Então gente... Tenho uma notícia bem ruim. Aconteceu um imprevisto comigo e acabei perdendo todos os capítulos prontos. Vou ter que escrever todos os capítulos novamente. Eu tinha a intenção de postar três capítulos hoje, mas infelizmente não vai dar. Vou ficar ausente por um bom tempo. Espero voltar em breve. Tchau :(
CAPITULO 12: MARINA
Eu estava sonhando com a Maria Clara quando alguma coisa bem la no fundo começou a me incomodar. A sensação que eu tinha era de que alguém me observava. Abri os olhos numa preguiça exagerada e então bem ali na minha frente estava a Clara.
Ela me observava atentamente. Ter ela ali na minha frente era tudo o que eu queria. Isso se eu nao estivesse acabado de acordar. Eu sempre descartei a possibilidade de dormir com alguém, simplesmente para não correr o risco de me verem ao acordar. Não que eu ficasse feia ou algo parecido, até porque como a própria Maria Clara disse eu sou bonita de qualquer jeito. Porém, ficar despenteada na frente das pessoas era algo inaceitável.
Expulsei a Clara do meu quarto e fui para o banheiro tomar um banho. Pensei na possibilidade de me produzir como sempre faço, porém, preferi só colocar um short e uma camiseta mesmo.
Ao descer as escadas ouvi a conversação vindo da sala de estar. Meus pais deviam esta fazendo um interrogatório para a Maria Clara.
Cheguei sorridente, dei bom dia para meus pais e me sentei a mesa. Eu estava tão feliz naquela manhã que o sorriso não saía de meus lábios. Estava me sentindo mais viva do que nunca.
Quando meus pais saíram para trabalhar ficou muito difícil manter a calma. Tentei manter-me firme.
- E então Maria Clara? O que você tem a me dizer? -- Minha voz quase falhou ao pronunciar essas palavras.
- Vou tentar ser o mais breve possível. Eu quero você Marina! Eu já não posso mais negar. Eu durmo e acordo pensando em você. Nunca senti nada parecido antes. Você está presente em todos os meus pensamentos e sonhos. Não quero mais perder tempo.
Olhei interrogativa para ela. Eu não estava acreditando que aquelas palavras estavam saindo da boca daquela mulher tão séria. Pelo menos agora eu sabia que havia reciprocidade de sentimentos.
- Eu sei... É loucura. Aonde eu estava com a cabeça, né?! Me desculpe.
Ela me olhava de um jeito hipnotizante. Se ela pedisse a minha alma eu daria naquele momento.
- Eu fui patética com você naquele dia e agora estou aqui sendo ainda mais patética me declarando pra você. Você deve esta me achando uma louca...
- Você pode parar de falar um pouco? -- A mulher não parava de falar. Fui obrigada a interromper.
- Desculpa.
- Você tinha toda razão. Eu sou uma patricinha, sou sustentada pelos meus pais, sou fútil, mas eu não pretendo mudar. Se você realmente me quer precisa compreender isso.
- Eu já compreendi isso. Não quero que você mude. Só quero que fique comigo e também me aceite do jeito que sou.
- A gente vai ter que frequentar lugares classe média? -- Perguntei para ela. Afinal, eu precisava saber aonde eu estava me metendo.
- Só de vez em quando.
Ela sorriu. E eu me apaixonei ainda mais. Ela se aproximou e então nos beijamos. Uma nova fase da minha vida estava começando. Eu nunca havia me apaixonado antes. Por ninguém. Não sabia ao certo no que aquilo ia dar. Era algo totalmente novo para mim. A única coisa que eu tinha certeza era de que eu queria viver aquele momento independentemente das consequências.
Tudo estava tão lindo e maravilhoso, mas tinha uma coisa que eu não podia deixar pra traz. Eu precisava saber.
- Maria Clara.. Eu preciso saber quem é Sandro. Desde aquele dia no restaurante esse nome não sai da minha cabeça. O que ele fez pra você?
Ela abaixou a cabeça por alguns segundos e quando voltou a me encarar ela estava com o mesmo olhar do dia do restaurante. Um olhar perdido... Triste...
- Ok Marina. Eu vou te contar...
A Maria Clara começou a me contar uma história muito maluca. Quando ela terminou eu estava chocada. Eu não estava conseguindo assimilar tudo aquilo que ela acabara de me contar. Eram muitas informações. Ela não era filha da Helena. Ela foi estuprada. Ela morou na rua. Ela roubava. Ela foi adotada. Meu Deus o tal do Sandro destruiu a vida dela e eu ia destruir ainda mais com aquela aposta idiota. Eu sentia que eu precisava protegê-la. Vê-la triste partia o meu coração.
Eu a abracei bem forte como se através daquele simples abraço ela pudesse sentir tudo aquilo que eu não tinha coragem de dizer.
A partir daquele momento o bem estar dela era uma das minhas maiores prioridades. Por isso eu precisava encontrar o André e a Jade o mais rápido possível para desfazer a aposta. Eu não podia correr o risco de magoa -la.
Assim que a Clara foi embora peguei um taxi e fui para a casa da Jade. Eu havia marcado com ela e André lá.
- Quem é vivo sempre aparece, né mesmo Marina?! -- Debochou André.
- Me poupe disso. Só vim entregar isso para vocês.
Peguei o whisky e entreguei na mão da Jade.
- Como assim? Não estou entendendo...
- Desisti da aposta. Não quero fazer parte disso.
- Oi? Marina você beb... Ai não. Tu ta apaixonada pela Bertolazzo. -- Afirmou Jade
- E se eu estiver? Qual o problema?
- Eu vivi pra ver isso? Marina de Almeida Ferraz apaixonada.
- Não enche.
A Jade e o André encheram o meu saco. Dois chatos. Depois que colocamos a fofoca em dia eu fui pra casa. Agora eu estava com a consciência mais tranquila. Não tinha mais nada que me impedisse de ficar com a Maria Clara. Dali em diante só me restava se entregar e ser feliz.