O bom e velho verão carioca sempre traz a melhor temporada de pegação do ano. As ruas enchem, os bares lotam... A galera fica mais bonita no verão, sabe?!!
Num desses fins de tarde, acompanhei uns amigos até um quiosque no calçadão da orla. Conversa vai e vem, um novo grupo se acomodou na mesa ao lado. Formado só por rapazes, nossos radares captaram um sotaque diferente do nosso “falar chiando”. Um deles em especial me chamou bastante atenção pela barba em perfeito contraste com a pele clara. Gente... Aquela barba... Foi amor à primeira vista! Foi inevitável a troca de olhares que rolou. Eu não conseguia parar de encará-lo, ele já tinha percebido e retribuía. Maaas, nada além.
A noite chegava e alguns dos meus amigos já estavam “mais pra lá do que pra cá” quando começaram a puxar assunto com o outro grupo. Não tardou, as mesas se juntaram e todos participavam da mesma conversa. Na nova arrumação das cadeiras, antes que alguém ocupasse o lugar ao meu lado, lancei um sorriso em forma de convite para ele se acomodar. Funcionou.
Aquele pedaço encantador de Avenida Paulista invadiu Copacabana e representou!! Conversamos por horas sobre todos os assuntos, desde a pizza com ketchup ou com azeite até chegarmos aos relacionamentos. Nada sério para nenhum dos dois. Sinal verde. Entre risadas e mais assuntos, ora esbarrava sutilmente minha perna na dele, ora ele encostava a mão delicadamente na minha coxa, me arrepiando automaticamente. Olhar aquela boca maravilhosa e não beijá-la estava me desconcertando! Agi por instinto e cochichei para minha fiel companheira de aventuras, a Lê, que sairia dali. Convidei Gabriel para dar uma volta e ele, prontamente, aceitou.
Caminhamos em direção ao mar e uma brisa gelada batia, nos aproximando espontaneamente. Andamos um pouco e sentamos na areia. Ali perto, um casal dava um amasso nada discreto e chamou nossa atenção. Conversávamos e olhávamos aqueles dois que mais pareciam uma só pessoa de tão agarrados e aquela cena só aflorou o clima de sedução entre nós. O assunto ficou mais picante, compartilhamos algumas experiências e fantasias e... Alguém nos chamou, destruindo o momento em caquinhos. Alguns dos meus amigos se juntaram e, por reflexo, me afastei dele. O pessoal começou a marcar a ida a um show que rolaria no fim de semana, mas seria de uma banda de reggae e ele me confessou que não curtia nem um pouco.
- Claro que você vai! Te fazer gostar de reggae se tornou minha missão!! – rimos juntos e ele topou. Trocamos números e nossa despedida foi com um tímido beijo no canto da boca, quando fui puxada pela Lê que, já longe da sobriedade, me contava suas conquistas da noite.
Quinta e sexta-feira foram os dias mais leeeeentoooos da historia das semanas! Nos falávamos pelo WhatsApp de hora em hora e a sintonia era mega bacana. Eu só pensava no sábado e no quanto eu queria estar com ele de novo.
Eis que chega “el grand día” , o dia do ataque, o dia de luta pelo fim da minha seca, o dia da ponte aérea RJ-SP, o dia de decidir se é biscoito ou bolacha! hahah
Escolhi uma saia curta de tecido leve com estampa tribal e uma camiseta, enquanto Lê optou por uma ciganinha com short jeans. Já conhecíamos a casa de show e era consideravelmente abafada. Gabriel me mandou um áudio avisando que já estavam por lá e bateu um frenesi só de ouvir aquela voz...
Rumo à Lapa, filas, falatório, gente interessante por toda parte, até que encontrei meu alvo. Ele e aquela barbinha perfeita estavam atraindo mais atenção do que eu gostaria de presenciar, então acelerei em sua direção. Fitando-o, sem desviar o olhar nem por um momento, passei meus braços por cima de seus ombros e o puxei na minha direção, colando nossos lábios para o primeiro de muitos beijos ao longo da noite. Apesar da ansiedade pelo momento, foi um beijo calmo que ganhava voracidade aos poucos. Parecia que nossas bocas se conheciam há muito tempo. Sem nos preocuparmos com o público ao nosso redor, intensificamos o beijo e colamos nossos corpos numa excitação inegável.
