vestidos com aquelas bermudas longas, sempre abaixo da cintura, com parte do rego aparecendo, os dois amigos mostravam os traseiros para o fotógrafo e riam a valer. Na festa de aniversário de Téo, várias moças apareciam em biquinis e os dois garotos estava sempre em frente à câmera. com várias delas, abraçando, beijando. Os dois garotos não tinham mais que 22 anos, eram ricos e lindos, o que justificava a presença de tantas gatinhas na festa. Max vibrou mesmo com a última foto, onde Téo e Caco apareciam em sungas sumárias, com o “pacote” praticamente à mostra.“Ou eles são hiperdotados ou estavam de pau duro nessa hora”, pensou o detetive.
Tentou afastar aqueles pensamentos, mas estava difícil. É que, mesmo depois de assumir a sua nova condição sexual, Max transava muito pouco, com medo de “sair do armário”. Para se lembrar sempre dos seus dois alvos, Max colou a foto dos dois amigos de sunga, no quatro que ficava na parede lateral.
Os pais de Téo tinham fornecido a ele uma agenda com vários horários do filho, deram um adiantamento para as despesas e esperavam que ele cumprisse logo aquele doloroso dever.
À noite, Max esperou que Téo saísse de casa no carro e o seguiu no seu velho fusquinha, torcendo para que o rapaz não tivesse pressa. Téo realmente não tinha pressa. Passou primeiro na casa do amigo Caco e partiram para a orla marítima, onde ficava o point de jovens mais quentes do verão. Como qualquer jovem, ao que parecia, estavam “indo à guerra”.
Max estacionou o carro e, da esquina em frente, acompanhou o movimento dos dois. Com uma pequena câmera digital com zoom potente (tinha custado os olhos da cara!!) ele fotografava. Téo e Caco estavam na deles, pulando de mesa em mesa e azarando várias gatinhas ao mesmo tempo. Por volta de uma da manhã, os dois saíram sozinhos e entraram no carro. Max, com esforço, conseguiu seguir os dois até um prédio de Copacabana, onde os dois entraram.
Era daqueles prédios “nada familiares”, onde moravam putas, cafetões, travestis, pequenos traficantes e gente da pior espécie. Um grande pombal, com pequenos e médios apartamentos, que muita gente boa usava para trepar com a amante e não ser descoberta.
Uma espécie de sinal vermelho acendeu na mente de Max. Se os dois estavam realmente no mundo das drogas, então aquele seria o endereço certo no Rio. Minutos depois que entraram, uma janela do terceiro andar acendeu. “Seriam eles?”, perguntou-se o detetive, enquanto coçava a barba. Era difícil dizer, em função do grande trânsito de pessoas no tal edifício. Pelo sim, pelo não, Max anotou a sua posição.
Três horas depois de terem entrado, os dois amigos saíram e embarcaram de novo no carro. Max fez a volta e seguiu os dois. Agora Téo andava mais rápido, mas ainda assim conseguiu intuir que eles estavam voltando para o bar do início da noite. As duas meninas acenaram para eles e entraram no carro, que quase não parou. Max engatou uma segunda e foi na cola dos dois, praticamente até a entrada da porta de um motel, na Barra da Tijuca.
Assim transcorreram as próximas três semanas. Às vezes, Téo saia sozinho no meio da semana, passando sempre pelo tal prédio de Copacabana. Max estava intrigado. Quando saiam juntos, os dois sempre aparentavam estar bem e, exceto, pelos pilequinhos depois dos bares e as escapadas até os motéis da vida, não pareciam drogados, como suspeitava o empresário.
Um dia, depois de entrarem no prédio, Max se arriscou e aproximou-se do porteiro, um velho nordestino que parecia conhecer todos que entravam e saíam. No início ele não quis cooperar, mas o bolo de notas que Max mostrou discretamente soltaram a língua do porteiro. Tudo o que ele disse é que os rapazes costumavam frequentar o tal apartamento, que na verdade era um pequeno cassino, que funcionava 24 horas por dia. Max ficou mais tranquilo. Parecia que os meninos gostavam de jogar e, saudavelmente, de comer as meninas de sua idade.
