Capítulo 12
- Ponto de Vista Sr.Stoch –
O ar havia se tornado pesado e gélido. Eu tentava alcança-lo, mas quanto mais perto eu chegava, mais distante ele ficava. As nuvens se afastavam e seu brilho ofuscava minha visão.
- Não! Eu quero subir! Não! – Eu estava sendo puxado para baixo, minhas asas batiam em vão. Ele era o sol e eu um pobre mortal. As asas derretiam como as de Ícaro. Eu gritava em pânico, tamanho era o meu desespero.
- Não, Greg, por favor! – Preciso alcança-lo. Ele desaparecerá entre as nuvens e eu jamais o verei novamente.
Eu dormia em sono profundo, quando uma voz... não, a voz dele, ergueu-me no ar novamente. Suas palavras, mesmo que inteligíveis, eram como um mantra para meus ouvidos, dando-me poder. Subi feito uma flecha em sua direção, eu finalmente o alcançaria.
- Hey dorminhoco, acorde. É hora do seu castigo! – Disse quando o alcancei. Lentamente fui saindo do meu transe.
Estava na casa de sua tia. Olhei ao redor reconhecendo o lugar. Foi quando me deparei com grandes olhos azuis me olhando com graça na escuridão do cômodo.
- Greg? O que está fazendo aqui? – Perguntei ainda letárgico.
- Olá grandão, preparado para ser castigado? – Rebateu olhando para um ponto acima de minha cabeça. De repente me toquei. Algo frio como metal circundava meus pulsos. Ergui meu olhar e um par de algemas me prendia à cabeceira de madeira da cama.
- Greg, que porra é essa? – Falei arregalando os olhos.
- Não está reconhecendo? Esse, Sr.Stoch, é o seu castigo. – Respondeu com um sorrisinho diabólico no rosto. Ele estava sem roupas, apenas com uma cuequinha preta. – Mas antes... – Acendeu o abajur sob a mesinha ao lado da cama. –... Temos que dar um jeito de te deixar quietinho. – Foi em direção ao outro abajur no lado oposto. Desci meus olhos por seu corpo maravilhoso, mas o que é aquilo?
- Puta que pariu, Greg! – Seu bumbum branquinho estava desnudo. As tiras negras da cueca contrastavam com sua pele branca. Meu pau foi de semi-ereto à ponto de bala em segundos. – Greg, solta essas algemas! Deixe-me te ver de mais de perto.
- Nananinanão, hoje sou em quem dou as cartas. Gostou da minha cueca? – Perguntou dando uma voltinha, exibindo seus morros carnudos. – Comprei em um sex-shop junto com as algemas. – Falou safado. – Como eu estava dizendo, preciso que fique quietinho.
Ele aproximou-se de mim trazendo sua boca deliciosa até a minha. Mordi seus lábios e gemi ao contato de sua língua com a minha. Quando ele se afastou pude ver um brilho em seu olhar. Pegou um objeto e exibiu para mim. Ah não! Ele não vai fazer isso!
- Assim você ficará caladinho. – Falou desenrolando um pedaço de fita adesiva e colando-a em minha boca. Puta merda, eu estou fodido com esse garoto. – Você ficou lindo assim. – Sussurrou em meu ouvido, dando-me uma leve mordida. Gemi, arrepiando-me todo com seu gesto safado.
- Ponto de vista do Greg –
Ter aquele homem enorme à minha mercê estava me excitando a níveis nunca antes imaginados. Tinha tapado a boca dele com a fita adesiva que achei, desde então ele tem me acompanhado com os olhos arregalados e gemendo enquanto eu beijava seu pescoço. Demorei um bom tempo chupando-o e mordendo-o. Queria deixar as minhas marcas nele. Queria que quando voltássemos para casa ele continuasse a pensar em mim, que olhasse aquelas marcas e se lembrasse de como elas pararam lá.
