Um amor inesperado na faculdade 4

Um conto erótico de Rafa Velaskes
Categoria: Homossexual
Contém 1890 palavras
Data: 16/10/2016 01:43:10

Eu: - Ué quem será? Não conheço ninguém aqui... deve ser algum vizinho (Falei sozinho)

Quando abri a porta levei um susto tremendo.

Erik: - Foi daqui que pediram um jantar Italiano? Falou esboçando aquele sorriso lindo dele.

Meu coração foi a mil, e um turbilhão de coisas passaram pela minha cabeça: Como aquele doido tinha meu endereço? O que ele fazia ali naquela hora?

Erik: - E então dorminhoco, não vai me convidar para entrar? (risos)

Eu: - Foi mal, entra... mas... não to entendendo nada, como você conseguiu meu endereço e como conseguiu passar pela portaria?

Erik: - Isso foi simples – Disse ele já entrando e colocando as sacolas na mesa – Ontem depois do trote na faculdade eu te segui, sabia que um dia teria que aparecer de surpresa aqui, e quanto a subir foi muito mais simples mostrei ao porteiro meu comprovante de matricula, disse a ele que estudava junto contigo e que queria fazer uma surpresa a você porque hoje é seu aniversário ... e aqui estou eu... kkk

Eu: - Você é maluco mesmo ... mentir para o porteiro que coisa feia – (risos)

Erik: - kkkkk Foi por uma boa causa, não me condene... agora me ajuda a por a mesa, porque o senhor é um tremendo de um folgado.

Eu: - Dorminhoco, folgado... ta ficando bagunçada a coisa por aqui né ?! – Disse fingindo estar bravo e indo buscar os pratos e copos.

Erik: - kkkk não reclama... ei, nada de copos mocinho .

Eu: - Como assim Erik?!

Erik: - Não ia deixar você tomar refrigerante num jantar italiano, pra acompanhar uma boa massa nada melhor que um bom vinho, e como eu imaginei que você não tivesse em casa, eu já trouxe duas taças kkkkk sou ou não sou um homem precavido?

Eu: - Devo admitir que as vezes você manda bem – falei num tom sarcástico.

Erik: - Ás vezes? Peraí que essa afirmação está errada...

Ele continuou falando várias coisas que eu não prestei muito atenção, na verdade, por mais que eu não quisesse dar o braço a torcer, eu estava maravilhado com aquele gesto dele, ele pensou em cada detalhe, até na sobremesa. A partir deste dia, nunca mais faltaram taças e vinho aqui em casa. Nós jantamos, eu ria muito das piadas dele, depois ele me ajudou com a pouca louça que sobrou e fomos nos sentar na sacada aqui de casa, como eu moro no sétimo andar, a vista e linda. Ficamos por um tempo conversando coisas nada haver, até que ele puxou um assunto mais sério:

Erik: - Porque você veio embora sem se despedir?

Eu: - Por nada... você estava conversando com a Cínthia sobre a pesquisa de você, e até marcaram de se ver a tarde, eu só não quis atrapalhar... Falei num tom de justificativa, tentando disfarçar o ciúme que eu tinha sentido.

Erik: - será que senti uma pontinha de ciúmes nessa história que acabo de ouvir? (risos)

Eu: - Ciúmes?! Eu?! Não viaja Erik... Nem tenho motivos para sentir isso...

Erik: - Olha bem no fundo dos meus olhos...

Ele me virou e me fez ficar cara a cara com ele, olhamos nos olhos em silêncio por um bom tempo, e pela primeira vez, pude sentir o quanto eu me sinto seguro ao lado dele. Ele continou:

Erik: - Rafa, eu sei que você é gay....

Eu: - Eu nunca quis te esconder isso – disse interrompendo a fala dele.

Erik: - Calma... deixa eu terminar piá (sotaque de paranaense)... Eu não tenho nada contra o fato de você ser gay, muito pelo contrário, sempre tive amigos gays, sempre fui em baladas gays, apesar de ser hétero ... quer dizer, aff que difícil. Bom o fato é que sempre namorei gurias entende?! Sempre fui o típico bom moço, mas pegador, conquistador... sempre tive convicção da minha heterossexualidade, até que...

Eu: - Até que?!

Erik: - Até que eu esbarrei num certo carinha na rodoviária assim que eu cheguei de Umuarama.

Ele acabou de dizer isso, e me beijou. Foi o nosso primeiro beijo, um beijo puro, sem maldade, com muito afeto, iluminado pelas luzes de floripa que podiam ser vistas do alto da minha sacada.

Foi um beijo demorado, mas sem segundas intenções, naquele momento eu posso dizer a vocês que nós nos descobríamos um ao outro, descobríamos o quanto éramos importante um para o outro, ficamos assim até que ele interrompeu o beijo de forma bem suave:

Erik: - Não sei o que está acontecendo comigo Rafa, desde que eu te conheci eu não tenho mais certeza de nada. É como se as minhas convicções todas virassem poeira, desde aquele dia na rodoviária eu não consigo parar de pensar em você... não sei o que é isso.