Enquanto o porteiro contava o dinheiro em baixo do balcão, Max teve uma idéia. Perguntou se ao homem conseguiria um convite para ele frequentar o tal cassino. “Isso é moleza, meu caro. O dono do apartamento vive me pedindo para apresentar novos jogadores, mas vou avisando logo: acho que é tudo trapaceado e só ele ganha com isso”. Entregou uma ficha prateada a Max e disse que ele a mostrasse, quando quisesse frequentar. Como policial, deveria denunciar o cassino, mas naquele momento estava na função de detetive; depois que resolvesse esse caso, faria uma investigação oficial.
Na sexta-feira seguinte, quando seguiu os dois rapazes até o edifício, Max ia representar o “otário” comum, pronto para ser “depenado”. Téo e Caco estacionaram primeiro e entraram no edifício, e Max só apareceu vinte minutos depois. Foi apresentado pelo dono às mesas de aposta e viu, de longe, os dois rapazes pendurados na roleta. As horas foram passando e Max perdeu algum dinheiro, mas o seu “patrão” atual tinha muito para gastar com o filhinho. Max sabia que a banca estava trapaceando, mas não era a hora de revelar nada.
Ficou observando o jogo dos rapazes e de vez em quando arriscava algumas fichas. Téo e Caco estava desesperados. Já tinham perdido tudo e o croupiê estava entregando novos cacifes aos dois. Max ficou por ali, e depois foi até ao banheiro mijar. Quando terminou de lavar as mãos, esperando a sua vez, ouviu as vozes dos dois rapazes, através da porta do banheiro. Max deixou a torneira aberta e encostou o ouvido na porta. Pegou a conversa quase toda, quando Caco dizia que deveriam ir embora, mas Téo insistia em apostar mais, até recuperar o prejuízo.
— Você sabe que se a gente não recuperar, vamos ter que pendurar mais um papagaio com o “Contador”? — disse Caco, com a voz amedrontada.
— Que nada, cara, vira essa boca prá lá. Hoje a gente tira o pé do lodo e vai lá resgatar tudo nosso que ficou com ele ... —falou Téo, com segurança.
Max tossiu para disfarçar, fechou a torneira e abriu a porta, sorrindo para os dois rapazes. — Desculpe a demora...
Os dois não deram a mínima para Max. Téo entrou primeiro, deixando Caco à espera. Max voltou à mesa de roleta, discretamente esperando pelos dois, enquanto apostava suas fichas e imaginava quem era esse tal Contador. Estava na cara que se tratava de agiotagem e chantagem em cima dos dois otários, que só perdiam no cassino.
Téo e Caco voltaram quase ao mesmo tempo e seguiram jogando... e perdendo.
No final da noite, eram quase duas da manhã, os dois acabaram recuperando o dinheiro do dia e saíram felizes do cassino. Max deu um tempo e saiu também, mas ao passar pelo porteiro, resolveu arriscar, perguntando quem era o Contador. O homem já estava meio bêbado e contou tudo. O Contador era Dag, uma bicha velha antiga do prédio, que gostava de receber seus rapazes e também era agiota e o banqueiro do cassino. O porteiro fez cara de nojo, mas estimulado por Max, contou que o tal homem era quem financiava as pessoas que perdiam dinheiro no cassino. — Fala baixo, que lá vem ele aí! — disse o porteiro, indicando a pessoa que descia do elevador, acompanhando de dois rapazes negros, fortes, tipo armário.
Max marcou bem a figura e ficou sabendo que ele morava na cobertura, exatamente em cima do cassino. Era um homem de seus 50 anos, magro e musculoso, muito afetado, mas que guardava traços da beleza da juventude. Tinha cabelos pretos lisos e fartos, mas as entradas e os cabelos brancos nas têmporas anunciavam sua idade.
Na sexta seguinte, Max só entrou no prédio depois que os dois rapazes saíram. Hoje ele faria o papel da “vítima”, para tentar conhecer o tal Contador. Não deu outra, depois de muitas horas apostando alto na roleta, ficou liso. Implorou ao gerente que desse mais crédito a ele, mas sem sucesso. Max, então, deu a sua cartada. “E o Contador? Será que eu posso ir lá pedir?” O gerente olhou para o croupiê, hesitou um pouco, mas concordou com a cabeça.