- Achou que eu não estava falando sério quando eu disse que iria ter volta, não é mesmo? – Falei o olhando nos olhos, ainda por cima de seu corpo. Tentou resmungar algo, mas a fita me impedia de compreendê-lo. – Sim, foi exatamente o que pensou. – Falei safado.
Retornei aos meus beijos por seu corpo malhado, distribuindo mordidas e lambendo seu peito. Seu cheiro de homem era um afrodisíaco para meu olfato, quanto mais o cheirava, mais excitado ficava. Ele é tão gostoso!
Seus gemidos foram ficando mais altos quando comecei a descer por sua barriga, esfregando meu rosto liso por seus gomos protuberantes. Segui com a língua por seu caminho da felicidade, sentindo a aspereza de seus pelos. Fiz com que achasse que iria abaixar sua cueca, mas retirei minhas mãos dali, fazendo-o gemer de frustração. Troquei a posição com que estava montado sob ele, ficando de costas para seu rosto, assim ele poderia ver o que eu tinha em mente.
Olhei de perfil para seu rosto e podia vê-lo olhar fixamente para meu bumbum nu contra sua ereção. Comecei a rebolar vagarosamente sob ele. Seu urro de prazer era o que eu precisava para empurrar com mais força. Sua masculinidade pressionava meu traseiro duro como uma pedra e seus dedos dos pés se contorciam em sinal de seu prazer.
- Você não parece tão autoritário agora. – Provoquei.
Após algum tempo rebolando sob sua ereção tive uma ideia. Deitei-me sob seu corpo com meu traseiro em frente a seu rosto, obrigando a olhá-lo de perto. Abaixei sua cueca e o pus em minha boca, engolindo com fome. Seus urros de prazer eram cada vez mais constantes. O líquido pré-gozo contra minha língua era de um sabor indescritível e me fazia suga-lo com mais força.
Sob meu corpo podia senti-lo se contorcer. Seus gemidos reverberavam por através de mim. De repente o senti enrijecer, preparei-me para o que estava por vir. Seu gozo era espesso e em grande volume, engoli tudo até a última gota. Saí de cima dele e o olhei. Ele parecia atordoado por conta do orgasmo intenso.
- Espero que não esteja cansado. – Sussurrei em seu ouvido. – Porque ainda não terminamos.
Montei sob ele novamente, me posicionando sob seu dote. Olhei em seus olhos enquanto o introduzia em mim.
- Olhe para mim! – Exclamei quando fechou os olhos para se controlar.
Levei algum tempo para me acostumar com seu tamanho, mas assim que me senti confortável iniciei com movimentos lentos. Resolvi tirar a fita de sua boca para que pudesse beijá-lo.
- Oh porra, Greg... – Dessa fez foi eu quem o interrompi com um beijo e ele o retribuiu. Havia algo de diferente nesse beijo, não era selvagem como os outros, era carinhoso, lento, quase como um beijo apaixonado. Por um instante cogitei a possibilidade.
Senti-lo em meu interior era um misto de sensações, entre dor, prazer e algo mais que não sabia definir. Não separamos nossas bocas nem mesmo por um segundo enquanto fundíamos nossos corpos. O suor escorria por minha pele, caindo em seu corpo também suado. Meus cabelos estavam molhados e grudavam em minha testa assim como os dele. Continuamos no nosso ritmo lento, até que o senti enrijecer novamente, denunciando a aproximação de seu orgasmo.
- Greg, eu vou... Eu... – Falou sem completar.
- Juntos. – Falei. Guiei minhas mãos à minha cueca e pus meu pênis para fora pela lateral da cueca, masturbando-o. Não demorou muito para que gozássemos em conjunto, ele dentro de mim e eu sob seu torso.
- Deus, essa foi a melhor transa da minha vida. – Falou enquanto o libertava das algemas. – Não sabia que você era tão agressivo Sr.Müller.
