Como conquistar um primo Hétero - Passo a passo

Um conto erótico de Atila
Categoria: Homossexual
Contém 2699 palavras
Data: 29/10/2016 13:40:06
Última revisão: 29/10/2016 13:45:10

Meu primo Luiz Fernando é um Nerd típico, daqueles de óculos, sério e sempre vestido socialmente. Alto, magro, branco, cabelos claros de corte social impecável, olhos também claros. Não é feio nem extraordinariamente bonito. Comum. Isso foi dito por uma pessoa normal.

Meu primo é minha paixão desde quando eu tinha quinze anos, eu sonho com ele todas as noites, tremo como vara verde e sinto dores na barriga quando ele me dirige a palavra (coisa rara) e ele nem lembra que eu existo. Isso quem está dizendo sou eu, Átila.

Sim, eu sei que meu nome desperta diferentes sentimentos nas pessoas. Pena, sarcasmo, incompreensão, dúvida, medo, felicidade (pra outras pessoas de nomes feios quando descobrem alguém com um nome pior do que o delas).

Tenho dezenove anos, estou no segundo período de Administração e trabalho numa farmácia vendendo cosméticos durante o dia. Tenho uma rotina corrida e difícil. Meus pais não têm muitas condições de me ajudar, pois, apesar dos meus tios serem ricos, meu pai não evoluiu financeiramente. Os pais de Luiz Fernando sim ostentam carrões, a casa que eles moram é uma verdadeira mansão e vivem tentando me ajudar a “ser alguém” na vida. É constrangedor ser o parente pobre de alguém muito rico.

Desde quando eu consegui através do Prouni uma bolsa de estudos numa faculdade particular minha tia Helena, mãe dele, disse que eu “poderia contar com ela pro que eu precisasse, pois como o Nandinho graças a Deus já estava formado, trabalhando na clínica da família (ele é médico ultrassonografista), um verdadeiro orgulho, era obrigação da família dar oportunidade ao filho do pobre Tonho, tadinho, sempre tão doente, não teve muita sorte”.

Na verdade meu pai era músico, nunca esteve doente e o que ele ganhava não durava muito. Minha mãe, muitos anos mais jovem do que ele era ambiciosa, bonita e tratou de larga-lo assim que teve oportunidade, casando com um coroa rico, porém meio criminoso. Eu fui deixado com meu pai amoroso, porém negligente, atrapalhado e preguiçoso. Minha tia Helena me comprava roupas no Natal, me convidava pra ir à piscina da sua casa quando tinha festas, mandava a empregada ver se eu tinha piolhos (mesmo depois que eu fiquei adolescente). Era constrangedor. Na minha pobreza, perambulando pelas ruas, jogando bola com meus amigos na rua de terra, fazendo uns bicos pra ganhar dinheiro eu ficava mais a vontade. Mas parece que a gente precisa ser “alguém”, por isso eu me dediquei aos estudos, enchendo de esperanças a minha tia caridosa.

Meus ídolos de infância sempre foram os heróis dos desenhos animados e eu me imaginava não sendo um deles, mas vivendo com eles, sendo o parceiro deles em suas aventuras. Quando atingi o início da adolescência passei a ter pensamentos eróticos com eles, nas primeiras descobertas e eu nunca me repreendi por isso, nunca vi como algo anormal. Na verdade, até os quinzes anos nunca tinha me imaginado com uma pessoa real, nem homem, nem mulher. Já tinha visto revistinhas, sacanagens nas poucas ocasiões em que tinha usado a internet apenas com uns amigos mais assanhados, mas não me interessava por nada daquilo que eu via, preferia meus personagens fantasia. Talvez eu fosse “tardio” da mesma forma que alguns meninos são “precoces”.

Mas numa festa de fim de ano na casa da tia Helena quando eu tinha quinze anos aconteceu algo interessante. Eu não tinha cara de criança, mas ainda era pequeno e magro, não sabia nadar e queria ficar dentro da piscina e minha tia, muito cuidadosa ficava me vigiando.

- Atila, não vai pro fundo, fica aqui no raso que a tia tá preocupada, você é muito pequeno. – sim, ela me matava de vergonha.

- Estou com as bóias tia, e tem mais gente, não vou me afogar.

- Vou pedir pro Nando ficar de olho em você.

