Arranquei a camisa dele e tentei abrir, com dificuldade, a fivela do cinto. Ele conseguiu abri-la, jogando o cinto no chão. Depois me ergueu com um das mãos e abriu os botões da minha camisa com a outra. Tirei a minha camisa, calça e cueca e joguei em algum lugar no escuro. Então Travis me beijou, gemendo de encontro a minha boca.
Com alguns pouco movimentos ele estava nu, pressionando o peito contra o meu. Agarrei seu bumbum, mas ele resistiu quando tentei puxa-lo para dentro de mim.
- Nós estamos bêbados – ele disse, respirando com dificuldade.
- Por favor.
Pressionei as pernas contra o quadril dele, desesperado para aliar a queimação entre minhas coxas. Travis estava determinado a fazer com que voltássemos a ficar juntos, e eu não tinha mais nenhuma intenção de lutar contra o inevitável. Assim, estava mais do que pronto para passar a noite enrolado com ele nos lençóis.
- Isso não está certo – ele disse.
Ele estava em cima de mim, pressionando a testa na minha. Eu tinha esperanças de que aquele protesto fosse passageiro, e que eu conseguisse persuadi-lo de que ele estava errado. A forma como parecíamos não ficar longe um do outro era inexplicável, mas eu não precisava mais não precisava mais de nenhuma explicação. Não precisava mais de nenhuma desculpa. Naquele momento, eu só precisava dele.
- Eu quero você.
- Preciso que você diga. – ele falou.
Minhas entranhas gritavam por ele, e eu não suportava esperar nem mais um segundo.
- Eu digo que você quiser.
- Então diz que pertence a mim. Diz que me aceita de volta. Eu só vou fazer isso se estivermos juntos.
- A gente nunca se separou de fato, não é? – perguntei, na esperança de que isso fosse suficiente.
Ele balançou a cabeça, roçando os lábios nos meus.
- Preciso te ouvir dizer. Preciso saber que você é meu.
- Eu sou seu desde o segundo em que nos conhecemos.
Minha voz assumiu um tom de suplica. Em qualquer outro momento, eu teria ficado constrangido, mas eu não me arrependia de nada. Eu tinha lutado contra meus sentimentos, eu os guardara, os afogara em uma garrafa de bebida. Tinha vivenciado os momentos mais felizes da minha vida na Eastern, e todos eles com Travis. Brigando, rindo, amando ou chorando, se fosse com ele, era onde eu queria estar.
Um canto de sua boca se levantou quando ele pôs a mão no meu rosto, depois seus lábios tocaram os meus em um beijo terno. Quando o puxei para junto de mim, ele não resistiu. Seus músculos ficaram tensos, e ele prendeu a respiração enquanto me penetrava.
- Fala de novo – ele pediu.
- Eu sou seu – falei baixinho. Todos os meus nervos desejava ardentemente mais. – Nunca mais quero me separar de você.
- Promete – ele disse, gemendo enquanto me penetrava novamente.
- Eu te amo. Vou te amar pra sempre.
As palavras saíram mais em forma de suspiro, mas meus olhos encontraram os dele enquanto eu as dizia. Pude ver a incerteza naqueles olhos desaparecer, e, até mesmo sob a fraca luz, o rosto dele se iluminou.
Finalmente satisfeito, ele selou sua boca na minha.
*
*
*
Travis me acordou com beijos. Eu sentia a cabeça pesada e anuviada por causa dos muitos drinques que bebera na noite anterior, mas a cena que se desenrolara momentos antes de eu dormir voltava à minha mete em detalhes vividos. Lábios macios percorriam cada centímetro da minha mão, do meu braço e do meu pescoço, e, quando ele chegou aos meus lábios eu sorri.
- Bom dia – falei, com a boca encostada na dele.
Ele não disse nado; seus lábios continuaram investigando os meus. Seus braços fortes me envolveram, e então ele enterrou o rosto no meu pescoço.
- Você está quieto hoje – falei, percorrendo com as mãos a pele desnuda de suas costas. Fui descendo com ela até o bumbum, e então enganchei a perna no quadril dele, beijando sua bochecha.
Ele balançou a cabeça.
- Eu só quero ficar assim.
Franzi a testa.
- Eu perdi alguma coisa?
- Eu não pretendia te acordar. Por que você não volta a dormir?
Eu me inclinei no travesseiro dele e ergui seu queixo. Seus olhos estavam injetados, e a pele em torno deles, vermelha e inchada.
- Tem alguma coisa errada com você? – perguntei alarmado. Ele colocou minha mão na dele e a beijou, pressionando a testa no meu pescoço.
- Só volta a dormir, Beija-Flor. Por favor.
- Aconteceu alguma coisa? É a America?
Com essa última pergunta eu me sentei na cama. Mesmo vendo o medo em meus olhos, a expressão dele não se alterou. Ele simplesmente soltou um suspiro e se sentou também, olhando para minha mão na dele.
- Não... a America está bem. Eles chegaram em casa por volta das quatro da manhã. Estão na cama ainda. É cedo, vamos voltar a dormir.
Sentindo o coração martelando no peito, eu sabia que não tinha como voltar a dormir. Travis pegou meu rosto com ambas as mãos e me beijou. Sua boca se movia de um jeito diferente, como se estivéssemos nos beijando pela última vez. Ele me abaixou até o Travesseiro, me beijou mais ma vez e depois descansou a cabeça no meu peito, envolvendo-me apertado com os braços.
Todos os possíveis motivos para o comportamento de Travis me passaram pela cabeça, como canais de televisão. Abracei-o junto a mim, com medo de perguntar.
