Quando eu falo que a coisa vai ficar boa, pode acreditar.
Continuação.
Pela manhã acordei por volta das 07h15min, com minha mãe me cutucando e perguntando se eu iria à escola. Ela chegou cedo. Respondi que não! Por que não estava me sentindo bem, e queria ficar em casa (uma noite de sexo cansa a gente!) ela concordou e saiu dizendo: “Qualquer coisa é só me chamar!” Amo minha mãe. Naquele momento comecei a pensar como tudo aconteceu tão depressa e sem muito esforço, de uma hora a outra. Uma “bagunça organizada” invadiu minha cabeça, me deixando inquieto na cama. As horas passaram o relógio marcava 09h20min, levantei! Segui rumo ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e fui tomar café. Estava um pouco dolorido, mas consegui me sentar. Comi um pão e bebi meu café enquanto assistia televisão. Passei a manhã naquilo ali. Quando eram 12h30min, meu telefone toca, era Kaique me ligando! Atendo:
- Alô – Silencio.
- Alô... – Tento de novo. Ouvia uma respiração ofegante do outro lado. Pensei em forçar:
- Não vai dizer nada?
- Ehh... Oi! – Parecia tímido.
- Hehe, oi tudo bem? – Esforcei. Será que ele estava com vergonha do acontecido da noite passada?
- Tudo sim... e você?
- Um pouco dolorido, mas tô bem.
- Hehehe... Eu sou bom mesmo! – Falou rindo!
- Hum.... Você é demais, gostoso! – Dava pra ver que ele gostou da noite, mas eu queria ir em frente. Como estava sem assunto pensei em perguntar um pouco sobre seu dia:
- Péssimo! – Falou com uma voz séria! Logo percebi que estava acontecendo algo, já fui logo querendo saber:
- O que houve?
- Meu irmão que mora no sul... Chegou hoje! – Nossa não imaginei que ele tivesse um irmão, mas logo eu pensei: será que o irmão dele e lindo igual? Kkk
- Me perdoa a curiosidade, mas qual é o problema com isso? – Questionei. Kaique tem um perfil meio rude, expressão forte, logo vi que a rixa tinha fundamento. Provavelmente o dois eram brigados.
- Ah... até que eu gosto dele, mas o acho um pouco metido e muito briguento, ele também enche muito meu saco! – Eu estava meio certo...
- Vocês devem ser diferentes então... – Estava parecendo um detetive, especulador e ardiloso.
- Ele se meteu em uns problemas, está correndo de lá porque brigou com um “amigo” – Seu tom era de ironia – e quase se mataram numa festa na capital. Se saiu mal e a turma está atrás, deve que para acertar o problema. – Credo! Não tiro a razão dele de querer fugir.
- Entendo... e me diz uma coisa, ele é mais velho?
- Vish, vou ter que deligar aqui... tem mercadoria chegando. Te ligo depois. Beijo! – A pressa era muita, mas a minha desconfiança também.
Depois dessa ligação estranha, eu comecei a tarde querendo saber como era esse irmão. Sabia que o sobrenome da família era Rodrigues. Mais uma vez aquela ideia apareceu na minha cabeça (como sempre, ela não me decepciona kkk). Abri o facebook, pesquisei pelo nome Kaique, encontrei seu perfil. Procurei pelos parentes e “voilá” Thiago Rodrigues! Match no tinder: instantâneo! Era uma coisa linda, nossa, seu rosto tinha um desenho de modelo, sua face era perfeita, a pele parecia muito macia e bem cuidada, de um tom corado e bem saudável Haha. Vasculhei mais o perfil e encontrei umas fotos de cueca, o que era aquilo?! As pernas muito definidas, o peitoral perfeito. Kaique era pouca coisa mais magro, parecia ser mais alto e de ombros mais largos que o irmão. A genética dessa família rendeu muito. Fiquei ali vasculhando seu perfil por um tempo.
O dia estava um pouco entediante, até que ele muda completamente. Recebi um SMS de Kaique, umas 2 da tarde, que dizia: “Oi, será que você poderia vir até minha casa agora? ” – Respondi que sim, mas achei um pouco estranho porque ele está sempre ocupado, e quase nunca ficava em casa, mas mesmo assim eu fui até lá!
