Esse ficou menorzinho, mas ta valendo né? kkk
Grande beijo a todos e até segunda.
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Em São Paulo Bruno e Philipe viviam o primeiro fim de semana de seu namoro na praia. No sábado de manhã eles fora de moto para o sul e ficaram em um hotel top. Eles chegaram e foram direto para a praia. Passaram a manhã toda na água, brincando e tomando sol. Depois foram almoçar em um restaurante na beira da praia. A tarde ficaram na piscina do hotel, seguindo a noite para uma baladinha, lá dançaram e beberam o suficiente para perderem um pouco o pudor, tanto que Philipe o beijou no meio de todo mundo. Isso impressionou Bruno, por perceber que Lipe queria ficar com ele independente do que aconteça, e o fez tomar uma decisão.
Naquela noite, ao chegarem no hotel, eles fizeram amor pela primeira vez. Philipe estava tomando banho e pensando se ele estaria sendo apressado ao querer transar com seu namorado. Do lado de fora, Bruno estava com a mão na maçaneta, pensando o que Philipe iria achar dele, mas o tesão e o amor que sentai pelo novo namorado falaram mais alto e ele abriu a porta.
- Lipe.
- Oi amor, pera ae, estou tomando banho. – falou ele se cobrindo.
- Posso tomar banho também?
- Claro!
Ele desligou o chuveiro e foi até o namorado. Deu um beijo nele e começou a tirar sua roupa. Bruno pôs a mão em seu peitoral definido e ficou acariciando. Quando Bruno já estava nu, entraram os dois no box e Philipe começou a dar banho no namorado, lavando cada pedacinho dele. Deu uma atenção especial a bunda dele e não aguentou, quando o viu todo empinado, ele ajoelhou e afundou sua língua na bunda do Bruno, fazendo-o gemer alto. Depois eles foram para o quarto e lá o Bruno tomou conta da situação. Ele deitou na cama o chamou, o Philipe pelado era uma escultura grega, lindo demais. O sexo entre os dois foi tranquilo, com muito beijo e mais romântico impossível. Foi realmente uma experiência boa para os dois, ambos gozaram muito e não queriam mais sair da cama.
No outro dia ficaram a parte da manhã toda na praia e a parte da tarde na cama, brincando um pouco mais. No final da tarde eles pegaram a estrada, pois Bruno queria ainda Ele mesmo não entendia por que não queria que Otávio soubesse, talvez fosse o medo dele quebrar a cara do atual namorado, coisa que ele poderia fazer, mas também medo de “perder” seu amigo. O que ele estava sentindo por Philipe era forte, arrebatador, mas só em pensar no Otávio já sentia seu coração apertar e uma saudade de algo que ele nem sabia explicar, só sabia que não queria o amigo longe, precisava dele.
Mas as coisas nem sempre são como queremos. Chegando ao apartamento resolveram ficar um pouquinho mais no carro, namorando, sabendo que não se veriam até o dia seguinte.
Bruno:
O fim de semana foi maravilhoso, realmente parecia que eu tinha ganhado vida nova. Estava tão feliz que nem se importava mais em esconder o que sentia, com quem estava, estava tão feliz que nem se lembrou do amigo de infância, a não ser na hora de ambos voltarem para a realidade, para suas vidas onde ainda não podíamos ser um do outro pois meu coração insistia em achar que ainda era do Otávio e que estava fazendo algo errado.
- Está entregue amor.
- Kkk como assim entregue? Eu que estou te levando, bobo.
- Mas eu que te guiei, sou o melhor co-piloto. E outra, eu moro na outra quadra, não tem porque você ir lá pra depois voltar.
- Vai ser um prazer Lipe.
- Não, vamos aproveitar que estamos aqui e deixa eu beijar você mais um pouquinho.
