Meu Primo Brutamontes cap 3

Um conto erótico de Pe
Categoria: Homossexual
Contém 2151 palavras
Data: 10/10/2016 23:54:24

Acordei cerca de 8:00. Estava muito impaciente. Quase não consegui dormir.

Ainda deitado, peguei meu celular e procurei o Vinicius no messenger do Facebook.

"Bom dia, tá livre hoje a tarde?"

A gente mal se conhecia, eu sei, mas eu precisava de ajuda. E obviamente o Victor não iria comigo.

Não esperei resposta imediata, mas ela veio.

"Não, mas posso ficar... O que tá arrumando hein"

"Preciso de ajuda haha" mandei.

"Tem WhatsApp? É melhor por áudio"

Mandei meu número pra ele. Segundos depois já estávamos conversando.

Expliquei pra ele toda a situação. Inclusive do Victor que não queria me deixar ir.

"Mas ele tá certo, uai. Eu também não deixaria você ir sozinho" disse ele por áudio.

Sorri com aquela resposta.

"Eu sei me cuidar sozinho - ri - Ahh, agora sei porque você tá feliz"

"Acho que todo mundo sabe - ele riu - To muito feliz"

Ouvi o áudio e logo em seguida ele mandou outro.

"Falei de você pra ela"

Digitei 'kkkkkk de mim?'

"Sim, falei que conheci um rapaz muito legal na faculdade hehe" dígitou ele.

Não soube o que responder.

Ele não podia estar dando em cima de mim. Pelo sangue de Jesus, ele estava namorando uma garota!!

"vc tbm é haha" foi o que eu consegui responder.

Deixei meu celular naquele criado mudo, muito feio por sinal, e me sentei na cama.

Tive uma rápida crise existencial e me levantei pra ir no banheiro.

Me olhei no espelho. Minha pele estava meio estranha.

Decidi tomar banho e fazer uma rápida esfoliaçao.

Terminei 9:30. Estava morrendo de fome, então fui direto pra cozinha.

Ouvi meu celular tocando no quarto e saí correndo na ponta do pé pra não fazer barulho.

- Filho?

- Oi pai - a porta do quarto do Victor ainda estava fechada.

Voltei pra cozinha.

- Tá tudo bem?

- Tá - falei abrindo os armários - E com o senhor?

- To bem - disse ele - Com saudade, mas bem.

Sorri.

- Eu também.

- E o Victor?

- Tá bem também - me limitei a dizer.

- Então tá Ok - disse ele - Meu amor, eu tenho que ir trabalhar.

Desisti de procurar alguma coisa pra comer.

Quando me virei pra porta Victor estava lá me observando, de cueca. CUECA.

- Filho?

Ele usava uma cueca boxer azul que ficava meio apertada.

- Gabriel?

- Oi pai! - parei de olhar pro Victor - Tá Ok, até mais tarde.

- Te amo.

- Eu também - desliguei e pus o celular sobre a mesa.

- Bom dia - a voz dele estava mais rouca que o normal.

- Bom dia - respondi.

- Tá fazendo o que?

- É ... Procurando alguma coisa pra comer.

Ele se aproximou do armário, o que automaticamente era perto de mim.

- Tenho que ir no mercado - disse - Mas sei fazer uma pasta na frigideira. Fica gostosa. Se quiser comer ...

- Não tenho opção - falei.

Me sentei na cadeira e fingi que mexia no celular.

Ele começou a fazer a tal pasta de cueca. Percebi que ele tinha pelo na barriga também.

Sua coxa era grossa e um pouco mais clara que o resto do corpo moreno dele.

Precisava tomar um sol na perna, pensei.

- Quer que eu leve você no Lucas?

Ele estava tentando ser legal comigo?

- Não precisa - falei - Vou com um amigo.

Ele parou o que estava fazendo, olhou pra mim e começou a rir.

- Que amigo? - ele riu - Você nem tem amigo aqui.

Quanto mais eu encarava ele, mais ele ria de mim.

- Amigo da faculdade, ora! - falei olhando pra ele.

- Sei - ele continuo rindo.

- Idiota.

Ele continuo fazendo a pasta, porém falando.

- É só você pedir que eu vou com você.

- Não precisa Victor.

De vez em quando eu olhava pras suas pernas.

‌ Tava difícil não olhar.

