Oi meus lindos e lindas... Que bom que estão gostando e se preparem pois as coisas vão começar a mudar, infelizmente uma terceira pessoa vai aparecer na história e bagunçar tudo, vamos ver como os nossos amigos Bruno e Otávio vão sair dessa.
Rogean: Seja bem vindo. Já tinha postado esse, mas editei para acrescentar meu agradecimento. Se você parece com o Bruno então é uma pessoa que sabe o que quer, com gênio forte, frio e forte por fora, mas por dentro é amoroso e bondoso. O Otávio é um bobão no melhor sentido da palavra, ele ama e não tem vergonha de mostrar isso e quando ama, ama de verdade, fazendo tudo pela pessoa que ama. Minha personalidade é mais parecida com a do Otávio. Será que nós dois juntos daríamos essa história? kkkk. Forte abraço lindo, obrigado por Ler e comentar.
Grodin.leitor meu amor, realmente, sempre falaram muito bem de Fortaleza, gostaria muito de conhecer, agora mais ainda, quem sabe nessas férias eu não tome um café com vc?! to sem celular de novo, só segunda agora. A mãe do Bruno passou por muita coisa pra se importar com a sexualidade do filho, ela só quer que ele seja feliz e acha que o Otávio pode fazer ele feliz, mas a relação dos dois está conturbada, vamos ver como que eles vão resolver os problemas. Obrigado lindo, pelo carinho, pela amizade.
Cintia C, linda, obrigado por seguir a história e comentar. Beijo flor.
Flor de Maio, infelizmente essa terceira pessoa vai aparecer, agora é torcer pra que eles tirem de letra. Como a história está quase pronta, dá pra postar mais de um as vezes, só falta o final. Vou ver se posto mais de um de vez enquanto.
Hello, vai dar merda sim, Bruno não tem papas na língua e não mede as palavras quando está nervoso, isso vai prejudicá-lo muito. Obrigado linda.
VALTERSÓ, meu querido! Sim, realmente a inveja que Bruno sentiu quase o fez estragar a felicidade do namorado. Otávio te algo maravilhoso, ele consegue direcionar seus sentimentos e usar a tristeza, a raiva para se empenhar no que está fazendo, isso faz ele crescer e ainda vai crescer muito. Quanto à sogra dele, ela realmente é uma mulher incrível, eu também tive o desprazer de ter uma sogra cascavel. A minha atual é melhorzinha, mas ela não sabe do meu relacionamento com o filho dela... Obrigado por continuar me acompanhando queridão.
Sr.Malfoy, realmente o Bruno sabe ser um pé no saco. Quanto às repetições, vai melhorar. Como eu disse, essa história surgiu em um momento delicado da minha vida e eu queria fazer algo bem natural, uma história que a gente encontra em cada esquina, talvez por isso falta um pouco de emoção, mas enfim, vou reler pra ver se dá pra melhorar alguma coisa. Obrigado por estar comigo queridão.
William26, vem sim, mas as tempestades podem gerar coisas boas também, vamos ver. Fico muito feliz por vc estar gostando. Isso dá ânimo pra continuar postando.
Haliax, pois é, nosso Otávio é sortudo, mas vai ralar pra caramba. Tem coisas que vêm facil, mas custam suor. Obrigado por comentar bju.
SafadinhoGostosooo, ele está sendo um babaca, coisa de jovem imaturo que se acha dono do mundo e ainda mais por ele saber que o Otávio é louco por ele, acaba se aproveitando. Obrigado por seguir,gostoso.
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No outro dia acordamos cedo e começamos nossa luta diária, para mim uma nova luta se iniciava. Fui para a faculdade de manhã, estudei normalmente, mas a tarde foi meu primeiro dia. Tive um treinamento e me foi passado tudo o que eu deveria fazer. Sai de lá por volta das 10 horas e essa seria minha rotina.
Sim, agora ele trabalhava e literalmente seu tempo acabou. Ele acordava antes do marido e preparava o café para ambos, depois tomava banho, se arrumava, tomava café e antes de sair ia chamar o Bruno. Todos os dias o acordava com beijos, chamando ao pé do ouvido, e uma boa roçada naquela bunda gostosa que ele tinha. Ele sempre despertava pedindo pra ficar mais um pouco na cama, e bem que o Otávio queria deixar ele descansando, mas ambos precisavam encarar o mundo. Ele tinha que sair antes porque sua faculdade era mais longe, então nem podia ficar muito tempo mimando o parceiro.
