Olá meninas, desculpem a demora, eu estive muito ocupada essa semana, senti saudades de vocês e suas opiniões, hoje postarei dois capítulos, assim mata a saudade. Bora pro conto?
Continuando...
Enquanto isso, a Flávia dormia, mas é hora de chamar:
- Flávia acorda. São 6:30.
- Bom dia também, nossa que cedo.
- Anda, toma um banho se veste, o café ta na mesa e depois te dou uma carona.
- Mereço nem um beijinho de bom dia. (Apenas olhei com um olhar negativo).
Enquanto isso eu que sempre troco de roupa antes de comer, acabei deixando isso pra depois, affs. Como se não bastasse a Flávia me chama do banheiro como se estivesse desesperada:
- Priiii.
- O que é?
- A água não tá saindo, vem cá.
- Não pode ser, isso nunca aconteceu.
- Olha ai pra ver o que foi. (Ela trancou a porta enquanto não percebia).
- Aqui, tá saindo água sim. Deixa eu ir agora, vou me atrasar. Que estranho, a porta emperrou e... cadê a chave daqui?
- Ops. Acho que tranquei sem querer.
- Anda, me da logo a chave.
- Vai ter que vir pegar.
“Estranho como um banheiro pequeno se torna um cenário de caça ao tesouro”
- Me dá logo. Ah olha só minha roupa, vou ter que trocar. (Ela havia me levado pra debaixo do chuveiro ligado).
- Vai trocar sim, eu até ajudo. (Começou a me beijar de leve, rasgando minha camisa).
- O que pensa que está fazendo?
- Te ajudando a trocar de roupa e te deixando excitada.
- Para Flávia, eu preciso ir trabalhar.
- Não vire o rosto, eu sei que você quer. (E voltou a me beijar, mais uma vez estava me deixando levar pelo canto da sereia).
Agora além de perder a hora pra ir trabalhar, me deixei levar, mais uma tranza, só que no chuveiro. Eu a beijava pelo corpo inteiro, beijava sua boca que há 3 anos não sentia, não digo que ainda a amo, mas talvez seja atração.
“Para contar e não ficar sem sentido, Flávia e eu namoramos um tempo, 2 anos quase 3, isso antes de eu partir pra Londres. A relação parecia amor mesmo, no primeiro ano era assim, mas depois começou a ficar chata, sem aquele amor da parte dela, ela me traia que eu sabia, mas como eu era mais frágil antes, me deixava levar pelo primeiro pedido de desculpas dela. Ela foi uma pessoa muito boa pra mim e que ajudou antes, mas isso só vai ser explicado depois kkkkkk).
Até o momento a semana tava começando bem intensa mesmo, depois que transamos embaixo do chuveiro precisava ter uma conversa séria com ela, antes que ela achasse que me dominava:
- Flávia precisamos conversar.
- Claro (Ela vinha em direção a me dar um beijo e desviei).
- Não, é sério.
- Ihhh, pra você rejeitar meus beijos, deve ser algo bem importante mesmo, fala tá me deixando curiosa gata inglesa.
- Não podemos continuar mais com isso e para de me chamar disso, coisa estranha da poxa.
- Nossa, era só pra demonstrar um carinho a essa pessoa que gosto muito. Mas por que não podemos continuar? Você gosta, eu gosto, e caramba, você está me surpreendendo, a forma como tá selvagem e intensa. Nem parece aquela menina que saiu do Brasil, que só sabia ser comida, por que não sabia como retribuir direito.
- Exato, eu não sou mais aquela menina, eu não sou mais aquela pessoa frágil que no primeiro pedido de desculpas se deixava levar, eu mudei muito, não apenas no sexo, mas em tudo.
- Ah isso é por causa das traições, me perdoa tá, eu era muito idiota, tinha a menina mais incrível do mundo comigo e não aproveitei. Eu tinha exatamente sua idade, só que era muito imatura, fui aprendendo a mudar. Já você sempre possuiu essa força madura.
- Flávia eu já te perdoei, por que não ia adiantar eu ficar com remorso e guardando aquilo comigo. Mas realmente o que tem acontecido entre a gente tenha sido saudades que já foram preenchidas e que precisam parar, antes que você comece a confundir e ache que temos algo ainda.
- Sei que não temos nada, mas queríamos que tivesse. Mas não como antes, uma relação sem compromissos mesmo, sem dever ou satisfação nenhuma, apenas pra ir apagando o que restou daquilo.
- Está me propondo um relacionamento aberto?
- Não, estou te propondo um nada, porém um nada com muito sexo e pegada.
- Você realmente nunca teve um juízo muito bom.