Me imaginei usando aquilo. Ele provavelmente iria rir de mim. Eu extremamente branco, além de ser muito magro. Diferente dele, que era bem fortinho.

- Gabriel?

- Oi?

- Ouviu o que eu disse?

- Não.

- É perigoso sair com alguém que não conhece.

Por um segundo pensei que essa preocupação seria culpa do meu pai.

- É mais perigoso sair com você - falei rindo.

Ele fez cara de ofendido.

- É isso que tu pensa?

- Sobre você e seus amiguinhos? Sim é isso mesmo.

- Falou então! - ele veio em minha direção e se apoiou na mesa - Sai com a gente um dia pra tu ver. Tem moral?

- Eu? Claro que não! - bati palmas tentando expulsar qualquer força maligna - Deus me livre.

Ele

- Vai ser legal cara.

Ele ainda estava apoiado na mesa, bem próximo.

- Não vai rolar - falei.

Ele me encarou por uns segundos sem dizer nada. Parecia que estava me analisando.

- Marrento demais.

- Precavido - o corrigi.

Ele se afastou, pra minha alegria.

- Que dia vai sair essa pasta?

- Já já.

Ele pegou uma frigideira e começou a "fritar".

- Onde você aprendeu a cozinhar?

A pergunta foi involuntária.

- Minha mãe - disse - foi ela.

Limitou-se a dizer.

Automaticamente me lembrei que sua mãe havia morrido de câncer.

- Desculpa eu não queria ... - fiquei sem graça - Eu não ...

Ele veio sério até a mesa e as colocou sobre ela.

- Você sempre falando o que não deve né. - disse.

- Desculpa, eu ...

- Eu não gosto de ... - ele ficou quieto - Eu não gosto de lembrar ...

Me senti um pouco mal por isso.

Ele foi pra pia.

Me levante e fui até ele.

- Victor não foi por mal ... - falei.

De costas pra mim ele começou a ... Rir?!

Ele virou-se pra mim morrendo de rir.

- Inocente.

Minha cabeça ferveu.

- Seu idiota! - falei - Nossa, você é ridículo.

No calor do momento, bati no peito dele.

Victor ficou surpreso mas sorriu com minha reações.

Meio segundo depois, ele pegou meus pulsos, nos girou e me pensou contra a pia.

- Tá com raivinha? - podia sentir sua respiração pesada.

O vendo de perto, percebi que seu rosto era redondo e que ele tinha cara de safado. Ainda mais com esse sorrisinho ridículo na cara.

Me perguntei em que ele devia estar pensando me vendo. Me perguntei também se ele era gay.

Meu rosto devia estar vermelho, de raiva.

- Sardento - disse ele se referindo as minhas sardas. As vezes eu esquecia que as tinha.

Meu celular tocou, me acordando daquele transe que durou uns 5 segundos, mas pareceu 5 minutos.

Ele me soltou.

Peguei meu celular na pia, ofegante, e atendi.

- Alô?

- Bieeel?! - era o Vinicius. A voz como ele havia dito meu nome era engraçado.

- Oi Vinicius - sorri.

- Que horas iremos? Só pra eu me programar?

Me sentei. Victor colocava as coisas na mesa. Estavam com cheiro ótimo.

- Quando você quiser - falei - Depois do almoço?

- Inclusive, queria falar com você sobre isso - pausa - Almoça comigo e com minha nova namorada hoje?

Fiquei extremamente surpreso com o convite.

- Eu? Hoje? Como assim .. - ri nervoso.

Victor se sentou, de frente pra mim.

Parecia não prestar a atenção na minha conversa.

- É ... Vamos, vai ser legal. Depois nós a deixamos no dentista e vamos na casa do Lucas.

- Tá Ok - respondi depois de alguns segundos.

- Às 12:00?

- As 12:00 - confirmei.

Desliguei.

Victor e eu tomamos café sem nos falar.

*

Imaginem um casal perfeito. Imaginaram?

Então, Vinicius & Ana Vitória.

Ela era linda demais. Morena, cabelao e lábios carnudos. Era alta, como ele o que a deixava mais deslumbrante ainda.

Ele, como era branco, contrastava com ela, o que os tornava um casal único.

Vinicius estava visivelmente feliz, e ela também.

Antes, pensei que ficaria deslocado, ou com vergonha. Agora, tenho certeza que conheci pessoas incríveis.

- Então você mora com seu primo? - perguntou ela.

