Eu nunca fui o tipo de pessoa que teve a vida ganha, sempre batalhei por tudo o que queria, e cá entre nós estava eu mais uma vez na batalha.
Deixa eu me apresentar, sou Caio tenho 26 anos, mineiro filho único, pais divorciados. Meu pai se chama Claudio 48 anos um velho boa pinta, trabalha como mecânico sempre batalhou para me dar do bom e do melhor.
Minha mãe se chama Ana, 46 anos, uma bela mulher e muito exigente, sempre quis ter do bom e do melhor, era soberba por onde passava e isso levou meu pai se separar dela quando eu tinha meus 16 anos, ela traiu ele enquanto eu era novo, o motivo ? dinheiro é claro, dinheiro era o que à movia. No meio dessa separação optei em ficar com meu pai, geralmente todo filho gostaria de ficar com a mãe, mas sou e sempre fui mais apegado ao meu pai nossa relação pai e filho era algo que muitos admiravam, quero ser como ele, uma pessoa boa, influente e sabia.
Claudio: Bom dia caio...
Caio: Bom dia pai.
Claudio: Filho hoje vou ficar até mais tarde na mecânica, então não espere por mim na hora da janta.
Caio: Pai preciso falar com o senhor...
Claudio: Pois diga meu filho.
Caio: Você lembra aquela prova que eu prestei para um vestibular ?
Claudio: Sim o que tem ?
Caio: Pois então, fui aprovado para uma universidade em São Paulo.
Claudio: Você esta de brincadeira ???
A melhor coisa foi ver o brilho nos olhos do meu pai, aquele sorriso amarelo de aprovação.
Caio: Não pai, é verdade.
Claudio: Meu filho meus parabéns, que orgulho vou ficar em falar para todos que meu filho será um médico!
Caio: Calma pai! Não é certeza que eu vá ...
Claudio: Como não é certeza caio ??? O que te prende nessa cidade ? A Beatriz não é que eu sei, já tem meses que você não toca no nome dela aqui em casa, você não me da gasto nenhum, sempre me ajudou na mecânica e tem sua poupança que venho colocando dinheiro lá a tempos filho.
Caio: Pai não quero deixar o senhor sozinho aqui, quem vai te ajudar com as despesas aqui de casa, não sei também se tenho grana pra me manter lá durante este tempo.
Claudio: Filho me esquece por um tempo e corra atrás dos seus sonhos, a despesa aqui em casa é pequena, sempre dei conta, arrumo outro ajudante para ficar comigo na mecânica. Tenho um dinheiro guardado para emergência não estou precisando dele neste momento e não vai me fazer falta alguma.
Caio: Nossa pai, fico feliz em ter seu apoio, mas esta tudo tão bagunçado na minha cabeça ainda.
Claudio: Filho fica calmo, aos poucos você vai se organizando, te ajudo daqui no que for necessário. Sua mãe já sabe ?
Caio: Não ainda não falei nada para ela, não queria ela se gabando e falando a quatro cantos.
Claudio: Fez bem, ligue mais tarde para ela ou se preferir aproveite seu dia de folga e vá falar com ela.
Caio: Vou fazer isso.
Não mencionei acima mas a Bia foi uma namorada que tive por um curto período, era o tipo de garota fina que minha mãe fez questão de apresentar e ficar na minha cabeça para que eu namorasse, lembro que na época fiquei com ela pensando em minha mãe, nem sei porque fiz isso se arrependimento matasse hoje estaria morto e enterrado. Beatriz era o tipo de garota ciumenta, não gostava dos meus amigos, insultavam com piadas e isso me irritava a ponto de chegar ao termino.
Tenho 2 grandes amigos, que cresci desde a infância brincando na rua de esconde-esconde. Paula uma loira muito bonita, 24 anos e estava num relacionamento com César, um cara completamente nerd. Os dois faziam um casal bonito, César não era feio, só utilizava muito a linguagem desses caras de TI, então sempre que precisei de algum favor com meu computador ele dava aquela mãozinha.
O Beto era meu irmão mais velho do coração, tem 28 anos, olhos verdes, mulherengo e adorava uma boa festa, nos metemos em varias encrencas eu e Paula por conta do Beto. Mas no fim não tinha como odia-lo.
Fui até centro tirar umas cópias de uns documentos que eu precisaria para dar entrada no campus, e logo depois fui até a casa da minha mãe com seu atual marido Ricardo.
