POV Yuri
Estava já em casa, extremamente feliz. Eu sei...parece bipolaridade, mas apesar das poucas palavras de Pâm, foi suficiente pra levantar meu astral as estrelas.
Ouço a porta ser aberta, era o MEU menino.
- Hey- diz ele chegando perto de mim, que estava encostado na bancada, tomando mais um xícara de café (sei que não era hora, mas me deu vontade de novo)
- Eae meu lindo- digo pondo a xícara na bancada e indo abraçar Marcos para sentir seu cheiro. Ficamos uns 30 segundos abraçados...eu curtia o cheiro de seu pescoço e passava a mão em seus cabelos dourados. Marcos não é bobo. Deve ter percebido a nossa aproximação, se não me parou, é porque está gostando de toda minha atenção e carinho.
- Está animado...o que aconteceu?- perguntou com um sorrisinho no rosto...aconteceu você! Mas não seria tão direto
- Estava com minha irmã. Ela é muito importante pra mim- digo pegando o café e o acompanhando para seu quarto.
- Ela parece ser bem legal. Você já falou bastante dela pra mim- disse colocando sua mochila na cadeira do PC e tirando a camiseta, onde pude ver que a academia estava fazendo ótimos efeitos nele. Já era bem perceptível o seu peitoral.
- Sim. E tenho uma coisa pra te contar...ela vem aqui hoje a noite. Jantar com a gente...sem problemas né?- Marquinhos...porque você tirou essa bermuda? Vontade de apertar esse traseiro pequeno e redondinho, mesmo por cima de sua cueca preta.
- Claro...problema nenhum- falou sorrindo e indo até seu banheiro lavar o rosto.
Logo em seguida volto pra cozinha e começo a fazer nosso almoço. Mas o que na verdade queria era estar aos beijos com meu garoto.
Enquanto eu cozinhava, ele estava na bancada, atrás de mim fazendo alguma tarefa da universidade.
Após comermos e ele lavar louça, cada um foi fazer uma coisa. Eu fui estudar, mas com a cabeça nele e ele acabou dormindo no sofá. Peguei no meu colo sem, acorda-lo, e levei-o pra minha cama, onde abraçou justamente o meu travesseiro (sim...tinha o meu e o dele...nunca mais ele dormiu na sua cama...nem deixaria mesmo). Apesar de estar atolado de coisas pra fazer, não resisti...deitei uns minutos com ele.
Sei que era errado, mas enquanto ele dormia com o rosto virado pra mim, aproximei nossas bocas, dando um selinho na dele. Aquilo me arrepiou todos os meus pelos do corpo, que eram incontáveis de tantos. Coloquei minha mão na lateral de seu rosto enlacei minhas pernas fortes às dele que estavam ficando maiores devido a academia (sim, eu admirava seu pequeno corpo em segredo), acaricie sua bochecha com minha mão, encostando nossos narizes e dando outro selinho. Mas agora foi mais molhado, mais gostoso. Meu pau parecia uma barra de ferro de tão duro. Ali tive o 1% de certeza que me faltava. Sim eu era gay. Parei por ali...achei um desrespeito com ele continuar o beijando sem consentimento.
POV Marcos
Eu tinha que terminar de fazer um exercício de Hermenêutica, mas foda-se...acabei dormindo no sofá. Mas acordei na nossa cama...quer dizer, na cama de Yuri. Estávamos de conchinha. O braço dele me apertava tão forte pra ficar próximo dele, que sentia todos seus pelos na extensão das minhas costas. Essa nossa relação era muito estranha para somente amigos, tinha certeza que ele também tinha ciência disso.
- Acordou pequeno?- sussurrou no meu ouvido, me arrepiando
- Sim...grandão- ri da sua cara. Yuri era um homem tamanho G. Até sua cueca era G hahaha e como eu lavava as roupas, eu tinha as minhas preferidas dele...talvez eu tenho uma tara por cuecas hahaha. Quando digo tamanho G, digo pois ele é um cara grande...não que era gordo. Uma vez ele me contou que começou a fazer academia com 14 anos e sempre tomou aqueles negócios...suplementos. Tá explicado.
