Capítulo 4 – SOS!¹
Cheguei no carro e tentei abrir a porta traseira, onde eu estava sentado, por sorte abriu, por azar também. O que eu vi mexeu comigo de uma forma que eu nunca pensei que mexeria. João estava desacordado em seu banco e com fraturas em seus lábios e seu nariz, fraturas aparentemente de briga. Saí correndo pelo estacionamento do campus, deixando a porta do carro aberta, até encontrar um segurança:
Douglas: Senhor, por favor, chame o corpo de bombeiros, meu amigo tá desacordado com alguns ferimentos onde estão sangrando.
Segurança: Calma, qual dos estacionamentos?
Douglas: É meu primeiro dia, não sei, é naquele ali ó – falei apontando meu dedo em direção do estacionamento.
Segurança: Ok, vou ligar para a emergência e te acompanho até lá.
O Segurança já havia discado o número de emergência e foi muito sucinto nas informações repassadas ao atendente. Quando desligou fomos ao estacionamento, e indo ele me perguntou como e o que havia acontecido, desde a hora que João pediu para conversar com Cristiano até eu voltar para o carro buscar minha jaqueta. Passaram cerca de 15 minutos e a emergência ainda não havia chegado, então o segurança disse para mim ir para sala:
Segurança: menino, vá para sala. Sua aula já vai começar e é importante que não perca o primeiro dia, eu fico aqui e espero a emergência chegar.
Douglas: Desculpe senhor, não posso deixar ele aqui sozinho.
Segurança: Eu já disse, eu fico aqui até chegarem. Não se preocupe.
Douglas: Mas como vou saber para que hospital irão levar ele e se ele está bem?
Segurança: Faça assim, me dê seu nome, curso e sala, quando eu tiver essas informações levo até você na sala. Me passe também o nome de seu amigo, curso e sala para mim avisar seu professor de hoje.
Fiz como o segurança pediu, passei minhas informações a ele e as do João também, só não passei o número da sala por que eu realmente não sabia qual era o número nem aonde ficava. Passou o primeiro tempo, o intervalo e já estava na metade do segundo tempo, eu estava muito nervoso e receoso, não conseguia prestar atenção na aula, até quando o segurança bate na porta e me chama. Saio depressa da sala e ele primeiro se escusa, pela demora:
Segurança: Desculpa pela demora garoto, mas demorou um pouco pra emergência chegar, depois tive que ir até a secretária acadêmica pegar informações mais concretas dele para avisar sua professora e sua família. Pelo o que os socorristas falaram ele irá ficar bem. Bom, ele está nesse hospital aqui, o quarto também tá anotado nesse papel – diz ele me entregando um pequeno post-it com informações do hospital e do quarto – A família dele não vai conseguir vir, então seria bom se você fosse visitar ele no hospital, para ter justamente o apoio de alguém. Também toma aqui a chave do carro dele, tranquei para ninguém tentar furtar nada.
Douglas: Sim, claro. Não tem problemas quanto a demora, eu imaginei – tentei mentir – assim que acabar a aula vou ir correndo para o hospital. E mais uma vez, obrigado por sua ajuda senhor! – Disse eu estendendo a mão e cumprimentando-o – obrigado também por trazer a trancado e cuidado do carro dele também!
Voltei para a sala, por sorte passou voando. Assim que acabou fui para a saída da universidade procurar um táxi, que inclusive foi super fácil de encontrar. Disse a ele o nome do hospital e ele sabia aonde ficava, pedi para ele ir o mais rápido que pudesse até lá. Demorou um pouco para chegar, era horário de pico e o transito estava horrível, isso me agoniava demais. Quando chegamos paguei ele rapidamente e me encaminhei para a portaria e pedi informações dele, inclusive para subir no quarto e visita-lo. A moça que me atendeu verificou no sistema disse que eu era para aguardar um instante por que estavam fazendo exames nele naquele momento, batendo radiografias, tomografias e afins, para ver se não tinha danificado nenhum membro interno. Passaram-se 10, 15, 20 minutos e nada. Quando deu meia hora, não me aguentei e fui falar com a recepcionista novamente:
Douglas: Hei moça, já posso subir?
Recepcionista: Ah sim, deixe me ver. Sim, ele já retornou ao quarto a um tempinho, pode subir e visita-lo.