Senhor amado! Meu primo que eu quase não conhecia mais (ele estudava longe há bastante tempo, era bem mais velho do que eu, então nunca fomos amigos) estava lá todo acanhado tentando dar em cima de uma gatinha que uma prima dele tinha levado, tava meio vermelho, tímido e a mãe dele ainda manda o coitado tomar conta de um garoto que já tinha quinze anos!

Tia Helena era realmente sem noção. Quase me afoguei voluntariamente quando o Nando me olhou meio irritado, bufando. Ele veio nadando até onde eu estava, na borda da piscina.

- Atila, se você não sabe nadar, não vem pra piscina. – ele não falou alto, nem bravo, mas falava entredentes e eu vi que ele estava irritado. E ainda tinha o problema de ele não ter esquecido o meu nome mesmo estando há anos sem me ver. Isso era um mau sinal.

Abaixei a cabeça muito triste, olhei pro lado pra não chorar. Sempre me senti um intruso ali, tia Helena sempre insistia pra que eu viesse nas festinhas, mas acho que as outras pessoas da família não gostavam da minha presença. Segurando na borda da piscina, enfiei a cabeça na água pra esconder os olhos embaçados pelas lágrimas e as faces ruborizadas pela vergonha de ser tratado daquele jeito. Subi, ajeitei os cabelos e saí sem olhar para trás e fui pra lateral da casa onde Galileu, um gato vira-latas estava deitado tomando um solzinho.

Ele foi encontrado numa lata de lixo por uma das empregadas de tia Helena e foi adotado, vivendo agora cheio de regalias. As próprias empregadas de tia Helena contavam com ela pra conseguir consultas médicas, remédios e até vagas pros filhos em escolas públicas. Meu tio Walter era um médico famoso, era cotado pra ser candidato a prefeito da cidade nas próximas eleições, mas todos sabiam que se ele ganhasse a eleição seria pelo carisma e filantropia da esposa Helena.

Acabou que ele não quis ser candidato naquele ano, primeiro queria deixar o filho encarregado de sua clínica para mais tarde se aventurar na política, mas, voltando aquele dia fatídico da festa de fim de ano, eu fiquei ali passando minhas mãos brancas e enrugadas pela água nos pelos rajados do Galileu, e ele ia se espichando, como os gatos fazem quando recebem um carinho. Já iam servir o almoço e eu ia aproveitar a oportunidade pra vazar dali sem ser notado.

Estavam todos distraídos em volta da grande mesa de comida, então entrei sorrateiro no banheiro da área de serviços, onde eu tinha tomado banho e trocado a roupa pra usar a piscina. Minha roupa estava lá pendurada e eu já entrei tirando a sunga, sem notar que o banheiro já estava ocupado. Luiz Fernando estava ali, mas só notei-o quando ele ligou o chuveiro. Quase infartei, ia sair, mas lembrei que estava pelado.

- De desculpa – comecei a gaguejar, bater os dentes, tremer as pernas, mas consegui por as mãos na frente, pra que ele não visse tudo. – Vo você não, não trancou.

Ele riu e continuou o banho sem cobrir nada. Era a primeira vez que eu via um homem totalmente sem roupa e acabei olhando demais.

- Não precisava sair chorando da piscina aquela hora, eu não briguei com você. – ele disse calmo.

- Eu não sei nadar, mas não ia me afogar. Ninguém precisa ficar me vigiando. – falei tímido, mas sem parar de olhar para ele.

- Você é muito pequeno, a piscina é funda. Melhor prevenir.

- Eu sei, por isso tô indo embora. Nem queria vir mesmo... – abaixei a cabeça, ele desligou o chuveiro e, todo molhado levantou o meu queixo com um dedo.

- Ah, não vai chorar...

Pra quê ele disse isso? Se alguém estiver com vontade de chorar, é só dizer “não chore” pra ela desabar de vez.

Chorei. Sem querer, sem olhar pra ele, passando as mãos pelo rosto e ele chegou bem perto e me abraçou. Sim, ele me abraçou completamente pelado, molhado, e eu também nu, minha cabeça ficou colada no peito dele, por causa da diferença de altura. Ele passou a mão pelos meus cabelos, até que eu me senti bem idiota e me afastei um pouco.

- Desculpe por isso. – enxuguei o restante das lágrimas e me senti melhor.

- Ah, tá tudo bem. Toma banho aí e vamos almoçar.

- Não, deu vontade de ir embora.

