Cap.9
Fomos entrando na casa. E depois de muito tempo, eu voltava pra perto da minha mãe.
-Meu filho ! - soltei as malas e a abraçei fortemente. A gente sempre sente saudade da pessoa que mais nos ama depois de muito tempo longe.
-Ai mãe, que saudade... - dizia
-E eu então ? Está mais encorpado, anda fazendo esportes ?
-Um pouco mamãe...
-Eu vou querer saber tudo sobre essa história que você mal me explicou no telefone ouviu bem...
-Eu vou explicar mamãe. Com os mínimos detalhes... - quando olhei para trás vi Nicolas tentando trazer várias coisas ao mesmo tempo – ei, porquê você não me espera ein ? - falei, indo até ele para ajudá-lo.
-Eu posso levar isso Lorenzo...
-Mas eu quero te ajudar – falei, tirando algumas coisas do braço dele e ajudando a levar. Deixei ao lado da minha mala – deixa aqui, depois a gente leva isso pro quarto – e então ele parou frente a minha mãe – mamãe, este é o Nicolas. O meu melhor amigo em Joinville e... O meu segurança.
-Prazer – ele falou, sorrindo.
-O prazer é meu... - ela olhou para mim e para ele com uma cara diferente, mas logo mostrou aquele sorriso cativante – bem vindo a minha casa... Mas você não me disse que seu amigo era tão bonito Lorenzo... E nem que ele era o seu segurança...
-Bem... Ele estava desempregado e... Na conjuntura atual das coisas, eu preciso de alguém que me proteja.
-Bem pensado...
-Além disso... Ele é um ótimo amigo – falei, sorrindo para ele.
TEMPO DEPOIS
Após tirar todas as coisas do carro, nos sentamos no sofá da sala para conversar.
-E então Lorenzo ? Que história é essa de que você está sendo perseguido ?
-Pode parecer mentira, mas é verdade mãe. Eu estou sendo perseguido por várias pessoas...
-Você tem certeza disso Lorenzo ?
-Tenho mãe. Eu mesmo custei a acreditar, mas é verdade. Certo dia eu e o Nicolas estávamos numa praça lá de perto do meu apartamento. Ele me disse que não era seguro ficar ali. Não entendi nada, mas então começou um tiroteio e foi então que eu vi a gravidade da situação. Depois ele me contou tudo o que ele sabia, mostrou algumas conversas e então eu vi que não era mentira. Alguém, por algum motivo está querendo me fazer sumir da face da Terra.
-E o que é que você sabe ? -Minha mãe perguntou, olhando para ele.
-São homens mal encarados, frios, com um poder de persuasão incrível. Não quero que pense mal de mim, eu só aceitei fazer o que eles queriam porquê estava precisando demais do dinheiro. Já havia procurado trabalhos por todo lado e não havia encontrado. Mas eu acabei não fazendo, porquê vi que ele não merecia. Seria uma injustiça matar um jovem de 18 anos com toda a vida pela frente por nada. E é por isso que eu enfrentei aquele grupo e passei a ajudá-lo.
-Quais são as provas que você tem ?
Mostramos a ela tudo o que sabíamos daquela história toda. Fotos, Áudios, Vídeos. E então ela olhou para nós dois atônita.
-Mas porquê essas pessoas querem fazer isso ? - se perguntava.
-Nós também queremos saber... Eu não sei se eles sabem muito da minha vida, por isso não sei se sabem que eu nasci aqui. Mas de qualquer forma achei mais prudente sair de Joinville.
-Não, claro... Você tem razão... - falou ela, olhando para mim – vou ligar para um amigo meu...
-Que amigo ?
-Um que é militar e detetive nas horas vagas. Foi ele que me ajudou a ter provas contra o seu pai... Ele vai conseguir... - de repente ela parou e me olhou – será se isso é coisa do seu pai ?
-Mas porquê ele faria algo assim ? E ainda mais de dentro da cadeia ?
-Meu filho... Depois do que ele fez eu não estranharia se ele não fosse o autor disso... Além disso, eu nem sei se ele ainda vive na cadeia.
Fiquei a pensar naquela hipótese. Mas algo de mim não queria acreditar realmente que o meu pai, sangue do meu sangue, poderia estar querendo me matar. Ainda mais daquela forma tão covarde. Tá que o que ele fez não foi nada ético mas... É muita crueldade de um pai para com o filho...
