Oi meu povo... kkk quem leu o outro leu errado, postei o de amanhã hoje. Então apaguei e posterei o certo.
Isaac.I. : Sim, a distância e a saudade nos ajuda a refletir sobre nossos relacionamentos e decidimos ou continuamos ou acabamos com o sentimento. Beijo.
@fran: É verdade, um tenta magoar mais o outro, entretanto o Bruno está saindo na pior nesses encontros. Obrigado pelo "delicinha" kkk beijo.
Monster: Kkk realmente há aspectos na personalidade de uma pessoa que não mudam, e o Bruno é meio egocêntrico, mas vamos dar um crédito ao pobre rapaz, ele melhorou... bem achamos isso. beijo querido.
VALTERSÓ: Estava esperando você comentar, adoro seus comentários lindo. Será que eles devem ficar juntos mesmo? Há coisas que marcam e machucam... Bem vamos acompanhar querido, obrigado.
Victornerd: Acha mesmo que ele se coloca como vitima? Acho que ele está pagando ainda pela burrice que fez e sabe disso... Bem, eu também adoro um sotaque italiano, quando morei lá eu me apaixonava a cada esquina kkkk
will(wy): kkkk hum... boa ideia heim kkk
G18: Insuportável essa mulher! Mas faz bem ao Tavinho, fazer o que né?! Beijooo
Negagata78: Verdade, vamos ver se o amor vai vencer. Beijo lindaaa.
William26: Sei italiano ragazzo? Eu morei na Italia por um bom tempo, que saudade daquela terra linda, um dia voltarei a morar lá... Obrigado por ler querido e vou ler "Ação e reação" em breve. Beijo.
Flor de Maio: Disso não tenho duvidas, quem faz o otávio pirar é o Bruno, mas ele acabou se conformando... beijo.
Rodrigopaiva: Concordo, perdoar é fundamental para termos uma vida melhor com as pessoas, entretanto há dores que dificilmente conseguimos perdoar, naõ é impossível, mas fica muito dificil... Vamos ver qual é o caso. Obrigado querido.
Red: Obrigado pelo elogio querido, mas vc tá cruel com o infelizinho do bruno kkk.
FlaAngel: to querendo isso também Fla, será que ficarão juntos??
Chria: Ele está tentando. Bjuu
Rogean: Ela é chata mesmo, mas Otávio gosta dela de verdade. Obrigado por comentar querido.
Plutão: Forte abraço lindo.
Cintia C: Será que é tarde de mais querida? Não sei, vamos vendo como vai desenrolar. Beijo linda.
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Otávio:
Minha vida ali na Itália estava do jeito que eu sempre quis, uma vida pacata, um emprego bom que me dava um bom salário, a casa onde eu morava era muito boa e em um bairro tranquilo, havia encontrado uma mulher maravilhosa que cuidava de mim como se eu fosse o ultimo homem da terra. A Julia era incrível de verdade, além de ser gostosa pra cacete. Nosso namoro tinha uma fluidez, tudo era muito natural com ela, e eu poderia dizer que eu estava feliz, mas não era bem assim... Eu sentia falta dele.
Aquele amor que eu sentia por ele quase não existia mais, era como uma lembrança distante, um sonho que nunca se realizou. Eu sentia falta dele comigo todos os dias, do nosso convívio, da nossa vida juntos, e claro, daquela boca gostosa, daquele corpo, aquela bundinha linda... Sentia falta dele.
Mas agora eu estava em outra vida, uma vida onde ele era apenas um amigo distante, um conhecido com quem eu falava as vezes por Skype ou por mensagens, era alguém em segundo plano na minha vida e eu queria muito que continuasse assim.
Depois do nosso ultimo encontro ele ficou um pouco diferente comigo, mais distante. Eu até tentei me manter próximo, mas ele não estava ajudando, com certeza ainda estava chateado pela formatura dele... Eu então segui minha vida da forma mais tranquila possível, mas tudo começou a mudar.
Com o passar do tempo eu fui percebendo a Julia um pouco mais distante, mais fria comigo, mais evasiva, parecia que estava fugindo. Eu não lembrava de ter feito nada com ela, nem tê-la chateado de forma alguma, não havia nada que justificasse ela agir assim. Depois de quase um mês nessa angustia e quase não a vendo eu fui atrás dela em sua casa e não sairia dali sem uma resposta dela.
