Oi meus lindos e lindas. Tá dificil manter o ritmo das postagens, mas estou me esforçando kkkk. Agradeço a todos que continuam lendo, comentando e votando, claro. Beijo a todos.
Monster: É com estupro não tem como concordar, deve ser algo realmente traumatizante. Mas mesmo sabendo tudo o que o Bruno fez, foi dificil escrever essa surra que ele levou... sei lá, eu gosto dele kkkk. Obrigado querido, abração.
Gordin.leitor: Oi meu amorzinho, Hum... será que foi o Otávio? Foi pesado mesmo, mas não chega nem aos pés do Adestrando o Betão, nem na violência nem na qualidade. Você é um escritor fantástico, além de ser essa pessoa deliciosa que vc é. Beijos meu lindo.
Gik: Foi realmente para descarregar tudo o que vocês estavam sentindo pelo Bruno, mas infelizmente a dor dele ainda não acabou. Para satisfazer os desejos de vocês de vingança. Beijo lindão.
Flor de Maio: Obrigado querida. Eu também sinto pena dele e o Otávio sempre perfeito não é? Vamos ver se vai ter reconciliação, não sei não heim... Beijo linda.
SafadinhoGostosoo: KKK vocês são sanguinários kkkk Apaixonados pelo Otávio. Espero que ambos sejam felizes. beijo lindão.
Isaac.I.: Meu Deus, que maldade de vcs kkkk Obrigado pelo comentário lindão.
VALTERSÓ: O Otávio consegue transformar seu sofrimento em força pra lutar pelo que quer, essa é a maior qualidade dele. O Bruno tem que aprender com esses problemas na vida dele, mas vamos acompanhar. Obrigado pelo comentário meu querido.
Negagata78: Vai descobrir hj linda.
CintiaC: Acho que depois dessa o Bruno não vai mais querer saber do Principe dele... Beijão linda.
Rogean: Essa pisa foi merecida né? kkkk Coitadinho. Obrigado pelo comentário.
Plutão: Obrigado querido. Sobre a surra, tudo vai se descoberto hoje. Obrigado queridão. Bjuu.
Regil069: Mistério sobre quem deu o castigo merecido no filipe, mas tudo será desvendado hoje. Obrigado pelo comentário.
Chria:kkkk vocês adoram sangue kkkk
FlaAngel: Obrigado Angel, faço o melhor pra vocês mesmo. Bju.
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Suas mãos estavam doendo muito, alguns dedos esfolados, seu lábio estava cortado, também sua camisa estava suja de sangue, mas um sorriso de satisfação estava no seu rosto, primeiro porque o sangue não era o dele, mas sim do namorado do seu ex e segundo porque lavou sua alma naquela surra.
Otávio estava sentado no sofá da sua casa recobrando o fôlego, pensando em como foi bom ouvir aquele cara implorando pra não apanhar mais. Mas ele não parou, afinal, o outro não tinha parado de bater no Bruno até o deixar inconsciente, ele também só pararia quando o outro estivesse desacordado. Ali sentado ele lembrou no desespero que foi saber que seu amor estava internado, que havia sido surrado pelo ex namorado. Ele não deixaria barato, juntou a fome à vontade de comer e procurou o garoto para acertar as contas.
Otávio:
- Como assim espancado?? – Já estava gritando contra o telefone, por onde meu pai me dava aquela triste notícia.
- É, parece que ele brigou com alguém e saiu na pior. – nessa hora eu já começava a lacrimejar.
- Pai! Pelo amor de Deus, como ele está?
- Calma Otávio, se eu soubesse que você ficaria assim eu nem teria contado nada.
- Como ficar calmo?! É do Bruno que estamos falando!
- Sim, mas o que você tem haver com isso? Afinal, você não detesta ele? – meu pai era um pé no saco as vezes.
Com certeza ele queria saber o que eu sentia pelo Bruno e já tinha pescado. É, eu ainda o amava... mas tinha como eu deixar de amar? Tinha como eu esquecer aquele garoto? Por mais que eu tentei, não consegui, não consegui ficar longe também. Hora ou outra eu entrava no facebook dele para ver como estava sua vida, adorava ver fotos novas, adorava saber dele, mas falar com ele, jamais!