- Você dormiu?
- Eu... não consegui. Eu não queria... – a voz falhou.
Beijei a testa dele.
- Seja o que for, a gente vai resolver, tá? Porque você não dorme um pouco? Vamos pensar nisso quando você acordar.
Ele ergueu a cabeça e analisou meu rosto. Vi desconfiança e esperança nos seus olhos.
- O que você quer dizer? Que a gente vai resolver, seja lá o que for? – Franzi as sobrancelhas, confuso. Eu não podia imaginar o que tinha acontecido enquanto eu estava dormindo que tinha o deixado tão agoniado.
- Eu não sei o que está acontecendo, mas eu estou aqui.
- Você está aqui? Você vai ficar aqui? Comigo?
Eu sabia que minha expressão era ridícula, mas minha cabeça girando por causa do álcool e das perguntas bizarras do Travis.
- Vou. Achei que a gente tinha discutido isso ontem à noite, não?
- Discutimos, sim – ele assentiu, encorajado.
Olhei a esmo pelo quarto, pensando. As paredes não estavam mais vazias como quando tínhamos nos conhecido. Estavam cheias de bugigangas de lugares onde havíamos passado algum tempo juntos, e a tinta branca era interrompida por molduras negras contendo fotos minhas, do Totó e de nosso grupo de amigos. Uma moldura maior com uma foto de nós dois na minha festa de aniversario estava no lugar do sombreiro que antes ficava pendurado por um prego sobre a cabeceira da cama.
Estreitei os olhos na direção dele.
- Você achou que eu ia acordar bravo com você, não é? Achou que eu ia embora?
Ele deu de ombros, numa fracassada tentativa de demonstrar indiferença que antes lhe era tão natural.
- Você é famoso por isso.
- É por isso que você está tão perturbado? Você ficou acordado a noite toda se preocupando com o que ia acontecer quando eu acordasse?
Ele se mexeu, como se suas próximas palavras fossem difíceis de dizer.
- Eu não queria que a noite passada acontecesse daquele jeito. Eu estava meio bêbado, fiquei te perseguindo na festa como um maníaco, depois te arrastei pra cá contra a sua vontade... e aí a gente.... – Ele balançou a cabeça, claramente atormentado com as lembranças que desfilavam em sua mente.
- Transou e fez o melhor sexo da minha vida? – sorri, apertando a mão dele.
Travis deu risada mais uma vez, e a tensão em torno de seus olhos foi se derretendo lentamente.
- Então estamos bem?
Eu o beijei, pegando o rosto dele com ternura.
- Estamos, bobão. Eu prometi, não foi? Eu te falei tudo que você queria ouvir, a gente voltou a namorar, e nem assim você fica feliz?
Seu rosto se comprimiu em torno do sorriso.
- Travis, para. Eu te amo – falei, alisando as linhas de preocupação que se formavam em volta de seus olhos. – Esse impasse absurdo podia ter acabado no feriado de Ação de Graças, mas....
- Espera... o que? – ele me interrompeu, recuando.
- Eu estava pronto para ceder no Dia de Ação de Graças, mas você disse que estava cansado de tentar me fazer feliz, e fui muito orgulhosa pra te dizer que te queria de volta.
- Você está me zoando, só pode! Eu estava tentando tornar as coisas mais fáceis para você! Você tem idéia de como fiquei triste todo esse tempo?
Franzi a testa.
- Você parecia muito bem depois das férias.
- Aquilo foi por você! Eu tinha medo de te perder se não fingisse que estava de boa com o fato de sermos amigos. Eu podia ter ficado com você esse tempo todo? Que merda, Beija-Flor!
- Eu... – eu não tinha como discutir, ele estava certo. Eu tinha feito com que nós dois sofrêssemos, e não tinha desculpa para isso. – Eu sinto muito.
- Você sente muito? Droga, eu quase me matei de tanto beber. Eu mal conseguia sair da cama, estilhacei meu celular em um milhão de pedaços na véspera do Ano Novo pra não te ligar... e você sente muito?
Mordi o lábio e assenti, envergonhado. Eu não fazia idéia de que ele tinha passado por tudo aquilo, e ouvir aquelas palavras fez com que eu sentisse um aperto no peito.
- Me desculpa, por favor.
- Tudo bem, está desculpado – ele disse, com um largo sorriso. – Mas nunca mais faça isso de novo.
- Não vou fazer. Prometo.
Num lampejo, a covinha dele apareceu, e ele balançou a cabeça.
- Porra, como eu te amo!
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CONTINUA...
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Voltei! Falei que não demorava!!!
CATITA: KKK fico feliz em saber disso, então seja bem vinda(o) <3 acho q não demoro com o próximo, beijinhossss.
HENRINOVEMBRO: KKKK até que enfim nada, por mim eu ficaria mais um mês aonde eu estava hahaha mass tenho minhas responsabilidades :( kkkk já tinha passado da hora rsrsrs
SAFADINHOGOSTOSO: por um lado eu até acho que vc está certo, mas nem todos os relacionamentos são perfeitos....
CINTIA C: é nosso herói hahaha <3
WILLIAN26: com toda certeza kkk
GORDIN.LEITOR: kkkk e vc ainda pergunta como eu aprendi a ser má assim?! Claro que foi com você, querido kkk Nossa meu lindo como você é dramático kkkk Tbm to querendo mais do Betão viu hahaha sabe que eu te adoro né? Beijinhos <3
G18: então somos dois, pois concordo plenamente com isso kkkk