Eu: - Nem sei o que te dizer Erik... só posso afirmar que também não consegui parar de você naquele dia, e quando eu cheguei na faculdade e te vi quase enfartei (ele começou a rir alto nesta hora)... o que foi? Do que você está rindo?

Erik: - Eu percebi o quanto você ficou nervoso kkkk... mas sabe o que é interessante? Parece que estamos falando de vários meses atrás e na verdade isso tem três dias...

Eu: - Verdade... é muito cedo pra gente definir o que sentimos um pelo outro.

Erik: - Rafa, me da um tempo pra eu entender o que esta acontecendo comigo? É uma mudança muito grande pra mim me entende?!

Eu: - Claro que entendo Erik, imagino o quanto deve ser difícil pra você...

Erik: - Difícil até que não é, to curtindo a descoberta... - Ele me puxou e me deu mais um longo beijo e depois continuou.

Erik: - Trouxe um filme pra gente ver...

Eu: - Erik amanhã cedo temos aula...

Erik: Por favor.... (ele abriu aquele sorriso que eu já disse pra vocês, toda vez que quer me convencer de algo ele faz isso... aff)

Eu: - Tá bom Erik... posso saber pelo menos que filme você trouxe?

Erik: - Um antigo que eu amo o nome é “Um amor para Recordar”.

Fomos ver ao filme, eu tenho até o hoje o filme comigo. Ao longo do filme rolaram outros beijos, e como depois que acabou tudo ele acabou dormindo lá em casa, na verdade pegamos no sono lá no sofá mesmo.

Acordamos era cinco da manhã, Erik saiu correndo porque tinha que passar na casa dele para depois ir para a aula, e eu acabei não dormindo de novo o que me fez chegar na aula super cedo. Quando cheguei na faculdade, a Flávia também descia do ônibus dela (sim quase todos usavam ônibus para ir a faculdade):

Flávia: - Pelo visto não fui só eu que tive insônia esta noite, deu formiga na cama essa noite Rafael?

Eu: - Primeiramente bom dia Flavinha (dei um beijo no rosto dela), e depois não eu formigas na minha cama, até porque eu nem dormi nela esta noite kkkkk

Flávia: - Jura?! Que babado é esse me conta...

Eu: - Tá curiosa demais kkkk

Flávia: Começou agora conta né viado. Já sei, criou juízo, ouviu meus conselhos e foi lá e catou o bofe.... ai eu sabia ...

Eu: - Não viaja, eu e o Erik apenas... (sou interrompido).

Garoto: - Rafael?

Eu me virei estava um garoto lindo na minha frente que eu não sabia de onde ele me conhecia. Ele era tão alto como oErik, só que os cabelos eram castanhos claros (os do Erik é bem preto) e os olhos esverdeados como os meus, um deus grego.

Flávia: - Viado preciso saber qual feitiço você fez para atrair tanto homem bonito, to passada – Ela me falou cochichando.

Eu: - Cala a boca Flávia (respondi cochichando)

Garoto: - Você que é o Rafael Velaskes?

Eu: - Sim sou eu, e você quem é?

Garoto: - Prazer sou o Carlos Henrique, mas pode me chamar de Júnior (ele me estende a mão sorrindo), vou fazer dupla contigo no trabalho de ontem.

Eu: - Ah claro, muito prazer! (apertei a mão dele meio sem jeito). Esta é a Flávia, estuda com a gente também.

Júnior: - oi Flávia tudo bem?

Flávia: - Tudo bem sim, eu vou deixar vocês sozinhos para falarem do trabalho de vocês. Rafa, eu vou guardar teu lugar e to louca pra ler o teu livro de simpatias.... fui.

Júnior: - Livro de simpatias?!

Eu: - Não liga é gozação da Flávia, mas então vamos falar do trabalho?

Júnior: - Claro, eu pensei que a gente poderia pesquisar sobre...

Ficamos por uns dez minutos falando sobre o trabalho, Júnior se mostrou ser um cara super aplicado e focado, o que para mim era ótimo já que ele era minha dupla na pesquisa. Estávamos terminando de combinar os detalhes quando ouço a vocês do Erik num tom muito sério:

Erik: - Atrapalho alguma coisa?

Eu: - Não, claro que não. Esse aqui é o Júnior, ele está fazendo a pesquisa junto comigo.

Júnior: - E aí cara tranqüilo? – Estendeu a mão para o Erik.

Erik: - Tudo certo – Apertou a mão do Júnior bem sério e se dirigiu a mim – você não vai entrar?

Eu: - Já vou só vou acabar de definir o trabalho aqui com o Júnior e já vou entrar.

Erik: - Estou te esperando, não demore.

Júnior: - Seu namorado parece ser bastante ciumento.

Eu: - O Erik não é meu namorado.

Júnior: - Que bom, fico feliz.

Eu: - Como é que é?!

Júnior: Nada não, pensei alto. Mas e aí gostou do que eu pensei para a pesquisa? (mudou rápido de assunto).

Eu: - Gostei sim, por mim ta valendo, é só a gente desenvolver agora.

Júnior: - