Adestrando Betão (Uma FanFiction) - 14

Um conto erótico de Gordin.leitor
Categoria: Homossexual
Contém 3728 palavras
Data: 03/10/2016 18:55:18

CAPÍTULO – 14

A casa havia se transformado em uma creche silenciosa, aquelas três crianças assustadas e maltratadas tinham um ar triste, uma atmosfera de dor pairava por todos os ambientes e ninguém sabia muito bem como se aproximar delas sem as matar de um susto, Ricardo tentava, mas sentia tanta pena que as crianças pareciam sentir-se mal ao lado dele, o mesmo acontecia com Isabella e Rômulo, Betão sequer tentou uma aproximação, pois se achava bronco e inadequado. Assim passou-se uma semana inteira, eles comiam, e deitavam juntos, os dois mais velhos eram mais apegados um ao outro e o menor era muito mais reservado que os outros dois.

Num sábado pela manhã Rômulo e Beto terminaram a reforma no andar térreo da casa e no porão, decidiram retomar os trabalhos somente na segunda, estavam mais cansados que o normal sem que o trabalho tivesse aumentado ou até mesmo mudado, talvez o peso de conviver com aquelas crianças maltratadas não pudesse se sobrepujar ao fato de que recentemente haviam se libertado, ver o silêncio e a dor nos olhos daqueles meninos lembrou a eles que por mais que fizessem e tentassem a libertação tinha que vir de dentro, não era matar o monstro a tarefa mais difícil e sim mata-lo dentro de si, dentro de cada um, ou então ele voltaria a assombrá-los mais a frente.

Nesta manhã de sábado cada uma das pessoas na casa tinham os seus compromissos na cidade, menos Beto que ficou encarregado de cuidar das crianças por uma fatalidade num jogo de “par ou ímpar”, Ricardo havia prometido voltar o mais rápido possível para ajuda-lo, mas nem tudo dependia de sua boa vontade, as filas no supermercado poderiam estar maiores ou o trânsito de volta poderia estar mais caótico... Enfim, havia um sem número de variáveis que poderiam influenciar no seu retorno, Beto sentou-se ao lado dos meninos silenciosos num banco colocado do lado de fora da casa.

- E então meninos, estão fazendo o que? – Ele falou sem lhes olhar.

- Moço, onde o papai está? – O menor perguntou.

- Papai? – Beto perguntou alarmado.

- Sim, ele era nosso papai...

- Ele não era nosso papai, os papais não fazem aquelas coisas! – O do meio falou de pronto, ele era um menininho muito bonito e apesar de ter uma aparência calma, era também bastante triste assim como seus “irmãos”.

- É campeão, aquele não era o papai de vocês! – O menor pareceu se entristecer, como explicar que apesar das atrocidades cometidas contra ele, naquela idade aquele havia sido a única figura que lhe cuidara, se houveram outras ele não lembrava até porque quando fora vendido era muito pequeno para lembrar.

- E quem vai cuidar de nós? – Perguntou curioso.

- Ainda não sabemos! – Beto olhou para o mesmo ponto que eles.

- Ninguém vai querer a gente... – O maior soltou.

- Porque você diz isso? – Beto perguntou com o coração batendo na goela.

- Porque a gente só servia pra ele brincar... – Ele disse envergonhado, com as roupas puídas que conseguiram arranjar. Naquele momento Beto entendeu que não somente ele havia sofrido com a maldade de um homem desalmado que havia feito a sua cabeça para transformá-lo em menos do que ele de fato era, mas aquelas crianças além da violência haviam conhecido o desrespeito aos seus corpos num nível ainda mais baixo e vil.

- Isso não é verdade! – Sua voz saiu um pouco mais alto do que ele gostaria, assustando aos três, o menor ficou com os olhos marejados olhando para aquele homem enorme com cara de mal que havia entrado em suas vidas há tão pouco tempo. – Olha, eu não sei como explicar isso de outra maneira... – Beto falou levantando do banco que estava ao lado deles, ficou de costas e tirou a camisa na frente dos meninos, ali estavam as provas de que ele os entendia, apesar de as crianças não ostentarem cicatrizes daquele tipo na pele eles as possuíam por dentro. – Quando eu era mais novo que vocês, um homem muito mau me pegou, me tirou da minha mãe e me levou pra outra casa...

