Alana Conta Sua História Parte 2

Um conto erótico de Princess Mary
Categoria: Heterossexual
Contém 703 palavras
Data: 31/10/2016 11:29:55
Última revisão: 31/10/2016 15:58:15

Marcos estava tão chocado com o que acabara de ouvir, que não sabia o que dizer. Apenas segurou a mão de Alana com força.

Ela o encarou com um triste sorriso.

- Vou ter coragem de contar o resto, Marcos, porque você está aqui ao meu lado, segurando a minha mão. Quem sabe é bom expulsar esse veneno... Nunca contei isso a ninguém porque tinha vergonha !

- Meu Deus, Alana...

- Eles rasgaram a minha roupa e amarraram meus pulsos na cama deles. Minha mãe abriu minhas pernas e dizia, vai deflora essa vadia, é só pra isso que ela serve essa vagabunda, pra ser sua amante, vai, mete tudo de uma vez! Eu chorava e gritava quando meu padrasto tirou aquele negócio enorme, que eu nem sabia o que era, pra fora... Quando ele meteu parece que me rasgou toda, eu senti a maior dor da minha vida, implorava pra ele parar, e ele metia cada vez mais, até que ELE deu um berro... Eu me sentia toda suja... Toda melada... Ele mordia os meus seios que nem existiam ainda... Depois de um tempo meteu de novo, e de novo, até cansar... Com minha mãe segurando minhas pernas abertas...

Depois de um tempo me soltaram, me mandaram tomar banho e ir dormir que tinha escola no dia seguinte. Eu sentia tanta dor que mal podia caminhar... Fui para o meu quarto e chorei o resto da noite.

No dia seguinte fui à escola como se nada tivesse acontecido. Eles me disseram que, se eu contasse para alguém, iria me acontecer coisa pior.

Daí em diante era o mesmo horror todas as noites, minha mãe abria minhas pernas e aquele monstro me usava... Se esfregava e urrava como um animal... Chupava meus peitinhos e mexia no meu rabo...

Com o tempo eu não sentia mais dor, eu comecei a ficar toda melada quando ele botava em mim... Que horror, Marcos, eu comecei a sentir prazer... Até que um dia ele mexeu no meu grelo e eu... Eu gozei...

Eu ainda não tinha ficado menstruada. Mas comecei a ter muitos enjôos e minha barriga começou a crescer... Eu tinha 12 anos e estava grávida. Eles me levaram a uma clínica e lá fizeram um aborto em mim.

Depois disso eles se mudaram para o Japão e me deixaram morando com meus tios. Mandavam uma mesada todo mês. Meus parentes eram frios comigo, mas me tratavam bem. Eu estudava e tirava boas notas.

Só que meu padrasto me deixou viciada em sexo ! Ou era um trauma, sei lá. Eu me transformei numa putinha. Com 14 anos já tinha dado pra todos os meninos do colégio, e então conheci uma menina que era lésbica e tive minha primeira experiência com mulher.

Concluí o ensino fundamental e mudei de escola, e continuei transando com todo mundo, garotos e garotas, depois também com homens mais velhos... Tinha dias que eu dava pra cinco, seis caras.

Com 16 anos passei a frequentar baladas e a coisa piorou. Transava com homem, mulher, casal. Chegava em casa toda dolorida, mas no outro dia começava tudo de novo...

Agora, pela primeira vez estou me perguntando porque eu comecei a agir dessa maneira. Se é um trauma, se eu sou puta mesmo por natureza, sei lá. Será que o culpado foi mesmo o meu padrasto, ou ele apenas abriu a porta ?

Os olhos obliquos e meigos de Alana pousaram em Marcos, que somente a ouvia petrificado.

- Então, ano passado a gente se conheceu... - ela concluiu encolhendo os ombros. E essa é a minha história, Marcos...

Marcos a encarou fixamente por algum tempo, digerindo o que acabara de ouvir... Depois cerrou os punhos, se encostou na árvore, e Alana o ouviu soluçar.

- Marcos ! - exclamou ela alarmada, abraçando-o pelas costas, O que você tem ? Não fique assim...

O rapaz chorava convulsivamente e Alana sentia seu corpo sacudir.

- Alana, reze para que nunca eu encontre o filho da puta do seu padrasto, disse Marcos com a voz alterada, - Porque nesse dia eu vou me transformar um assassino!

Ele a aninhou em seu peito com todo o amor do mundo, e então Alana também desabou. Recostada junto ao coração de Marcos derramou todas as lágrimas que engolira a vida inteira

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"...Não estou bem certo / se ainda vou sorrir / sem um travo de amargura. / Como ser mais livre, / como ser capaz / de enxergar um novo dia. / Eu que tinha tudo / hoje estou mudo,

estou mudado, / à meia noite, à meia luz, pensando: / daria tudo, por um modo de esquecer..." Às vezes, nos apegamos ao "nosso mundo e nada mais", até adquirirmos maturidade para compreender que o saudosismo deixou de ter sentido e a vida está aí, para ser vivida, cheia de novos mundos para oferecer. Aguardando, aqui, um novo mundo, cheio de boas vivências, para Alana e Marcos. Parabéns pela determinação em inserir um texto tão doloroso e denso numa série que começou tão leve. Ousada iniciativa, que merece ser valorizada. Beijos!

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