Cap.10
Imediatamente corri para perto dele, e quando lá cheguei vi o que havia acontecido. Alguém atirou nele, e acertou a coxa dele, e como estava desarmado, não conseguiu revidar.
-Nicolas... Vamos, vamos pro hospital agora... - falei, vendo a perna dele a sangrar.
-Não ! Pega o carro e vai atrás dele agora ! Pode ser a única chance de nós termos pistas de quem é esse filho do mãe que quer te matar – logo entendi. Olhei para a rua e o carro que o atirador pilotava saiu em disparada. Corri para a mesa, peguei a chave, o celular e a arma dele, que por sorte estavam tudo no mesmo lugar. Corri para o carro e logo sai, também em disparada atrás dele.
Num primeiro momento eu não pensei em nada. Só quis ir atrás dele, era a chance de eu ao menos ter uma pista de como ter a minha vida normal de volta. Então eu fui atrás. Perdi ele de vista por alguns segundos, porém logo o achei indo em direção a BR-101. Fui atrás. Por alguns segundos pensei no que poderia fazer. Atirar nele ? Dai não valeria de nada o meu esforço. Atirar no pneu ? Era uma hipótese... Mas na minha cabeça passavam tantas coisas naquela hora que eu só consegui pensar nisso, em atirar no pneu. Peguei a arma para fazer. Não havia ninguém na estrada naquela hora. Porém nem foi preciso. De repente o carro dele entrou num buraco, com a alta velocidade ele perdeu o controle e capotou. Freei o carro na hora e coloquei no acostamento. Tirei a chave, corri até lá, e quando cheguei próximo, ele havia desmaiado. Pensei em chamar a ambulância, mas logo vi que se fizesse isso ele não iria poder me falar nada. Vi a arma que ele havia usado, ainda cheirando a polvora. Tirei ele do carro com alguma dificuldade, e arrastei ele até o meu carro. Pensei que se ele acordasse, poderia tentar partir para cima de mim. Então peguei uma corda que eu tinha jogada no porta malas e o amarrei. E então o trouxe para a minha casa. Aquele homem tinha muitas coisas para me dizer.
TEMPO DEPOIS
Quando voltei para casa haviam algumas pessoas ali, talvez curiosos por terem ouvido o tiro ou talvez visto alguma coisa, e um carro estacionado aqui. Entrei na garagem direto sem dizer uma palavra. Fechei a garagem, e tranquei por fora para que ele não pudesse sair, e então fui para perto daquela gente.
-O que é que está havendo aqui ?
-Os vizinhos estão ajudando a sua mãe a levar o Nicolas pro hospital ! - uma delas disse. Apenas entrei, sem falar mais nada. Fui até eles.
-Ai filho ! Ainda bem que você voltou ! - ela falou. Vi ele, sentado numa cadeira, com algumas pessoas a tentarem estancar o sangramento.
-O que vocês vão fazer ?
-Vamos ter que levar ele pra Joinville, é o jeito !
-Então vamos... O que ainda estão esperando ? - os homens começaram a levar ele para o carro dela.
-Você não vem com a gente ? - ela perguntou.
-Não... - quando os homens se distanciaram, eu falei – diga a ele que eu peguei quem fez isso... E está amarrado lá no meu carro.
-O quê ? Mas meu filho...
-É isso ou eu não conseguiria pista nenhuma mamãe ! Vão até lá, e assim que resolverem retornem – ela me olhou, assustada mas nada falou. Apenas seguiu o caminho e me deixou só, com aquele homem.
TEMPO DEPOIS
Tranquei praticamente toda a casa. E pelos fundos da garagem tirei o homem. Até estranhei o fato dele continuar desmaiado, mas confirmei com o dedo, ele continuava vivo. Levei ele para o depósito, e lá o coloquei, amarrado a uma cadeira. Para reforçar, coloquei também uma algema que o Nicolas tinha. O revistei, e tirei celular, carteira e todo o resto.
-André Vieira – falei,olhando a identidade dele. O olhei de cima a baixo, ele não estava com nenhuma fratura, ao menos não aparentes. Fiquei durante alguns minutos a olhar para aquele homem.Não parecia ser uma pessoa ruim. Estava bem vestido, mas não tinha muita beleza. Não parecia ter muita idade. Como em todas as outras vezes, milhares de pensamentos vieram a minha mente. O porquê daquele homem ter feito isso... Quem mandava naquele homem... Eu queria saber tudo o que ele sabia. E eu iria saber !