- Moro.

- Deve ser legal.

- Nem tanto - sorri.

- Porque, gente? - ela comia um pouco da sobremesa.

- Ah ... - pausa - As vezes é bom ficar sozinho ... Ter sua própria casa né.

- É verdade - disse.

- Mas ele é tranquilo?

- É ... - falei sorrindo.

Vinicius me olhou, porém nada disse.

Conversamos mais um pouco e depois Vinicius a deixou no dentista.

- O que achou dela? - perguntou ele assim que ficamos sozinhos no carro dele.

- Incrível - falei - Bonita, inteligente, divertida, maravilhosa ... São vários adjetivos.

Ele sorriu.

- Ela também gostou de você.

Sorri. Meu celular tocou. Era um número desconhecido.

Atendi.

- Alô?

Silêncio.

- Alô? Oi?

Silêncio.

Olhei pra tela do celular. A ligação ainda estava lá.

- Alô?!!

Pude ouvir uma respiração do outro lado da linha. Ou era minha imaginação.

- Alô!!!

Vinicius me olhou. Desliguei a ligação.

- Que foi?

- Um número desconhecido ... - falei - Deve ter sido engano.

*

Chegamos na casa do Lucas. Ainda bem que eu havia lembrado o caminho.

Ele estacionou o carro.

Enquanto caminhavamos em direção a casa, fiquei nervoso imaginando se o homem que o agrediu não estaria ali.

Toquei a campainha.

Segundos depois um mulher nos atendeu.

Seu olhar era de curiosidade e admiração.

- Posso ajuda-los?

- Boa tarde - sorri - O Lucas está?

Ela não conseguiu esconder a surpresa.

- O Lucas? - sorriu - Está. Entrem, por favor.

A casa dele era uma graça.

Bem aconchegante.

- Ele está no quarto, se vocês quiserem ir lá ... - disse ela - Vou na cozinha preparar alguma coisa pra vocês! Vocês preferem o que?

- Não não - sorri e olhei pro Vinicius - Nós acabamos de almoçar, obrigado.

- Ahh - ela olhou pro Vinicius - Mas um moço desse tamanho precisa comer bastante.

Vinicius sorriu pra ela.

- Onde é o quarto dele? - perguntou ele pra ela.

- A última porta no corredor - disse ela.

Vinicius me olhou.

- Pode ir lá - disse - Vou fazer companhia pra ela enquanto isso.

A mulher exibiu um sorriso. Parecia cansada e triste ao mesmo tempo.

Pisquei pro Vinicius e andei pelo corredor.

Bati no seu quarto antes de entrar.

Lucas estava no chão do quarto, desenhando alguma coisa.

Quando me viu ficou parado como se não acreditasse.

Esperei qualquer tipo de relação dele, menos a que vi.

- O que você tá fazendo aqui? - perguntou rindo de nervoso.

- Vim te ver - falei.

Ele tremia quando o abracei.

- Meu Deus ... - ele me olhou - Você veio a pé?

- Não ... - pausa - O Vinicius tá na sala falando com sua ... Mãe?!

Ele colocou a mão na cabeça.

- Meu Deus ... - sorriu.

- Que foi?

- Ninguém ... - ele olhou pro chão - Nenhum dos meus amigos veio aqui.

- Pra tudo tem uma primeira vez - falei.

Ele assentiu e me convidou a sentar na sua cama.

Lucas vestia uma bermuda e camiseta. Ele era magro como eu, mas era moreno.

Seu cabelo era preto e estava baguncado.

Nos sentamos, um de frente pro outro.

- O que estava desenhando? - perguntei.

Ele pegou o desenho no chão e me mostrou.

Era um lindo e perfeito desenho da mãe dele.

- Nossa - falei - Tá perfeito.

- Ainda não acabei - disse sorrindo.

- Por falar nisso, o Vinicius deve tá comendo alguma coisa - sorri.

- Ela tem essas manias - disse ele - Mas ela é legal.

- É sim - falei.

- Eu sei porque você está aqui - falou - Por causa de ontem, não é?

Assenti.

- Queria entender o que está acontecendo.

- Aquele homem ... - ele fez uma pausa - Ele é um covarde.

- Porque?

Ele me olhou e depois desviou o olhar.

- Ele maltrata minha mãe - disse - Ele bate ... - pausa - bate nela.

A voz dele estava falhando.