Na hora me deu muita raiva dela não ter me avisado antes que ele estava no quarto a algum tempo, mas a movimentação lá estava grande, então tentei entender o lado dela, deve ter acabado esquecendo de me avisar. O elevador parou no andar do quarto, logo que saí dele avistei um enfermeiro e pedi a localização do quarto, além de me mostrar me acompanhou até lá, um amor de pessoa. Cheguei no quarto e abri a porta, abri a porta e o João estava lá cochilando, fechei a porta devagar e me sentei na poltrona que tem no quarto. Todo o meu silêncio não foi suficiente, João acordará:
JP: Olha quem veio me visitar. Como que ficou sabendo que eu tava aqui?
Douglas: Bola de cristal, ora.
JP: Vá se foder e fala a verdade rapaz – disse João rindo calmamente.
Douglas: Eu que te encontrei e que pedi para chamarem os bombeiros.
JP: Aé? Como?
Douglas: Eu havia esquecido minha jaqueta no carro, voltei lá para pegar, quando abri a porta você tava jorrando litros de sangue pelo nariz e boca – exagerei nessa parte hahaha – aí saí desesperado procurando alguém para me ajudar, até que achei um segurança, que ficou com você esperando a emergência avisou seus pais, professor e a mim, o hospital que você estaria e essas coisas.
JP: MEU DEUS, MEU CARRO! ELE FICOU ABERTO! – Disse ele todo assustado, não me aguentei e comecei a rir – está rindo do que palhaço?
Douglas: O segurança trancou o carro e a chave tá aqui comigo, relaxa!
No que termino de falar isso, o médico entra no quarto com o resultado dos exames dele. Olha para mim e pergunta:
Médico: Você é o Douglas?
Douglas: Sim... por que?
Médico: Ah, então você é o namorado do João? Quando ele chegou no hospital só pedia para avisarmos o namorado dele, Douglas, que ele estava bem, mas não conseguíamos localizar você, por falta de contatos de emergência – nesse momento olho para o João e vejo ele corando de vergonha, volto a olhar ao médico, precisaria responder ele.
Douglas: Ah, não se preocupe, eu sabia desde que aconteceram as lesões, foi eu quem foi procurar um segurança para chamar a emergência.
Médico: Fez bem Douglas, em casos como esse, que acontecem no campus da faculdade, é sempre bom ir atrás de alguém que trabalha no local para essa pessoa pedir ajuda e conseguir manter a coordenação ciente do que acontece.
Douglas: Ah sim, foi o que imaginei na hora. Mas me diga Doutor, como ele está? Quando poderá ir para casa?
Médico: Então, ele não fraturou nem um osso e está muito bem. Precisa só tomar soro na veia até o fim do dia e já pode voltar pra casa com você. Mas aconselho ficarem sem sexo por umas duas semanas, por que poderá ser cansativo demais para ele – nessa hora eu que queria pular no João Pedro e terminar de fazer o serviço que a outra pessoa deixou pra trás (brincadeira, logicamente), olha o que climão que ele estava me fazendo passar junto ao médico.
Douglas: Sim senhor, Doutor. Vamos seguir seus conselhos.
Médico: Ótimo, vou dar atestado de 3 dias a ele, não precisaria tanto, mas é apenas para ter certeza que ele se recuperará bem.
Douglas: Ok, muito obrigado!
Nessa hora o médico saí do quarto e João e eu voltamos a ficar a sós.
Douglas: Puta merda que caralhos tu foi falar João Pedro! Olha o que tive que ouvir do médico!
JP: Calma, nem eu lembrava que tinha dito isso – disse ele rindo.
Douglas: Ah meu filho, eu conheço as tuas jogadas, isso não vai ficar assim. Mas, mudando de assunto, quando chegarmos em casa e você estiver melhor, vai ter que me explicar melhor o que foi isso que aconteceu e por que aconteceu.
JP: Mas nem eu lembro o que foi que aconteceu...
Douglas: Não lembra o que aconteceu mas lembra que deixou o carro aberto? A mim você não engana fofo!
João riu timidamente e eu deixei o assunto morrer por ali.