TEMPO DEPOIS
Passou algum tempo, até que vi ele abrindo os olhos. Lentamente, parecia atordoado. Ergueu a cabeça, olhou ao redor.
-Porquê eu estou amarrado... - falou, se mexendo levemente. Até que ergueu a cabeça, e me viu. Quando me viu, arregalou os olhos – você ?
-É... Eu mesmo...
-O que eu estou fazendo aqui ? Como você me amarrou ?
-Me aproveitando do seu erro. Você capotou o carro no meio da estrada, e desmaiou, depois de ter atirado no meu amigo.
-O que é que você quer de mim ? - perguntou, se alterando um pouco.
-Apenas que você abra a sua boca e me conte tudo o que você sabe. Quem são essas pessoas que querem fazer algo comigo ? Porquê elas querem fazer algo comigo ? Quero que me conte tudo ! - ele respirou fundo, olhou para o chão, olhou para mim.
-Eu não vou te falar uma palavra do que eu sei ! Descubra por você mesmo...
-Ok... Vamos ver se a fome vai fazer você falar...
-O que quer dizer ?
-Me deu uma vontade de assistir uma série agora... Acho que cada capítulo dura uma hora. Vou ver dois. Quando acabar eu volto aqui. E se você não falar nada, vou ver mais dois, até a hora que você decida abrir a boca – então fechei a porta, com ele lá dentro.
-Não... Ei, você ! Abra... - logo não escutei mais nada...
TEMPO DEPOIS
Fiquei no sofá, a assistir TV. Sabia que ele não poderia sair dali, pois não havia janelas. Não escutei muito barulho a partir de então. Começei a tentar vasculhar o celular dele, mas havia uma senha. Com o conhecimento que eu já tinha, consegui quebrá-la. Mas realmente parecia que ele usava pouco aquele celular. Haviam ligações, todas com números que não tinham nomes. Não havia whatsapp, rede social alguma, nada. E algumas fotos da galeria. Dele, com outros nomes vestidos de forma parecida com ele. Aquilo me intrigou.
-O que será que esse homem está escondendo de mim ?
MAIS TARDE
Logo eles voltaram do hospital. Quando chegaram, ele chegou apoiado num dos nossos vizinhos.
-Nicolas ! - imediatamente me levantei para ajudá-lo. Trouxe o então para o sofá, enquanto a minha mãe logo se despediu e veio na minha direção – como você está ?
-Bem... A bala não atingiu nada importante, só tiraram e fizeram os pontos. A sua mãe me falou que você pegou o homem... - falou ele, olhando pra mim.
-Foi, peguei... - falei, dando a ele o celular, e as outras coisas – está aqui, o que eu tirei dele...
-É ele mesmo... Mas como ?
-Ele capotou o carro no meio da estrada e desmaiou, não foi muito difícil. Apenas arrastei ele até o meu carro e o amarrei com uma corda que tinha por lá.
-Ai... Nunca imaginei que iria passar por algo assim – minha mãe falou... - e você está bem filho ?
-Estou bem mãe...
-E você já falou com ele ?
-Já... Mas vai não vai ser fácil fazer ele falar. Desbloqueei o celular dele, mas não tem nada relevante. Só alguns números de ligações...
-Pois isso já é relevante. Podemos rastrear esses números e saber de onde essas ligações estão vindo. Eu conheço um cara que trabalha numa empresa de telefonia e faz isso por fora.
-Tem algumas fotos também... - ele olhou as fotos...
-Esses caras, foram as caras que negociaram comigo Lorenzo ! Nós temos que fazer esse cara falar ! Nem que eu tenha que atirar nele pra isso...
Continua
E ai ??? Gostaram ??? Sumiu o romantismo e virou policial kkkk Espero que gostem.
MissAnny: Sempre kkkk
Catita: Não kkk É mal de autor kkk
Rogean: Que bom kkk
Magus: Sim
Edu19>Edu15: <3
Ru/Ruanito - :)
Beijos