Os três garotos o olharam impressionados com as marcas, de repente ele sentiu pequenas mãos passando pelas suas costas como se fizessem carinho nelas, olhou e era o mais novo que havia levantado e lhe tocava a pele maltratada e marcada com um carinho tão inocente como somente uma criança conseguia fazer.

- Sai daí “Quatro”! – O mais velho falou.

- Você o chama assim? – Beto se virou e o questionou.

- Eu sou o Dois, ele é o Três – Falou apontando para o menino sentado ao seu lado – E esse aqui é o Quatro. – Apontou para o menor.

- Por quê? – Quis saber.

- Era assim que ele falava... – Falou envergonhado.

- Entendi... E o número um? – Perguntou estranhando.

- Sumiu assim que Três chegou, ele brigava muito e chorava pela mãe dele, então ele sumiu... – Falou como se fosse algo corriqueiro.

- Entendi – Dessa vez se virou para que os meninos não percebessem que seus olhos marejaram, ficou pensando que tipo de vida uma pessoa podia ter depois de sofrer o que eles sofreram e então pensou em si mesmo e sentiu a esperança brotar em seu coração.

- O senhor ainda vai contar a sua história pra gente? – Quatro quis saber.

- Vou! – Beto falou limpando os olhos e forçando um sorriso quando se virou para olhar para os meninos. – Onde é que eu parei?

- Quando o homem mau te comprou e te levou pra outra casa longe da sua mãe! – Três falou.

- Ah, certo... Mas antes, vamos parar com isso de se chamar por números... Se não lembram dos próprios nomes de vocês eu vou dar um nome a cada um! – Falou chamando-os para dentro de casa, ao lado da pia cozinha os meninos foram perfilados e ele pegou bastante água com as mãos em concha e falou em cima do Dois – Você agora não se chama mais Dois e sim Huguinho! Ou Hugo se quiser, mas eu prefiro Huguinho! – Abriu a concha e molhou a cabeça do menino que se assustou, mas ao ver a risada dos outros dois sorriu também, havia expectativa no ar, os três batiam os cotovelos um no outro sorrindo e querendo que sua vez chegasse.

- O seu nome vai ser Zezinho, ou José... – Sorrindo ele abriu novamente a concha de suas mãos molhando a cabeça do rapaz do meio que fingiu susto só para fazer seus amigos sorrirem, Beto gostou de ver que eles estavam se divertindo.

- E por último, mas não menos importante: O seu nome vai ser Luisinho, ou Luís... – Havia uma boa quantidade de água em suas mãos ainda e quando as abriu naquele batismo improvisado molhou a cabeça do menino que fingindo surpresa exagerada quase escorregou no chão liso e molhado da cozinha. Os quatro riram histericamente disso, algo estava se quebrando lentamente, algo acontecia ali e estavam todos satisfeitos. – Vamos lá pra fora, vou terminar a história...

- Ebaaaa! – Luisinho agora mais solto foi o primeiro a se pronunciar, segurou na mão de Beto como se fizesse aquilo há muito tempo e o puxou para fora de casa, o Huguinho segurou na outra mão do homem e segurou a de Zezinho, os quatro andaram até o lado de fora da casa, sentaram nos batentes da casa, Beto olhou em volta e os três garotos sentaram a frente dele. Passando as mãos nos cabelos molhados eles prestavam atenção ao menor movimento, eram meninos inteligentes e atentos, só precisavam de uma chance para mostrar o que tinham de melhor em si.

- Bom, eu fui levado por esse homem mau para me tornar um soldado!

- Um soldado? – Lusinho perguntou.

- É uma pessoa que defende as outras quando elas ficam em perigo! – Beto explicou.