Max tocou a campainha e um dos tais“armários” veio atender. Falou da necessidade de dinheiro e o Contador, de onde estava, mandou que ele entrasse. Max ficou sob a mira dele por longos minutos, mas sabia como enfrentar aquele desafio. O Contador pediu detalhes de sua vida e Max contou uma longa porém convincente mentira. O homem olhou para Max e disse que ele voltasse no dia seguinte, que ia ver o que podia ser feito.
Fingindo resignação, Max foi embora, mas já tinha a planta do apartamento na cabeça. Era só o que precisava. No dia seguinte, ligou para dois amigos da pesada — Severino e Marcão — e encomendou um servicinho especial: tirar de circulação por uns dias os dois seguranças, mas sem violência. Mais tarde, quando recebeu o ok pelo celular, entrou no prédio e, em frente à porta do Contador, encostou o ouvido. Silêncio.
Max abriu com facilidade a porta do apartamento com uma chave especial e entrou. Pé ante pé, foi se acostumando à escuridão da sala; sabendo que os dois seguranças não apareceriam tão cedo, Max continuou a sua exploração. Ao olhar o quarto, constatou que o Contador estava na cama, dormindo solenemente. Quando resolveu dar sequência ao seu plano, ouviu a campainha tocar. Já eram duas da manhã e Max não podia imaginar quem seria. Rapidamente se escondeu atrás das pesadas cortinas do quarto, mas por uma pequena fresta conseguiu ver o que se passava. O Contador acordou, acendeu a luz do abajur e foi até a porta principal.
De volta ao quarto, Dag trazia um rapaz pela mão. Era um cara lindo, e Max achou que o conhecia de algum lugar. Branco, esguio, de cabelos longos, escorridos pelo ombro, vestia uma camisetona largada, sem as mangas e no alto do braço esquerdo, uma tatuagem.
— Quer dizer, então, que o meu atleta favorito perdeu tudo na mesa de pôquer?
O Contador puxou o rapaz para a cama. Nervoso ele apenas concordou com a cabeça. Max então o reconheceu, era Kleber, o tenista do momento, muitas vezes campeão do mundo, em vários torneios.
O que Max viu a seguir, era de espantar qualquer um. Dag, o Contador, arriou a calça do tenista e mandou que ele ficasse de quatro. Quase chorando, o rapaz obedeceu e Max, antevendo o que aconteceria, ficou imediatamente de pau duro. O agiota tirou o seu pau prá fora e enfiou no cu do rapaz, com força. O rapaz gemeu de dor. O vai e vem começou e Max acompanhava o movimento, tocando uma punheta memorável.
Dag tirou o pau prá fora e gozou nas costas do Kleber e depois limpou no lençol. Envergonhado, o tenista também se levantou, foi até o banheiro, e de lá perguntou quanto o Contador poderia adiantar a ele, naquela hora mesmo, para que continuasse a jogar. Quando olhou de frente aquela cara linda pela fenda da cortina, ainda com as calças arriadas, Max não resistiu e gozou em silêncio. A porra caiu ali mesmo, melecando parte da cortina.
Dag sorriu, entrou num quarto lateral, trancou a porta e voltou com uma ficha prateada, que autorizaria o rapaz a trocar dinheiro no cassino. Antes de entregar a ficha especial, obrigou o rapaz a assinar um duplicata. — Mas o valor da promissória é menor que a ficha! — disse o Kleber famoso estranhando.
— A diferença você vai me pagar da seguinte maneira: quero que você traga aqui aquele seu primo, que sempre vem com você ao cassino. Eu sei que ele está aí, porque já verifiquei pelo monitor.
O tenista, que já desconfiava que Dag sabia sobre toda a movimentação do cassino, não pode inventar qualquer desculpa. — O Bráulio está aí, sim, mas não posso fazer isso. Ele nem desconfia que eu faço essas coisas com você em troca de crédito no cassino, Dag!
