Eu respirava com dificuldades. O carro havia acertado a boca do meu estomago.
- eu sou o filho preferido do dono de tudo isso aqui. E quer saber o que eu vou fazer agora? Estou indo ate a sala dele pedir tua cabeça numa bandeja... e Vou saboreá-la melada com bastante sangue.
O cara parecia se divertir me torturando daquele jeito.
O homem ficou de pé e tentou sair do estacionamento, mas eu o segurei pela perna.
- Não sabe resolver as coisas como homem? Tem que ir correndo contar tudo pro papaizinho?
O cara virou-se e mais uma vez me encarou.
- eu até sei resolver as coisas como homem, mas eu acabei de chegar de ibiza e estou cansado pra caralho! Você conhece Ibiza? (ele tentava me tirar do sério a qualquer custo).
Sentindo um leve desconforto, arrastei-me ate o carro mais próximo e escorei minhas costas.
Eu - já ouvi falar sim, mas não faz parte dos meus planos conhecer.
- ainda bem né irmãozin? Seria um plano quase impossível. Agora deixa eu ir que tenho uma reunião de negócios.
O homem foi andando e me deixou para trás.
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Não demorou muito e um carro entrou no estacionamento. Após estacionar, Matthew saiu de dentro do veículo.
- Felipe? (foi sua primeira reação ao me ver).
Eu - Oi Matthew. (falei com a voz cansada).
Matthew - o que aconteceu contigo? (disse isto e já veio correndo a meu encontro).
Eu - um carro me acertou.
Matthew - mas aonde foi isso? Aqui no estacionamento?
confirmei com a cabeça que sim.
Matthew continuou fazendo questionamentos enquanto passava a mão por meus machucados.
Eu - ai. ( soltei um gemido e recolhi o abdômen).
Matthew - dói? (disse ele me encarando).
Eu - bastante.
Matthew tirou o celular do bolso e começou a discar alguns números.
Eu - ta ligando pra quem? (perguntei, ainda escorado no veiculo).
Matthew - um amigo meu que é medico, preciso saber se ele estar de plantão, hoje.
Eu - se for pra mim não precisa.
Matthew - droga! Caixa postal. (disse ele retornando com o celular ao bolso). Claro que precisa. Você ta sangrando.
Eu - mas não é nada grave.
Matthew - você é medico? (perguntou me olhando nos olhos).
Eu - não.
Matthew - pois é. Eu também não, então precisamos da opinião de um profissional. Consegue levantar?
Eu - ahan. (disse balançando a cabeça).
Matthew - ótimo! Vou trazer o carro pra mais próximo de você.
Eu - precisa não, eu consigo ir até ele. (disse ficando de pé).
Assim que saí do chão senti uma forte dor no quádriceps.
Eu - ai. (gemi baixo).
Matthew - sente dor? (perguntou Matthew me apoiando com seu braço).
Eu - senti uma fisgada na coxa.
Matthew - vem cá. (disse ele colocando meu braço esquerdo em volta do seu ombro e me segurando pela cintura).
Juntos, caminhamos até o carro de Matthew. Ele me sentou no banco do carona, e imediatamente entrou pela porta do motorista.
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Assim que percebi o carro sendo estacionado em uma clinica particular, questionei.
Eu - eu não tenho grana pra me consultar aqui não.
Matthew - relaxa. (disse ele tirando o cinto de segurança).
Matthew desceu do carro e antes que eu pudesse descer também, ele veio a meu encontro e abriu a porta do carona.
Matthew - da a mão aqui.
Eu - ta tranquilo sr Matthew, eu consigo ir sozinho.
Matthew - da a mão, deixa de ser teimoso.
Contra a minha vontade, Matthew me conduziu ate o interior do hospital. Sem muita demora fui atendido e medicado. Conclusão: Eu não havia fraturado nenhuma costela, nem estava com hemorragia interna.
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Matthew - vou te deixar em casa. (disse assim que fomos liberados).