- E porque você não se defendia? – Huguinho quis saber.

- Porque ele sempre me disse que eu não podia me defender dele e eu acreditei nisso por muito tempo, mas não era verdade.

- Foi ele que fez isso nas suas costas? – Zezinho perguntou.

- Ele e o empregado dele.

- Você não era o empregado dele? – Huguinho perguntou.

- Eu era escravo dele... – Beto falou com pesar.

- Você não podia dizer não a ele, né? – Zezinho perguntou.

- É isso mesmo, eu tinha que obedecer a tudo que ele mandava.

- Era igual a gente... – Eles cochicharam entre si, e novamente Beto sentiu seu peito apertar.

- Era parecido... – Ele admitiu.

- E que tipo de coisas ele te pedia pra fazer? – Luisinho perguntou.

- Ele queria que eu machucasse outras pessoas! Que eu fizesse coisas que ele não tinha coragem de fazer...

- Entendi – O menino ficou com o olhar perdido por um momento, mas depois de olhar para o rosto de Beto, conseguiu sorrir.

- Então, eu vivi assim por muito, muito mesmo, muito mais do que vocês... – Ele falava com cuidado – Até que apareceu um rapaz que me salvou de todas as maneiras que eu podia ser salvo, ele me mostrou que eu servia para muito mais do que para aquilo que eu fui criado, ele me mostrou que ninguém pode dizer quem você é e que com ajuda a gente pode não só melhorar como podemos transformar outras vidas! – Os meninos prestavam atenção em tudo o que Beto dizia como se aquelas palavras fossem tábuas de salvação e a verdade é que elas eram. – Então, essa história de que não dá pra ser outra coisa era só o que ele queria que vocês acreditassem, mas não é a verdade, entenderam?

- Sim – Os três disseram em uníssono.

- Então, eu não quero mais ouvir vocês dizendo isso, estamos entendidos? – Beto falou de forma carinhosa.

- Beto, a gente pode fazer o que quiser? – Huguinho perguntou.

- Sim, podem, desde que isso não machuque outras pessoas. – Explicou.

- Mas o Rômulo machucou o... – Luisinho falou.

- É verdade, ele machucou o Alcântara, apesar de justo não foi certo, então não façam isso. Estamos entendidos?

- Sim, estamos!

- Agora eu quero mostrar uma coisa a vocês. – Chamou os três garotos que o seguiam numa fila descendente, do maior para o menor, parecia um pato e seus filhotes. Dentro de casa ele ligou o notebook de Rômulo, acessou a internet e colocou o desenho do Tio Patinhas, deixou que os meninos vissem os episódios que os sobrinhos apareciam, mostrou a eles como ele imaginava que as crianças deviam ser, inocentes e despreocupadas e dentro de si torceu para que eles pudessem se inspirar naquele desenho e mudar.

Passaram algum tempo assim enquanto os outros não chegavam, os meninos riam, pareciam fascinados com o que acontecia na pequena tela do notebook, Ricardo entrou de supetão enquanto Beto sentado ao atrás dos meninos os observava com um grande sorriso no rosto. Ele estranhou aquilo, largou as sacolas com comidas variadas que havia comprado em um restaurante da cidade.

- O que vocês estão aprontando? – Perguntou sorrindo.

- Nada não! – Os meninos se assustaram com a pergunta e ficaram em posição de sentido na frente de Ricardo como se fossem ser punidos.

- Ei meninos, calma. Eu só perguntei. – Ricardo falou brando e passou a mão na cabeça dos três. – Estão com a cabeça molhada, tem que tomar cuidado pra não pegar uma gripe.

- Eu batizei eles! – Betão sorriu e se aproximou de Ricardo.

- Como assim? – O rapaz quis saber.

- Huguinho, Zezinho e Luisinho! – Falou apontando para cada um.

- Daquele desenho? – Ricardo falou rindo um pouco.

- É isso aí! Vão lá cambada, que eu vou ajudar o Ricardo com as coisas que ele comprou! – Os meninos voltaram a assistir ao desenho.

