Gente, eu espero que vocês me perdoem pelo atraso. Eu tive uma sexta feira super exaustiva e o sábado não colaborou. Eu to com uma puta dor de cabeça, para vocês verem como o meu dia foi terrível. Só deu tempo de ajustar, editar e acrescentar algumas coisas no primeiro capítulo da terceira parte. Ou seja, até agora eu sí escrevi ate o oitavo episódio. Mas nada até agora abalou minha criatividade e vontade de escrever, foi apenas o dia puxado e bem cansativo. Peço perdão a vocês. Beijos e espero que gostem desse capítulo. O tão aguardado motivo da era emo, dark trevo vai ser revelado hoje. O próximo capítulo vai ter briga. BeijosJá era de manhã, não sabia a hora, talvez nove, dez ou onze da manhã. Eu só sentia minha cabeça doendo e uma vontade enorme de vomitar. Eu nem sequer estava na minha cama, estava deitado no chão de alguma cabana. Não estava raciocinando o suficiente para saber que local era aquele.
Me levantei, procurando alguém, mas não encontrei ninguém, então resolvi sair. O brilho do sol me incomodava muito, o suficiente para sair andando com a mão no rosto. Minha visão ainda se encontrava turva, eu só conseguia ver pequenos borrões no lugar das pessoas, ou as vezes, quase nada. E foi por causa dessa minha visão que eu acabei tropeçando em alguém. Um desconhecido, até então:
- Me desculpa - eu havia derrubado alguma coisa dele, mas não conseguia enxergar o quê.
- Desculpa eu, não estava olhando para frente. Está tudo bem com você? - não, definitivamente não estava.
- Eu acho que não. Não estou vendo porra nenhuma.
- Eu percebi - e nisso ele riu, me ajudando a levantar - Venha, vou te levar a enfermaria.
Eu agradeci. Ele me pediu para colocar minhas mãos em seu braço, e então eu senti seus músculo. E acho que ele percebeu, porque eu apertei para me certificar. Desculpa, eu não podia perder uma oportunidade mesmo estando sem visão. Mas tinha algo nele que me soava familiar, não sabia dizer o que, poderia dizer que sua fala ou seu jeito de falar. Porque eram as únicas coisas disponíveis no momento.
Julinha me atendeu na enfermaria, e então o bom rapaz dos braços musculosos e da voz famílias fo embora. Ela havia dito o seu nome, porem eu não consegui escutar, ou prestar atenção. Ela me deitou e colocou pequenas gotas de colírio no meu olho, me pedindo parar fechar os olhos por alguns segundos. Quando abri minha visão já não estava borrada e eu conseguia ver tudo melhor, principalmente a sua verruga perto do nariz.
Eu sai da enfermaria e fui direto para a cantina, estava morrendo de fome, e provavelmente fedendo, mas a fome falava mais alto. O caminho parecia maior que da última vez, mas poderia ser efeito da noite anterior. Não me lembro de ter bebido, mas também não me lembro de mais nada depois de beijar Pedro. Eu beijei Pedro?
A cantina estava praticamente vazia, apenas algumas pessoas estavam nela. A maioria deveria estar dormindo, vomitando ou terminando de curtir a festa de ontem. Me sentei em uma mesa vazia, com minha cabeça explodindo. Esperei alguns segundos antes de ir até a pequena fila do almoço e pegar o meu prato. Mas com grande esforço eu fui enfrentar a fila.
Eu me sentei novamente na mesa. Antes de comer eu fiquei observando o local, tinha poucos pessoas, mas dava para ver que eles não estavam em uma manhã tão boa. Eu senti uma mão quente no meu ombro, e depois uma voz rouca ecoou no meu ouvido:
- Gostei bastante da noite de ontem. Qualquer hora vamos repetir - sua voz sensual me arrepiou dos pés a cabeça e ele notou.
Ele só havia feito aquilo para atiçar o meu fogo, pois saiu logo em seguida. Em deixando, talvez, com uma ereção. Voltei ao mundi real e comecei a comer aquela….. Comida?
Três agentes da FBI com óculos escuros aparecem no refeitório. Um deles era uma garota de cabelo roxo todo bagunçado que se sentou ao meu lado. A outra tinha cabelos loiros e usava roupas estravagantes. E por último, mas não menos importante, era um garoto alto, moreno e que mesmo com óculos era difícil não deixar de notar os seus olhos vermelhos.
- Querido, onde você se meteu a noite toda? - Era Mariana. Sua cara não era das melhores, sua boca suja de batom e sua paciência zero.
- Verdade. A gente te procurou até desistir - Laura havia sentando ao seu lado, com a mesma cara péssima de Mariana, só que com maquiagem.