— Você sabe que deve me obedecer, querido! Mas deixe que eu mesmo arranjo a sua desculpa. Diga a ele que ele foi o milésimo cliente a entrar no cassino e que precisa vir até o Contador para receber um “prêmio” super especial. Qualquer coisa, leve-o até o gerente, que ele confirmará a mentira.
O rapaz saiu e Dag imediatamente trocou de roupa, e parecia outra pessoa, mais sóbrio. De onde estava, Max viu que o agiota trouxe uma bandeja com dois cálices de licor e, em um deles, pingou três gotas do líquido de um pequeno frasco, que tirou do bolso. Mal o rapaz entrou, muito tímido, Dag o recebeu como se realmente ele tivesse ganho na loteria. O primo do Kleber parecia meio bobinho, mas via-se pela roupa, que era um rapaz de posses.
Dag falava, falava e em determinado momento ofereceu o brinde. Max teve certeza que era um sonífero e que o agiota ia se aproveitar do rapaz, depois que dormisse. Bráulio não queria beber, mas Dag sabia ser persuasivo. Brindaram e finalmente beberam o licor. Cinco minutos depois, o rapaz disse estar passando mal, sentou-se na cama e, como se pesasse duzentos quilos, tombou desacordado. “Essa droga deve ser poderosa”, pensou Max.
Dag esfregou as mãos de satisfação, entrou no quarto ao lado e trouxe um objeto que Max não conseguiu identificar logo. Em seguida, o agiota colocou-o de bruços na cama, tirou a calça do rapaz, que tinha um corpo escultural, bronzeado do sol de praia. A bunda muito branca fazia enorme contraste com o resto do corpo. Dag se levantou, ficou se masturbando até que o pau endureceu completamente. Antes de voltar ao rapaz, pegou tal objeto. Era uma câmera digital moderna. Max entendeu tudo. Dag colocou o rapaz no frango assado, molhou o pau com a sua própria saliva e enrabou; enquanto isso, com a mão livre, fotografava de cima para baixo, mantendo o rosto do rapaz completamente exposto à foto. Assim fez nos próximos dez minutos, trocando as posições. Botou o rapaz de quatro, enrabou e clicou; meteu o pau na boca do rapaz e fotografou de vários ângulos.
Max ficou revoltado com aquela situação, mas precisava manter a sua posição, para depois iniciar a vingança do seu cliente. Mesmo revoltado, seu pau estava mais duro que uma estaca. A visão da bunda redonda e firme do rapaz estavam excitando o detetive. O agiota não gozou, mas estava prá lá de satisfeito. Vestiu o rapaz, colocando-o sentado na poltrona do quarto e Max imaginou que ainda fosse ficar muito tempo esperando o rapaz acordar, mas Dag fez uma ligação para o cassino e um funcionário subiu imediatamente para levar o rapaz dali. Ao se ver sozinho de novo no apartamento, Dag foi até o quarto, sentou-se ruidosamente na cama e se serviu de mais licor de rosas, o seu preferido. Max estava firme na sua posição.
Minutos depois o Contador se despiu, ficou nu como veio ao mundo. Max teve que de admitir que o cara, apesar de seus 50 e tantos anos, estava em plena forma e tinha uma “mala” enorme, embora flácida naquele momento. Quando acordasse, o primo do Kleber ia custar a descobrir porque sua bunda doía tanto. Dag seguiu em direção ao banheiro e abriu a água. Enquanto cantarolava dentro do chuveiro, Max deixou seu esconderijo e achou que valia a pena pôr em prática a sua idéia. Como um gato, retirou o frasco do bolso do robe de Dag com um lenço, pingou dez gotas no cálice, guardou novamente o frasco e simplesmente voltou para as cortinas.
Quando o agiota voltou, nada percebeu. Vestiu novamente o robe de chambre, juntou os travesseiros e se encostou na cama. Sorria para si mesmo; parecia mesmo contente com a sua nova conquista, ou melhor, com a sua nova chantagem a caminho.
Cruzou as pernas, o robe deslizou para o lado e, ainda com o sorriso nos lábios, esticou a mão e pegou o cálice. Virou de uma só vez o licor. Max coçou a barba rala mais uma vez e esperou. Nem bem se passaram dois minutos e o agiota estava com a cabeça pendendo para o lado, roncando.