- Beto... – Luisinho o puxou pelo braço.

- Diz pequeno! – Ele falou sorrindo e ajoelhando para ficar mais próximo do tamanho do menino.

- Foi esse o rapaz que te salvou? – Perguntou envergonhado.

- Foi sim, e ele ainda salva! – Sorriu para o garotinho que mantinha aquela pose inocente, em seguida ele saiu andando de forma engraçada e sentou ao lado dos outros dois.

- O que você fez com esses meninos, hein? – Ricardo falou já do lado de fora de casa, abrindo o porta malas do carro para tirar as compras que havia feito.

- O mesmo que você fez comigo! – Beto deu um beijo estalado no pescoço de Ricardo – Tentei entende-los.

O resto do dia passou como esperado, o único evento digno de nota é que quando Rômulo entrou em casa os três meninos correram pra cima dele para abraça-lo. Ele ficou abobalhado com aquela atitude, mas deixou que as crianças lhe abraçarem, o mais velho agradeceu e o ex soldado não entendeu de pronto, mas em seguida ao olhar para Beto que sorria vendo a cena imaginou o que aquela demonstração de carinho queria dizer.

Os dias foram passando e cada vez mais Beto se apegava àquelas crianças, o mesmo acontecia com Isabella e Rômulo, rapidamente os meninos se tornaram a alma daquela casa, ao menos conseguiram mudar em alguma coisa a atmosfera e as lembranças dos que lá viveram por tanto tempo sofrendo. Nos dia em que terminaram a reforma da casa eles saíram de lá deixando avisado na corretora da cidade os preços que pretendiam cobrar e os contatos das pessoas responsáveis, felizmente Rômulo continuava conseguindo falsificar diversos documentos e com isso conseguiu resolver mais este abacaxi. Nos carros os meninos foram juntos com Ricardo e Beto, a viagem era longa e cansativa, mas chegaram em dois dias à Salvador.

Beto estava emocionado de rever o seu apartamento, o lugar que ele havia comprado com a intenção de morar e ser feliz com Ricardo, entrou no apartamento e Ricardo veio por trás e o abraçou esquecendo que tinham plateia naquele dia:

- Enfim em casa! – Ricardo falou na ponta dos pés na intenção de alcançar o ouvido de Betão, este por sua vez sorriu e agarrou o seu franguinho com força. Os meninos olhavam a cena de forma divertida e sorriam, foi Isabella que os interrompeu.

- Vamos parando com a saliência na frente dos meninos. – Falou rindo e os dois coraram por perceber que haviam se entregado. Todos entraram em casa, cansados da viagem e encomendaram comida. Os meninos tomaram banho, um de cada vez e vestiram as roupas novas que ganharam, ficaram com o quarto que servia como escritório de Ricardo. Naquela noite Ricardo chorou depois de fazer amor com Beto, vendo a casa tranquila e com a presença de seus amigos.

Os dias passaram rápido e logo aquele mês acabou, os meninos viviam num limbo dentro daquele apartamento, Isabella se propôs a cuidar deles enquanto não vendiam as duas casas, tanto a de Cristóvão como a sua, onde cuidou de sua mãe nos últimos tempos. Beto ficava em casa também, mas ia deixar e buscar Ricardo no fórum, saía algumas vezes para se exercitar, mas voltava logo. Com tudo se encaminhando, apenas Rômulo é que permanecia como sempre, andava feliz e triste ao mesmo tempo.

Feliz por ter ajudado a resolver tudo que precisava e triste porque a ele faltava a única mulher por quem se apaixonou verdadeiramente: Sarah. Lembrava-se dela diariamente, ainda se excitava ao lembrar dos beijos recebidos enquanto ela ainda era vítima de sequestro e ele o sequestrador.

- Rômulo, o que você tem? – Ricardo perguntou um dia ao vê-lo sentado na pequena varanda do apartamento, como se tomasse sol.

- Eu? Nada! – falou muito rápido como se estivesse se defendendo de alguma acusação.