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Oi gente, tudo bem? Desculpem por eu ter deixado o capítulo tão curto hoje, sei que prometi um capítulo maior do que geralmente to escrevendo, mas eu preciso falar algumas coisas com vocês, preciso desabafar. Aconteceram algumas coisas na tarde de ontemque me perturbaram bastante, não posso negar. Esses fatos também tiraram minha vontade de escrever, por que não acho bacana ler e ver o que li e vi. Tive até vontade de largar o conto por aqui, apagar o que já publiquei e continuar tocando a vida como se eu nunca tivesse publicado nada aqui, mas acho que seria desrespeitoso da minha parte com vocês. Mesmo não sendo muitas pessoas que estão lendo, vocês merecem saber o que aconteceu. Vim ler os comentários de vocês e conferir as notas dos capítulos, e fiquei muito feliz com suma maioria das avaliações positivas que vocês fizeram, mas um comentário e um voto 0 nos três capítulos me irritou e me entristeceu ao mesmo tempo, foram os votos e o comentário do usuário Haliax. Por isso, esse desabafo é quase que exclusivo para ele. Como você tem o direito de comentar o que quiser e avaliar da forma que achar competente a seu entender, eu tenho o direito de lhe responder, esclarecendo algumas coisas. Caro usuário, primeiramente, não estou ciente que este tema está batido aqui na casa. Aliás, acompanho histórias de algumas pessoas a algum tempo e acredito que não esteja batido o tema, como você diz. Eu também gostaria de saber quando foi que dei nota zero a esses contos, e quais são, por que o único que estou conseguindo acompanhar é o conto do Augusto, e inclusive foi o único que avaliei e foi com nota 10, ao contrário de você que veio publicar comentários esdrúxulos nos 3 capítulos que publiquei até agora e me deu nota 0 nos três, fazendo a nota deles despencar. Se eu disser que a nota dos contos não me importa, eu estarei mentindo, pois me importa sim, por que é através das notas que sei se tão gostando ou não, já que nem todo mundo acompanha comenta, mas além disso, para quem não acompanha desde o primeiro capítulo e quiser abrir por que acho interessante o título e as tags, vai acabar vendo uma nota superbaixa, pode achar uma porcaria, mesmo gostando do tema. Inclusive, querido amigo, se você não gosta do tema, por que veio até aqui ler, comentar e avaliar negativamente? Sabendo que as tags que estão ali em cima, antes de começar o texto, estão ali para auxiliar a pessoa a procurar temas de seu interesse, por que veio ler algo que não lhe interessa? E por favor, se você não gosta do tema, não venha me encher de inverdades, dizendo que avalio outras histórias negativamente e que meu conto é fictício, apenas por que exclui alguns comentários. Exclui sim, mas exclui por que não são críticas construtivas, são comentários de pessoas vindo dizer o mesmo que você: que meu conto não é real e que eu não deveria seguir por esse caminho. A partir do momento que alguém comentar criticando com fundamento, que eu poderei usar para melhorar a qualidade do meu texto, eu irei fazer questão de deixar o comentário e até citar ele nos agradecimentos do capítulo sucessor, mas quando é comentário com pessoas me xingando e falando absurdos da minha história, me perdoem (não só Haliax, mas todos os leitores), mas não posso deixar. Tive muita vontade de excluir seus comentários também, mas não fiz isso por acreditar que se você deixou o mesmo comentário em todos os textos, é por que talvez quisesse um posicionamento meu. Espero que eu possa ter esclarecido as coisas para você e para qualquer pessoa a mais que tenha dúvidas sobre meu conto, lembrando, que eu sempre to a disposição para tirar suas dúvidas e responder seus questionamentos. Desculpem mis uma vez por acabar o capítulo de hoje tão precocemente e por ter feito esse desabafo tão grande, mas espero que me entendam, eu não poderia apenas ler os comentários, ver as notas 0 botar um sorriso na cara e começar a escrever o novo capítulo. Não é tão simples. Perdoem-me.
E apenas fazendo os agradecimentos finais, muito obrigado pelos seus comentários Irish, Ypii, F. Aquino, Marcos Costa, Garafão, Gordo1979, Morennaa, Magus, Kevina, Valtersó e a todos que estão lendo o conto, vou voltar por vocês!
*Obs.: o SOS¹ encontrado no título, é de socorro, caso surgisse a dúvida em alguém.