Eu - em casa?
Matthew - sim. (disse me ajudando a entrar no carro).
Eu - eu estou bem sr Matthew. Posso voltar ao trabalho.
Matthew - você vai pra casa e repousar. Amanhã, se tiver melhor retorna ao serviço.
Eu - mas o senhor ouviu o medico dizendo que não foi nada grave.
Matthew - sim, ouvi. (disse ele dando partida no carro).
Eu - e então. Por que não posso voltar ao trabalho logo agora?
Matthew - porque eu não sou um patrão explorador. (dizia ele sem tirar os olhos do transito).
Dei-me por vencido e não mais insisti.
Eu - eu preciso pegar minha mochila la na empresa.
Matthew - ok! eu te levo até la. (disse ele fazendo a volta com o carro).
No restante do caminho não trocamos muitas palavras. Até aquele momento eu não tinha muita intimidade com o Matthew.
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Assim que Matthew estacionou o carro fomos direto ao elevador. O cara apertou o botão de comando e ficamos aguardando que o mesmo chegasse ao andar onde nos encontrávamos.
Matthew e eu nos olhamos ao mesmo tempo.
- Ta sentindo alguma dor?
Eu - não! (respondi).
Matthew - ótimo!
A porta do elevador foi aberta e assim que entramos, meu algoz entrou junto de nós.
- Matthew meu irmão. (disse o cara abrindo os braços para um abraço).
Mattew - Klauss!? Quando você chegou? (perguntou Matthew surpreso).
Klaus - pela madrugada. (disse abracado ao irmão).
- Então ele é mesmo quem disse ser. (pensei comigo mesmo).
Ainda abraçado ao irmão, Klaus piscou os olhos e sorriu para mim.
Finalmente, o elevador abriu-se em nosso andar, e cada um foi para o seu lado.
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- Boa tarde Camila. (disse Matthew entrando na sala).
Camila - boa tarde sr Matthew.
Eu - boa tarde Camila. (também a cumprimentei).
Camila - boa tarde Felipe. O que foi isso menino? (disse ela olhando para os meus ferimentos).
Eu - foi um acidente.
Camila - meu Deus, como aconteceu? (perguntou ela curiosa).
Eu - um carro esbarrou em mim la no estacionamento.
Camila - o transito ta perigoso, ninguém ta fora de perigo nem mesmo nos estacionamentos.
Eu - Pois é. (disse eu entrando no escritório do Matthew).
A moça saiu de sua mesa e nos acompanhou.
Camila - sr Matthew? (disse ela com uma papelada nas mãos).
Matthew - diga Camila. (disse o homem tirando o palitó e o colocando nas costas da cadeira).
Camila - Chegaram alguns convites para o senhor.
Matthew - convites? Deixa eu ver aqui. (disse ele estendendo as mãos).
Enquanto os dois conversavam eu aproveitei para sentar e descansar no sofá.
A moça entregou os convites ao chefe e voltou para sua sala.
Matthew - Felipe, da uma chegada aqui rapidão.
Levantei do sofá e sentei na cadeira de frente para o meu patrão.
Eu - sr? (falei olhando para ele).
Matthew - Olha só que bacana. Um workshop automobilístico que será realizado em um resort do interior paulista.
eu - bacana. (falei sem entender muito bem do que se tratava).
Matthew - você vai estar disponível nesses dias aqui? (disse ele colocando os convites em minhas mãos).
eu - vai ser um final de semana inteiro? (falei olhando para o convite e visualizando algumas imagens do resort).
Matthew - exato!
eu - o sr ta me convidando?
Matthew - claro Felipe, você é meu assistente, normal que você me acompanhe nesses eventos.
eu - eu aceito ir sim. (falei animado).
Matthew - e sua mãe? Ela não irá estranhar você passando um final de semana fora de casa?
eu - eu não to morando com minha mãe sr Matthew. Já ta com um tempinho que eu saí de casa.
O homem me olhou serio.