No meio da manhã começavam a conversar por mensagens, um querendo saber como o outro estava. Assim como na hora do almoço o Otávio queria saber o que o outro estava comendo, com quem, se estava se divertindo. Ia para o supermercado e sua luta começava. Era o dia todo andando de um lado para o outro, era cancelamentos, verificar setores, contatar repositores, cuidar da limpeza. Chegava em casa por volta de 23:00 hs morto de cansaço. Por mais que ele tivesse resistência física por causa dos treinos, ainda assim ficava cansado, não só fisicamente, mas mentalmente também.
Depois de três meses nessa nova rotina, Otávio não era mais a mesma pessoa, pelo menos não como Bruno queria que ele fosse. Ele achava que depois de oito meses morando juntos, a distância entre os dois aumentou mais do que quando eles moravam em cidades separadas, começou a se sentir deixado de lado por Otávio, que só trabalhava e estudava. Algumas coisas contribuíram para ele pensar assim. A primeira delas era que o mais novo não tinha mais tempo para saírem juntos, talvez o único dia era o sábado a noite, mas seu marido estava sempre tão cansado, que nem se atrevia a pedir para ele sair. No domingo ele enfiava a cara nos livros, havia textos e mais textos para ler, trabalhos, lições de casa e tudo era organizado nesse dia. Às vezes, depois do Bruno insistir um pouco, ele largava os livros para darem uma volta à noite, mas ainda era pouco, pelo menos era o que Bruno pensava:
Eu tinha a esperança de que ele estivesse se adaptando à nova rotina, mas essa adaptação estava demorando muito para acontecer. Ele estava um marido exemplar nas suas obrigações, todas as críticas que eu tinha ele tentava corrigir, como por exemplo as contas, ele agora pagava mais da metade de tudo o que a gente gastava, e ainda fazia questão de que as finanças ficassem com ele. Eu, a princípio adorei, mas depois de um tempo eu não entendia mais o que ele estava querendo provar.
Outra coisa era que ele estava sério demais, acabou deixando de lado o seu jeito moleque travesso que era tão particular. Era carinhoso, continuava sendo romântico, continuava me mostrando que me amava, mas no dia a dia ele estava sério, como um homem frio, e como largou os treinos, estava ficando gordo, pois continuava a comer como um boi. Ele me acordava todos os dias com beijos, dizendo que estava na hora do príncipe dele acordar e eu adorava quando dava uma roçada gostosa ou uma apalpada na minha bunda, me fazendo suspirar. Vários desses “bom dias” terminaram em uma rapidinha, seja na cama, seja no banheiro, ou em qualquer outro cômodo, isso até ajudava, mas não era tudo.
Seu ciúme também era um problema. Ele viva atrás de mim como cão farejador, sempre me perguntando onde eu estava, o que estava fazendo, com quem eu estava, que horas chegaria em casa, como se ele fosse estar lá para me receber. Isso me irritava e quando ele começava seu interrogatório eu logo cortava ele, dizendo que já era maior e não precisava de babá. Ele sempre contra argumentava dizendo que era apenas preocupação, sei. Esse ciúme aumentou quando eu passei a sair sozinho, melhor dizendo, sem ele. Eu sempre o chamava para sair, para ver São Paulo, mas ele, por ser mais caseiro, sempre queria ficar em casa. Depois de um tempo e já somatizando algumas coisas que estava me irritando, parei de deixar de sair porque ele não queria. A principio ele não reclamava, mas depois de um tempo começou a ficar chato pra caramba, perguntando sempre com quem eu sairia, que horas voltaria, me pedindo pra não beber, etc. mas eu saia para relaxar, ia pra boates, bares, festas da faculdade, sempre com a galera da faculdade. Poucas vezes ele quis ir comigo, mas nessas vezes tínhamos que vir embora cedo, por ele estar caindo de sono. Teve uma vez que ele dormiu no sofá da boate e só acordou quando estávamos indo embora.
Vocês podem estar pensando que era pouca coisa, mas o verdadeiro motivo para eu estar cansado de algumas atitudes do Otávio se chamava Philipe. Ele era do 6º período, três a cima do meu. Era branquinho, muito sarado, tinha 25 anos, cinco a mais que eu, o que lhe dava um ar maduro que me impressionava, mesmo sem perder seu jeito brincalhão; era mediano e muito bonito. Ele foi escolhido para meu padrinho na faculdade, e nas primeiras semanas, ele que me mostrava e ensinava tudo o que eu tinha que saber, claro que ele não sabia de mim, pois eu nunca fui de dar pinta; também ele não me interessava, só o achava bonito e muito legal.