- É a Sarah, né? – Ricardo sentou ao lado do amigo.

- Ah, cara, nem vale a pena suar por isso... – Admitiu derrotado.

- Eu acho que vale... – Ricardo disse.

- Melhor não pensar nisso... – Falou melífluo.

- Bom, se anime porque nesse fim de semana minha família vem pra cá para ver Beto e quero você bem! – Ricardo pousou a mão no ombro de Rômulo e sorriu.

- Prometo que vou ajeitar a minha cara... – Falou rindo.

Os dois conversaram mais um pouco naquele fim de tarde, Ricardo havia combinado com Ana e Carlos para que os dois viessem visitar Beto e que trouxessem D. Mariana, que deu trabalho para aceitar, mas não pode negar a visita ao neto.

Seria apenas uma reunião familiar simples, Ana e Carlos estavam animados para rever o seu compadre e saber qual era a surpresa de que Ricardo tanto falou durante o telefonema.

- Quem vem? – Beto encostou-se ao espaldar da cama, logo depois de fazer amor com seu franguinho aquela noite.

- Pra festa? – Ricardo estranhou a súbita pergunta, mas se aninhou aos braços fortes de Beto e ficou passando a mão por seu peito volumoso.

- Sim... – Beto levou o antebraço à testa.

- Ana, Carlos, a vó Mariana e o Jair. Só pessoas próximas. – Ricardo disse distraído.

- E a Sarah? – Ricardo levantou o rosto rapidamente.

- Como é que tu sabe disso? – Perguntou sorrindo.

- Tudo que eu quero eu descubro meu franguinho, tudo! – Disse o puxando para mais perto de si.

- Vem, mas não conta nada, pelo amor de deus, não quero que ele fuja.

- Ai Ricardo, vai dar uma de casamenteiro. – Implicou.

- A Sarah também não se envolveu com mais ninguém, ao menos seriamente, desde que o conheceu, os dois merecem ficar juntos! – Beijou o peito ainda suado de Beto.

- Tá bom, não vou me meter, mas se não der certo não venha chorar as pitangas pra mim! – Advertiu.

- Pode deixar, senhor meu marido! – Ricardo beijou o pescoço de Beto.

- Marido, é?

- Sim, marido, namorado, amante, dono, o que você quiser... – Falou já em cima de Beto novamente.

- Estou achando que você é que quer alguma coisa e de novo!

- Quero sempre, todo dia! – Sorriu safado e beijou a boca de seu homem.

- Então vamos lá, não posso te deixar na mão!

Um dia antes da tal festa, Beto saiu de casa para correr numa praça próxima de casa, levou os três garotos consigo e os deixou brincando em um play ground que havia por lá, de longe os olhava enquanto dava voltas na praça correndo, os três brincavam entre si como se não permitissem que ninguém mais se aproximasse, ele havia se apegado àquelas crianças e seu senso protetor com eles era até maior que com Ricardo. Foi quando viu um homem estranho se aproximando de Luisinho, eles haviam mesmo adotado os nomes de brincadeira, então correu até eles.

- Ei chapa, o que tu quer com os meninos? – Beto gritou.

O homem ao ver o tamanho de Beto saiu correndo em disparada, aquela foi a confissão de culpa, Beto o alcançou sem dificuldade.

- Olha aqui seu filho da puta, essa praça é onde os meus filhos vêm brincar! Se eu te pegar por aqui de novo tentando aliciar quem quer que seja, eu te mato lentamente! – O homem estava a ponto de morrer do coração, Beto ia soltá-lo, queria denunciá-lo, mas pensou duas vezes ao lembrar que a documentação dos meninos não estava completa e que aquilo poderia prejudicar a todos os envolvidos, resolveu então quebrar apenas o nariz daquele sujeito e foi exatamente o que fez!

Depois de se livrar do traste voltou para perto dos meninos que pareciam perdidos, os levou de volta pra casa e os deixou com Isabella, saiu novamente para a academia com Rômulo, no caminho lhe explicou o ocorrido.