Toquei a campainha e logo fui recepcionado por Ricardo.
Ricardo: Caio que surpresa em ter você por aqui, tem tempos que não o vejo garoto.
Caio: Tudo bem Ricardo, minha mãe está por ai ? Posso entrar ?
Ricardo: Claro que pode, ela está no banho, estávamos indo ao shopping se quiser esperar e ir conosco.
Caio: Obrigado pelo convite.
Entrei e fiquei aguardando minha mãe na sala.
Ana: Meu filho, não avisou que vinha...
Caio: Oi mãe, atrapalho ?
Ana: Claro que não, só perguntei pois teria preparado um café.
Caio: Não será necessário mãe, vim aqui pra dar uma noticia para a senhora.
Ana: Então fala logo, to curiosa.
Caio: Fui aprovado para uma universidade de medicina em São Paulo...
Ana: Você só pode estar brincando.
Disse minha mãe boquiaberta.
Caio: Sim mãe, fui aprovado, resolvi contar pessoalmente a você.
Ana: Meu filho um médico, um doutor, ah meu Deus, que felicidade, isso merece uma festa de comemoração.
Caio: Mãe não precisa disso tudo..
Ana: Claro que precisa onde já se viu. Já viu tudo o que precisa ? Como vai se manter lá, o que vai fazer da vida ?
Caio: Calma mãe ainda não vi nada ainda, meu pai disse que me ajudaria com uma quantia em dinheiro até eu me encontrar por lá, mas pretendo arrumar um emprego por lá pra tentar manter meus gastos.
Ana: Está certo meu filho, ajudarei você todo mês com os gastos. Fico feliz de ter passado, que orgulho.
Caio: Obrigado mãe, fico feliz em ter seu apoio.
Ana: Você já falou com a Bia ? Ela já esta sabendo ?
Caio: Mãe eu e a bia não temos mais nada um com o outro já faz tempo.
Ana: Coitada, ela deve estar acabada, você deveria levar em consideração, uma garota que nem ela, estudiosa, de família rica, precisa pensar mais no seu futuro Caio.
Caio: Já estou pensando mãe, e o primeiro passo é o estudo.
Ana: E quando você vai para São Paulo.?
Caio: Assim que terminar de arrumar os documentos, vou começar já no próximo semestre.
Ana: Faço questão de dar uma festa de despedida, afinal não sei por quanto tempo vou ficar longe do meu filhote.
Caio: Mãe já vivemos longe um do outro faz tempo, se eu não venho aqui te ver você não aparece por lá.
Ana: Filho tenho meus motivos.
Caio: Bom não vou entrar em discussão, vou indo nessa não quero atrapalhar seu dia de compras ainda vou passar na casa do Beto e da Paula para avisa-los.
Ana: Fica bem meu filho, conte comigo para o que precisar.
Caio: Obrigado mãe.
Passei na casa do Beto e depois na casa da Paula. Ambos ficaram felizes por mim, a Paula é claro ficou um pouco chorosa, disse que não iria aguentar ficar aturando o Beto. Ele por sua vez me incentivou a ir e disse que logo mais estaria la em São Paulo para aproveitar comigo.
Cheguei em casa era quase fim de noite, arrumei minhas coisas, tomei um banho e fui deitar no sofá para ver tv.
Mais tarde acordei com meu pai abrindo a porta.
Claudio: Desculpa se te acordei.
Caio: Não pai, tudo bem estava vendo filme acabei pegando no sono.
Claudio: Falou com sua mãe ?
Caio: Sim, ela adorou a ideia de ter um filho doutor, e quer fazer uma festa de despedida.
Claudio: É bem a cara dela. Vou tomar um banho e me deitar.
Caio: Não vai jantar ?
Claudio: Não filho estou cansado e sem fome. Boa noite se cuida.
Deixa eu adiantar um pouco a história...
Minha mãe fez a festa de despedida, com muito esforço consegui levar meu pai, acabei encontrando com a Beatriz, minha mãe a convidou. Estavam todos os parentes, primos, tios e tias e meus amigos que mencionarei mais a frente o papel de cada um em minha vida.
O DIA DA VIAJEM...
Enfim chegou o dia da viajem, estava tudo muito corrido, era documentos, malas e cartões. Minha mãe não pode me acompanhar a rodoviária, então fui acompanhado do meu pai e dos meus amigos.