- Eu não sei. Eu simplesmente acordei no chão de uma cabana já indo parar na enfermaria - uma pequena dor de cabeça surgiu no meio daquela conversa. Era de se esperar - E o pior é que eu não me lembro de nada.
Victor franziu a testa, talvez assustado. Mas assustado com o que? - Você não se lembra de ontem a noite? De nada? - Mais uma vez ele franziu a testa, mas dessa vez sua cara era de desapontado - Você virou todo o ponche e uma vez, o que os meninos batizaram. Depois bebeu whisky até vomitar em mim.
Aquilo era definitivamente novo para mim. Nunca cheguei a beber e cavar nesse ponto. Cocei minha cabeça surpreso com aquilo. Havia alguma coisa estranha naquilo tudo. Como eu havia parado no chão da cabana? Eu nem consegui ver em que cabana eu havia amanhecido. Eu estava um caco, bom, mas não pior que todos da cantina.
Eles se levantaram da mesa e foram até a fila do almoço, uma fila maior que a de ontem. Os alunos estavam chegando, a maioria com uma cara péssima, de quem tinha acabado de acordar em cima de uma privada, ou então nem tivessem dormido. Eu voltei minha atenção para a minha comida, a minha fome falava mais alto do que a vontade de observar aquelas pessoas. Que ate onde deu para perceber, não eram muito diferentes.
Após almoçarmos, depois de quase uma hora na fila, nós voltamos para a cabana. Cada um foi para a sua parte da beliche. O proposito era tirar um cochilo, cada um, já que naquela tarde não haveria atividades, só a noite. Uma caçada.
Mas o nosso cochilo durou minutos, horas.
Quando eu dei por mim, estava no meu décimo quarto sono e estava sendo acordado por Paulo que em alvoroço acordou todos nós.
- Caralho, pessoal! Já são oito da noite, a atividade já vai começar e você estão ai dormindo. Meu Deus, desse jeito você não vão ganhar porra nenhuma - Sua camisa vermelha era a única coisa que eu via, além de notar a sua voz grossa.
Victor se levantou indo em direção ao banheiro, mas foi advertido por Paulo, que já tinha nos avisados que não tínhamos mais tempo para nada. Então a gente foi do mesmo jeito que saímos da cantina, talvez pior.
Laura com o seu cabelo visivelmente bagunçado, parecia não se importar muito. Mariana ria baixinho do seu cabelo, que parecia aqueles bolos enormes de casamento de tão bagunçando que estava. Talvez eu tenha exagerado.
Victor vez ou outra tropeçava em algo, talvez pedras. Ele não estava alí, estava em outro mundo. Eu apenas seguia o caminho, logo atrás de Paulo, que era o único visivelmente bem entre nós. Seu cabelo loiro e arrumados, um cheiro bom, uma barba por fazer.
As equipes estavam sendo separadas por cores. Os orientadores estavam usando as mesmas cores do seu time, então eu logo deduzi que a nossa seria vermelho, pela camisa de Paulo.
Quando chegamos Marta nos entregou camisas e bandanas. Cada uma para a equipe, porem um havia uma camisa e banda a mais. Eu fui ate ela devolver, já que não necessitavamos de uma camisa a mais.
"Você vão ter outro participante ao lado de vocês. Quando ele chegar entregue" foi apenas o que ela respondeu. Então no final das contas nós não eramos os únicos atrasados dali.
A prova iria ser o seguinte:
Ao redor da fauna do acampamento haviam vários objetos para serem encontrados. Cada equipe teria de encontrar três objetos específicos, cada um com sua pista. Ao final, teríamos que entregar os objetos. Mas ao contrário do que a maioria achava, não seria tão fácil. Da ultima vez que essa atividade foi feita, ela durou duas ou três horas.
Nós já estávamos arrumados, cada um já vestido com sua camisa e usando sua bandana. Mariana e Laura usaram a bandana de forma que encobriam o cabelo bagunçado.
Pedro não iria participar da atividade daquela noite, consequência de ontem a noite. Mas ele estava lindo, e isso era notável. Seus cabelos morenos formando um topete, seus lindo e perfeitos olhos verdes, sua boca macia. As lembranças de ontem a noite me faziam alucinar. Ele percebeu que eu o notava, parecia feliz com aquilo. O seu sorriso transbordava de canto a canto e eu achava aquilo lindo.
Um apito soou, avisando que a atividade iria começar agora. Nós noa juntamos, preparados para correr quando uma mão quente pousou sobre o meu ombro, me causando calafrios. Eu olhei para trás, achando que era Pedro, mas não era. Era algo que eu não queria ver tão cedo, que eu já havia esquecido.