- Vou ver se encontro alguma gravação do sujeito e vou investiga-lo – Rômulo falou - Mas tu falou mesmo que os meninos são teus filhos?

- Falei ué, pra ver se o cara se tocava... – Explicou.

- Tu seria um bom pai! – Falou sorrindo para o amigo na hora em que entraram na academia. Na volta, depois de todos os exercícios Beto ainda estava com aquilo na cabeça e inquiriu o amigo.

- Tu acha cara que eu daria conta de cuidar dos meninos?

- Acho que tu nasceu pra cuidar das pessoas que tu ama, Beto. Disso eu não tenho dúvida, irmão!

- Gay! – Beto falou rindo do amigo.

- É, nem sou eu que como um frango ali toda noite! – Deu um peteleco em Beto e correu na direção do apartamento.

No dia seguinte os convidados foram chegando, Ana e Carlos abraçaram muito Betão, conversaram com ele, mas logo foram atraídos pelos meninos, passaram a tarde inteira brincando com os três enquanto a festinha rolava. O casal sempre quis ter filhos, mas por conta de uma incompatibilidade genética, nunca foram capazes de gerar os próprios filhos, naquela época eles pensavam em adotar e aqueles meninos precisavam de uma família.

A campainha tocou e Ricardo vendo que todos já estavam ali, pediu:

- Rômulo, atende a porta, por favor? – O rapaz estava sentado com um copo de cerveja na mão, estranhou o pedido, mas foi até lá.

- Vou cobrar os meus serviços, senão vocês se aproveitam da minha nobreza! – Quando abriu a porta, Sarah estava mais linda que nunca com um vestido rosa bem claro, os cabelos soltos com cachos bem definidos, brilhantes e volumosos, uma bolsa de couro bem pequena à tiracolo e sandálias sem salto, a pele cor de bronze, a boca farta com um batom escuro...

“Ela está mais linda do que nas minhas lembranças...”

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* Monster : Hahaha, seu pedido é uma ordem, estamos chegando ao momento que Rômulo vai se acertar com Sarah... Bom saber que não decepciono, abraços, querido! ^^

* Catita: Hahaha, vamos ver com quem os meninos vão ficar, isso ainda está sendo decidido... Eles realmente precisam de amor e de muitos cuidados, vamos ver como as coisas se resolvem daqui pra frente! Hahaha, nem demorei tanto dessa vez, pode ser que o próximo capítulo saia na quarta, se tudo correr como o esperado! Beijão! ^_^

* Geomateus : Este casal fica junto agora, ninguém se separa mais! Hahaha, abração! =D

* webcaet: Que bom que curtiu, abraços! =)

*nayarah: Hahaha, estão sim, cada vez melhor! Vamos ver o que vai acontecer com as crianças, Beijos! :-D

* Ninha M: Oi linda, saudades também, ow querida nem se preocupe que eu também não ando tendo tanto tempo assim, mas sim te respondi o e-mail, hahaha. Será que serão uma família, ao que parece o Beto tá querendo, vamos ver o que acontece daqui pra frente! O destino do Rômulo vai começar a se ajeitar agora! Hahah, beijos linda! <3

* Arthurzinho : Hahaha, beijos linda! ;-D

* Bruno Jovovich: Hahaha, BV lindo! Pois é, o Alcântara era um dos monstros também, ainda bem que resolveram isso, vamos ver o que o destino reserva para eles. Beijos, meu amigo querido! S2

* FlaAngel: Oi meu anjo, pois é, vamos ver se a Sarah ainda vai ser dele... Veremos, beijos minha querida! <3

*neterusso : Hahaha, queria um castigo demorado mesmo pro Ricardo, né? Rsrsrs, sim ele é um fofo mesmo, vamos ver se os meninos vão ficar com eles... Beijão! ^^

*Atheno: Rsrsrs, Beto é tudo! Vamos ver se vão ficar com os meninos! Beijos! =D

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Comentários

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"Depois da tempestade, vem a bonança" Que esta venha para as pessoas desta trama, com bastante felicidade. Espero, sinceramente, que os persoangens reais também a desfrutem. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Aiiii, eu tenho medo desse conto, pq ta muito bom, muito feliz, mas a qualquer hora pode dar uma merda

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Quase esqueci, também vou ler as outras histórias escrita por você anterior a essa, só basta eu tiver um pouco de tempo que em um só dia eu leio HHAHA.