Não criamos um laço de amizade, mas era um colega, alguém que eu conhecia e que conversava às vezes. Ele tinha uma turminha com quem sempre andava, fazia parte do Centro Acadêmico, então estava sempre por dentro de tudo. Como eu o conhecia, sempre tirava algumas dúvidas com ele. Nas festas sentávamos na mesma mesa e bebíamos, mas ele nunca tinha chamado minha atenção, até porque eu achava o meu príncipe mais bonito, mais gostoso, a melhor coisa do mundo. Entretanto essa distância do Otávio, seu jeito mais frio, coincidiu exatamente com uma aproximação dele. Ele, de repente começou a vir falar comigo, me chamar pra conversar, começou a partilhar sua vida, me contando algumas barras que estava enfrentando e pedindo conselhos. Sempre conversávamos sobre as matérias, a faculdade, algum evento no qual ele pedia minha ajuda, mas de repente ele veio falar comigo sobre um problema com a mãe dele. Eu aconselhei como eu achava e disse o que ele tinha que fazer. Na outra semana ele veio falando que deu tudo certo, que conseguiu fazer a mãe dele voltar a falar com ele e me deu um abraço forte e um beijo no rosto para agradecer. Esse foi o estopim para eu começar a pensar nele. Ele tinha um jeito malandro que me fazia admirá-lo. Depois desse fato, ele vinha sempre partilhar algo comigo, desde coisas boas, como suas notas, à coisas ruins como brigas, etc.
Passamos a sair juntos, claro, com outras pessoas, mas ele sempre me chamava para suas baladas, as festas da faculdade, e eu fui reparando que ele me dava a atenção que eu queria, o tempo que eu precisava, ele estava me dando o que o Otávio não fazia. Eu passei a pensar que ele poderia ser gay quando em uma festa ele veio com um papo meio estranho no bar. Tínhamos tomado algumas cervejas, mas ele era bem forte pra bebida.
- Meu estágio está foda, arrancando meu coro! – falou o Philipe, que eu chamava já de Lipe.
- Nem me fala, o escritório onde eu trabalho é uma loucura.
- Você ainda tira onda de patrão, oh play boy, eu não, estou em uma obra, o bom é que aproveito para malhar o braço kkkk.
- Um dia vai esmagar a cabeça com seu próprio braço, Lipe, você já está fortão, pra que mais massa? kkk
- Que nada, agora eu só mantenho. Você fala isso, mas seu braço também é malhado.
- Mas não tanto assim, a academia me ajuda a ficar com tudo certinho, com o tanquinho em ordem.
- Ah não, deixa eu ver esse tanquinho – falou ele tentando levantar minha camisa.
- Não Lipe, ta doido!
- Deixa eu ver essa porra vai! Levanta a blusa, para de fazer graça. – Acabei levantando a camisa.
- É Bruninho, está tudo em ordem mesmo – ele falou isso passando a mão na minha barriga, minha rola deu uma pulada com o contato dele, fiquei vermelho na hora. – As minas devem lavar muita roupa nesse tanquinho kkk E a torneirinha, funciona?
- Pode tirar o “inha” porque a torneira é responsa! E funciona bem pra caralho, quer ver também? – falei sacaneando ele.
- Hoje não, sou de família, pra ter essas coisas tem que casar primeiro. Kkkk – Ele falou brincando, mas olhando nos meus olhos, eu dei um sorriso sem graça, mas na verdade estava muito envergonhado. – Um dia você vai ter um desses aqui oh. – ele ficou de pé e levantou a blusa também. Que peitoral sarado! Tinha a barriga cheia de gominhos e as linhas “v” na cintura, uma delícia total. Minha vontade foi passar a mão também, mas mandei ele abaixar a camisa e parar de ficar se despindo.
- Deixa de ser exibido cara! Quem disse que quero ter um desses?
- Vai dizer que não lavaria roupa num desses? – Será que ele estava me cantando mesmo?
- Está dando em cima de mim cara? Estou te estranhando meu irmão.
- Ué? Só porque estou te oferecendo meu tanquinho, eu estou te cantando?
- Está parecendo, acho que você já bebeu demais.