- Pensei que ia ficar tagarelando mais kkk.- O beijo dele era delicioso, um beijo que transpirava tesão e desejo, era diferente do beijo do Otávio, um beijo de amor, mas mesmo assim era delicioso. Estávamos ali, nos beijando e acariciando quando escuto um murro na lataria do carro. Quando olhei pra traz era ele, o Otávio.
- Que porra é essa?! – Perguntou o Lipe.
- Abre! – era o Otávio já na minha janela.
- Tavinho, eu posso explicar... – A cara dele estava irreconhecível de tanto ódio que sentia, de verdade eu estava com medo. Ele agarrou minha camisa e me puxou para fora do carro.
- Então é por esse filho da puta que você me trocou?! Fala!
- Não Otávio! Não é nada disso! A gente começou a namorar hoje.
- Mentiroso do caralho! – Então o Lipe saiu do carro e já ia pra cima do Otávio.
- Larga ele porra! Ficou maluco?
- Oh viado! Cala essa porra dessa boca ou eu te arrebento aqui mesmo!
- Como é?
- Philipe, vai pra casa! – falei, tentando evitar um assassinato ali na rua.
- Mas amor ele vai te machucar!
- Não vai não, vai pra casa agora Philipe. – ele ficou vermelho, mas acabou saindo do carro com a mochila e foi em direção a sua casa.
- Qualquer coisa me liga.
- Filho da puta!
- Otávio, porque essa violência toda?
- Cala a boca! Você só vai ouvir. Eu nem sei porque não te meto a porrada agora, você não sabe a vontade que eu estou.
- Você não vai fazer isso.
- Claro que não, porque eu sou um babaca apaixonado. Enquanto eu estou aqui chorando por você já foi dar o cu pra outro.
- Me respeita!
- Respeitar porra nenhuma! Escrotos como você a gente não respeita, a gente mete a porrada. Como você pôde fazer isso comigo? Como pôde me trair assim?
- Mas nós não estamos namorando mais...
- E você acha que eu acredito que vocês nunca tiveram nada? Acha que sou Otário assim mesmo, nesse nível? Você foi tão filho da puta que eu nem sei porque estou aqui gastando meu tempo com você. Eu te dei tudo o que você quis, eu te amei de verdade, aguentei calado as humilhações que passei, as suas manias, suas criancices, suas viadagens, tudo! E porque? Por que eu te amo, na verdade eu te amei e você não me valorizou nem um pouco, não me respeitou, não me amou de volta, você não sabe amar, só ama você mesmo! Você é um egoísta filho da puta! Só pensa em você, só pensa no seu prazer, na sua felicidade. Agora desejo muito que você se foda! Vocês dois se fodam muito. – Ele virou as costas e foi para casa. Eu mais que depressa fui atrás, mas como tive que trancar o carro ele conseguiu subir primeiro.
- Otávio? – fui até o quarto e ele estava lá arrumando sua mala.
- Se eu fosse você sairia daqui e me deixaria em paz, ou eu posso esquecer o que você significa pra mim.
- Não vai embora, por favor.
- Por que? Precisa de mim pra que ainda? Seus pés não estão limpos ainda? Desculpa, o capacho aqui já está bem surrado. Vai lá atrás do seu capacho novo! - Não resisti mais e comecei a chorar, ver ele me tratando daquele jeito era doloroso demais. – Não adianta chorar não, porque eu não acredito mais nisso! – Ele terminou de arrumar a mala. – Amanhã eu venho buscar o resto.
- Tavinho, não faz isso.
- Você foi uma decepção, que você seja feliz com seu namorado. – dessa vez foi ele que chorou. Depois passou pela porta e a bateu com força.
Otávio:
Cícero: Açúcar ou adoçante (https://www.youtube.com/watch?v=B4-nz0GPiJs)
Entra pra ver
Como você deixou o lugar
E o tempo que levou pra arrumar
Aquela gaveta
Entra pra ver
Mas tira o sapato pra entrar
Cuidado que eu mudei de lugar
Algumas certezas
Pra não te magoar
Não tem porquê
Pra ajudar teu analista:
"Desculpa"
Mas se você quiser
Alguém pra amar
Ainda
Mas se você quiser
Alguém pra amar
Ainda
Hoje não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém
Mas fica um pouco mais
Que tal mais um café?