- Haha, aposto que da próxima pensará duas vezes antes de tentar algo. – Falei deitando-me a seu lado.
Após nos limpar, voltamos para cama onde deitei com a cabeça em seu peito.
- Greg, sinto muito. – Falou.
- Pelo que sente muito? – Questionei sem entender.
- Pelo nosso acordo, sinto que não vou poder cumpri-lo. O que temos entre nós é muito forte e não sei se serei capaz de me conter. – Disse.
- Tudo bem, eu também não sei se quero que você se contenha. – Falei erguendo a cabeça. Sim admito para mim mesmo, não quero que o que há entre nós acabe.
Ele me olhou com ternura, com certo brilho nos olhos, nunca o tinha visto me olhar como agora. Beijamo-nos com igual ternura e ali adormecemos.
***
Uma onda de calor havia atingido NY na terça feira, nos arrastando para a piscina da mansão. A tia Chloe falou para ficarmos a vontade e que só não iria entrar na piscina também por que não queria estragar seu cabelo escovado. Nosso voo de volta para o Brasil partiria às seis da noite o que nos deu a tarde de folga.
A noite passada tinha sido maravilhosa e o Stoch não tirou os olhos de mim desde que acordamos. Eu já estava um pouco constrangido com sua observação constante, mas não falei nada, pois no fundo estava gostando da atenção que estava recebendo.
Estávamos ambos de bermudas tactel aproveitando a imensidão da piscina com hidromassagem. Às vezes roubávamos um beijo um do outro com cuidado para não sermos vistos. O sol de NY era escaldante e eu tive que abusar do bloqueador solar. Quando era pequeno peguei uma insolação que me deixou igual a um camarão, sem falar que a menor brisa fazia meu corpo inteiro arder. Creio que essa seja uma das maiores desvantagens de ser tão branco. O Jonathan, por outro lado, tinha uma pele levemente bronzeada pelo sol e parecia comestível deitado sob uma das chaises da piscina.
- Ponto de vista Sr.Stoch –
Não conseguia para de olhar para o meu garoto. Depois da noite passada um sentimento de posse ainda maior se instalou em meu interior, não conseguia compreender o que estava acontecendo comigo. Meu estômago estava dando voltas e parecia ainda pior quando nos beijávamos. Não conseguia definir se a sensação era boa ou ruim, apenas supus que era algum mal-estar momentâneo.
A luz do sol fazia seus olhos azuis se ascenderem como safiras, seu sorriso branco me fazia derreter. Como era possível que alguém como ele existisse? Não sabia a resposta para essa pergunta, mas não me importava contanto que ele fosse meu. Havíamos concordado que continuaríamos com esse nosso lance mesmo depois que voltássemos para casa, mas não antes dele impor algumas regras que assegurassem uma boa relação com o trabalho. Aceitei sem hesitar, aceitaria qualquer condição que ele impusesse, para falar a verdade.
- Que bom que está vazio. – Comentou quando chegamos ao aeroporto.
- Sim, normalmente esse lugar é um caos. – Concordei.
- E então já está se borrando de medo ou é só quando entra no avião? – Perguntou descaradamente.
Desde quando me entendo por gente tenho medo de altura. Meus pais sempre achavam engraçado, principalmente por eu querer ir embora da Disney apenas por passar mal ao ver aqueles brinquedos enormes. Hoje, no entanto, meu medo diminuiu, mas ainda não me dou bem com pousos e decolagens.
- Muito engraçado, Sr.Müller. – Falei revirando os olhos.
- Você fica lindo até revirando os olhos. – Depois da nossa noite quente ele ficou mais solto e não continua tão tímido comigo quanto antes.
- Obrigado Sr.Müller, saiba que também aprecio a sua aparência. – Falei.
- “... também aprecio a sua aparência”. – Falou me imitando. Que descarado.
- Está tirando sarro de mim, Sr.Müller? – Perguntei marotamente.