TEMPO DEPOIS
Os dias foram passando, e aos poucos fomos nos acomodando na casa. Foi diferente estar longe de Joinville, eu já estava acostumando a viver ali. Mas pelo menos em Garuva eu não precisava estar me escondendo dentro de casa para evitar a morte.
-Como você está maior Lorenzo... - uma das minhas antigas vizinhas dizia.
-Estou ficando mais velho Dona Maria – ela sorriu comigo.
-E então ? Porquê você veio para cá filho ?
-Vim matar a saudade da minha mãe – de repente então o Nicolas apareceu.
-Porquê você não me esperou ? - perguntou ele, com a roupa de malhação que eu também havia colocado para correr.
-Você estava demorando... Achei que ia dormir eternamente...
-Que nada... Sabes como eu sou preguiçoso as vezes..
-É, eu sei... Até mais, Dona Maria.
Como eu esperava, fizeram fofocas da minha vida pela vizinhança. Falaram de tudo. Que eu não havia voltado só por causa da saudade, que eu havia reprovado na faculdade, que eu havia feito coisa errada em Joinville, que eu havia me casado com o Nicolas, enfim... É por isso que cidade do interior é tão inconveniente...
-Você jura que estão falando isso de mim ? - perguntava, enquanto via minha mãe cozinhar.
-Juro...
-O povo dessa cidade não mudou nada pelo jeito então né ?
-Não... Nada...
E entre eu e o Nicolas... Bem... Nos aproximamos mais ainda...
-Nicolas ? - dizia eu, certa noite após voltar do mercado. Ele havia ficado em casa. Quando entrei no quarto, estava uma escuridão que eu não via nada.
-Bu... - falou ele, saindo de trás da porta e me agarrando em seguida.
-Ai seu louco ! - gritei – eu vou te matar !
-Eu é que vou... De cosquinhas ! - falou, me jogando na cama. De repente então ele subiu em cima de mim e começou a fazer cócegas em mim.
-Não, para ! Para Nicolas ! Eu não vou fazer jantar pra você, tô avisando.
-Ora, isso não é problema, eu também sei cozinhar... - falou, prendendo os meus braços nas mãos dele.
-Me solta vai !
-Não... Só se você deixar eu te dar um beijo – sorri.
-Não vai se apaixonar ?
-Eu não prometo... - falou, sorrindo.
-Tá bom... Faz o que você quiser, mas me solta... - de repente então ele se aproximou de mim. Ficou a uns 2 centímetros da minha boca. Tão perto que eu podia sentir a sua respiração. Olhou nos meus olhos, fez o meu coração acelerar...
-Olha, eu não sei se vou conseguir evitar me apaixonar por você. A cada dia que passsa, você fica ainda mais bonito aos meus olhos – e então beijou o meu rosto, e se foi. Aquilo foi como um tiro. Fiquei segundos ali, travado, sem dizer nada. Até que aos poucos me pus sentado, e levei a mão no rosto. Eu não imaginava que ele podia ser tão sedutor. E mexer tanto comigo...
TEMPO DEPOIS
Isso aconteceu várias vezes. Várias vezes ele me fez ficar nervoso, me fez sorrir, me deu carinho... Ele estava sendo uma pessoa incrível na minha vida, que fazia eu me esquecer daqueles problemas todos que haviam me tirado de Joinville. Era uma manhã de sábado... Chuvosa. Acordei com um braço em cima de mim... Após ficar mais esperto, vi que era o braço dele.
-Nicolas... Tire o seu corpo de cima de mim...
-Não... Está bom assim...
-Ande logo ! - falei, o empurrando... Logo me pus sentado. Bocejei, já ia me levantar quando de repente ele me segurou.
-Espera ! Cadê o meu beijo de bom dia – falou, fazendo biquinho. Apenas ri.
-Não seja criança ! - falei, saindo do abraço dele.
-Credo... Que mal você é... - mas logo voltei, e dei um beijo no rosto dele.
MINUTOS DEPOIS
Enquanto eu preparava o café, ouvi os passos dele vindo em direção a cozinha.
-Cadê a sua mãe ?
-Creio que ela foi no mercado...
-Ah... E não tem nada pra eu fazer ?
-Tem... Leva esse lixo aqui lá fora – falei, pegando o saco de lixo e dando pra elee.
-Como eu te amo – falou, com ironia. Apenas joguei um beijo para ele e deixei ele ir, rindo. Continuei fazendo o café, quando de repente ouvi um estrondo. Logo gritos. Quando me virei, vi ele cair no chão. Corri
-NICOLAS !
Continua
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