- O que eu tenho haver? Nada, claro. Mas fico preocupado, afinal conheço ele desde criança, não vou desejar o mal dele.
- Te entendo... Mas fique tranquilo, a Sônia contou que ele só fraturou uma costela, quebrou o nariz, cortou a testa, e alguns machucados pelo corpo, mas...
- Só?? E você fala só?!
- Sim, poderia ter sido bem pior. Agora ele está em casa já, a mãe está com ele.
- É... mas como ele foi ao hospital?
- Uma amiga dele o levou, o cara largou ele desacordado em casa, deve ter sido uma tentativa de assalto, ou alguém próximo dele.
- Foi aquele filho da puta! Só pode.
- Quem?
- Deixa pra lá pai. Manda um abraço meu à dona Sônia, eu preciso resolver algumas coisas aqui.
- Você está bem filho?
- Claro! Estou ótimo. Manda um beijo pra mãe. Até mais.
Depois disso a primeira coisa que ele fez foi ir atrás dessa amiga do Bruno. Ele sabia que o ex tinha poucas amigas a quem recorreria, então ligou para as duas que ele conhecia.
- Emily?
- Oi, quem é?
- Otávio, tudo bem?
- Otávio? O ex do Bruno?
- Isso, se lembra de mim?
- Lembro sim, tudo bem?
- Sim, seguindo e você?
- Bem também. Então, eu queria saber do Bruno.
- Você quer saber quem foi não é?
- Quero.
- Para que?
- Você acha que o Bruno mereceu o que aconteceu com ele?
- Não, claro que não.
- Então me diz quem foi.
- O que você vai fazer?
- Foi o Philipe não foi?
- Otávio, não me faz...
- Foi ele ou não?
- Foi.
- Ok, obrigado. Não conta ao Bruno que eu te liguei.
- Não quer saber como ele está?
- Eu já sei como ele está. Pode ficar tranquila, o Philipe só vai ganhar o mesmo que o Bruno ganhou.
- Cuidado.
-Ok, obrigado novamente.
Agora era só achar o Philipe e conversar com ele. Mas parecia que o cara tinha desaparecido, tomado chá de sumiço. Um dia, em casa, eu lembrei de uma coisa, eu tinha o desgraçado no facebook desde a época que ele era apenas amigo do Bruno, então foi fácil localizá-lo. Olhando suas fotos identifiquei a academia onde ele malhava e pelo horário postado, o possível horário que ele costumava malhar, como estava perto da hora, parti pra lá.
Cheguei na academia e fiquei fazendo hora, falando que queria me matricular etc, então fui conhecer o lugar e quando entrei na musculação eu o vi, estava malhando, conversando e rindo com alguns caras. Que ódio que eu senti dele, minha vontade era pegar ele ali mesmo, mas não, tudo teria seu tempo.
Fiquei no carro do lado de fora esperando e pra minha sorte não demorou muito pra ele sair. Então o segui até um bairro residencial e quando ele parou eu parei um pouco atrás e quando desceu eu o chamei.
- Filipe! – foi ótimo ver a cara dele, espantado por me ver. Ele continuou andando, mas eu o alcancei – Eu te chamei, não me ouviu?
- O que você quer?
- Conversar com você, te perguntar algumas coisas.
- Some daqui! – ele tentava sair, mas eu não deixava – Solta meu braço cara, ou então...
- Ou o que? Vai fazer comigo o que fez com o Bruno? – Ele me olhou fixamente, quase conferindo o que eu sabia.
- Eu não fiz nada com ele. – eu então segurei seu dedo e comecei a torcer. – AI porra! Tá doido mano? Solta meu dedo!
- Vai continuar mentindo pra mim?
- Não fiz nada com ele AHHH! – Torci mais o dedo e logo ia quebrar.
- Vai quebrar...
- Só fiz o que aquele escroto merecia! Dei uma sova nele. – torci de vez e quebrei o dedo dele. – Ahhh filho da puta!!! Meu dedo porra!!!
- É só o começo desgraçado! Agora eu vou fazer com você o que você fez com ele.
