Cap.15
Nicolas olhou para mim, atônito.
-O quê ? O seu pai Lo ?
-É... É o meu pai sim... Eu tenho certeza...
-Mas ele está preso ? – Michel perguntou.
-Sim... Ele está preso... Ele fez algumas coisas repugnantes comigo no passado e foi preso por isso...
-Mas... Como... – Michel falou, sentando-se – quer dizer então que o seu pai mandou matar os meus pais...
-Me perdoe por isso Michel – falei eu, envergonhado – eu sinto tanta vergonha de ser filho de quem sou... Mas infelizmente eu não pude escolher e deixar de ser filho desse crápula que me trouxe a vida...
-Você não precisa pedir desculpas Lorenzo... Você não tem culpa disso...
-Mas, eu imagino que ele pode ficar livre logo... Ele foi condenado a 12 anos de prisão, e esse ano faz 12 anos que ele foi condenado.... Então temos que dar um jeito de descobrir por onde ele anda e o que tem feito... Ele pode sanar muitas das nossas dúvidas...
-Mas, se ele foi mesmo o mandante desse crime, e ele pertence a aquele grupo que a gente visitou, deve ser quase impossível se aproximar dele... Porquê o pessoal vai fazer de tudo para blindá-lo...
-Não importa... A gente pode ser mais espertos que eles... Eu vou procurar alguns conhecidos meus, para saber como ele vai, e quando sai...
TEMPO DEPOIS
Após aquela conversa e descoberta inacreditável, eu e Nic voltamos pra casa...
-Eu ainda não consigo acreditar nisso... – dizia eu, com raiva – que diabo que eu fiz para merecer um pai como esse...
-E eu então ? Estou atônito até agora – Nicolas falou, fechando a porta em seguida...
-Como se não bastasse me tirar a dignidade sem nenhuma pena, mata pessoas...
-Mas pelo menos descobrimos uma coisa.
-O que ?
-Seu pai tá metido com esse grupo, e pode nos mostrar algumas coisas...
-Pois é... Vou descobrir quando ele vai sair, e quando sair... Nós temos que pegá-lo, para fazer ele falar tudo o que sabe...
-Sim... Mas acho que você precisa relaxar... – falou ele, se aproximando de mim e me abraçando por trás – é cada coisa que nós temos descoberto nos últimos dias que deixa de cabelo em pé.
De repente então ele me pegou pela mão e começamos a andar em direção ao quarto...
MINUTOS DEPOIS
E lá estávamos os dois sentados na banheira, a relaxar...
-Tem horas que eu ainda tenho vontade de fugir, sabia ? – dizia eu, sentindo ele a passar a esponja nas minhas costas.
-Fugir não vai adiantar nada... Pelo que vimos, só vai adiar o problema... Ou talvez nem isso....
-Mas dá tanto medo... De ter que enfrentar tudo isso e de repente... Sei lá... Perder essa guerra...
-Nós não vamos perder essa guerra, eu tenho certeza... Quando tudo isso passar, você vai poder continuar o seu sonho, comigo por perto...
-Assim eu espero...
NO DIA SEGUINTE
Acordei cedo naquele dia... Pretendia visitar algumas tias que eu tinha por parte de pai, e que com certeza sabiam como estava o meu pai... Tomei uns goles de café rápido e sai... Não ficava muito longe dali, afinal a cidade era bem pequena... Logo cheguei até lá, e uma delas estava do lado de fora, varrendo a calçada.
-Olá, tia... – assim que eu falei, ela ergueu o olhar e me olhou nos olhos.
-Lorenzo ? É você mesmo ?
-Sim tia... Sou eu...
-Porquê você está aqui ?
-Vim ter uma conversa com a senhora... Quero saber algumas coisas... – ela olhou para mim, com uma cara de espanto...
-Vamos entrar...
TEMPO DEPOIS
Me sentei no sofá... Ela foi até a cozinha, pegou um xícara de café, me trouxe, e então sentou-se.
-O que é que você quer saber meu filho ? - olhei para ela nos olhos.
-Como vai o meu pai, tia... – ela olhou para mim, deu um gole no café, deixou a xícara sob a mesa e olhou para mim novamente.
-Bem, filho... Na medida do possível... Ele deve ser libertado daqui a alguns dias. Não sei o que vai fazer, não sei como está a mente dele... Mas nas vezes que eu fui visita-lo... Ele parece ainda mais frio do que já era... Porquê está me perguntando isso ? – ela perguntou, me olhando.
-Não... Por nada... Apenas curiosidade minha...
-Pois é isso... Eu não sei tantos detalhes, porquê não visito ele sempre... Nas vezes que o visitei ele parece mais velho e... Estranho...
-A senhora não se recorda das pessoas que ele se relacionava quando era mais novo...
-Lembro... Eram pessoas estranhas... Frias... Me davam medo...
Aquilo ia se encaixando na minha mente... E o que eu não conseguia entender era o porquê talvez o meu pai, possa ser um dos meus rivais...
MINUTOS DEPOIS
Sai daquela casa ainda atônito... Sabia que ele continuava preso, mas que logo sairia... E ele iria me ver, assim que saísse... Eu faria com que isso acontecesse.
-E então Lo ? Como foi ? – Nicolas me perguntava pelo telefone...
-Ele continua preso... E pelo que ela me disse, as características dele e das pessoas que ele andava são as mesmas das que frequentam aquele grupo... Eu não consigo acreditar que o meu pai possa ser uma pessoa tão má...
-Isso vai melhorar... Eu tenho certeza... Venha logo pra casa.
-Ok....
Desliguei o telefone e continuei dirigindo, até que de repente uma moto parou na minha frente. Freei quase que em cima, o carro morreu em seguida e um deles já sairiam com a arma em punho.
-Sai, sai ! – um deles gritou... Até pensei em acelerar, mas o carro tinha morrido. Só bastou sair. E tão logo eu sai, eles botaram um pano no meu nariz... Reagi, tentei sair, mas acabei sendo vencido por algo que tinha no pano... Desmaiei...
Continua
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