Ele ia pegando a toalha, mas se virou novamente com aquela coisa mole balançando. Parecia ser grande, claro, devia ser proporcional ao tamanho do corpo dele.

- Deixe de ser bobo, ninguém brigou com você.

- Eu sei, mas...

Eu estava olhando pro corpo dele, pra lugares indevidos e ele percebeu.

- O que tá olhando?

- Hã? Na nada. – arregalei os olhos, tremi as pernas e me encostei na parede fria.

- Você gosta disso aqui, é? – ele apontou pro próprio corpo e se aproximou alguns centímetros. O banheiro era bem grande.

- Nã não, nada disso. – tentei me encostar ainda mais na parede.

- Então porque tava olhando tanto? Quantos anos você tem? – ele parecia curioso, estreitava os olhos, não sei se ele estava enxergando bem, pois sempre usou óculos.

- Tenho quinze, e não tava...

- Já? Nossa, pensei que era bem menos. E você tava olhando sim. Gosta disso aqui?

Ele pegou no próprio pênis e mostrou para mim, me senti mal com aquilo.

- Não, nunca nem vi de perto.

- Sério? Tá curioso?

Ele colocou a mão esquerda na parede sobre a minha cabeça e a direita continuou segurando o negócio que parecia aumentar bastante de tamanho.

- Não, tô com medo. – e era verdade. Meu coração pulava forte no peito.

- Bobo. – ele riu – Quer pegar nele? Vai, não dói não.

Fiquei até curioso, mas tava com medo e sem graça. Eu já tinha quinze anos, mas era muito protegido de tudo e sempre tratado como criança pelos parentes e conhecidos.

Ele me olhava com a boca entreaberta, a respiração pesada e uma coisa enorme que ficava quase em pé sem nenhuma ajuda.

- Não sei...

- Como não sabe? Sente, vai...

Ele pegou a minha mão e colocou ali. Era duro, mas macio ao mesmo tempo, quente, parecia que pulsava na minha mão. Eu estava sem jeito, não olhava pra ele e ele apertava a minha mão pra fazer mais força naquele negócio. Aí ele começou a mover a minha mão numa espécie de vai e vem.

- Faz isso pra mim, faz... – ele falava baixo, mas de um jeito diferente, não era a voz normal dele.

- Pra quê? – claro que eu sabia pra quê, mas estava meio idiota ali naquela hora.

- Você sabe, anda, antes que alguém sinta falta da gente ou venha bater na porta do banheiro. – ele ficou impaciente.

Tirei a mão e ele suspirou.

- Desculpe. – abaixei a cabeça novamente, muito triste.

- Ei, tudo bem. Desculpa aí você, acho que você ainda é muito bobinho pra essas coisas. Esquece isso e não conta pra ninguém, senão eu corto a sua língua, entendeu?

Respondi apenas com a cabeça.

Ele vestiu uma bermuda sem cueca bem rapidamente e saiu. Eu fiquei ali me sentindo bem idiota, não sabia bem o que tinha significado aquilo. Era a primeira vez que eu tocava em um órgão sexual que não era o meu. Tomei um banho demorado, saí quando alguém veio bater na porta e fui embora sem que nenhum parente me visse.

A partir desse dia eu mudei minha cabeça. Os personagens de desenhos infantis saíram dos meus sonhos e aquele primo magro, alto, tímido e safado entrou no lugar deles. Eu podia sentir nos meus dedos o calor da pele lisa e firme do órgão dele, nos meus sonhos eu sentia o cheiro e o gosto também. Tinha sonhos absurdos, ali nós namoramos, nos casamos, brigamos e nos reconciliamos. Tudo na imaginação.

Mas na realidade eu passei a evitar ainda mais a casa de tia Helena. Ela convidava e eu não ia, mesmo sabendo que meu primo não estaria lá.

Luiz Fernando se formou e eu fui convidado pra formatura, até pensei em ir, mas quando tia Helena me ligou pra avisar da roupa que eu tinha que usar, inventei uma desculpa e não fui. Papai ficou preocupado e não foi também, e no dia seguinte à festa tia Helena foi lá em casa pra saber da minha saúde. Tive que inventar uma dor qualquer.

Passei mais de três anos sem vê-lo, mas sabia de tudo, onde ele estava, com quem estava namorando, com quem saía. Sempre alguém acabava contando alguma coisa, alguma prima nossa, algum conhecido e até mesmo o meu pai.