Matthew - eu não tenho nada a ver com sua vida Felipe. Mas você é tão novinho pra já ter saído de casa.
eu - é que aconteceram alguns problemas pessoais em casa, e não teve como eu continuar morando lá.
Matthew - entendo. (o homem prestava total atenção a tudo o que eu falava). E com quem você estar morando?
Eu - to dividindo apê com um amigo.
Matthew - hum! É uma grande responsabilidade.
Eu - ta osso sr Matthew, mas não vamos desistir.
Matthew - é isso aí meu garoto. E já comece a se programar para a semana da viagem.
Eu - já ta agendado. (falei rindo).
Matthew - ótimo. (disse ele levantando de sua cadeira). Vamos nessa?
Eu - pra onde? (perguntei ficando de pé).
Matthew - vou deixar você em casa.
Eu - não, não precisa sr Matthew, eu moro ha poucos quarteirões daqui.
Matthew - faço questão. Você se machucou no trabalho, e é justo que eu o acompanhe ate em casa.
Eu - se não vai dar trabalho ao senhor, eu aceito.
Matthew - trabalho nenhum.
Nos despedimos de Camila e fomos em direção ao elevador.
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- Matthew? (alguém o chamou antes que a porta do elevador fosse aberta).
Matthew - sr Pai?
Viramos para o lado e avistamos sr Joseph, e o ''tal'' Klauss vindo em nossa direção.
Joseph - você já conseguiu ver o processo que deixei com você? Preparou nossa defesa? Isso é importantíssimo, Matthew.
Matthew - puta que pariu. (disse o meu chefe elevando as mão a cabeça).
Joseph - não me diga que... ?
Matthew - já esta todo encaminhado pai. Até segunda eu lhe apresento nossa defesa.
Enquanto pai e filho discutiam sobre um tal processo, Klauss e eu trocávamos farpas com os olhos.
Joseph - ótimo. Assim espero. Vai descer? (disse o homem vendo a porta do elevador sendo aberta).
Matthew - oi? (respondeu Matthew um pouco desnorteado).
Joseph - perguntei se você vai descer. (ele falou um pouco rude).
Matthew - ah não, não. Na verdade estamos retornando a minha sala. (disse ele nervoso).
O homem entrou no elevador seguido pelo filho, Klauss.
Assim que o elevador desceu, Matthew e eu retornamos ao escritorio.
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Matthew - Felipe, eu vou precisar de você.
Eu - pode falar sr Matthew.
Matthew - uma cliente esta processando a empresa, e nós temos poucos dias para montar uma defesa.
Eu - eu não entendo muito bem.
Matthew - você é bom de digitação?
Eu - eu me garanto.
Matthew - topa virar a noite comigo, hoje, e ganhar um extra?
Não pensei duas vezes.
Eu - topo mermo. (falei rindo).
Matthew - perfeito. (ele correspondeu ao sorriso).
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Após sair da empresa, Matthew me levou ate em casa para que eu pudesse tomar um banho e trocar de roupa.
Matthew - então é aqui que você mora? (disse ele estranhando o ambiente).
eu - é sim.
Matthew - mas... (ele tentou falar algo, mas mudou de ideia). Nada não, deixa queto.
eu apenas sorri.
Eu - sua garota também mora aqui. (falei passando pelo portão do condomínio).
Matthew - pois é. Feliz coincidência. (disse ele a meu lado). Falando nisso, você precisa me contar o que rolou quando você entregou as flores a ela.
Eu - beleza, beleza! Conto sim.
Até chegar ao andar onde Otávio e eu morávamos, eu reduzi a historia das flores para o sr Matthew.
Matthew - mas então ela ficou com as flores? (disse ele com uma ponta de esperança nos olhos).
Eu - nessas condições que eu to falando para o sr. Ela ficou, mas disse que nada ira mudar.
O homem mudou o semblante.
Eu - mas eu acho que no fundo ela vai voltar sim. Acho que ela gosta do senhor.
