Olá a todos! Quero novamente agradecer a todos pelo carinho e tempo, com que vem disponibilizando para acompanhar minha história. Sei que o último conto ficou curtinho… Por causa do tempo de escrever mesmo. Esse comecei antes para não ter imprevisto. Divirtam-se! Boa leitura!
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“Apenas acenei com a cabeça de forma afirmativa…”
Meu coração disparou quando o vi. Seu semblante mostrava um cansaço físico. Olhos vermelhos e arriados. A barba por fazer, já contornava seu rosto. “Ele está acabado”. Foi meu primeiro pensamento. Sua roupas estavam com um aspecto de sujo. Parecia que lama havia secado sobre elas. Mesmo assim, ainda fazia meu coração ficar descompassado. Sem saber direito o que era naquele momento, estava totalmente apaixonado pelo Rafael.
Quando ele saiu da loja, faltavam duas horas para o final do expediente. As meninas correram para perto afim de saber o que acontecerá. Desconversei. Não me sentia bem ainda para explicar o que havia acontecido entre nós. Como se precisasse de um esclarecimento. Lentamente, bem lentamente… Os segundos foram tomando forma de minutos, logo os minutos se transformaram em horas. E o fim de um dia de trabalho chegou.
Enquanto andava apressado para casa de Rafael, notei como estava nervoso. Minhas mãos suavam frio. Duvidei que as poucas pessoas que passavam na rua pudessem ouvir as batidas no meu peito. Conjecturei várias abordagens em minha cabeça, nenhuma de total agrado. Decidir encontrar ele, encarar e improvisar. Utilizando essas palavras até que parecia decidido e determinado, não era o caso. Definitivamente.
Estava lá, parado em frente ao seu portão. Levou alguns segundos para eu aperta o interfone. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Nada. Na quarta tentativa ouço sua voz rouca no interfone.
- Oi?
- Sou eu, Jotha!
- Já vou abrir, espera aí!
Rafael me recebeu com o sorisso lindo no rosto. Estava sem camisa, uma bermuda curta e apertada. Sua aparência era de quem havia acabado de acordar. Inesperadamente ele me puxou para um abraço. Um abraço forte, quente e confortável. Não consegui retribuir, como se meus braços não respondessem.
- Saudades de você, Jotha!
Nada respondi.
- Entra cara, vamos conversar um pouco.
Fizemos o percurso até sua sala, em silêncio completo. Me acomodei, sentei o mais longe que pude dele.
- Quer beber alguma coisa? Cerveja, suco… Água?
- Nada. Obrigado.
Ele foi a cozinha e pegou um copo de suco. Pelo menos não estava bebendo e conversaríamos sóbrios. Havia decidido não falar nada até ele abordar o assunto, afinal ele que devia uma explicação.
- Você está chateado comigo?
- Haveria motivos, Rafael?
- Hum. - Deu uma golada no suco. - Você está chateado! Bom eu te chamei aqui, porque aconteceu muita coisa antes do meu curso na Marinha. Não tinha seu telefone para avisar que ficaria fora por duas semanas.
- Encontrei seu pai ao acaso e ele me falou que você não estava aqui.
- Ele deve ter vindo dar uma olhada na casa. Depois de toda aquela confusão no domingo você saiu sem nem se despedir… Logo em seguida peguei no sono, só acordei na segunda em cima da hora de sair. Foi mal não te avisar. Espero que nossa amizade continue a mesma.
“Sério? Era só isso?”. Ele levantou e foi depositar o copo na pia da cozinha. Percebi que o assunto havia acabado. Me levantei para sair.
- Relaxa, sem problemas. Se era só isso, vou andando pois tenho curso daqui a pouco.
- Então está bem! A gente se fala. Abraço.
Apertamos a mão um do outro. A despedida foi mecânica. O clima estava estranho. Fui andando para o portão. Parei repentinamente, se ele não tinha coragem de falar eu falaria. Voltei agora determinado.
- Cara, era só isso mesmo que você queria conversar comigo?
- Bom, acredito que sim…
- E o fato de nós transarmos no seu sofá?
Senti o rosto de Rafael ficar vermelho de vergonha. Ele abaixou os olhos.
- Sobre essa parada aí… Estávamos muito bêbados, eu um pouco estressado… Uma coisa levou a outra. Vamos esquecer isso e seguir em frente, pode ser?