Max deslizou da cortina e entrou em cena. Pegou o frasco de sonífero com o mesmo lenço e colocou-o no seu bolso. Foi direto para o quarto ao lado e levou quase meia hora para encontrar o cofre. Era do tipo engenhoso, embutido na parede e seu acesso era através um interruptor de luz falso, próximo à porta. Levou mais cinco minutos e, enfiando a mão, retirou todos os objetos do cofre. Eram alguns CDs de fotos, promissórias, documentos assinados e muitos dólares, além de uma agenda grossa de telefones. No fundo falso de um armário, encontrou os DVDs de vídeos gravados; eram pelo menos quinze, sem etiquetas, nenhum nome. No alto do armário, Max achou uma valise grande do agiota, com rodinhas e, calmamente, arrumou tudo.
Ao voltar para o quarto de Dag, ele estava na mesma posição, dormindo solenemente. O “Contador”, dormiria pelas próximas 30 horas. Se alguém desse por falta dele, o encontraria dormindo placidamente em sua cama. Seus dois seguranças estavam muito bem guardados, numa fazenda da periferia da cidade.
Max saiu tranquilamente pelo corredor, tomou o elevador e deixou o prédio. Era madrugada e, embora o movimento ainda fosse grande no edifício, ninguém notou aquele homem saindo com a sua valise carregada. O fusquinha custou a pegar e Max foi para casa. Em casa, vestiu seu pijama e deitou-se na cama, analisando o material retirado da casa do agiota. Encontrou três promissórias assinadas por Téo; folheou o caderno de anotações e constatou o histórico de chantagens que o homem fazia com homens e mulheres e, finalmente, ligou leu laptop e colocou o primeiro DVD no drive.
Mesmo com sono, seu excitação era grande. Não encontrou nenhuma imagem que incriminasse o seu cliente nas fotos, mas teve tempo de olhar a parte de endereços da tal agenda e encontrou coisas interessantes. O endereço e telefone da mãe do Contador, em Minas Gerais, e ainda uma foto do sobrinho dele, com o telefone e o endereço do rapaz.
Naquele exato momento teve uma idéia diabólica. Enquanto Dag dormia sob o forte efeito do sedativo e seus dois seguranças estavam bem "seguros", resolveu que faria uma visitinha ao sobrinho dele, logo pela manhã. O nome do rapaz, atrás da foto e o endereço, facilitariam tudo. Com sono, Max recostou na cama e, minutos depois, dormia.
No dia seguinte, Daniel, o sobrinho de Dag, parado na porta e olhando aquele estranho, ficou indeciso por uns minutos, mas acabou convidando Max para entrar. O rapaz, de cerca de 30 anos, era exatamente o que aparecia na foto. Alto, musculoso, com cabelo cortado escovinha e com a cara de um pitbull. A esposa passou pelos dois, deu tchau e disse que iria trabalhar. Os dois ainda falaram um pouco, se beijaram e Daniel voltou a dar atenção ao visitante, que trazia notícias do tio. Nesse momento, Max percebeu que não havia mais ninguém em casa.
— Então, como eu estava explicando, ele me disse que iria para Minas e me pediu para trazer um dinheiro para você. — disse Max, com um sorriso angelical.
Daniel estranhou, mas ninguém recusa dinheiro, certo? Convidou Max para sentar à mesa e tomar café com ele, enquanto tentava um contato por telefone com o tio. Max sentou-se à mesa, colocou sua bolsa na cadeira ao lado, aceitou a xícara de café e Daniel se serviu também. Discou para o tio e esperou vários minutos, mas ninguém atendia. — É ele deve ter ido para Minas, mesmo!
Quando se levantou para pousar o telefone sem fio na base, Max aproveitou e rapidamente pingou três gotas do sonífero no café do rapaz. O feitiço começava a virar contra o feiticeiro. Minutos depois, Daniel se queixava que não estava passando bem. Deitou a cabeça na mesa e dormiu ali mesmo, profundamente. Calmamente Max tirou a câmera digital da bolsa e se preparou. Afastou tudo da mesa, levantou o rapaz, colocando seu torso sobre a mesa e as pernas pendendo para o chão. Abriu seu cinto, o zíper e baixou as calças de André, junto com a cueca.
