SURPRESAS DO CORAÇÃO - PARTE XXX

Um conto erótico de GREY
Categoria: Homossexual
Contém 1861 palavras
Data: 31/10/2016 03:43:40

Segunda- feira.

Terça- feira.

Quarta- feira.

Nada do grandão. Desde segunda não o vejo. Estranho. Na verdade passei a estranhar a partir de segunda-feira à noite.

Quando na segunda pela manhã deixei Mauricio devido meu trabalho na Nova correia, ele fez questão de me avisar:

- Caio vou resolver umas questões com o meu pai. Desde ontem ele tá querendo conversar comigo. Após a conversa voltarei correndo para Nova Correia para junto do meu Engenheiro.

Na despedida ele me beijou suavemente, e ainda muito gaiato deu um tapa no meu rabo na feita que eu entrei no carro.

Quinta- feira.

A cabeça começou a doer. Algo aconteceu. Não suportando mais tanta preocupação, resolvi ir a Mariana atrás de Mauricio. Em Mariana liguei para o celular de Mauricio. Chamou. Chamou. Até caiu.

Insistir. Repetir a ligação. Chamou. Chamou. Chamou. Ele, todavia não atendeu. Imediatamente veio o questionamento, fiz alguma coisa de errado? Ou disse algo inconveniente que possa explicar o porquê de Mauricio haver desaparecido? Remexi a minha memória. Investiguei, investiguei exaustivamente.

Nada, nada. De fato, da ultima vez tudo estava às mil maravilhas. Trocamos juras, fizemos promessas. A não ser que eu fiz algo que não lembrei ou que eu não tenha noção, mas o que? Não. Não há sentido nisto, segunda de madruga foi um dos melhores momentos da minha vida, foi só amor um para com o outro, logo descartei a possibilidade de eu ter feito ou dito algo que tenha ferido o grandão ao ponto dele sumir.

Enchi-me de coragem e dirigir até a casa do prefeito, porém a coragem próxima a casa, esvaiu-se. Considerei ser precipitado. Não poderia expor Mauricio, além do que havia o fato que o prefeito não nutria simpatia para comigo desde o episódio que neguei me envolver em negócios escusos.

Esperei 1 hora. 2 horas. 3 horas. Enfim, acabei por passar à tarde toda próxima à casa do prefeito no fim de olhar Mauricio, porém não obtive sucesso. Nada. Nisto veio a ideia de avisá-lo que estava a sua espera próxima a casa do prefeito via SMS. Mas também não logrei êxito, uma vez que, Mauricio não respondeu o meu SMS.

Fiquei inconformado. Tinha que existir alguma explicação.

Retornei a Nova Correia sem nenhum resultado.

Quinta- feira, à noite, na hora do jantar faltou o apetite. Não dava para almoçar sem saber noticia de Mauricio. Essa preocupação era algo que somente aumentava à medida que os dias da semana passavam. E cada vez que aumentava os dias, também aumentava a angustia. Mil coisas passaram a querer dominar meus pensamentos e quase todas tinha algum teor infeliz.

- Não tá com fome menino Caio? – Dona Maria indagou cheia de preocupação.

- Não.

- Posso fazer um chá ou outra coisa pra você não dormir com a barriga vazia. - Dona Maria sugere sempre muito hospitaleira, como sempre.

- Obrigado. Vou para o meu quarto.

Retiro-me à mesa. Não sou companhia para ninguém. Tô mal com o sumiço do nada de Mauricio.

Sexta.

Sábado.

Domingo.

Segunda - feira. Uma semana que não vejo Mauricio. Uma semana que ele desapareceu. Não veio visitar dona Maria. Não veio fiscalizar, enquanto secretario de Obra e Urbanismo, a construção da estrada. O efeito em mim é ensurdecedor de maneira tal que não mais tenho tido a mesma desempenho no trabalho como antes, por mais que tente desvencilhar não consigo. Sou incapaz de conseguir fazer minha cabeça parar de pensar em Mauricio. Não consigo entender esse novo cenário, onde tenho que conviver com a fuga do meu homem.

Minha cabeça estar quase pirando. Eu tô quase pirando.

Segunda semana.

Terceira semana.

Na quarta – feira, da terceira semana sem vê-lo. Sem ter nenhum tipo de noticia recebo assim que voltei do serviço, das mãos de Dona Maria um convite assinado por Helena Alencar, a mãe de Mauricio.