Cheguei lá e minha sogra me recebeu. Não sou de me gabar não, mas ela me adorava, dizia que eu era um anjo, um filho pra ela. Meu sogro era mais durão, e fazia aquela cara de poucos amigos sempre que me via, mas quando tomava uma taça de vinho ficava logo alegre e me abraçava, brincava comigo, etc. Eu sabia que ele também gostava de mim, só não dava o braço a torcer. Enfim, era uma família linda, tanto moralmente quando fisicamente, pois não só a Giulia era linda, mas seus irmãos também. Ela tinha dois irmãos, um mais velho e um mais novo, ambos eram lindos demais. A primeira vez que os vi fiquei de boca aberta, mas logo disfarcei, afinal, agora era hetero de novo kkk. Até mesmo meus cunhados gostosos me adoravam, me chamavam pra jogar bola, vídeo-game, umas cervejas, etc. De fato era um lugar que eu gostava de frequentar, me sentia em casa. Mas, voltando àquele dia, ao me ver sua mãe se assustou, como se eu fosse um desconhecido, ou se minha presença fosse indesejada.
- Bom noite minha sogra, tudo bem?
- Oi Otávio, você por aqui?! A Giulia não tinha avisado que você viria, eu nem preparei nada.
- Não se preocupa, afinal eu sou de casa, não é?
- É verdade. O que deseja? – Curioso que ela falava da porta, não permitindo que eu entrasse.
- Posso entrar?
- Pode sim.
- A Giuly está aqui?
- No quarto, mas não está se sentindo bem, seria melhor você voltar uma outra hora.
- Mas eu quero vê-la, já vim até aqui não custa ir lá falar com ela.
- Melhor não, ela está de cama.
- Desculpa, mas por isso mesmo eu quero ver ela. Não vou poder ver minha namorada? – ela estava com uma cara de impaciente, e dava pra perceber que não tinha mais desculpas... alguma coisa estranha estava acontecendo ali.
- Vou lá em cima ver se ela está bem para receber visitas.
Aquilo tudo estava muito estranho. Eu não entendia toda aquela ladainha, a dois anos que eu frequentava aquela casa e nunca havia sido tratado assim. Desse jeito, tomado de certa liberdade eu subi as escadas, indo para o quarto da Julia e bati na porta.
- Giulia?
- Oi – ela respondeu.
- Posso entrar amor? – mas a mãe dela que abriu.
- Eu não falei que viria ver? Porque você subiu?
- Porque a senhora está me tratando assim? O que eu fiz de errado?
- Eu vou te dizer... – mas ela a cortou.
- Mãe, deixa eu conversar com ele.
- Tá certo. – Falou ela saindo do quarto me olhando feio.
- O que houve com sua mãe?
- Ela anda meio nervosa...
- Com o que? E como você está? Porque sumiu? Está doente?
- Eu estou grávida Otávio. – Eu não podia estar escutando aquilo.
- Como é? Gravida? De mim?
- Claro!! Ou você duvida que eu sou fiel a você?
- Não, desculpa, é que eu... grávida? Mas quando? Como?
- Não sei, só fiz exame de sangue e deu positivo.
- Eu não posso acreditar nisso!
- Calma Otávio, não precisa se preocupar, eu sei me virar... Se você não quiser mais ficar comigo...
- É meu filho! Claro que vou cuidar dele. – Aquela frase bateu em mim como um coice de mula, na hora eu fiquei tonto e comecei a chorar.
- Não fica assim Otto.
- Eu vou ser pai... – eu precisava pensar - Giuly, eu preciso ficar sozinho. Não se desespere, eu não vou te abandonar, mas preciso de um tempo. – Virei as costas e sai quase que correndo de lá.
Fui pra casa desesperado e não sabia o que fazer, não sabia como agir, eu ia ser pai, e agora? Como ficaria minha vida? Meus sonhos? Mas teria meu filho e cuidaria dele. Nessa hora eu liguei pra única pessoa que poderia me aconselhar:
- Oi Tavinho.
- Oi pai.
- Você está chorando? O que houve?
- Pai, a Giulia está grávida...
Aquela conversa foi tensa demais. Meu pai não só me aconselhou, mas antes disso me esculachou, me chamou de irresponsável, disse que eu não tinha idade nem maturidade pra criar um filho e ficou falando por muito tempo. Sei que depois de ouvir aquilo tudo eu estava decidido...