Matthew - o problema é que eu vacilei demais Felipe, e agora tenho que correr atrás do prejuízo.
Eu - é sr Matthew, nunca é tarde.
Ele me fitou e confirmou com a cabeça, e um sorriso amarelo.
Chegamos até o apê e eu toquei a campainha, sem muita demora, Otávio veio abrir a porta.
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- E aí mano. (falei entrando).
Otávio - e aí vei. (disse ele apenas de cueca box. O cheiro do sabonete no corpo dava indícios de que ele acabara de sair do banho).
Matthew - Boa noite. (disse Matthew).
Otávio - boa noite. (Otávio o olhou com desconfiança).
Matthew estendeu o braço e ambos se cumprimentaram.
Apresentei um a outro e a depois fui tomar um banho rápido.
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Otávio entrou no banheiro e do box de vidro eu podia ver seu corpo parado ao lado da porta.
Eu - o que ta pegando? (perguntei enquanto passeava o sabonete por meu corpo).
Otávio - e esse cara aí?
Eu - é o meu chefe.
Otávio - isso tu já falou. Quero saber o que ele veio fazer aqui.
Voltei a ligar o chuveiro.
Eu - nós vamos fazer um serviço la na casa dele.
Otávio - hoje?
Eu - isso.
Otávio - mas a essa hora da noite?
Eu - parece que o serviço é urgente.
Otávio - eu comprei comida pra nós jantar, você vai me deixar comendo sozinho?
Eu - guarda pra mim, assim que chegar eu como. (falei desligando o chuveiro e me enrolando na toalha).
Otávio - guardar aonde? Esqueceu que não temos geladeira, nem fogão, nem microondas.
Eu - pra falar a verdade eu havia me esquecido sim. (falei já de frente para ele).
Otávio - pois é, e agora como é que vai ser?
Eu - a gente chama o sr Matthew pra comer com a gente.
Otávio - mal conheceu o cara e já quer chamar ele pra comer aqui com a gente?
Eu - como assim mal conheci o cara? Já te falei que ele é meu chefe. Foi ele quem me ajudou a...
Otávio - Espera, espera. Que machucados são esses? (disse ele me interrompendo).
Eu - um pequeno acidente de carro.
Otávio - tem que tomar mais cuidado Felipe. Nós não estamos mais morando lá na comunidade que só passava moto e bicicleta. Aqui é o centro.
Eu - eu sei mano, vou ter mais atenção.
Otávio - deixa eu ver isso aqui.
Meu amigo aproximou-se de mim e passou as mãos pelos meus ferimentos.
Otávio - você quer que eu faça um curativo? Se quiser eu dou um pulo na farmácia ''rapidão''! (disse ele procurando algo para vestir).
Eu - não mano. Não precisa.
Otávio - tem certeza? (ele insistiu).
Eu - tenho, tenho sim. Fui ao hospital e o médico passou uns antibióticos para eu tomar.
Otávio - você foi ao hospital? Não me falou nada mano. Eu passei o dia de bobeira, poderia ter ido com você.
Eu - eu fui com o sr Matthew. (disse retirando a toalha e vestindo uma cueca).
Otávio - ah, o tal sr Matthew. (disse ele ironicamente).
Eu - o que tu tem mano? É impressão minha ou tu ta um pouco alterado em relação a meu chefe?
Otávio - eu to cagando pro teu chefe Felipe. Tu ta me escutando? Eu to cagando ''praquele'' pau no cu.
Otávio falou isso e tentou se retirar do quarto, mas eu o segurei pelo braço.
Eu - hey vei, calma aí. O que ta passando contigo?
Otávio - tu ta vendo aquela porcaria ali? (disse ele apontando para um colchão que estava escorado na parede).
Eu - tu comprou mano? (perguntei olhando para o objeto).
Otávio - gastei meu ultimo dinheiro velho, isso tudo por você. Pra você não correr o risco de trabalhar o dia todo e durante a noite dormir no chão. (O cara apontava o dedo em minha direção). E pra que, já que você vai passar a noite fora?