- Isso é um sim?
- Não! Isso é um vou pensar quando eu não tiver ocupada, principalmente quando alguém interrompe meus filmes, agora se veste e vai embora.
- Posso ao menos tomar banho?
- NÃÃÃOOO. Perdeu a chance do banho por que quis, agora tchau.
Expulsei ela na maior grosseria mesmo, nem fui trabalhar, desmarquei todos os compromissos do dia, enquanto eu deitei por um tempo na cama pra pensar em tudo, recebo uma mensagem.
“Espero que não se atrase no jantar de sexta, beijos Cristina”.
Como aquela criatura tinha conseguido meu número eu não sei, mas que realmente me fez sorrir um pouquinho. A semana seguiu normal, mesmo que a Cristina ficasse me lembrando do compromisso de sexta, eu não vi mais a Flávia durante esses dias. Sexta chegou, era o dia do jantar e mais uma vez aquela menina mandou mensagem.
“ Finalmente chegou o dia, terei a honra de ter a chata mais uma vez aqui kkkk, brincadeirinha, beijinhos”
Aquela menina realmente não tinha muito juízo não, mas até que eu tava começando a aguentar. Eu encerrei meu expediente, fui até a sala do Digo falar com ele:
- Tô indo viu, preciso me arrumar e ir pra esse jantar.
- Olha tá toda animadinha viu haha.
- Me erra seu chato?
- Eu chato? Nunca querida, sou o ser mais alegre dessa cidade.
- Legal fera.
- Você tá assim por que vai encontrar aquela maluquinha de novo, ai tá toda feliz, fale a verdade.
- Piada mais sem graça essa.
- Não foi piada não. Desde que ela começou a mandar torpedo que você ficou assim, principalmente por que ela veio ser sua paciente.
- Como você sabe que ela me mandou torpedos a semana toda? Não lembro de ter contado esse detalhe por foi corrido demais esses dias. Espera ai! Você que deu meu número foi?
- Bem, na verdade...
- Que idiota, como você faz isso sem me perguntar? E nem foi o do trabalho, foi o meu pessoal. (Falei dando aqueles tapinhas no ombro).
- Achei que ela te fez um bem naquele jantar, você voltou até mais sorridente.
- Mas isso dá o direito de passar o meu número pra ela!
- Eu te fiz um bem querida, agora vai pra casa, toma um banho, se arruma e curte a noite.
- Seu gay.
- Gay não, hétero, aquilo foi curiosidade só. (Falou me abraçando como irmão, amo o Digo, o irmão que nunca tive em sangue, mas em compensação ele é de espírito).
Fui pra casa, me arrumei e seguiria, eles marcaram pras 19:00 e cheguei lá em ponto. Fui recebida, pela governanta que mandou ficar a vontade:
- Senhorita Priscila...
- Priscila apenas.
- Priscila, os senhores Raul e Norma saíram, mas que não demorariam a voltar, a menina Cristina foi com eles.
- Ah, ok, obrigada.
Eu fiquei aguardando, 19:30 e nada, resolvi andar pelo jardim da casa e notei que o pônei não estava mais lá, até que uma voz familiar fala comigo:
- Se procura o pônei, ele foi mandado pra fazenda agora a tarde, por isso meus pais e a Cristina, não estão aqui. (Era a Pâmela na varanda).
- Vocês tem uma casa linda e um jardim perfeito, essa varanda da a impressão de que estamos em uma fazenda.
- Obrigada, cresci aqui, mas nem sempre foi assim.
- Como assim?
- Nada deixa pra lá.
- Me conta. (É serio? Tô interessada nesse assunto mesmo, gente tô mudando mesmo)
- É que esse jardim nem sempre foi assim, só tinha grama, ai depois que a Cristina nasceu, aqui ganhou plantas, flores, alguns coelhos, árvores, labradores.
- Estou surpresa de como os coelhos não comeram todas as flores e plantas. Labradores? Tem quantos aqui?
- Eles brincam pelo jardim, mas não comem, é bem estranho kk. Uns 5 labradores, são fofos pra brincar kkkkk.
- Você sorriu uma vez, acho que isso é bom, você até agora só tinha sido sarcástica e irônica comigo, naquele jantar foi assim kk.
- Desculpa, eu não estava bem naquele dia.
- Sem problemas. Mas eu posso saber o motivo?
- Está sendo curiosa ou fazendo seu trabalho de psicóloga?
- Olha pra você eu deixo os dois sem cobrar nada kk.
- Eu não gosto muito de falar disso, mas vou falar pra você. Eu não tenho uma relação tão boa quanto parece com meus pais.