Meu coração apertou.

- Porque vocês não denunciam ele?

- Minha mãe não quer! Ela não quer Gabriel! - disse triste - Eu falei que a gente podia fugir ... Mas ela não quis. Acho que ela tem medo ... Eu acho que ... Ele a ameaça com uma arma.

Ele ficou quieto por um segundo.

- Polícia não adianta. Ele vai ficar preso um, dois dias e vai ser solto.

Respirei fundo.

- Eu não sei ... Não sei o que fazer. - disse ele - A pior parte é que ele é cínico! Quando alguém vem aqui, fingimos que somos uma família feliz! Mas não somos! Não somos ... - sua mão tremia - Não somos ...

Me aproximei dele.

- Lucas nós vamos te ajudar - falei pegando a mão dele - Tá Ok?!

Ele assentiu e com os olhos cheios de lágrima me abraçou.

Não sou de chorar, mas naquele momento senti vontade. Segurei o máximo possível.

- Tá tudo bem - falei acariciando-o enquanto ele chorava - Pode chorar.

*

1 horas depois eu estava no elevador, indo pra 'casa'. Não conseguia parar de pensar no Lucas e em como a vida dele era conturbada.

Enquanto conversava com o Lucas, o número desconhecido me ligou 2 vezes. Não atendi nenhuma delas.

Quem poderia ser? Se for engano, a pessoa é bem insistente.

Acho que o Victor não trabalhava hoje. Eu espero que não, porque ficaria fora de casa.

Estava no corredor quando recebi uma mensagem do Vinicius.

"Tava pensando em algumas coisas sobre o Lucas e a mãe dele ... Na faculdade te falo.

Sorri ao le-la. Gostei dessa preocupação dele com o Lucas.

Meu sorriso sumiu assim que abri a porta da sala.

Victor, e uma garota estavam se beijando, praticamente deitados no sofá.

Assim que entrei, ambos me olharam assustados.

Bom, pelo menos ele não estava só de cueca.

**********

Oi gente!! Td bem? O que acharam? Vocês cismaram com as características dos personagens hein. Espero ter ajudado com esse capítulo, pelo amor de Deus kkkkkk

Então, estou tentando sair dessa linha de pensamento cliché. Gosto de suspense e vou colocar um pitada disso no conto, espero que gostem. Contem suas impressões, please.

PS : amando os comentários hahaha.

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Comentários

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Huuum parece-me que este número desconhecido é do Vitor. Ele ligou para saaber se teria o caminho livre para foder a moça. Gostando da história. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Gostei... Nao sei se parece com outra historiaas deve parecer pq o titulo e o roteiro é praticamente igual a outros vários q rolam aqui, a partir de os 4 ou 5 cap que vamos vendo melhor a criatividade do autor a nao ficar tao parecido com os outros ou só seguir a mesma linha e ser mais um dos mesmo. Mas de qualquer forma sera de agrado dos leitores pq a galera gosta dessa temática, por mais q seja repetitiva ,eu também ate q Gosto ,mas gosto mais quando se cria situações diferentes q nos faça pensar, com ação, drama,mas tudo na medida.

Continua... 👏👏👏

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Bom, comecei a ler essa estória hoje e gostei bastante apesar de ser inspirada em um conto que já foi postado aqui a mais de um ano e que infelizmente foi deletado, percebo também tracos da história da Bela & Alex, muito boa a juncão das duas. O tema "brutamontes" me agrada muito, é pessoal é claro haha, vou comecar a acompanhar, abracos man...

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Parabéns cara... muito bom! Curtindo muito seu conto! Cada vez melhor.....

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o conto ta ficando muito bom aumenta mais ele ae hehehe

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Legal seu conto, queria que ele ficasse com o Vinicius rs

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Esses telefonema, o certo não era trocar de numero

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Gnt alguém lebra do nome de uma história parecida com essa, se sim me digam pf

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Tenho a impressão de já ter lido esse conto aqui. Aguardando a continuação.

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O Vinícius deve ser contratado do pai do Gabriel ou dos bandidos.

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Ta legal apesar de eu ja,ter lido uma,historia muito parecida

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Cara já vi um conto com uma história meio semelhante e faz tempo que procuro e não acho, se tu tiver se inspirando nela ou já tiver lido ela me passa o nome pf

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está show, mas posta com mais frequência se tiver como vc fazer isso.

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