- Jura? Seguir em frente? Que bonito… Para você não passou de sexo. Sexo bruto. Cara, você acha que sou um pedaço de carne? Não pedi para transar com você… Você se insinuou para mim. - Senti minha voz chorosa, não poderia chorar aquele momento. - Tem noção de como me senti depois que acabamos?
Rafael permaneceu imóvel. Seu rosto estava sério. Transmitia uma certa compaixão no olhar.
- Você não sentiu nada, não foi? Apenas queria se aliviar… Gozar! Que bom que fui útil como seu “amigo”.
- Me perdoa.
Quase não pude ouvir, de tão baixo que as palavras saíram da boca de Rafael.
- Jotha, me perdoa. Nunca tive a intenção de fazer você sentir nada disso… Estava fora de mim naquele dia, e tudo foi acontecendo tão rápido… Quando me dei conta você já havia batido o portão e não iria ver você nos próximos quinze dias.
Rafael se sentou e acompanhei.
- Em todos esses dias não parei de pensar no que aconteceu. Você não saiu dos meus pensamentos. Fizemos teste de sobrevivência na mata, lá não tinha muito o que fazer. Nunca desejei tanto vir para casa e esclarecer tudo. Quero que me perdoe, se fui bruto com você e te machuquei. Espero que isso não nos afaste, pois gosto de ter sua amizade. Eu prometo que não vou ultrapassar os limites da amizade. Se ainda quiser ser meu amigo daqui para frente.
Sua voz era suave e ressentida. Senti seu tom de sinceridade. Claro que gostaria que ele ultrapassasse os limites, queria transar com ele sim. Agora direito, com sentimento. Que me abraçasse e me beijasse com ternura. Tinha que deixar de fantasiar com um hétero. Rompi o silêncio.
- Tudo bem, esquece isso!
O abracei. Após dias, senti o cheiro de sua pele. Cheiro de banho tomado, senti um arrepio pelo corpo.
- Sei que você tem curso… Topa uma partida de vídeo game?
- Pode ser! Só tenho que ir em casa tomar um banho e avisar meus pais.
- Beleza. Se quiser pode dormir aqui, poderíamos jogar até de madrugada. Amanhã é feriado mesmo. Vou pedir pizza… E tem uma tequila ali para ser detonada.
De repente o clima foi mudando e parecíamos a ser como antes. Dois amigos que curtia a presença um do outro. Sabia que o convite de Rafael era uma tentativa de ser redimir. Sua voz estava exitada quando começou a programar a noite.
Cerca de quarenta minutos depois estava na casa de Rafael, rindo e jogando. O cara era viciado em jogos. Ele tinha todos os gêneros: RPG, lutas, futebol, corrida, entre outros. Começamos com lutas. Quem perdia virava uma dose de tequila. Eu acabei bebendo muito mais. Ele para me ajudar estava virando junto comigo.
Quando a pizza chegou e resolvemos dar a pausa para a comida, conversávamos sobre assuntos variados. Um assunto foi puxando o outro e começamos a falar de relacionamentos. Entre uma risada e outra Rafael abordou.
- Me diz, você espera o que de outro cara?
- Ah, em que sentido?
- Sei lá… Todos! Uma vida a dois, sexo… Namoro.
- Quero um cara que me respeite enquanto ser humano. Que nós dois possamos ser cúmplices um do outro. Tem que ter fidelidade recíproca. E principalmente amor.
- Bem idealizado… E se não for assim. Se esse cara não aparecer ou nunca senti isso?
- Está tentando me deixar deprimido?
- Claro que não. Apenas dizendo que isso pode acontecer e você vai te que se adaptar ou curtir o que se tem no momento. E tudo que você falou vem gradativamente com um tempo. Com a intimidade do casal....
- Hum, da mesma forma que Bete se tornou sua cúmplice e fiel namorada.
Fiquei irritado com o conselho de Rafael, mas naquele momento sabia que tinha ido um pouco longe demais.
- Eita, acho que não estou te ofendendo! Esse comentário veio de onde?
- Foi mal. Me exagerei.
- Tudo bem, relaxa. E por isso que não quero me relacionar com ninguém por um bom tempo. Só vou curtir. Já namorei bastante… Agora é meu momento de aproveitar um pouco!
O assunto morreu. Do lado de fora uma chuva começou a cair inesperadamente e ganhou força, transformando-se em um temporal. Com ventania e trovões. E assim a luz acabou.
- Fala sério. - Rafael ligou a lanterna do celular.
- Sacanagem, acabou com nosso jogo. Você tem velas aí?