- Eu? Sem chance. – Respondeu irônico, pondo dramaticamente a mão em seu peito.
- Talvez eu deva te arrastar ao banheiro e calar a sua boquinha esperta com um beijo, o que acha? – Questionei sorrindo.
- Hum, onde é que fica o banheiro? – Perguntou.
***
- Senhores passageiros, por favor, apertem seus cintos, estamos nos preparando para a decolagem. – Falou o piloto do avião.
Dessa vez não precisei usar de artifícios para sentar ao lado do meu garoto. Ele estava sentado na poltrona ao lado da janela, não sei por que, mas ele gostava de olhar por ela. O avião começou a andar e eu apertei minhas mãos com força. Meu garoto viu o meu medo e puxou a minha mão a envolvendo com a sua. O medo desapareceu, naquele momento só existia minha mão na sua.
- Ponto de vista do Greg –
Chegamos em casa sob uma forte tempestade. A viagem foi extremamente tranquila e dormi a maior parte dela. Jonathan me ofereceu uma carona até em casa e eu aceitei, não estava nem um pouco a fim de procurar por um táxi no caos da chuva.
- Estava aqui pensando. – Falou Jonathan. – Que tal a gente marcar um jantar um dia desses?
- Por mim, sem problemas. – Respondi feliz.
- Que tal hoje? – Perguntou.
- Hãn? Hoje? Acabamos de chegar de viagem seu louco.
- Amanhã então? – Sondou.
- Você é impossível.
- Ótimo, te pego amanhã as oito. – Concluiu.
- Hey eu não disse que sim!
- Mas também não disse que não, te pego às oito. – Repetiu.
- Seu brutamonte! – Falei achando graça de sua insistência.
Continuamos a viagem ao meu prédio jogando conversa fora. Quando chegamos digitei a senha de entrada no painel do lado de fora do prédio para que o portão da garagem se abrisse. Jonathan me ajudou a tirar as malas do seu carro e me acompanhou aos elevadores.
- Até mais Greg. – Disse me dando um beijo casto.
- Até mais grandão.
Peguei o elevador para o meu andar refletindo sobre tudo que havia acontecido conosco durante a viagem, tudo aquilo parecia surreal, era como um sonho sendo realizado. Ao entrar no apartamento um sentimento de nostalgia tomou conta de mim.
- Que saudade de casa! – Falei.
De repente um soluço de choro percorreu o apartamento, me deixando perplexo. Do quarto de hóspedes uma linda garota loira vem correndo em minha direção. Seus olhos estão vermelhos e sua maquiagem escorria com as lágrimas.
- Lana? O que aconteceu? – Perguntei a abraçando.
- É o Nick, aquele filho da puta estava me traindo! – Respondeu aos prantos.
Continua...
Respondendo aos comentários:
magus, Hahahaha brigadão mano, significa muito pra mim. Abraçosss
Marcos Costa, tem muita coisa ainda hahaha, to imaginando umas coisas legais pra acrescentar na história, vamos ver se a galera vai curtir. ; )
Quelsilva, KKKKK teremos muitos rounds ainda pela frente
FlaAngel, KKKK claro tem que deixar um gostinho de quero mais
Morennaa, obrigadooooo!
VALTERSÓ, KKKKKK acho que o Greg se certificou para que não ouvissem, se é que me entende ( ͡° ͜ʖ ͡°)
adriannosmith, Que bom que gostouuuu, ou melhor adorouuu ; D
paiper trovao, fita adesiva mostrando suas múltiplas utilidades kkk
Marimarina, Obrigadoo sua fofa! s2
webcaet, claro kkk, um suspensezinho sempre é bom kkk =D
Cintia C, n tenho emoji no pc mas toma um coraçãozinho s2 s2
Arthurzinho, Acabando com sua curiosidade então ^^
Atheno, tá ai hahahah
Gelerinha, não pude escrever mais por falta de tempo me desculpem. Prometo compensar no fds Bjão!