- Eu não sou frouxo igual ele não, vem bonitão! Vem que eu vou te estourar a cara, igualzinho eu fiz com ele, e talvez eu coma seu rabo também pra você aprender a não mexer com os outros!
Foi a gota. O primeiro soco eu errei e ele me acertou um que machucou meu lábio, mas o cara era fraco. Eu comecei a bater nele e já no terceiro soco ele estava cuspindo sangue com um dente junto. Continuei batendo só na cara, depois na barriga. Quando ele caiu eu o chutei, ele se protegeu com o braço, que com certeza deve ter quebrado também.
- Chega cara! Chega! Porra, tu já me estrupiou, já deu!
- Deu não Filipinho. Pelo que eu soube você só parou quando o Bruno estava inconsciente, então ainda falta. – Montei nos peitos dele e comecei a socar a cara. Por fim ele desmaiou. Então levantei, entrei no carro e fui embora.
Ali em casa eu pensava em como a vingança era algo gostoso, mas a que preço! Admito que estava feliz por ter socado a cara dele, mas... e o Bruno? Como pode se envolver com um cara escroto desse? Onde será que eu errei na nossa relação pra ele preferir aquilo à mim? Eu nunca levantaria a mão pra ele! E como aquele cara teve coragem de bater nele? Lindo daquele jeito, parece uma taça de cristal que a gente pega com cuidado pra não quebrar. Mas não, o desgraçado pegou, bebeu tudo o que tinha dentro e depois quebrou a minha taça. Enfim... foi escolha dele.
“ Será que ele está bem?” – pensei. – “ E se eu ligar? Não vai fazer mal ligar pra saber notícias”. “ Mas não é possível que eu quero me aproximar dele de novo! Depois de tudo o que ele me fez, eu quero mesmo voltar pra ele?”. “ De qualquer forma vou ligar e ver o que acontece”.
Certo disso eu levei a mão ao bolso e peguei o celular. Entretanto, neste momento ouvi o alerta e viu um ícone, informando que um e-mail havia chegado. Abri este e-mail e não acreditei no que estava escrito ali. Parecia que era uma resposta do destino para os meus problemas, eu havia ganhado a bolsa. Li o e-mail umas três vezes, ainda peguei minha carteira de identidade para conferir meu nome e meu número de registro, era eu mesmo; iria para Bologna na Itália e ficaria lá por um ano.
Eu fiquei feliz, mas não comemorei e também não consegui dormir. Tinha apenas dois meses para me preparar, e lá as aulas começavam em Setembro, achei pouco tempo, mas atrasaram o processo de seleção e acabaram, de certa forma, atrasando a saída do resultado, enfim, teria uma reunião para tudo ser explicado.
O tempo foi passando e comecei a organizar minhas coisas. Meu pai adorou a ideia, mas minha mãe ficou louca, ela não queria que eu fosse para tão longe, porém meu pai conseguiu convencê-la. Então começamos os preparativos. Primeiro comecei a pensar nos meus documentos, visto, e tudo mais.
Os meses correram! Fui pensando em como resolver tudo e fazendo o que dava pra fazer até que chegou a semana da viagem. Eu coloquei meus móveis em um depósito, preparei todos os documentos; lá eu ficaria na casa de uma prima de 18º grau da minha mãe, que ela garimpou para encontrar e por fim só faltava fazer minha mala para a viagem. Mas antes de ir para a casa dos meus pais me preparar para a mudança, eu tinha que resolver um último assunto.
Em todos esses meses nós dois não nos falamos nem uma vez, pois eu queria esquecer ele, também tinha meu orgulho. Porém eu iria ficar um ano fora, aquilo me agoniava, ele sempre foi meu melhor amigo, como eu não iria me despedir dele? Fiquei ponderando isso a semana toda e no dia anterior a minha ida para o Rio eu resolvi tentar pelo menos uma vez. Peguei o telefone e disquei o número dele, chamou três vezes e ele atendeu.
- Alô.
- Oi! – falei animado.
- Quem é?
- Otávio.
- Otávio?? Sério? Nossa! Quanto tempo heim.
- É verdade, muito tempo. Como você está? – falou ele sem ânimo, seco.
- Legal, e você?
