Fui acompanhado por Sergio até o meu quarto. Coloquei uma cueca e peguei um short. Sergio estava sentado e me olhava sério.
Caio: O que foi.
Sergio: Nada, só que estou amarradão em você.
Eu que bebo e ele que se declara? Estava tudo girando, que até parecia mentira. Sergio me puxou para cama enquanto nossos lábios se encontravam novamente. Dessa vez seu beijos estava mais calmo, sua boca explorava cada canto da minha, não estava acreditando que tudo aquilo estava acontecendo.
Os beijos foram se acalmando pausadamente, enquanto eu encarava Sergio que não parava de me olhar.
Sergio: Que noite foi essa??
Caio: Não quero falar sobre coisas ruins hoje.
Sergio: Você está bem?
Caio: Vou ficar. Posse te pedir uma coisa?
Sergio: Fala ai.
Caio: Dorme comigo hoje?
Sergio fez sim com a cabeça, estava com a cabeça girando com tudo aquilo que estava acontecendo. Porque Marcelo encomendou aquele assalto e mesmo assim insistiu para eu registrar a ocorrência se ele mesmo estava por traz daquilo tudo? Eu precisava de algumas respostas, mas no momento o que eu sentia por ele era repulsa. Sei que agressão não era a melhor saída naquele momento e que eu poderia ir parar na delegacia, mas a minha sorte se é que posso dizer que foi, foi de não ter polícia naquele momento. De certo todos ali tinham algum rabo preso. Me acomodei naqueles baços fortes de Sergio e apaguei.
Sonhei que estava numa viagem com Sergio, e o avião estava em turbulência, fazendo todos os passageiros entrarem em desespero, e eu claro fui um dos principais em achar que estava caindo. Acordei no meio da madrugada e Sergio ainda estava ali do meu lado, ele tinha o sono pesado e por incrível que pareça era muito lindo dormindo. Me virei para o outro lado e peguei no sono novamente.
...
Acordei já era 10:00 horas no domingo, Sergio não estava na cama e eu escutava a tv na sala ligada. Levantei lavei meu rosto, escovei os dentes e ainda sim estava sentindo cheiro de álcool no corpo. Tomei um banho rápido, minha cabeça doía um pouco, por conta da bebida, eu não sou de beber todo fim de semana igual muitas pessoas fazem, porém quando acabo bebendo passo dos limites as vezes.
Coloquei uma cueca e uma bermuda e fui para sala. Sergio estava deitado vendo desenhos, sim aquele ogro gostava de desenhos.
Caio: Bom dia
Sergio: Acordou o belo, bom dia já fiz o café, estava esperando você para me acompanhar.
Caio: Não precisava ter esperado...
Sergio: Fiquei deitado ali vendo desenhos.
Caio: Você adora desenhos né?
Sergio: Sim, principalmente esses antigos.
Sergio se levantou e veio até mim selando sua boca na minha. Apenas correspondi aquele beijo sem dizer algo, afinal pensei que ele iria fingir que nada houvesse acontecido ou que foi algo da minha cabeça.
Caio: Não estou acreditando nisso, em nós...
Sergio: Eu também to bem confuso sabe, mas tu me chama muito a atenção brother, me fez despertar ciúmes coisa que nunca senti por alguém, ou melhor por um homem.
Caio: Eu sei, eu também logo de cara senti algo por você Sergio, mas minha aceitação foi melhor que a sua, afinal acho que no fundo no fundo não sentia aquele tesão por uma mulher.
Sergio: Eu sei como se sente, tentei namorar por diversas vezes, mas tenho medo de machucar as pessoas ao meu redor.
Caio: Do que você tem medo?
Sergio: Das pessoas, dos seres humanos, sinto nojo de mim.
Caio: Quem sente nojo de si próprio? Precisa ter um motivo muito grande.
Sergio: Eu tenho dois... Disse Sergio com um semblante sério mas só que ao mesmo tempo triste.
Caio: Então me fala...
Sergio: Não tenho coragem, sou um covarde.
Caio: Bom tudo tem seu tempo, e você tem o seu, estarei a todo ouvidos quando quiser me falar algo.
Sergio: Eu sei mané, obrigado por me entender.
Sergio me abraçou forte quase tirando meus ossos fora do lugar, era tão bonito ver aquele brutamontes demonstrando sentimentos. Ok eu sei que sou marrento, chato mas ele também era, acho que isso que nos ligou um no outro.
Tomamos café enquanto Sergio falava algumas besteiras pela manhã. Confesso que fiquei encucado com o segredo que ele guardava, passava mil coisas na minha cabeça. Acabei que deixando tudo aquilo de lado afinal precisava dar um voto de confiança a ele.
Sergio: Cako, preciso ir no mercado hoje, comprar algumas coisas vamos comigo?
Caio: Você me chamou de que?
Sergio: Cako. Disse Sergio me olhando querendo dar risada,
Caio: Quem te deu essa liberdade?
Sergio: Você, ou eu não posso te chamar assim?
Caio: Pode sim, só achei engraçado.
Sergio: Tenho cara de palhaço man?
Caio: Claro que não.
Sergio: Ocupa logo essa boca antes que eu ocupe.
Caio: Prefiro que você ocupe então.
Sergio se inclinou na mesa me dando um beijo, ou melhor mordeu meus lábios, quase arrancando-os. Era uma demonstração de afeto daquele machão e eu achava muito lindo. Sim eu estava todo bobo com ele.