Otávio sentia feliz em morar fora, adorava a cidade onde estava, gostava do seu trabalho e realmente estava apaixonado por sua namorada e agora já começava a gostar da ideia de ser pai, tanto que tinha até esquecido suas aventuras com seu amigo. O maior desejo dele naquele momento era poder ficar a vida toda com sua mulher, criar seu filho e ser feliz e ele acreditava realmente que a Julia iria fazer ele feliz.
Depois daquele dia com a namorada, na casa dela, ele a chamou para ir à sua casa e assim conversarem. Na verdade eles nem chegaram a conversar, ele agarrou ela na porta, a beijando com vontade e foram para o quarto. Depois de se amarem, ele estava deitado com ela, deitado em sua barriga, olhando ela dormir, admirando sua beleza. Ela era perfeita para ele, pelo menos era o que ele achava, linda, inteligente, uma linda arquiteta, que também cantava. Era carinhosa, atenciosa até demais, querendo sempre saber o que ele estava fazendo, era uma lady, mas na cama era uma louca faminta, que sugava todas as suas energias e agora também era um santuário, que gestava seu primeiro filho, ou filha, mas ele tinha quase certeza que era um garoto.
Ali olhando para ela, ele pensava na maluquice que ia fazer, mas já tinha se decidido, queria aquela mulher para ele, só dele para sempre. Era realmente loucura, mas ele queria viver essa loucura: – “Eu te amo!” – sussurrou ele, fazendo-a se mexer um pouco. Acabou adormecendo assim, deitado sobre ela e sentindo seu perfume doce.
Alguns dias se passaram e ele aprontou tudo. Depois de dois anos de namoro e naquela circunstância ele achava que estava mais que na hora. Ele ganhava muito bem, podia-se dizer que era bem de vida, estava terminando a faculdade, já tinha um carro do ano, planejava comprar uma casa, viajava sempre que podia e podia ter o que sempre quis. Ele era feliz e queria passar a vida e dividir essa felicidade com a sua amada e sua cria. Então, pensando nisso, ele entrou na joalheria para comprar a aliança do noivado, ele iria pedir ela em casamento naquele dia.
Ele entrou na loja e passou um tempo olhando as alianças. Ele viu uma que lhe lembrou algo. Ao se lembrar não entendia como foi esquecer disso, aquela aliança era idêntica a uma que ele havia ganhado e que por um bom tempo ficou em seu pescoço, a aliança que seu amigo Bruno lhe havia dado, quando ambos se amavam. Aquela recordação o fez pensar que se passaram quase três anos da separação e ao pensar no amigo sentiu um frio estranho na barriga. Ele iria se casar e nunca mais teria o Bruno para ele, nunca mais o beijaria, nunca mais faria amor com ele... Isso fez seu coração doer, tantas coisas que os dois viveram, tanta bagunça fizeram, tanta maluquice, tanta cumplicidade, um apoiando o outro, afinal um só tinha o outro. Fazia um bom tempo que não se falavam então decidiu procurar saber como o amigo estava e tentar falar com ele, pois não podia dar um passo como aquele sem o Bruno.
Ele viu uma aliança lindíssima e comprou. Foi a um café e ali, do seu ipad procurou o perfil do amigo e encontrou e ficou olhando as fotos dele. Tinha reparado que Bruno estava ainda mais maduro, com mais cara de homem sério: “Ainda está lindo”, pensou ele. Ficou pensativo por um tempo, tanto que já estava tarde, então foi pra casa.
Ao chegar ele preparou uma noite romântica para os dois, reservou restaurante, depois passearam na cidade e por fim foram pra casa para se amarem.
Otávio:
Chegamos e já era de madrugada. Primeiro ela foi tomar banho e depois eu, quando entrei no quarto, ela estava deitada na cama, só com uma camisola fina. Ao olhar ela deitava, lembrei que do Bruno que adorava dormir na mesma posição e quantas vezes eu deitava sobre ele e nos amávamos até cairmos cansados. Mas desviei aquele pensamento e voltei a olhar ela ali, não era a mesma coisa que ele, mas admito que ela era deliciosa demais. Tirei minha roupa, fiquei apenas de cueca e me deitei ao lado dela, abraçando-a firme. Ela acordou e já veio me beijando e tirando a camisola. O sexo com ela era mais calmo, mas não sem a mesma firmeza. Mas os gemidos eram diferentes, a carne não tinha a mesma firmeza que a dele... porque essas comparações?