Depressa abri o convite.

- Tá apressado menino Caio. – Observa Dona Maria dado a minha pressa. Também pudera três semanas sem saber nenhuma noticia de Mauricio.

Em função ao comentário dela faço ar de riso. Li o convite, e como sabia que ela esperava que lhe contasse o teor do convite, satisfaço-lhe a curiosidade.

- Dona Helena tá me convidando para o aniversario de Mauricio.

- O menino Mauricio tá sumido desta banda de Nova Correia.

- Tá sabendo alguma noticia dele? - Pergunto cheio de expectativas.

- Nenhuma. Tanto quanto você, menino Caio.

- O aniversario dele será, agora, no sábado.

- Será uma festa e tanto, né? A Família Alencar é rica certamente fará um festão.

- Hum... Parece que não Dona Maria.

- Por quê? – ela questiona.

- Porque no convite diz que será reservado para alguns convidados.

- Não terá festa?

- Não, não, segundo o convite será um jantar reservado para alguns convidados.

- Antes, eles sempre realizaram um festão.

- Mas, creio que agora, optaram por algo mais reservado.

- Eles quem sabem. O jantar sai já, já. – Dona Maria segue para cozinha e eu direto para meu quarto, melhor, o quarto era meu e de Mauricio.

No quarto joguei o convite sobre a cama e rir de contentamento, uma vez que fui convidado. A explicação era evidente, resultado da intervenção do grandão. Logicamente que uma data como essa não poderia passar longe de mim, por isso o convite. Agora, uma coisa era certa, embora estivesse alegre ainda assim não estaria livre de explicar o porquê do sumiço. Nada mais natural explicar o seu desaparecimento, até porque isso acarretou em sofrimento, em preocupação, enfim, desgaste desnecessário.

Mais o mais importante mesmo é que ele apareceu. Eu iria vê-lo no sábado à noite. Lembrei do episodio com o prefeito, mas não foi adiante, uma vez que Mauricio estaria lá, portanto o prefeito não mostraria nenhuma indiscrição. Por obvio, não iria querer, justamente pelo aniversario do filho, criar caso, o que de pronto acarretaria um mal estar incompatível para com o momento.

Quinta – feira.

Eu com os meus pensamentos. O que comprar para Mauricio? Bem material era algo que ele tinha de sobra. O que? E aí me vem à mente a hipóteses de uma viagem, sim poderia ser um bom presente. Peso a possibilidade apoiada na ideia que quando viajei à são Luis ele de imediato se interessou associando a ideia com a chance de ficarmos um tempo curtindo um ao outro sem nenhuma intervenção. De fato, era uma ideia bacana, um ótimo presente, eu considerei.

Sexta- feira.

Vir à Mariana e liguei para uma agencia de viagem e resolvi a questão do presente de Mauricio. Após acertar os detalhes percorri a cidade em busca do grandão, todavia não o encontrei, minha busca foi totalmente em vão.

Considerei a probabilidade de Mauricio não estar na cidade. Era a explicação mais plausível. Dado ao fato que eu não o achei, e olha que Mariana não é uma cidade gigante.

Inconformado mais uma vez voltei à Nova Correia. Mauricio teria que me explicar muita coisa, principalmente o seu sumiço. Por outro lado, a angústia já não me dominava como antes, desde quarta- feira o alento do convite tinha aliviado meus temores. Por mais que a confusão existisse na minha cabeça, o fato no sábado, amanhã, vê-lo me acalmava.

Certamente ele teria uma explicação, pensava em tom de reconforto para me mesmo. Com efeito, para qualquer relacionamento sobreviver confiança é fundamental. Eu de olhos fechados nutria plena confiança no grandão, o que de pronto, antevia uma explicação que satisfaria da parte dele. Sim, certamente ele teria uma explicação. Não iria me precipitar em concluir besteira cujo fim era minar meu relacionamento, e ainda mais agora que estava virando namoro.

Pensando nesta possibilidade: namoro, então achei graça com o nada. Lembrei da gente transando durante os votos de aniversario de casamento dos pais dele, a maneira como ele me beijou; a intensidade que sugou meus lábios, a virilidade que ele avançou querendo meu corpo, com fome da minha boca, a ansiedade que o fez não perder tempo, não se importar com os convidados. Movido pela ansiedade e fome não quis esperar, me comeu no escritório do pai.