Ainda lembra disso?
Que bom
Mas se você quiser
Alguém pra amar
Ainda
Mas se você quiser
Alguém pra anular
Ainda
Desculpa, não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém
Eu estava com a alma lavada. Bem ainda não tão lavada assim, para tanto eu tinha que ter quebrado a cara do namoradinho dele. Que ódio quando eu o vi dentro daquele carro, beijando aquele filho da puta, doeu demais ver aquela cena, mas não consegui chorar, só consegui sentir raiva, muita raiva. E eu ainda sentia isso, raiva do Bruno, raiva do namoradinho dele, raiva de mim principalmente, pois fiz tudo para aquele traidor desgraçado para ele me tratar desse jeito. Foi realmente algo que me derrubou.
Também não falei para ele tudo o que eu gostaria, não joguei na cara dele tudo o que estava entalado, mas deu pra tirar um fardo que estava na minhas costas a um bom tempo. Peguei um taxi e fui para um hotel e lá, como não podia ser diferente, eu chorei mais uma vez por ele, mas jurei pra mim mesmo que seria a última... bem, eu ia tentar. Tomei um banho e por fim fui dormir.
Acordei mais tarde que o normal e liguei pro trabalho, avisando que talvez não iria trabalhar porque tinha que fazer minha mudança, meu superior aceitou a justificativa, mas eu iria perder o dia. Não estava nem ai, queria resolver minha vida logo. Pela internet eu vi o que precisava comprar ainda e fui gastando um pouco do que tinha guardado. Do hotel fui direto à imobiliária do amigo do meu pai e assinei os documentos, deixando três meses pagos de uma vez. Ele me entregou a chave e fui direto para lá.
A vizinhança era muito tranquila, bairro residencial de zona média alta. O prédio era lindo e com certeza eu ia adorar morar ali. Cheguei e falei com o porteiro que deixou eu entrar. Ao chegar no apartamento eu fiquei maravilhado. Ele não era muito grande, mas tinha um espaço muito bom, assim como já estava bem estruturado, só faltava mesmo os móveis, até limpo ele já estava. Felizmente a cama chegaria naquele mesmo dia, mas e os montadores? Sabe-se Deus quando eles iriam aparecer. A geladeira também poderia chegar a qualquer momento. Bem, eu fiz uma lista e fui comprar o que eu precisava. Comprei roupas de cama, material de limpeza, um filtro, copos, talheres, itens de cozinha, produtos de higiene pessoal e outras bugigangas. Morri em uma nota, mas valeria a pena. Voltei pro apartamento e arrumei o que podia ser arrumado. Nesse meio tempo chegou a cama e o colchão junto com os montadores, que já deixaram ela pronta para eu dormir.
Então chegou o momento mais difícil, ir à casa do Bruno e buscar minhas coisas. Eu limpei minha parte do armário, levei tudo o que era meu e um porta-retratos com uma foto nossa que ficava sobre a mesa da sala, nem sei porque fiz isso, mas parecia que estava guardando uma das fases mais lindas da minha vida, que realmente eu não queria esquecer.
Ao sair deixei uma carta para ele, dizendo que ele tudo o que ele precisava ouvir. Na saída deixei minha chave com o porteiro e pronto! Nova vida estava começando para mim, novo momento para recomeçar.
Enquanto isso, o Bruno chegava em casa...
O dia no trabalho foi cansativo, e triste demais, nada conseguiu me alegrar. Eu não esperava que o Otávio reagisse daquele jeito, não esperava ouvir aquilo tudo dele, não estava acreditando que tinha o perdido daquela forma tão feia, que possivelmente ele nunca mais estaria comigo. E o pior é o Philipe que ao tentar me alegrar, só me entristecia mais com suas perguntas... Mas finalmente eu iria pra casa e poderia pensar o que poderia fazer pra ter pelo menos a amizade dele de novo.