- Nem dá pra perceber então, eles te tratam bem, sorridentes e tudo, se for teatro, eles merecem óscar.
- Não é teatro, sempre foram amorosos comigo, o problema é que eu nunca tive muita atenção depois que a Cristina e o Henrique nasceram. Pra eles, por eu ser a mais velha, devo ser um exemplo, e que não ligo muito para o carinho por ser ocupada demais.
- Já tentou se abrir pra eles? Conversar e falar o que sente?
- Uma vez já, eles acharam que era apenas ciúmes de irmã.
- Quanto tempo tem isso?
- Uns 5 anos eu acho.
- Muito tempo, eu nem sei qual a sua idade e o que faz, você não se abriu muito durante o jantar.
- Eu tenho 27 e sou juíza.
- Sério? Nem aparenta a idade que tem, parece mais nova. Juíza? Tá explicado aquele olhar desconfiado que me mandou naquela noite. (A Pâmela era linda, loira também, olhos avelã, sorriso que pode até me fazer rir, 1,72 de altura, corpo definido)
- Tenho que ser desconfiada de quase tudo, é do ofício.
- Mas ali era algo em família, com minha presença.
- Você salva minha irmã, cuida dela, a traz e ainda aceita o jantar, precisei desconfiar, achei que você daria um golpe em aceitar o dinheiro do meu pai.
- Que isso, eu não sou assim, salvei por acaso, por que estava perto, ela estava em um beco perigoso, que a noite as pessoas mal vão ali.
- Mas e você? Por que estava lá então?
- Eu deixei meu carro mais perto dali a frente estava lotada com mídia, convidados saindo. Ia demorar muito.
- Se é perigoso, por que ia sozinha?
- Eu sou faixa preta em karatê. Mais alguma pergunta, Meritíssima?
- Desculpa, força do hábito. Mas mudando de assunto, a Cris me disse que você é bissexual. (Ela que havia olhado pra mim rapidamente enquanto estava apoiada de frente a varanda, virou)
- Sim, algum problema?
- Nenhum, é que nunca conheci alguém fora minha irmã, de mulher não.
- Ahta. Nunca?
- Nunca.
- Já beijou alguma mulher, mesmo ela sendo hétera? Sempre rola aquelas festinhas em as amigas se beijam pra chamar atenção e tudo.
- Eu não ando em festinhas, e não, nunca beijei uma mulher na boca. (Tom sério).
- Tem curiosidade?
- Um pouco, sempre quis saber a sensação de ficar com alguém do mesmo sexo.
- Se quiser posso tirar sua dúvida agora. (Falei ficando encostada de costas na varanda também).
- Você quer ser presa por assédio a uma juíza? (Pareceu um tom sério, mas ela riu)
- Tava achando que ia ser presa mesmo.
- Claro que não, foi engraçado a reação.
- Se fazer a pessoa acreditar que ia ver o sol nascer quadrado é engraçado, quero nem pensar o resto.
- Agora que eu percebi, você tem lindos olhos azuis. (Ela falou olhando de um jeito)
- Você também lindos olhos. Mas eu quero te perguntar algo. (Falei com aquela voz de sedutora).
- Pergunte.
- Quer tirar sua curiosidade agora? (Já estava bem perto do rosto dela).
- Claro. (Com aquela baixa)
E começamos a nos beijar, caramba, pra quem nunca beijou uma mulher, ela tá indo bem, não era um beijo pra exibição, ela realmente tinha curiosidade, um beijo calmo, com apenas uns toques nos rostos. Depois que acabamos eu perguntei:
- Então? Foi bom? Diferente? Não gostou?
- Sim, foi bom até demais, diferente sim, mais suave, como se as bocas se entendessem.
- Geralmente dizem que beijo entre mulheres são assim.
- Fico imaginando o...
- O que?
- Nada não.
- Ah saquei, taradona você hahahaha.
- Olha o respeito, se não te jogo na cadeia por assediar uma juíza (soco leve no ombro e rindo)
- Então eu aproveito e digo que fui forçada por alguém com mais autoridade.
- Tem razão, eu mando, você obedece.
- Nunca.
Ficamos rindo um pouco, quem diria, aquela criatura sabia sorrir, o que beijos não fazem né? Ia dar 20:00 hs, os pais e a irmã dela chegaram, junto ao pequeno Henrique. Logo Cristina foi me abraçando, eu tava começando a me acostumar com aquele ser humaninho.
CONTINUA...
Se gostarem comentem, agradeço a todas que comentaram. Um beijo meninas
nayra_mayan
Becca 🦁
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