Nos últimos tempos, tenho ouvido de amigos comentarem que a vida muda radicalmente quando nos aproximamos dos sessenta anos, e que torna-se mais dificultosa após esse marco etário. Não sei se isso é mito ou verdade, mas, por via das dúvidas, resolvi que aproveitaria todas as oportunidades que a vida pusesse no meu caminho, usufruindo daquilo que fosse inevitavelmente bom e prazeroso. E, desde então, não posso reclamar dos acontecimentos que essa opção de vida me proporcionou.
E foi nesse clima que aquela manhã de domingo começou. Saí para correr, que é algo que adoro, e o fiz até que todas as mágoas, tristezas e infelicidades fossem expulsas de meu corpo junto com o suor escorrendo de todos os poros. Ao terminar, como de hábito, fui alongar em uma praça próxima de casa, onde há alguns aparelhos instalados pela Prefeitura e que servem para exercícios diversos.
E lá estava eu, fazendo algumas flexões com os braços, quando algo (ou melhor, alguém) despertou minha atenção. É algo inexplicável essa espécie de “radar” que os machos têm com as fêmeas ao seu redor; dizem os especialistas que são os tais “feromônios”; outros dizem que é o instinto animal dentro de nós. Mas, o que importa, é que isso funciona! E como funciona!
Olhei ao meu redor e logo visualizei a razão do meu interesse despertado. Circundando a praça, estava uma loira madura conduzindo seu cachorrinho de estimação. Era um animalzinho feio e desajeitado, mas eu estava focado em sua dona; uma loira com idade entre cinquenta e sessenta anos, cabelos curtos, metida em uma roupa atlética que realçava suas formas esguias e angulosas. Andava com certa altivez e algum distanciamento, evidenciando que não permitia fáceis aproximações.
Instintivamente, deixei o que estava fazendo e caminhei na direção dela, tomando o cuidado de ser notado. Tirei minha camiseta, ostentando minhas tatuagens (questão de autoestima), e caminhei com passos medidos, tencionando encontrar-me com ela. E assim que isso aconteceu, disparei um comentário.
-Olá, acho que esse bichinho esperto decidiu levar sua dona lindíssima para passear, não é?
Ela interrompeu sua caminhada e olhou para mim. Inicialmente, seu olhar parecia indiferente, mas depois de alguns segundos, ela descontraiu e sorriu. O gelo estava quebrado.
-Pois é, você vê! – comentou ela sorridente – Mas acho que a dona não é tão linda assim …
-Engano seu! – interrompi educadamente – Ela é mais linda que imagina …, linda, brilhante e muito atraente.
-Nossa, obrigado! – agradeceu ela – Faz tempo que não ouço algo assim, tão bonito …
-Bonito e sincero – interrompi novamente, não perdendo o timming – Você é realmente linda, e muito atraente.
-Olhe, que eu vou acreditar, hein – comentou ela, já meio sem jeito.
-Pois, acredite – respondi – Homem de sorte seu marido.
-Acho que foi um homem de sorte – emendou ela, um pouco entristecida – Até que encontrou outra, mais nova.
-Me perdoe – prossegui – Mas seja ele quem for é um idiota de deixar uma mulher como você.
Construída uma situação, eu tratei de burilá-la da melhor forma possível. Ali mesmo, ficamos conversando em um clima descontraído; descobri que seu nome era Ivone, que morava só, era empresária e tinha uma filha que residia na Europa. Descobri também que ela gostava de música, cinema e leitura.
Passado algum tempo descobrimos que tínhamos muita coisa em comum e uma certa intimidade foi criada naquele momento. Todavia, como tudo que é bom dura pouco, Ivone me disse que precisava ir, pois tinha alguns compromissos naquela tarde; eu lamentei profundamente, afirmando que sua companhia estava sendo uma das melhores coisas dos últimos tempos em minha vida.