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Ah, não é pedir demais, não precisa ser agora, mas o meu outro maior sonho é a continuação de "O brutamontes da minha vida" que parou no capítulo 09 e nos deixou angustiados até hoje, eu sei e acredito que você tem um potêncial enorme para continuar brilhantemente a história. Ah, não se preocupe, sempre que eu puder, sempre estarei te ajudando nas divulgações. Você faria um sucesso estrondoso no Wattpad, sabia? Posta lá também.

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Antes de tudo, quero PARABENIZAR incansavelmente por continuar esta história tão querida por todos nós aqui do CDC, uma continuação que estávamos esperando a vários anos, mas o autor original não voltava e só cabia nos lamentar isso, mas tudo isso mudou com o seu comprometimento de continuar a história, e eu digo, tão bem quanto o Matheus, devo até dizer mais, escrevendo melhor que o próprio autor que iniciou o trabalho. O que me resta é agradecer, agradecer mesmo, por realizar um dos meus maiores sonhos, que é uma continuação dessa obra imortalizada por todos os leitores fiéis da Casa dos Contos.

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Maravilhoso, é agora que vou ver o desenrolo haha. Uma pena que já esteja chegando ao fim, abrcos man...

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Sabia que o Betão não decepcionaria as criança...foi pura emoção a maneira pura que Betão conseguiu a confiança das crianças. Espero que o Rômulo e sarah se acertem. Parabens,excelente!

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P.s. Continuo sendo sua fã número um!!!!😁😉😚😜

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Lindo demais, chorei um rio enquanto estava lendo o conto, chegou ao meu coração, você é um artista, continue sempre assim, emocionando a todos com as suas histórias maravilhosas, parabéns de verdade!!!! 👏👏👏😍🎇🎆🎉🎊🎭

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Nossa o Betão se aproximou das crianças, contando o que lhe aconteceu e os nomes escolhidos fofos demais, torço para que eles fiquem com o papai Betão e o papai Ricardo, pois o Betão conseguiu alcançar as almas deles e também ele já têm amor de pai pelos meninos, seria justo que ele e o Ric ficassem com a guarda, torcendo muito pelo Rômulo e a Sarah, tomara que se resolvam e sejam felizes!!!! Tô esperando a continuação!!!! 👏👏👏 💌 💖 💘 💕 ✌

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Oi Lindo!!! Esses meninos são uma graça e os nomes? Muito sugestivo, kkk. Eu sou a favor do Beto e do Ricardo adotar os meninos, família perfeita. Ansiosa para ver esse encontro entre o Romulo e a Sarah. Beijos meu lindo e uma semana incrível!!!

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Nossa!Só percebi que não li o último capítulo postado agora, aproveito e comento nesse.Cara chorei também aqui, maldito sangue carcamano, a imaginação é foda né? comecei a imaginar essas crianças sofridas aí desandei... Você sabe brincar com as palavras cara, sem mais comentários...

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Nada de sexo hetero, por favor kkkkk.

huguinho, zezinho e Luizinho. ficou sem ideias kkkk.

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♡♡♡♡♡♡♡♡♡ amigoooo. EMOCIONADA é assim que me sinto após esse capitulo. Uma semana de harmonia e paz pra vc e os seus.

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Q lindo esse lado do Beto bem paterno amei.....

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Por favor deixa eles com o Beto 🙏🙏 a história ta cada vez melhor

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Seu cachorro safado!! Para de escrever sobre esses meninos fofos, me fez chorar. Por isso que eu adoro vc, tem esse dom maravilhoso de tocar meu coração de pedra.

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