A bunda do sobrinho do agiota era de se tirar o chapéu. Grande, musculosa e o rego largo, afastava sensualmente as nádegas, deixando aparecer a porta de entrada de todos os prazeres. Max ficou excitado na mesma hora. Chupou o cu do loiro por muitos minutos, pegou um pouco de manteiga que estava na mesa, untou a entrada e enfiou lentamente seu pau, quase gritando de prazer. Sua vítima nem se mexia. O prazer era tanto que Max quase ia esquecendo o seu propósito ali. Pegou a máquina, virou o rosto do rapaz de forma a que aparecesse na foto e, enquanto ia e vinha na sua bunda, fez várias fotos. Resolveu que era melhor não gozar; tirou o pau e foi até o banheiro segurando as calças, bateu uma violenta punheta e gozou como nunca.
Ao retornar, limpou aquela bunda maravilhosa, vestiu a cueca e calça, e, com certo esforço, levou André até seu quarto, colocando-o suavemente na cama. Voltou à sala, arrumou a mesa, pegou a bolsa e saiu do apartamento.
Duas horas depois, enquanto transferia as fotos para seu micro, André acordava do seu torpor, com uma sensação de dor de barriga. Foi ao banheiro, ainda meio tonto, sentou prá cagar, mas não saiu nada. Achou aquilo tudo muito estranho, e ficou sem saber o que tinha acontecido com o tal homem. Na sala, encontrou o dinheiro e ficou ainda mais cabreiro.
Max aproveitou para ver todos os DVDs recolhidos do apartamento de Dag e num dos diretórios, numa das fotos, Téo estava com o rabo para cima, aguentando a pica do agiota, sem reclamar. Numa outra foto, o jovem Caco também era sodomizado por um dos seguranças, mas nesse caso, o rapaz parecia estar sentindo grande prazer. Téo, ao contrário, tinha a musculatura da face contraída, de raiva ou de dor. Max não conseguia distinguir a emoção do rapaz, enquanto era enrabado.
Abriu os arquivos de vídeo e viu coisas de espantar. O agiota era um tarado. No décimo DVD, lá pelo meio da gravação, a cena que deu origem às fotos. Téo de quatro, sendo enrabado pelo agiota, e ao fundo, seu amigo, que era enrabado alternadamente pelos dois seguranças de Dag. Téo não sentia o menor prazer, agora era possível distinguir, mas também parecia acostumado com aquele ritual. Caco, ao contrário, fazia de tudo para disfarçar, mas certamente estava curtindo como nunca.
Max ficou excitado e se masturbou violentamente, repetindo aquela cena várias vezes. Dag forçava Téo a beijá-lo na boca, sempre o ameaçando de apresentar as promissórias ao pai. Téo deixava e até parecia corresponder, quando Dag reclamava de sua frieza. O rapaz estava de barriga para cima, com as duas pernas em V para o ar, enquanto o agiota entrava e saía do seu cu, sem dó nem piedade. Téo estava com o pau a meia bomba, mas quando o agiota gozou no seu rabo, Max teve a impressão que ele tinha dado uma pequena rebolada e seu pau ficou um pouco mais duro. Talvez fosse impressão. Com o pau duro na mão, acariciando suavemente a cabeça, a ponto de gozar, o detetive voltou o vídeo várias vezes naquele ponto e quase podia afirmar que o bonito e rico Téo tinha gostado da trepada, ainda que apenas por um segundo. Com esse pensamento, Max dedicou aquela gozada à bunda de Téo, e também ao seu amigo Caco, que merecia respeito por aguentar duas cacetões negros memoráveis no cu.
Dag acordou no final da tarde e quase não acreditou que tivesse dormido tanto. Olhou à sua volta e não viu nada de estranho. Quando entrou no quarto, observou que tinha deixado o monitor aceso e verificou que a jogatina continuava no cassino, no andar de baixo. Era assim 24 horas por dia.