-Vou acreditar, viu! – brincou ela – Com todo esse charme e boa conversa, companhia é uma coisa que não deve lhe faltar.
-Não uma companhia tão agradável, bonita e insinuante! – devolvi com um sorriso.
-Insinuante! Eu? – exclamou ela – Você quer que eu acredite nisso?
-Pois pode acreditar! – respondi insistente – É a mais pura verdade.
-Tá bom! – desdenhou ela – Então, te proponho uma coisa …, me dê o número do seu celular, eu dou o meu, e poderemos marcar uma nova oportunidade para você me convencer.
-Eu topo! – concordei, exultante – Quando você quiser, basta ligar.
Entre sorrisos e olhares provocantes, trocamos números de telefone e Ivone se despediu de mim, seguindo seu caminho. Enquanto ela se afastava, eu fiquei observando-a, pois tenho uma superstição: se ela realmente ficou interessada em mim, em algum momento, ela olharia para trás a fim de certificar-se de que eu estava lá. Ela se afastou com seu caminhar tranquilo, e algumas dezenas de metros mais adiante, ela parou para seu cachorrinho fazer xixi.
Bem que ela resistiu, mas em dado momento ela olhou para trás! Assim que percebi, acenei para ela, que retribuiu …, pressenti que ela e eu tínhamos algo a ser resolvido. Fui para casa com a certeza de que haveria um próximo encontro com a deliciosa Ivone.
Dias se passaram …, tornando-se semanas …, transformando-se em meses …, e nada aconteceu! Nos domingos que se seguiram, em que praticava minha atividade física, não logrei êxito em reencontrá-la, e minhas esperanças esvaíram-se como pó soprado ao vento.
E a surpresa veio do modo mais inesperado e delicioso possível; Ivone me ligou em um final de tarde de quarta-feira; nos cumprimentamos e eu lamentei sua demora em ligar para mim; ela brincou que estava esperando que eu ligasse para ela; acabamos por rir a valer desse impasse prematuro. Ivone estava com a voz alegre, mas eu percebia uma inquietação em seu tom levemente nervoso.
-Olhe, vou ser bem direta – asseverou ela em dada altura de nossa conversa – Eu sei que você é casado …, e isso não me incomoda …, você gostaria de vir até meu apartamento?
-Eu adoraria! – respondi de pronto, demonstrando que sua afirmação não me abalara.
-Amanhã, pela manhã, estarei em casa – prosseguiu ela, incapaz de esconder a excitação em sua voz – Eu moro naquele prédio azul em frente a concessionária de carros …
-Eu sei qual é – interrompi, sentindo algo pulsar entre minhas pernas – A que horas?
-A partir das dez – sugeriu ela – Pode ser?
-Perfeito! – assenti.
-Está bem, então – finalizou ela – Te envio uma mensagem de texto com o número do apartamento, e deixo o porteiro avisado …
Nos despedimos com troca de beijos. Estava tão excitado com a ideia que mal consegui avisar que, talvez, não viria trabalhar no dia seguinte, como também para cair na realidade de voltar para casa.
No caminho meu celular vibrou. Olhei para a tela e vi que era uma mensagem de Ivone. “Parece brincadeira, mas estou me sentindo uma adolescente em relação ao primeiro encontro. No vemos amanhã. Beijos”. Aquela mensagem operou uma enorme sensação de bem-estar e excitação desmedida. “Também estou ansioso, beijos”, respondi. Cheguei em casa, caminhando sobre as nuvens e qualquer que fosse o clima daquela noite, nada afetaria o que eu estava sentindo.
Na manhã do dia seguinte, segui com minha rotina sem avisar que não iria para o escritório, pois, as vezes, o segredo é a alma do negócio. De banho tomado, café sorvido, entrei no meu carro e segui para o encontro com Ivone. Deixei o carro em uma transversal e rumei para o prédio. Toquei o interfone e me identifiquei. O porteiro me cumprimentou, enquanto acionava a trava magnética, liberando meu acesso. Segui pela estreita ruela de pedras até a entrada social. Alcancei o hall de elevadores e aguardei até que um deles abrisse suas portas.