- Vou pegar na cozinha.,
Rafael foi a cozinha, ambos já estávamos altos com as doses de tequila. Os assuntos foram tomando um rumo sexual.
- Jotha, todo cara que você sai… Como posso dizer… Você se envolve emocionalmente do jeito que disse?
- Não, né? Não é assim… Tem cara que só quero curtir de boa. Tipo…
- Tipo amizade colorida? - Começou acender as velas.
- “Pinto amigo” é mais apropriado.
- E comigo foi diferente por quê?
Desde o início daquela conversa, sabia que Rafael queria falar de outra coisa e ficou protelando. O momento havia chegado. Ele me encarava nos olhos.
- Não sei… Já que você voltou nesse assunto… Vou ser sincero! Você foi um babaca! Bruto, me machucou. Custava ter pegado leve? Gosto de beijos, mordidas leves… O sexo é algo íntimo, não deve ser mecânico.
- Entendi.
Uma pausa. Os dois na mesa iluminados pela luz das velas.
- Cara, eu entendo isso tudo que você queria. Porém eu não beijo outros caras na boca. Você foi minha segunda experiência gay. Achei que iria gostar de um lance meio bruto e selvagem.
- Não que isso seja ruim, Rafael. Só que quem não gosta de carinho e se sentir desejado. Me senti meio usado, sabe?
- Nunca quis que se sentisse assim!
Sua voz estava carregada de ternura, colocou a mão sobre meu ombro e fez um carrinho de consolo. Me puxou para um abraço. Um abraço quente e demorado. Já estava me acostumando a me manter envolvido pelo seus braços fortes.
O abraço foi se desfazendo, nossos rostos ficaram muito próximos. Percebi uma certa hesitação de Rafael para me beijar. Me aproximei, ele desviou.
- Não beijo homem na boca!
- Tá.
Levantei bravo e estava indo para o sofá. Rafael me segurou pelo braço.
- Na medida do possível podemos fazer do seu jeito se quiser!
Não tive tempo de pensar. Rafael me agarrou e me jogou no sofá. Começou a morde e beijar meu pescoço. Sua barba ainda por fazer, me arranhava deixando-me mais exitado. Gemi levemente. Ele retirou minha camisa e short. Passou a língua pelo meu peito, vez ou outra sentia algumas mordidas de leve.
O tesão era tamanho, mudei de posição e coloquei ele no sofá. De uma única vez retirei o short e a cueca de Rafael. Seu membro estava ereto. Comecei a chupá-lo Assim que coloquei a boca, senti o corpo dele estremecer.
Tentei fazer uma chupada fantástica. Segui um compasso próprio. Rápido. Devagar… Bem devagar. Sentia seu pênis bombar de vez em quando. Já estava todo babado de saliva e um pouco de sêmen.
- Cara, você está me matando de tesão. Deixa eu te comer?
Rafael sentou no sofá, pegou uma camisinha e lubrificante. Pincelei meu ânus e encharquei seu pênis. Dessa vez não iria sentir dor, somente prazer.
- Vem! Quero te pegar de frente para mim. Te olhando nos olhos.
Dei um sorisso sem graça. Me acomodei em seu colo. O tempo todo Rafael me olhava nos olhos. Senti a cabeça de seu pau na porta do meu cú. Eu estava no controle e Rafael demostrava certa paciência.
Fui descendo e sentindo seu pau bombar dentro de mim. Quando me dei conta, já estava preenchido com todo seu pênis. Não sentia dor, apenas um prazer incontrolável. Comecei a cavalgar feito louco. Meu corpo estava encharcado se suor. Para ser sincero o de ambos. O suor se misturava.
Rafael me abraçava, puxava, mordia, pegava. Eu já estava em êxtase. Rafael começou a me masturbar. Gemia alto. Bastou para Rafael gemer junto, segurou meu rosto fazendo nossos olhos se encontrarem. Gozei naquele momento. Cai exausto sobre Rafael, que me penetrava com ardor. Não demorou e seus gemidos ficaram mais altos. Ele gozou.
Sentia seu hálito e sua respiração no meu ouvido. Rafael alisava minhas costas, subindo e descendo pelas minhas costas. Seu pênis ainda atolado em mim.
- Espero que tenha gostado tanto quando eu, Jotha!
- Foi ótimo… Vamos para o banho?
- Frio, né?
Nesse instante a luz voltou. E nos dois fomos rindo e felizes para o banho. Após uma excelente foda, um banho morno para encerrar a noite.
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Até sexta que vem!!!!!! Vote, comente… Aquele abraço!
Jotha ;-)