Chegando lá comprei a passagem direto para São Paulo, seria só algumas horas dentro de um ônibus e logo mais estaria na cidade grande.
Claudio: Filho sabe o que tem que fazer não sabe, anotou tudo ?
Caio: Sim pai já sei, chegando la vou ficar uns dias no hotel e depois procuro um desses quartos para rapazes e logo em seguida já dou um jeito de procurar um emprego.
Claudio: Não tenha pressa com emprego, a grana da pra você se manter esse começo de semestre.
Caio: Eu sei pai, mas preciso aprender a me virar.
Beto: Brother, sabe que do que precisar é só me falar, não arrume encrenca por lá, e na suas férias estarei lá pra sairmos e curtirmos umas gatinhas.
Caio: Pode deixar mano. Vou aguardar vocês dois lá, o mais rápido possível e ve se para de chorar Paula.
Paula: Ai me deixa, gosto de chorar... Vou sentir sua falta Cako. ( disse ela com aquele olhar tristonho).
Caio: Não fica assim princesa, iremos nos ver em breve, e você sabe que nas férias estarei para cá.
Paula: Eu sei... Sua amiga que é uma manteiga derretida aqui.
Me despedi de todos e peguei o ônibus a caminho de São Paulo. Peguei meus fones de ouvido e deitei e peguei num cochilo. O tempo passou rápido, logo depois já estava na rodoviária de São Paulo. Pedi uma informação daqui, outra dali até arranjar um hotel mais barato para ficar.
Logo mais tarde me hospedei, guardei minhas malas e pedi um jornal na recepção. Achei um desses caras que procuravam alguém pra dividir apê, e pra minha sorte era próximo ao campus da faculdade.
Caio: Alô com quem eu falo ?
-Alo com quem gostaria de falar. Disse uma voz rouca e forte do outro lado.
Caio: É que vi um anuncio nos jornais a respeito de um quarto.
-Ah sim. Você esta falando com Sergio, dono do apê, se interessou então moleque ?
Caio: Sim Sergio, estou precisando de um lugar para ficar, vou estudar ai próximo a faculdade então preciso de um lugar para ficar.
Sergio: Ah então você é um desses playboys que estuda ali do lado bancado pelos pais.
Caio: Acho que está tirando conclusões precipitadas a meu respeito.
Sergio: Cara, aparece aqui amanhã pra conversarmos, se eu for com sua cara a gente faz negócio. O endereço está no anuncio, estou aqui até as 9 da manha então não atrasa não.
Desligou o telefone na minha cara, o cara era todo marrento, quem ele achava que era para dar ordens e falar que sou um desses playboy. Nem me conhecia direito. O pior de tudo, era o único anuncio que eu consegui e com um preço bacana.
Fiz conforme solicitado por Sérgio, acordei tomei um café no hall do hotel e peguei um taxi até o local do apartamento, logo depois passaria na faculdade para levar meus documentos.
Avisei o porteiro do que se tratava, o mesmo me olhou de cima em baixo e interfonou. Autorizada minha entrada, peguei um elevador e subi até o décimo andar.
Toquei a campainha, e fiquei aguardando do lado de fora.
Sergio: Coé mano. Entra ae.
Por um momento olhei aquele brutamontes de cima embaixo, pensem num cara de 1,90 malhado sem camisa, olhos pretos igual jabuticaba, barba por fazer e um cabelo todo bagunçado.
Por um momento me desliguei, e nem sei porque diabos estava me pegando olhando para aquele peitoral trincado e uma mala a vista.
Sergio: Vai ficar me olhando ou vai entrar brother ?
Fiquei sem graça.
Caio: Me desculpa, estava com o pensamento longe...
Sergio: Entra ai vou por uma camisa e já conversamos...
Caralho eu nem sabia porque estava parado ali que nem besta sem raciocinar direito, talvez porque aquele bruto, que eu mal conhecia estava mexendo comigo. Não pera! Eu estava prestando atenção num homem ?. Me levantei e fui até a sacada precisava respirar um pouco.
CONTINUA???
GALERA COMO PROMETIDO VOLTEI... ESPERO QUE GOSTEM DA HISTÓRIA, COMENTEM E DEIXEM A NOTA, PRECISO SABER COMO ESTÁ INDO A HISTÓRIA. SE TIVER UMA BOA ADERÊNCIA JÁ POSTO A CONTINUIDADE A SEGUIR, ESTOU COM DOIS CAPÍTULOS PRONTOS...