Em poucos minutos, eu estava na frente da porta do apartamento de Ivone; toquei a campainha e esperei para ser atendido. Com certa dificuldade, consegui ouvir um “a porta está aberta” abafado e distante. Girei a maçaneta e abria porta. Entrei no apartamento, fechando a porta atrás de mim. Estava uma sala ampla e clara, ornada com poucos móveis de cores neutras. Vasculhei o ambiente ao meu redor, procurando por Ivone.
Inadvertidamente, senti uma mão pousar sobre o meu ombro desnudo (já que eu estava de camiseta regata), ao mesmo tempo que um corpo se colava ao meu; não precisei de muito esforço para perceber que Ivone estava nua. Virei-me no mesmo momento e abracei-a com impetuosidade, deixando minha boca procurar pela dela.
Nos beijamos com uma sofreguidão desenfreada, enquanto nossas mãos exploravam todas as possibilidades que se descortinavam naquele momento. Acariciei as costas nuas de Ivone, surpreendendo-me com a firmeza de sua pele; apalpei suas nádegas de tamanho proporcional ao corpo, cujo tônus era impressionante. Ivone não perdeu tempo em encontrar o volume que se pronunciava em minha bermuda, apertando-o com suavidade.
E foi a própria Ivone que se incumbiu de me despir, fazendo-o sem que nossas bocas se separassem por um segundo sequer. Ao me deixar nu, ela ajoelhou-se e tomou minha rola com as mãos massageando-a sofregamente; eu acariciei seus cabelos e deixei que ela me manipulasse como bem quisesse. Ivone olhou para mim com um olhar ansioso e excitado, e, em seguida, segurou a rola pela base com uma das mãos e envolveu a glande com seus lábios finos e macios, fingindo uma mastigação suave que me levou à beira da loucura.
Lentamente, Ivone avançou contra meu pau, engolindo-o centímetro por centímetro, gesto esse que ela fazia olhando fixamente para mim, e mostrando toda a sua volúpia em tê-lo em sua boca, como se há muito tempo ela desejasse fazê-lo, porém, não tivera oportunidade. Eu me quedei submisso à sua carícia, jogando a cabeça para trás, acariciando-lhe os cabelos e gemendo baixinho.
De um momento para o outro, Ivone pareceu esfomeada de rola, chupando e lambendo com um vigor cada vez mais renovado. Deixei que ela saciasse sua fome no meu pau, até um dado momento em que senti necessidade de algo mais …, aliás, muito mais!
Delicadamente, tirei meu pau de sua boca e a tomei pelos ombros, fazendo com que se levantasse; em seguida, beijei-a com muito ardor, findando com ela em meu colo (Ivone era uma mulher do tamanho certo para mim, naquele momento). Tencionei levá-la para o sofá, mas ela enlaçou meu pescoço, pousando sua cabeça sobre meu ombro e sussurrando em meu ouvido com uma voz aveludada:
-Me leva para o quarto, amor …, me faz tua amante …, tua puta …, faz de mim o que você quiser.
-Vou te fazer fêmea – respondi, enquanto rumava em direção ao quarto com ela em meus braços – e quando eu terminar você vai querer mais!
Entrei no quarto, cuja decoração era suave e acolhedora, e depositei minha parceira, suavemente, sobre a cama, afastando suas pernas com cuidado, e, em seguida, mergulhando naquele vale repleto de loucuras; Ivone tinha poucos pelos pubianos, e minha boca ávida logo tratou de beijar e lamber a região no entorno de sua vagina, engolindo os grandes lábios, até chegar ao objetivo que era chupar o clítoris. E assim que eu iniciei uma sequência selvagem de chupadas e lambidas, Ivone experimentou orgasmos que se sucediam cada vez mais intensos, cada vez mais caudalosos, obrigando-a a gemer enlouquecida, com o corpo contorcendo-se ante espasmos que a faziam dançar a música da minha boca.