Gabriel enlaçou minha cintura num abraço firme, e foi impossível não perceber o volume em sua calça. Segurei em sua nuca, e apertei ainda mais o abraço. Nos afastamos em busca do fôlego perdido e, enfim, trocamos um “Oi! Tudo bem?!”.
Entramos na casa de show e subimos ao nível mais alto da plateia. A arquitetura estilo coliseu e a baixa iluminação davam certa privacidade aos andares mais elevados. Justamente o que precisávamos. As luzes apagaram pouco tempo depois, deixando apenas o palco sob os holofotes.
Era mais forte do que eu... Sabe aquela pessoa que te atrai com tamanha intensidade que você fica até meio zureta?! Pois é... Tentativas frustradas de dançar, já tinha esquecido todas as letras das músicas, só queria saber de conhecer cada parte daquele corpo. Começaram as canções com batidas mais lentas e foi um momento para os casais se curtirem. Gabi me abraçou por trás, iniciando uma sequencia de beijos pelo meu pescoço. Sua boca em contato com a minha pele fez meu corpo acender ainda mais... Eu movia meus quadris suavemente, rebolando na direção do seu pau. Dava pra senti-lo pulsando através das nossas roupas...
Ao som de “Você me encantou demais”, com os olhos fechados e curtindo cada toque, virei a cabeça para trás em busca daquela boca maravilhosa. Trocando beijos e ainda de costas para ele, puxei uma de suas mãos e passeei com ela pela minha cintura e coxas, subindo sutilmente parte da saia. Com a outra mão, ele foi em direção aos meus seios, acariciando meus mamilos com o toque do polegar. Já não ligávamos se alguém estivesse assistindo, nada importava mais do que experimentar aquele desejo...
Puxando pela ponta da minha camiseta, Gabi me girou e ficamos de frente um para o outro. Eu sugava seus lábios e acariciava seu peitoral. Ele apertava minha bunda sem mais nenhum pudor, descobrindo a calcinha minúscula proposital para facilitar nossos amassos. Trocamos carinhos e frases provocantes por uns vinte minutos de show. Não dava mais para ficarmos só nos toques...
Que maaaaãos!!!! Que pegaaaaaada!!!! Que hoooooomem!!!!
Avistei a passagem escura para o terraço do espaço, que normalmente ficava vazio durante a apresentação das bandas, e o guiei até lá. Nada precisava ser dito, a sincronia era natural... Encostei na parede e ergui minha perna na altura de sua cintura. Gabriel me segurou pela coxa num aperto firme e usou a mão livre para sentir o quanto eu já estava melada... Interrompi os beijos incrédula pela loucura, mas excitada demais para parar por ali. Orei mentalmente pra Nossa Senhora da Bicicletinha me dar equilíbrio e o puxei pela calça. Ele entendeu o recado.
Num movimento rápido, liberou seu membro rígido e não encontrou dificuldade pra penetrar graças à lubrificação natural acumulada nos minutos anteriores. Um vai e vem afobado acelerou nossa respiração... Me agarrei em seu pescoço, cravando as unhas em seus ombros na tentativa de me manter firme. A cada estocada, ele aumentava a velocidade, me puxando pela cintura, para sentirmos ainda mais pressão... As pernas já bambeavam quando ele ficou mais ofegante, pesando seu corpo sobre o meu, anunciando que estava gozando... Foi rápido, mas estávamos consideravelmente saciados. Só a adrenalina da situação já garantiu sensações espetaculares...
Alguns outros casais foram em busca daquele famoso e amado cantinho. Meio que já se sabe que é a utilidade dele. Vai ver, foi pra isso que o criaram, né?! hahaha
Nos recompomos, passada no banheiro pra voltar com a melhor cara de paisagem possível, como se ninguém tivesse desconfiado da nossa aventura. Com parte do repertorio ainda tocando, arriscamos uns passos juntos e curtimos o final do show. Lê também estava desaparecida, mas reapareceu com um sorriso de ponta a ponta acompanhada de um rapaz.
Não deu pra ficarmos mais vezes, já que ele voltou para SP no domingo pela manhã. Mas, a próxima ponte aérea já está sendo programada.
Ah! Arrisco dizer que, desde aquela noite, ele começou a gostar de ouvir reggae...