Quando acabamos, ficamos abraçados, eu acariciando o braço dela e pensando, pensando na minha vida e se realmente valia a pena pedir ela em casamento. Ela nunca me causou nem 30 % da dor que o Bruno causou; era um doce, uma lady, me amava e me fazia feliz. Só tinha as palhaçadas que toda mulher tem, mas isso era fácil de contornar. Eu seria feliz com ela? A resposta mais lógica seria sim, eu dizia sim, mas eu me peguei ainda pensando no Bruno, ainda desejando ele... Será que conseguiria esquecer ele novamente? Sim, já conseguiu uma vez, conseguiria uma outra.
Dormi e ao acordar e vê-la novamente eu tomei a decisão, ia pedir ela em casamento ali, naquele momento. Peguei a caixa com as alianças, coloquei no meu travesseiro e um bilhete dizendo: “vuoi sposarmi?” que significa “Quer se casar comigo?”, E esperei ela acordar, mas a preguiçosa não acordava, então tive uma ideia, fui no quintal da vizinha, roubei uma rosa e coloquei do lado da caixinha. Também coloquei meu celular pra despertar e fiquei olhando da porta a reação dela.
Em um minuto o celular começou a tocar e ela a se mexer. Aos poucos foi se espreguiçando e bocejando, era linda até acordando. Então pegou o celular, desligou e por fim olhou pro lado, me procurando. Ao olhar a caixinha ela colocou as mãos na boca e se encolheu do lado oposto da cama, como se fosse um bicho peçonhento que estava ali. Ela perguntava o que era aquilo em voz baixa, pegou o bilhete e abriu um sorriso. Então eu empurrei a porta devagar, estava apenas de cueca branca, então cruzei os braços e me escorei nos umbrais da porta e fiquei olhando para ela. Não vou por a conversa em italiano, porque não faz sentido. Quando ela ia me chamar, acabou me vendo ali parado.
- Otto?! É sério?
- Sim, mais que sério. Quer se casar comigo?
- Claro que quero!!!
Ela então pulou da cama e veio correndo me beijar. Ela ficou tão feliz, me beijava inteiro e já foi me puxando para a cama e ali nos amamos novamente. Depois do nossos amor, ela se lembrou que não tínhamos colocado as alianças. Então eu coloquei em seu dedo e ela colocou no meu. Ao fazer isso eu fiquei triste, lembrei do dia que o Bruno e eu trocamos nossas alianças.
- O que foi amor? Porque ficou triste assim.
- Não estou triste, estou emocionado e com vergonha, estou me segurando pra não chorar. – E uma lágrima rolou do meu olho, enquanto eu tentava forçar um sorriso. No fundo eu queria que aquela aliança estivesse no dedo dele. Mas eu amava a Giulia, queria mesmo fazer ela feliz e logo eu esqueceria ele novamente. Ficamos deitados a manhã inteira pensando sobre como seria nossa vida, quantos filhos teríamos além do nosso pimpolho que já estava no forno, onde moraríamos, etc. Eu ria muito com ela falando suas bobagens. Depois ela foi trabalhar e eu fiquei sozinho em casa, pensando nele. Mas não queria, então fui ocupar minha mente. Comecei a limpar a casa ouvindo o bom e velho samba, eu adorava e os vizinhos também kkk.
Bruno:
- Casar? Como assim casar?
- Isso filho, a namorada engravidou e ele decidiu se casar.
- Mãe isso é loucura! – Minha mãe falava aquilo tudo com uma tranquilidade que me irritava. – Porque ele vai se casar?
- Ué, ele decidiu filho, ele vai ser pai, o que pode-se fazer?
- E desde quando filho é motivo pra casar?.. Os pais dele apoiaram isso? O Seu Marcos sabe dessa palhaçada?
- Sim, foi a Ceci que me contou, eles estão felizes pra caramba.
- Mas mãe, estão todso loucos? O Otávio é gay, como ele vai se casar com uma mulher?
- Ele já tá namorando ela a dois anos, como pode ser gay?
- Nós namoramos por quatro.
- Ele deve ter mudado, sei lá, você sabe que não entendo disso.
- Isso é uma maluquice! Aquele filho da puta, idiota! Que ódio que estou sentindo dele!
- Mas Bruno, vocês nem estão se falando direito. Você mesmo que deixou de falar com ele, porque essa raiva toda agora, deixa o menino ser feliz.
- Feliz? Você acha que ele vai ser feliz mentindo pra ele mesmo?
- Como assim?
- Nada, esquece! Vou tomar banho.
- Isso, vai esfriar a cabeça, porque você não tem nada haver com isso.
- Vamos ver se não!