- Bobo- disse beijando meu pescoço...esse cara está de sacanagem comigo
- Você me chama de um monte de apelidos...mas eu não posso?- digo sério
- É porque meus apelidos são bonitinhos e amorzinho- falou rindo
- Ok senhor Yuri!
- Pequeno, eu tenho que te contar uma coisa séria- diz ele me virando pra ficar frente a frente a ele
- O que foi?- digo prestando atenção
- É sobre meu irmão. Ele não está no ensino médio e não mora aqui em São Paulo- ué?
- Mas ele não estava aqui? E aqueles negócios que você me contou?
- Bem. Aquele dia eu estava mau por outra coisa- disse ele passando sua mão por meu braço- eu inventei isso, porque eu estava com vergonha de falar a verdade e você me odiar- diz olhando profundamente em meus olhos.
- Então porque você estava mal?
- Se lembra que lá no começo da nossa amizade, eu te disse que nunca tinha sido muito simpático com gays e isso mudou por causa do meu irmão né?- concordei com a cabeça- então, vou te contar a história toda.
O homem passou vários minutos me contando a história toda. Confesso, fiquei espantado com o que eles fizeram. Naquele dia que ele estava mal e me contou aquela meia verdade, faziam 2 anos que Roger havia morrido de overdose de crack. Yuri se lembrou daquilo e automaticamente do irmão. Mesmo havendo a reconciliação e o irmão ter virado um grande amigo, ele sentia um grande ódio de si mesmo. E que se continuasse a amizade com Roger poderia tem acabado no mesmo destino...em uma vala.
Depois de ter desabafado comigo, começou a chorar. Eu não era bom em consolar as pessoas, então, só o abracei enquanto minhas mãos passeavam pelas suas costas lisas e bronzeadas.
- Se sua preocupação é comigo, despreocupe-se, apesar de ter sido muito ruim sua atitude, houve a redenção e o reconhecimento que estava errado. Isso é nobre. Meu amor por você é o mesmo...acho que pode até ter aumentado, pois, mostra que é suscetível a concertar naquilo que erra- logo após isso reparei que disse amor, e logo fiquei vermelho involuntariamente por isso.
A tarde terminou bem. Eu tinha “perdoado” Yuri pelo o que fez no passado e disse que não influenciaria na nossa relação.
Foi anoitecendo e logo mais a irmã de Yuri chegaria.
O que dizer sobre Pâmela? Ela foi muito simpática comigo me encheu de perguntas sobre minha vida até vir pra SP. Me disse que apesar de seu irmão ser um chato muitas vezes eu, “estava com um cara que vai ter fazer sorrir muito ainda”. Fiquei meio boiando naquilo, apesar concordei.
Estava estourando de tanto comer. Yuri entupiu a gente de panqueca. Mas valeu a pena. Ele cozinha muito bem mesmo!
- Ele cozinhou pra gente e jantamos- falei sorrindo, imaginando a noite de ontem.
- Só está faltando ele te jantar- disse Xandão tomando um gole de coca
- Pelo menos tenho a chance de ser jantado- disse rindo- já você...tá precisando a tempos- ainda bem que a gente não se ofendia de verdade...pegávamos pesado uns com os outros
- Não preciso disso- falou esnobe
- Olha...acho que sim- falou Flávia tomando um shake desses de academia... Juliano estava a 1000 na cama, sexo todo dia, segundo Flávia. E ela queria ficar mais “gostosa”.
- Quantos cm mesmo?- perguntou Botina sentada ao meu lado
- 21 de pura carne- diz Flávia sorrindo olhando pro nada
- Será que Yuri é dotadão também?- perguntou Flávia
- Sei lá...- digo eu
- Tomara que seja né Marquinho- diz Botina me dando um tapinha no ombro
- Parem suas palhaças- disse ficando vermelho- mas vocês estão juntos só pelo sexo?
- Não...ele é uma boa pessoa também. Estamos se acertando bem. Vamos ver se evoluiu pra namoro.