Terminamos o café e ficamos deitado no sofá vendo desenhos, Sergio parecia uma criança rindo dos desenhos, deitado em meu colo enquanto eu acariciava seus cabelos. Aquele puta cara gostoso deitado ali no meu colo. Uma coisa que me chamava atenção em Sergio era seu sorriso gostava de vê-lo rindo ainda mais quando se tratava estar ao meu lado.
Caio: Sergio pode deixar que a compra desse mês eu faço.
Sergio: Não precisa Caio, enquanto você não arruma emprego tento segurar as pontas aqui.
Caio: Então vamos dividir os gastos então pago metade e você a outra.
Sergio: Tudo bem, ta afim de almoçar o que?
Caio: Sinceramente estou sem fome, prefiro ficar aqui deitado com você.
Sergio: Que bom que falou isso, pois eu também não estava afim de cozinhar e sim de te dar uns beijos.
Caio; E não está me beijando porque?
Sergio: Porque estou vendo desenhos. Disse Sergio serio.
Caio: Serio isso?
Sergio: Aham...
Levantei do sofá e empurrei Sergio que caiu de leve no chão, fui em direção ao quarto quando fui surpreendido por ele, prensando seu corpo ao meu na parede do corredor.
Sergio: Para de charme, eu estava brincando. Disse ele me apertando mais ainda
Caio: Estava?
Sergio: Sim...
Caio: Eu também.
Olhei seriamente em seus olhos e grudei em seu pescoço puxando para um beijo fervoroso. As mãos de Sergio percorriam por cada centímetro do meu corpo, sua mão era macia, grande e sua pegada era coisa de outro mundo. Aquilo estava me dando um puta tesão. Fiquei pensando seria errado ir para cama na primeira noite?
Continuamos ali nos pegando feito louco, aquele ponto eu já estava de barraca armada e Sergio também estava, senti isso quando fui pressionado mais ainda contra parede.
Puxei-o pela camisa guiando para meu quarto, fui empurrado para a cama e senti o peso de Sergio sobre mim. Ele estava sobre mim agora e seu olhar percorria por todo meu corpo. Continuamos aos beijos e apertos. O que era aquela bunda durinha, isso sim era exercícios. Aquela barriga trincada que dava até gosto de passar a mão. Senti aquela tora pulsando sobre meu corpo. Estava prestes a arrancar a sua roupa quando fui interrompido.
Sergio: Cara eu não posso, não to preparado. Não é nada com você eu to com um puta tesão em você, mas tenho medo, sei que não vai me entender mas preciso de um tempo pra absorver tudo isso.
Caio: Tudo bem, está certo, eu espero. Desculpa se pareci invasivo não foi a intensão. Estava me sentindo um tarado naquele momento.
Sergio: Não é nada em você, você é perfeito só preciso aceitar essa ideia de estar com um cara.
Caio: Tudo bem.
Conti minha cara de decepção. Se Sergio tinha um motivo eu teria que aceitar, eu poderia esperar ele se decidir, e ver o que queria da vida dele.
Me sentei na cama e peguei o celular, precisava disfarçar aquele clima;
Caio: Então vamos nos arrumar e ir ao mercado?
Sergio: Boa ideia.
Caio: Se importa de eu dirigir?
Sergio: Você é habilitado pra isso?
Caio: Claro que sou. Preciso dirigir e aprender a me virar por aqui.
Sergio: Ta certo, a chave está em cima da geladeira, pega lá que vou trocar de camiseta.
Ele não botava fé que eu dirigia bem, até eu provar o contrário. Pegamos o elevador, que por sinal estava vazio o que foi oportunidade pra darmos uns beijos. Já estava viciado naquela boca e claro em Sergio.
Sergio foi me guiando até o mercado mais próximo, estava aprendendo todos os caminhos e atalhos por ali.
Sergio: Até que você dirige bem, porém é muito lerdo.
Caio: Não sou lerdo, estou respeitando o limite de velocidade.
Sergio: Aqui não tem radar...
Caio: Até você levar uma multa né? Olhei fixamente.
Caio: Agora sossega o rabo ai, quem manda agora sou eu.
Sergio: Não vou voltar com você dirigindo, na volta o volante é meu.
Caio: Ok, seu chato. Disse fazendo uma careta.
Chegamos ao mercado pela tarde, o que me surpreendeu de não estar cheio, era domingo e geralmente dia de domingo os supermercados lotam.
Caio: Sergio, se importa de dirigir o carrinho. Não gosto!
Sergio: Tudo bem, não ligo
Caio: Ufa, que ótimo.
Foi uma tarde muito gostosa ir ao supermercado com Sergio, estávamos nos dando bem, gosto muito de ir ao supermercado o que não gosto é de ter que empurrar um carrinho de compras, já Sergio não se importava então respirei aliviado. Compramos algumas coisas que estavam faltando e algumas coisas que Sergio não consumia muito mas por outro lado eu gostava. Variamos no cardápio já que eu tomaria controle sobre a cozinha também.
A tarde estava ótima até encontrarmos a garota que estava no apartamento com Sergio na noite que fui assaltado.
CONTINUA...
Boa noite galera linda, eu não ia postar nada por hoje, mas como pediram acabei fazendo essa parte. Não está tão grande como de costume mas como eu iria postar só na segunda à noite então resolvi fazer uma parte hoje.
Amanhã volto com uma parte mais elaborada e com a continuação do que rolou no supermercado.
Aguardem.
Um grande abraço a todos.