- Ou você que bebeu pouco kkkk.
Eu não sabia o que fazer, tinha quase certeza que ele estava me cantando, mas na mesma hora veio o Otávio que naquela hora deveria estar descansando de um dia pesado de trabalho. Então desconversei, comecei a falar da faculdade e como os professores eram escrotos, coisa que ele adorava falar. E ele seguiu o assunto, mas com um sorriso maroto, me olhando. Será que ele sabia de mim? Será que ele queria alguma coisa comigo? Porque ele mexia tanto assim comigo? Eu tinha meu Otávio, não podia olhar para mais ninguém.
Isso virou um tormento! O Otávio estava cada vez mais distante, frio e cansado e eu cada vez mais me sentindo só e quanto mais só eu me sentia, mais o Philipe chegava perto de mim. Meu namoro com o Otávio estava bem, meio frio, mas bem. Nosso sexo que era excelente, passou a não me satisfazer tanto assim. De todo dia passou a acontecer de três em três dias, depois duas vezes na semana, e por fim uma vez na semana; e quando acontecia, ele acabava gozando logo e dormia, me deixando na mão, literalmente. Não namorávamos mais direito, era só alguns beijinhos antes de dormir, mas o romantismo ia acabando pouco a pouco. E o pior é que estávamos apenas a 10 meses morando juntos e parecia que aquele “casamento” já durava uns 20 anos. Eu não queria deixar meu relacionamento com ele cair em uma geleira, mas era isso que estava acontecendo. Estávamos voltando a ser apenas amigos que dividiam a vida, uma casa, e se pegavam às vezes.
Faltavam apenas uma semana para nosso aniversário de quatro anos. Eu estava preparando uma noite romântica para nós, para que pudéssemos agitar um pouco nossa relação. Era uma quinta-feira e eu estava no shopping procurando um presente para o Otávio, quando parei em frente à joalheria e vi aquele par de alianças lindas, nem pensei duas vezes e entrei na loja. Enfim iríamos colocar alianças em nossos dedos. Eu já tinha conversado com sobre isso, mas ele não queria muito porque iria dar na cara que tínhamos alguma coisa, os dois usando aliança, mas eu achei romântico, sempre quis usar, então fiz uma para meu dedo e outra para ele colocar no pescoço, com uma correntinha, pois aquilo não era para os outros, mas para nós mesmos.
Enquanto estava saindo da loja, o vi passando, era o Philipe. Tentei andar rápido para que ele não me visse, mas foi impossível. Ele veio correndo me chamando e eu não pude mais ignorar. Desde a nossa conversa estranha no bar a uns meses atrás, eu andei meio afastado dele, porque ele era incrível e eu não queria nem pensar em trair o Otávio, preferia morrer à fazer isso, ele não merecia. Ele percebeu que eu estava um pouco distante e ficava mandando mensagem perguntando porque da mudança, se ele tinha feito algo, etc, era um fofo, mas eu mentia descaradamente, falando que era apenas o trabalho que consumia meu tempo. Mas ali eu não consegui fugir.
- Nossa cara, que bom te encontrar aqui. – Falou me dando um abraço – Faz tempo que a gente não se encontra né?
- É verdade, mesmo estudando no mesmo lugar, às vezes acontece mesmo.
- Vamos tomar um Chopp comigo?
- Poxa, não vai dar, tenho que ir pra casa, tenho que ajudar meu amigo quando ele chegar do trabalho.
- Seu namorado? – perguntou ele sorrindo.
- Oi? Como é?
- É pow, seu namorado Otávio, ele que você tem que ajudar? – Eu fiquei muito nervoso, como que ele sabia?
- Está maluco Philipe! Vamos mudar esse papo ou eu vou me aborrecer com você.
- Calma Bruno, não quero te irritar. Calma cara, eu sou seu amigo, não sou? Não confia em mim? Porque me escondeu isso?
- Esconder o que cara? – ele se aproximou e falou mais baixo.
- Que você é gay pow.
- De onde você tirou essa história cara?
- Toma um chopp comigo pow.
- É sério, o Otávio está me esperando.
- Ele chega tarde, eu sei, porque está inventando desculpa? Não somos mais amigos? – Ele estava tão meigo que não resisti mais.
- Está bem, vamos lá. Desculpa.
- Não tem problema, eu te entendo. Mas fica calmo cara, sou seu amigo, nunca iria expor você.