- Ta chegando o aniversário do Yuri. Me deem ideias do que dar...-falei
- Nem vou falar o que iria falar, porque senão você não olha mais na minha cara- diz Xandão
- Você disse que ele gosta de games...sei lá...da um jogo- falou Botina- ou libera mesmo...como Xandão quis dizer
Revirei os olhos com aquilo e não falei mais nada. Olhei no meu celular uma mensagem dele:
“Fazendo o que pequeno?”
“Sem aula. Professor ta viajando pro EUA. Estou nos bancos da frente da universidade”
“Posso ir ai com o Juliano? Ele quer ver a Flávia...e bem...eu também quero te ver”
“Vem...pode vir...você vai ver a gente aqui na frente”
- Yuri e Juliano estão vindo aqui- falei pra elas
- Fazer o que?- perguntou Flávia
- Eles querem nos ver
- Hummm- fez Botina- os casais mais lindos da cidade...depois de mim e Naomi, claro!
Continuamos a conversar até eles chegarem.
- Meu Deus- exclamou Xandão olhando pra eles se aproximando da gente- esses homens são reais?
- São. E tira o olho deles. Tem donos- disse Botina cortando o barato da rabo de cavalo
Eles nos cumprimentaram. Juliano logo pegou Flávia no colo, que ria de alguma coisa e sentaram no banco. Yuri me pediu pra mim o mostrar onde ele podia comprar um cappuccino que ele tinha ficado com vontade, quando o contei que aqui tinha.
Fomos até lá de mãos dadas enquanto conversávamos. Sentamos por lá, enquanto falávamos algo sobre o apê. Foi muito automático o que fizemos. Sentamos um na frente do outro, num banco perto do local em que compramos o cappuccino. Ele semi se levantou do banco, colocou sua mão na minha bochecha e me deu um selinho molhado de uns 3 segundos. E eu fiz o mesmo. Não neguei...acabamos o selinho e continuamos a falar como se fizéssemos aquilo todos os dias.
- Soube da última?- perguntou Yuri. Agora já estávamos em outra configuração. Ele estava encostado na parede, ainda no banco e eu, sentado em sua frente, sendo envolvido pelo seu braço tatuado, enquanto que com o outro, ele segura o copo com o cappuccino...o banco era bem largo, dava pra sentar assim.
- Não estou sabendo de nada- disse deitando minha cabeça no seu ombro
- Patrícia e o pai dela vão se mudar pra outro estado e o prédio vai ficar desativado- falou bebericando seu café
- Meu Deus...a gente vai ter que achar outro lugar...
- Isso mesmo pequeno...acho que temos que ir vendo desde já, senão chega época de vestibular e já enche os melhores lugares.
- É verdade...poxa...eu gostava de lá...
- Eu também...mas fazer o que. Podemos ir achando hoje na internet alguns novos apê’s e depois de amanhã, que não tenho aula a tarde, a gente vai visitando...esse cappuccino é muito bom mesmo- comentou paralelamente
- Combinado então- falei
- Apê novo, vida nova- diz ele beijando meu cabelo- o que aquele garoto tanto olha pra cá? Vou quebrar ele de porrada se tiver olhando pra você.
- Calma Yuri. Nicolas...todo mundo desconfia que ele é gay, mas ele nunca fala pra ninguém- coitado...era fraquinho...se Yuri fizesse isso o matava- Não gosto desse Yuri violento.
- Desculpa pequeno- falou ele arfando- é que não quero que ele fique de olho em você.
- Eu não gosto dele Yuri. É um chato e metido a riquinho...ele não é do tipo que me atrai
- Qual tipo te atraí?- ok...vou ser como ele é comigo...dar a entender as coisas, sem dizer expressamente
- Forte, grande e malhado, altos, bronzeados e com pelos corporais- exatamente como Yuri era.
POV Yuri
Então era isso. Marcos se sentia atraído por mim, eu por ele e a gente se gostava demais...será que dá certo?
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Agradeço a tds msm. Quando eu n citar vcs, é pq to sem tempo ou cansado...hj é uma dessas noites. Se der certo, pretendo escrever bastante amanhã...está bem perto a hr...deles se beijarem msm hahaha pode ser até amanhã...posso considerar isso hahahaha.
Bjs...até amanhã/hoje.