Fiz com que Ivone nadasse em sua própria seiva, em um êxtase deliciosamente agoniante; ela acariciava meu parcos fios de cabelo, e sua pele levemente umedecida pelo suor que tomava conta de seu corpo, era meu mais saboroso troféu, além de sentir aquele sabor agridoce escorrendo ao longo de minha língua. Todavia, eu não queria apenas aquilo …, eu queria aquela fêmea todinha para mim.
Subi sobre ela, e apoiei-me na posição para penetrá-la; nos entreolhamos hipnotizados pelo momento; Ivone estava tão submissa ao meu desejo que parecia uma adolescente esperando pela primeira foda de sua vida. Deixei que a rola babada escorregasse para dentro da boceta de minha parceira, o que ocorreu com pouquíssima resistência (deleitosa resistência!), e tão logo isso aconteceu, eu estava fodendo minha madura de olhos brilhantes.
-Ai, meu Deus! – gemeu ela com a voz embargada – Que coisa gostosa! Eu tinha medo de você, meu tatuado safado …, tinha medo …, mas como me arrependo de não ter te ligado antes! Você é delicioso!
-Não sou nada disso! – respondi, um pouco ofegante – Você é uma fêmea linda e deliciosa e que merece um macho que a deseje de corpo e alma!
Na esteira desse diálogo perdido entre suspiros e respirações entrecortadas, Ivone gozou …, gozou três ou quatro vezes (acho que perdi a conta!), e depois de um tempo ela pediu que eu gozasse. Olhei para seus peitos firmes e de bicos insinuantes, e caí de boca neles, incapaz de atender ao seu pedido. Prosseguimos fodendo gostoso, até que o cansaço falou mais alto …, e eu caí ao lado dela na cama.
Permanecemos abraçados um ao outro, suados, ofegantes, mas felizes. Cochilamos, conversamos, rimos e sorrimos um para o outro; eu sentia que Ivone estava tomada por uma felicidade que, há muito tempo, ela não desfrutava …, “era uma mulher para ser parceira para o resto da vida!”, pensei, embora não tenha tido coragem de verbalizar.
Fui surpreendido pela mãozinha macia dela acariciando a rola que ainda estava em pé e pronta para o que desse ou viesse e fiquei extasiado com a naturalidade do gesto. Retribui brincando com seus mamilos, beliscando-os e prendendo-os entre os dentes. Ivone ria e demonstrava uma jovialidade contagiante, impondo que eu ficasse mais excitado por ela. Pedi, então, que ela me cavalgasse. E não precisei repetir o pedido.
Ela subiu sobre mim, e segurando a rola com uma das mãos, guiou-a na direção de seu buraquinho quente e melado, fazendo-a desaparecer dentro dela. Ivone começou a subir e descer sobre a rola, em movimentos que se iniciaram lentos, mas foram crescendo em um ritmo quase alucinante.
Eu podia sentir a vagina dela engolindo e cuspindo meu pau em movimentos tão tesos que a glande doía levemente ao ser agasalhada pela minha parceira. Ivone apoiou suas mãos sobre meus ombros e seguiu em seus movimentos, inclinando seu tronco sobre mim, e arrebitando seu traseiro que eu via subir e descer, causando-me um enorme e indescritível prazer.
Mais uma vez, Ivone gozou o quanto quis e eu fiquei surpreso ao perceber que minha rola não dava nenhum sinal de que estava arrefecendo em sua potência. Era a primeira vez, em muito tempo, que eu tinha uma ereção tão intensa e vigorosa, motivo pelo qual eu ficava ainda mais excitado. Ivone me cavalgou o quanto quis e gozou o quanto pôde, até que, depois de algum tempo, ela se deu por vencida, desabando ao meu lado sobre a cama.