Quando cheguei ao prédio o porteiro veio falar comigo e me entregou uma chave.
- Sr. Bruno, o sr. Otávio pediu para entregar ao senhor. –
- Que chave é essa, Paulo?
- Bem, ele disse que era da sua casa, ele deixou aqui e pediu para eu entregar ao senhor. Talvez seja uma cópia.
- Obrigado Paulo, sabe se ele está em casa?
- Não, parece que foi viajar, passou aqui cheio de malas.
Eu subi e se confirmou, ele tinha ido embora mesmo. Ao entrar pela sala já senti falta do seu vídeo-game que ficava debaixo da mesinha da sala, no quarto abri o armário e ele tinha levado tudo que era dele. Eu já estava chorando ali... Ao procurar mais alguma coisa que estava faltando, vi em cima da cama viu um envelope então o abri e comecei a ler:
“Oi Bruno. Eu nem sei por onde começar... Eu ainda não acredito que tudo isso está acontecendo... como eu falei ontem, você me decepcionou demais, me machucou demais. Eu nunca tinha sentido tanta dor como estou sentindo, tudo isso porque eu me entreguei de corpo e alma para você, eu dei tudo de mim a você, por que eu acreditei de verdade que você iria cuidar bem do meu coração, acreditei que o que a gente sentia era pra sempre, acreditei que nada nesse mundo poderia nos separar... Mas você me trocou por um rosto bonito, um corpo bonito, talvez por uma rola maior. Se isso é mais importante pra você do que todo amor que eu te dei, ótimo! Seja feliz com seu príncipe encantado! Agora esqueça que eu existo, nunca mais olha na minha cara, nunca mais me procura, nunca mais eu quero saber de você. Eu perdoo muita coisa Bruno e você sabe disso, mas essa traição eu não vou conseguir perdoar. Não entendo porque você fez eu me apaixonar por você pra depois me dispensar como algo descartável. Estou destruído, mas sei que vou me reconstruir, sei que vou dar a volta por cima, vou superar você na minha vida. E quanto ao seu namoradinho, espero mesmo que o orgasmo com ele valha a pena pra você ser feliz de verdade.”
Eu realmente acreditei que ele não ia sumir, achei que ele iria me perdoar, se bem que nem tinha pelo que me perdoar, eu não tinha traído ele... Por aquela carta ele nem me deu oportunidade de me explicar direito, mas eu daria tempo ao tempo.
Eu ia sentir muita falta dele... Quem me chamaria de manhã? Quem faria o café pra mim? Quem dirá quão lindo eu estou? Eu tinha o Lipe, mas não era a mesma coisa, ele era carinhoso, mostrava diariamente que gostava de mim e queria ficar comigo, mas o Tavinho era um irmão pra mim, bem, era mais que um irmão, visto que foram quatro anos de um sexo muito gostoso. Com os dias que foram se passando eu não comentava com o Lipe sobre o Tavinho, mas ele percebia que tinha algo errado, pois minha tristeza era nítida.
Quanto ao Lipe, nós nos encontrávamos quase todos os dias. Ele sempre ia ao meu serviço e me buscava para fazermos alguma coisa. As vezes ia a um barzinho, outra vez ao shopping, cinema, ou na maioria das vezes parávamos na minha casa para fazermos um amorzinho. O sexo com ele era diferente de com o Otávio, ele era mais calmo, gostava da coisa mais devagar, tinha muita preliminar; como o Otávio era mais forte, ele tinha mais pegada, mas mesmo assim era uma delícia, ele era lindo demais e recebe-lo olhando nos seus olhos castanhos era maravilhoso. Mas eu sentia falta do meu Tavinho, que tinha até trocado de telefone para que eu não o procurasse.