- Bem, muito bem. A que devo a honra? – Eu ia captando os sentimentos dele a cada palavra.
- É... Eu... bem... Eu queria saber como você está.
- Estou bem, e você? – Bem? O cara foi muído e diz que está bem?
- Tem certeza?
- Tenho sim. – Aquilo me irritou.
- E as suas costelas, já estão boas? E seu nariz quebrado? E sua testa cortada? Seus machucados estão melhores?
- Otávio...
- Otávio porra nenhuma. Como você foi se envolver com um merda como aquele cara? Agora ta aí! Bem feito sabe! Quem sabe agora você não aprende a dar valor às pessoas.
- Sério isso? Você me ligou pra tripudiar de mim? Você está feliz com o que eu passei? Está feliz por eu ter sido humilhado, espancado? Está feliz por eu agora não conseguir mais ficar sozinho em casa por causa daquele maldito? Eu cometi um erro Tavinho e eu estou assumindo as consequências desses meus atos, agora não esperava que você fosse fazer o que está fazendo agora, eu já te pedi desculpas cara, quer que eu peça de novo?... Se passaram seis meses e ainda está com raiva?
- Bruno, você não tem noção do que aconteceu, né?
- Tenho, por isso estou aqui me humilhando, te pedindo desculpas.
- Não sei cara, não parece... Tem como você ser verdadeiro comigo? Se eu perguntei se você estava bem era porque estava preocupado com você. Mas você continua o mesmo egoísta de sempre, só pensando em você. Eu estou arrependido por ter te ligado e desculpa ter te incomodado, não vai mais acontecer.
- Bem, já que é assim, então te peço desculpa mais uma vez por tudo o que eu te fiz... Me perdoa. E... eu só queria te dizer mais uma coisa. Independente de qualquer coisa, você sempre vai ser meu melhor amigo e eu sou muito grato a Deus por ter colocado você na minha vida. Sou muito grato a você, que me ajudou muito sempre e agora que vou caminhar sozinho quero que você saiba isso. Eu te amo Otávio. O que aconteceu foi que o desgaste da nossa relação, associado às investidas daquele maldito fizeram eu achar que amava ele, mas não, amor eu só sinto por uma pessoa... E... – sua voz embargou e deu pra perceber que ele já estava chorando – Eu sei que eu errei com você... Eu desejo a sua felicidade, mesmo que para isso eu tenha que sumir da sua vida...
- Não é bem assim Bruno... – ele me interrompeu.
- Deixa eu terminar! Você foi e é o meu primeiro amor e ver você assim, tão magoado comigo me machuca tanto, mas fico satisfeito em saber você é forte o bastante para se cuidar e sei que a vida vai colocar alguém para te fazer feliz, já que eu não fui capaz... Enfim, quero que você seja muito feliz e não se esquece de mim, pelo menos como aqueles moleques que corriam para lá e pra cá, fazendo merda. Lembra da minha amizade pelo menos, se você se lembrar de mim eu já fico satisfeito.
- Você está falando como se fosse morrer, está me assustando.
- Não, não vou morrer, mas tem coisas que nós temos que falar.
- O problema é que você esperou tudo isso acontecer para ser sincero comigo...
- Se nós não aprendermos com nossos erros, nunca aprenderemos.
- É, você amadureceu... Eu vou embora, vou ficar um tempo fora.
- Embora?? Pra onde?
- Bologna. Ganhei uma bolsa pra estudar lá. Vou ficar fora um ano.
- Nossa! Que legal! Fico muito feliz por você, de verdade.
- Obrigado... Você vai ficar bem?
- Vou tentar... minha mãe está cuidando de mim.
- Eu queria poder cuidar de você. – Agora eu chorava.
- Eu também adoraria... mas sei que não dá. – Um silêncio constrangedor caiu sobre nós e não conseguimos falar mais nada.
- Quando eu voltar eu te aviso...
- Tudo bem... Tchau Otávio, boa sorte.
- Obrigado, e pode deixar de ter medo, aquele babaca nunca mais vai mexer com ninguém.
- Foi você não foi?
- Ninguém mexe com quem eu amo... Tchau.
- Tchau Tavinho.