Lembrando deste episódio não deu outra, meu pau ficou duraço. O efeito do grandão sobre mim era descomunal. A fim de aplacar o tesão, antes de dormir bati uma punheta.

Sábado.

Enfim, o dia do aniversario de Mauricio. O dia que, graças a Deus, eu veria o grandão. Às 17hs da tarde arrumado entrei no meu carro e seguir para Mariana. Para o momento decidi por calça preta e camisa azul, fraquinha, social. Não estava nada extravagante, pelo contrario discreto e sóbrio como eu gostava de me vestir.

No horário marcado estacionei o carro à casa do prefeito. Para minha surpresa não dei de cara com o capataz do prefeito, menos mal, repetir para me mesmo. Entrei na casa dos Alencar. Na sala havia algumas pessoas, umas eu conhecia, outras não. Quando entrei de imediato me sentir deslocado.

Enoks, o presidente da Câmara de Mariana, percebeu meu deslocamento e veio ao meu encontro.

- Boa noite, Engenheiro. – Começou o presidente.

- Boa noite. – Repetir no mesmo embalo do presidente.

- Já mandei o oficio para o Engenheiro ir à câmara.

- Quando o senhor enviou?

- Ontem. – Ele assegurou pegando uma taça de champanhe que o servente nos ofereceu. Ele faz menção que eu também pegasse uma pra mim, porém recuso com a cabeça. – tá muito bom, engenheiro.

- Tenho certeza. – Assentir enquanto procurava Mauricio com os olhos.

A minha frente ficava os sofás, na outra sala estava reservado para o jantar. Tudo estava bem organizado com certa primazia de discrição.

- Na próxima semana se possível quero ouvi-lo na câmara. – pontuou Enoks dos Santos.

- Assim que minha secretaria me repassar o oficio vou autorizá-la junto à câmara marcar o dia e hora o mais rápido possível. – Respondo ao presidente deixando claro minha disponibilidade em ir a câmara responder eventuais duvidas dos vereadores.

Encerrado o assunto, o presidente tratou de inserir outro.

- O menino Mauricio estar completando 26 anos. – Disse Enoks dos Santos.

- Estou sabendo. – Continuei perscrutando o lugar. E nada de Mauricio.

Observei que Janaina também foi convidada. Precisamente conversava com outra moça de costas pra mim do outro lado da sala.

Estranhei. Mas, preocupado mesmo em achar o grandão de imediato, não liguei em demasia.

Uma mulher magra, alta, rosto fino apareceu, e disse:

- Boa noite senhores, senhoras, - A mulher falava muito educadamente. - Dona Helena Alencar pede desculpa pelo atraso, assim como pede que os senhores se dirijam a sala de jantar. Devo esclarecer que os lugares estão marcados com os seus respectivos nomes. Uma ótima noite a todos. – Abriu espaço e os convidados começaram a se locomover para a sala de jantar.

- Vamos pai.

Vir-me-ei a fim de conferir, se realmente, a voz era da dita cuja chamava de pai era para o presidente da Câmara. E minha surpresa, era. Janaína, a loira que tentou pegar meu homem no episodio de Pinheiro, era filha do presidente da câmara, o que explicava o porquê dela ter sido convidada para o aniversario de Mauricio.

- Com licença Engenheiro. Hoje é um dia muito feliz para minha filha, e todos vocês serão testemunha oculares.

Ela o pega pelo braço e o leva, porém, antes, disse:

- Fico feliz que esteja aqui. O Mauricio preza muito a tua pessoa.

Voei. Não compreendi absolutamente nada.

E olha que tentei entender.

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Comentários

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isso é com certeza jantar de noivado msm mas pq o Mauríco sumiu? tem angu nessa historia ae a se tem

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Não acredito! Se for o que tá parecendo que é o Caio vai perder o chão!

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Ih ja vi tudo!!!! Espero estar enganada! 🌷🌷🌷

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Só pode ser gravidez, misturada com chantagem!! Já tô aflita aqui, o Caio vai sofrer muito, fiquei até com um pouco de raiva do Maurício agora 😠!!!! Continua logo!!!! 😢👏👏👏👏💔💔😭😢🙍

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Não acredito!!! Maurício e Janaína juntos? Coitado do Caio!!O conto continua ótimo!!

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