O tempo passou, eu cresci (não muito), fiquei adulto, fiz sexo com umas três meninas, beijei escondido dois meninos e nunca contei pra ninguém, mas nunca tirei aquele primo pelado, enxergando mal e mostrando o pau dentro de um banheiro na casa dele.

Quando ingressei na faculdade tia Helena ficou sabendo e apareceu pra me auxiliar. Me ajudou a conseguir um emprego mais perto da faculdade, me convidou pra ficar na casa dela durante a semana pra estudar e eu fui. Luiz Fernando já morava sozinho no seu próprio apartamento e eu não corria o risco de topar com ele na casa de minha tia. Assim eu achava.

Eu não dormia no quarto que era dele, pois aquele quarto ficava arrumadinho pro dia que ele precisasse. Eu ficava num quarto de hóspedes muito bom também. Numa sexta-feira do mês de março cheguei da faculdade cansado e com sono, vi que meus tios ainda estavam acordados, mas passei direto pois queria tomar banho e dormir. Antes de chegar ao meu quarto Luiz Fernando ia saindo do quarto dele. Quase nos trombamos. Quase morri do coração. Não o tinha visto mais de tão perto dede aquele dia no banheiro, por incrível que possa parecer.

- Átila?

- Ah, oi, desculpa. – a minha voz saiu tremida e baixa. – Quanto tempo, né?

- É sim, muito tempo. Vem Sandra! – ele falou olhando pra dentro do interior do quarto.

Estranhei.

- Hã?

- Atila, essa é minha namorada Sandra. – e pegou a mão dela.

Senti uma coisa ruim no peito, achei que fosse desmaiar. Claro que eu sabia que ele tinha namorada, mas mentalmente eu ignorava tudo isso. Era apenas ele e eu no banheiro e no mundo.

- Ah, ah sim. – não estendi a mão pra ela.

Naquele momento eu torci para que ele estivesse sem óculos, sem lentes ou até mesmo cego pra não ver a situação ridícula em que eu estava. Acho que até a tal da Sandra percebeu. Continuei em direção ao quarto que eu ficava.

- Hã, eu tô muito cansado, vou tomar banho e dormir. - Não esperei respostas e continuei no corredor sem olhar para trás.

Fiquei um bom tempo embaixo da água fria tentando pensar em alguma coisa. Por que Luiz Fernando e sua bendita namorada não deixaram pra vir no sábado, depois que eu já tivesse saído? Claro, a casa era dele e ele podia vir quando quisesse. Eu que estava incomodando. Que incomodando? Eu não estava fazendo nada, ninguém estava incomodado comigo. Na verdade acho que eu estava era doente, era isso. era a única explicação.

Deitei na cama de solteiro, antiga, mas confortável e tentei dormir pra poder sonhar e esquecer a realidade. Mas naquele dia, além de demorar a dormir, eu ainda tive um sonho ruim. Luiz Fernando me largava pra se casar com uma linda princesa, como aquelas dos desenhos infantis. Acordei chorando, desesperado e me sentei na cama pra me acalmar. Abri a janela pra tomar um ar fresco, enxuguei o rosto e fiquei olhando algumas luzes da cidade indecifráveis no meio da noite. A rua silenciosa, a piscina com um reflexo prateado no meio, muito bonita. Aquela piscina... Parecia me dizer alguma coisa...

- “É, meu caro Átila, é melhor você parar de chorar como um idiota. Ou você esquece esse primo que te mostrou o que é bom, ou você faz alguma coisa de útil pra conquista-lo”.

“Sim, minha cara piscina. Vou pensar e depois eu decido o que fazer.” – depois dormi tranquilo pra continuar a vida no dia seguinte.

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Olha eu aqui com mais um conto. Esse é o que eu tenho de mais romântico para vocês.

Estou postando também "O Rei Victor", e vou postar um capitulo dele amanhã

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Gente, estou postando "Instigante" no Whattpad, quem puder dá uma moralzinha lá rs

@leitorbrasil é o melhor jeito de encontrar a história. farei pequenas modificações em alguns capítulos do final

Abraços Jades

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Comentários

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Muito bem escrito, quanto talento! Ótima história também, bastante promissor...

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Nossaaaaaa muitooooo boooooom. Estou te seguindo no wattpad.... Amo suas histórias parabéns 👏❤

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Estou amando seus contos. Irei segui-lo no Watppad.

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