Vooooooltei rs
Depois de quase um ano estou de volta trazendo mais uma historia pra vocês. Hoje postarei o primeiro e o segundo capitulo.
Espero que gostem 😁😊
Obs: Não é uma história voltada pro sexo.
CAPÍTULO 1: CLARA
Eu tinha dez anos quando me apaixonei pela primeira vez. Diferentemente das outras meninas eu não estava apaixonada por um menino, e sim por uma menina. O nome dela era Manoela. Ela tinha uma pele escura, um cabelo cacheado que eu adorava, tinha os olhos cor me mel e um sorriso encantador. Estudávamos na mesma sala e sempre sentávamos juntas. Ela era um amor.
Um certo dia na hora do recreio quando a professora se distraiu com uma briga entre os meninos ela me deu um beijo. Eu não esperava. Fui pega totalmente de surpresa, mas foi muito bom. Apesar de ter sido apenas um selinho foi a melhor coisa que me aconteceu.
Depois daquele dia do primeiro beijo sempre que podíamos repetíamos. Até que um dia a professora muito atenta nos pegou no flagra. Nos deu uma baita bronca e convocou uma reunião com as nossas mães. Assim que cheguei em casa a minha mãe me deu uma surra. Me batia e chorava. Se perguntava o que ela tinha feito para merecer aquilo. Meu corpo ficou marcado com manchas vermelhas e roxas.
Na semana seguinte quando retornei a escola não encontrei a Manu. Ela não apareceu em nenhum dia. Então tive a pior das conclusões: Os pais dela tinham mudado ela de colégio. Fiquei arrasada. Chorei muito. Eu não conseguia compreender o que de tão errado nós tínhamos feito para receber tamanha punição.
Os dias foram se passando e as coisas foram voltando ao normal. Minha mãe ja sorria pra mim novamente e o meu padrasto voltava aos poucos a dialogar comigo.
Ah meu padrasto, o Sandro. Um homem de estatura baixa, bem acima do peso, com uma barriga muito avantajada que minha mãe era perdidamente apaixonada. Sinceramente, eu não sei o que ela viu nele. Era no mínimo feio. Não só externamente, mas internamente também. Um ser humano podre, nojento mesmo! Não digo isso a toa, só eu sei o que eu passei com esse monstro.
As coisas finalmente se acalmaram na minha casa. Bem, foi isso que eu achei. Numa noite minha mãe saiu para tomar um chopp com tia Claudine. Isso era bem comum de acontecer. Eu fiquei em casa assistindo TV como sempre, e logo depois fui dormir.
Acordei no meio da noite com o Sandro ao meu lado. Ele estava sem roupa e eu também. Tentei me levantar e ele me impediu. Pois uma das mãos em minha boca e com a outra fez com que eu tocasse seu membro. Eu estava apavorada, com muito medo mesmo. Ele encostou sua boca em meu ouvido e disse:
- Sente Clarinha como estou. Hoje eu vou te mostrar o certo. Homem com mulher.
Ele prostrou -se em cima de mim e forçou o seu pênis na entrada da minha vagina. Eu me debatia, mas de nada adiantava. Ele era bem mais forte que eu. Eu chorava, pedia, implorava pra ele parar, mas ele não estava nem aí. Me estuprou! Sem dó e sem piedade. Quando os movimentos cessaram e o corpo dele caiu-se sobre mim, eu estava totalmente atordoada. As lágrimas não paravam de descer. Ele ficou de pé, me olhou com um sorriso no canto da boca e disse:
- Você é uma delícia garota.
Eu me encolhi num canto, com meus braços em volta dos joelhos enquanto ele completava:
- Se você contar para alguém o que aconteceu aqui eu mato a sua mãe. Você me ouviu? Eu mato a sua mãe!
E então eu chorei ainda mais. Ele se aproximou de mim e disse por fim:
- Eu fiz isso para o seu bem Clarinha. Eu tive que fazer isso para te mostrar que o certo é isso. Um homem com uma mulher.
Naquela noite eu não dormi mais. Fiquei acordada chorando. Eu estava com nojo. Me sentia violada. A pior sensação do mundo.
Depois desse dia, o Sandro me violentou mais três vezes. Aguentei tudo calada. Não contei pra ninguém. Sofri sozinha.
Eu estava farta daquilo. As coisas aconteciam debaixo do nariz das pessoas que diziam me amar e ninguém percebia. Depois da ultima vez que o nojento do Sandro me violentou, arrumei minha mochila e fui embora.
Eu não tinha um tostão no bolso. Saí de casa com a fé e a coragem. Andei por horas sem parar. Dias depois me juntei a um grupo de mendigos, onde fui acolhida. Com o passar do tempo fui aprendendo a sobreviver nas ruas. Aprendi várias coisas, inclusive a roubar. Roubei muito, muito mesmo, mas foi por necessidade. Eu já não era mais aquela menininha assustada que fugiu de casa. As coisas tinham mudado, eu mudei. A rua, a vida faz isso com as pessoas.
Até que surgiu em minha vida uma pessoa muito especial. A dona Helena. Nos conhecemos nas ruas, onde eu pedia esmolas. Logo que se aproximou de mim, pensei em rouba-la, mas desisti dessa ideia assim que ela me tratou de uma forma tão fraternal.
A coroa não largou mais do meu pé. Todos os dias ela ia atrás de mim. Dizia que eu tinha algo de especial. Me comprou roupas e sapatos novos. Me deu amor e por fim um lar. A casa dela parecia um palácio. Ela me tomou como sua filha mesmo.
Depois de dois meses morando com ela. Nós nos mudamos para os Estados Unidos, onde permanecemos até o fatídico dia de sua morte.
Eu herdei tudo o que ela tinha e agora depois de quase vinte anos eu retorno ao Brasil para recomeçar a minha vida.