Eu - hey mano, relaxa. (falei o abraçando).
Otávio - relaxa um caralho. Eu saí de casa pra gente poder ficar de boa, mas parece que vai ser complicado.
Eu - mano, a gente acabou de vir morar aqui, ainda vamos curtir muito véi. Eu não to entendendo porque tu ta tão nervoso.
Otávio - jura que não? (ele continuava sendo irônico comigo).
Eu - pela minha mãe.
Otávio balançou a cabeça e por um momento eu percebi que meu amigo estava com os olhos molhados.
Otávio - agiliza aí, teu chefe deve ta ficando cansado de te esperar de pé.
Eu - você não vai me falar o que ta acontecendo contigo?
Otávio - deixa queto.
Após dito isso, Otávio saiu do quarto e me deixou um pouco apreensivo tentando entender o que estava acontecendo.
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Estava indo com o Matthew, mas meu pensamento estava no apartamento com o Otávio.
- o que tu tem? (perguntou Matthew dentro do carro).
Eu - nada não. Por que?
Matthew - ta longe. Ta com sono é?
Eu - pra falar a verdade um pouco cansado.
Matthew - sei como é isso. Síndrome do primeiro dia. Depois piora.
Nós rimos.
Matthew - eu vou parar aqui no posto pra comprar energético. (disse ele já estacionando o carro).
Eu - há, beleza!
Enquanto meu chefe caminhava ate a loja de conveniências, eu aproveitei e liguei para o Otávio.
- Caixa postal. (exclamei um pouco alterado).
Fiz várias outras tentativas e não consegui nenhum contato com meu amigo.
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Matthew - ta tudo certo aí? (disse ele chegando com umas sacolas).
Eu - tudo sobre controle. (falei mostrando um falso animo).
Matthew - então vamos nessa que a noite vai ser longa.
Depois de um bom tempo na estrada, chegamos ate o condomínio onde morava o sr Matthew.
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Matthew - Felipe, faz um favor pra mim? (estávamos parados na porta de seu apartamento).
Eu - faço.
Matthew - retira a chave que ta no bolso da minha calça, por favor.
Eu - beleza.
O homem estava carregado de sacolas e papéis; eu também estava, mas era menos. Timidamente, passei a mão por dentro do bolso, chegando bem próximo a seu membro, retirei a chave e em seguida abri a porta.
Eu - pensei que você morasse com o sr Joseph.
Matthew - moro só desde os meus dezesseis anos. (disse ele retirando o terno do corpo).
Eu - caralho, novinho hen!? E quantos anos o sr tem agora?
Matthew - Vou fazer vinte e nove no próximo mês.
Eu - então já faz muito tempo que o sr mora sozinho.
Matthew - bastante. No inicio eu dividia apê com uns amigos, mas não deu muito certo então achei melhor morar só pra não perder as amizades.
Eu - morar com os amigos é tão complicado assim? (Lembrei do Otávio).
Matthew - o que? Você não imagina o quão ruim pode ser.
Aquilo me deixou pensativo.
Matthew - Felipe, eu vou tomar um banho e daqui a pouco eu preparo algo pra gente jantar. Você pode ficar a vontade, beleza?
Felipe - beleza. (falei sentando no sofá).
Enquanto o homem estava no banheiro, eu aproveitei para ligar o notebook e ler o tal processo. Por mais que eu não entendesse nada daquilo, eu queria de alguma forma poder ajudar.
O banho estava demorado e minha barriga roncava de fome. Tomei a liberdade de ir ate a cozinha beliscar alguma coisa, mas antes que eu chegasse ate a geladeira, a campainha tocou.
Parei de frente para a porta e depois de muita insistência de algum chato, e daquele barulho ensurdecedor eu resolvi abri-la.
- O que você ta fazendo aqui? (alguém me encarou com uma garrafa de tequila nas mãos).
E a noite estava só começando.
Continua...