Chego de frente ao portão e bato, estava ansioso e um pouco desconfiado, até que ouço a fechadura trincar e o portão abrir. Paralisei! O que vi deixou todo meu corpo em êxtase, uma sensação inexplicável me dominou, meu coração quase saiu pela boca, fiquei uns 30 segundos ali parado olhando. Era um garoto lindo, físico extremamente perfeito (muito forte) um corpo de deixar qualquer um louco! Barba feita, um pouco rala, mas proporcional, uma boca rosada, cabelo liso de lado, resumindo: era perfeito. Estava sem camisa, só com um short de futebol (que tinha um belo volume visível). Não demorou pra eu perceber que estava quase babando, quando ele fala de novo:
- Oi, posso ajudar? – Ohhh... Que voz é essa?
- Ehh... o... eh... Kaique... Kaique tá ai?
- Acabou de sair! Teve de ajudar uma senhora a levar as compras e depois ir pagar um carnê!
- Ele me enviou uma mensagem dizendo pra eu vir até aqui, sou amigo dele. – Amigo, aiai...
- Creio que ele não vai demorar, entre e espere ele chegar!
- Acho melhor voltar quando ele estiver... – Fala pra eu ficar, fala pra eu ficar?!
- Que isso, faço questão de te fazer companhia, entre logo e espere que ela tá pra chegar. – Ordem!
- Ok, vou espera-lo! – Entrei. Sua casa era grande e muito bonita, com portas e janelas de blindex e textura nas paredes, não dava pra se ver do lado de fora, pois era tudo murado e com portão fechado. Direcionei-me até a porta junto com aquele monumento e entrei, ele me guiou pra sala e disse que eu poderia ficar à vontade. Me sentei numa poltrona e ele na da frente. Olhei em volta, vi muitos quadros e prateleiras de livros, vi também um celular, parecia ser o de Kaique, mas não dei muita atenção. Naquela situação eu estava sem assunto algum, resolvi perguntar seu nome:
- Thiago! Prazer. – Levantou estendendo a mão e sorrindo lindamente, eu apertei e senti a firmeza, acho que ele fez questão de botar força, porque doeu um pouco.
- Me chamo Adriano! O prazer é todo meu. – Acho que peguei pesado, olhei pra baixo sem graça. Nos sentamos novamente.
- Então, Adriano, qual sua idade? – Curioso ele.
- Tenho 16, e você? – Como se já não soubesse que ele fazia aniversario dentro de dois meses.
- Pode não parecer, mas tenho 18. As pessoas falam que tenho 20, acho que pela academia que me deixou bem malhado. – Ele ficou de pé e levantou a camisa me mostrando seu físico. Eu vi! Pessoalmente. Era melhor. Ele desceu a camisa e quando estava chegando no final passou os dedos dentro da cueca, olhou pra mim e sentou-se. O assunto correu, eu estava corado. Coragem.
- Vai passar quanto tempo aqui Thiago?
- Não tenho certeza, mas acho que um mês ou dois. – Sua mão passeava pela perna e levantava o shorts de pouco em pouco. Senti que ele estava me provocando.
- Entendo. – Pensei em parar o questionário. Ele olhou para a perna e depois pra minha bermuda, nem se quer disfarçou.
- Vou tomar uma ducha, tenho que sair. – Só vi ele sumindo casa à dentro.
- Tudo bem. – Falei sozinho. Eu não estava bem.
O tempo passando e nada de Kaique chegar. Estava quase indo embora quando vejo o monumento saindo do corredor de toalha:
- Meu maninho não chegou ainda?
- Não... – tremia - ele está demorando muito acho que vou embora...
- Não, espera! – Gritou.
- Ele já demorou demais, e ainda não avisou acho que vou ir...- Foi quando ele tirou a toalha. Eu reparei, não pude segurar. Ele viu. Já seguia no meu rumo! Pai, e agora?
- Tem certeza que quer ir embora? – Ouvi sua voz colada na minha orelha.
Continua...