- Obrigado. Mas como você ficou sabendo?
- Vamos tomar uma pra você relaxar primeiro? Você está tremendo kkk. Relaxa mané.
- Como? Vou de vinho, chopp não vai me relaxar.
- Maravilha, então também vou de vinho.
Eu estava tremendo de verdade. Tinha que beber, porque ele ter descoberto mostra que eu dei bandeira em alguma coisa, será que outras pessoas vão descobrir? Enfim, ele tinha que explicar como descobriu, só assim vou ficar calmo.
- Mas conta ai Lipe, como você descobriu?
- Ah Brunão, eu sempre desconfiei de vocês dois. Ai um dia eu estava passando por uma sala e ouvi você chamando alguém de amor, ai fiquei parado perto da parede ouvindo, me desculpa, mas eu sendo seu amigo e você não ter me contado que estava namorando me deixou curioso. Depois você falou “Tchau Tavinho” só podia ser o manezão lá, então eu somei um mais um.
- É, eu dei mole mesmo.
- Tem que tomar mais cuidado poxa. Já pensou se fosse outra pessoa?
- É verdade. Mas eu posso confiar em você?
- Ainda duvida?
- Nós começamos a nos aproximar tem alguns meses, né, ainda estamos nos conhecendo.
- Bruninho... – disse ele pegando minha mão e olhou no fundo dos meus olhos – eu sinto um carinho muito grande por você. Eu nunca faria nada para te machucar. – Eu tirei minha mão da mão dele e dei mais um gole no vinho. – Pode confiar em mim, como eu confio minha vida a você.
- Bem, então você vai me ajudar a carregar esse peso, fico muito feliz.
- Ihh, o manezão é um peso é?
- Não chama ele de manezão.
- Ah me desculpa, mas pow, ele nunca está com você, só vi esse cara uma vez, naquela festa na casa da Camila, e ele ficou sentado quase a noite toda, nem beber ele bebe.
- Ele é tímido, só isso. E naquele dia estava cansado demais do trabalho.
- É burro de carga?
- Mais ou menos, é gerente num supermercado, já tinha te falado.
- É verdade, mas eu num dei muita atenção, aquele manezão não me interessa. Mas você sim.
- Não entendi.
- Você é meu amigo, não ele, nem conheço o cara.
- Se conhecesse ia gostar.
- Se eu te disser uma coisa, você promete que nossa amizade não muda?
- Difícil prometer isso. Mas quer correr o risco?
- Sei não.
- O que você tem a perder?
- Você. – meu estômago gelou.
- Como assim Lipe?
- Eu estou amarradão na sua. Sinto muita inveja do manezão, porque tem você e eu não.
- Como assim Lipe? Que loucura é essa?
- Muito simples Bruninho, eu gosto de você, se pudesse eu ficaria contigo. – Não estava acreditando que aquele gostoso estava se declarando pra mim ali, ao vivo, sem nenhuma vergonha.
- Lipe, você... eu estou surpreso, nem sei o que falar.
- Simples, nem precisa falar nada, só larga o manezão e fica comigo.
- Você sabe que não vai rolar né? São quatro anos cara, estamos morando juntos agora, e felizes.
- Não sabia que era tanto, mas mesmo assim, sei que posso te fazer feliz, ele não consegue.
- Está conseguindo a quatro anos.
- Mas vai dizer que você não fica balançado comigo... Sou bonito, legal, te faço rir, você adora conversar comigo que eu sei. Poxa, só me dá uma chance.
- Não tem como, eu amo o Otávio.
- Filho da puta sortudo! – falou ele com uma carinha triste que cortou o coração.
- Mas sabe, você seria uma opção facinho heim lindão. – ele abriu um sorriso – Continuamos amigos?
- Claro! Se o manezão pisar na bola eu vou estar por perto.
- Não fica torcendo contra meu namoro não.
- Não estou, mas você sabe né kkk.
Acabamos rindo daquilo tudo, mas eu fiquei balançado sim. Eu já pensava nele antes, agora pensava mais ainda. Ele era lindo, engraçado, gostosão, divertido, gosta de sair, dançar... não que eu tenha pensado em largar o Tavinho pra ficar com ele, mas queria que este fosse mais parecido com o Lipe, sei lá, ele está parecendo um velho. Está certo, eu sei que eu chamava ele de infantil a alguns meses atrás, mas não era para ele amadurecer tanto assim, quero um companheiro, não um pai.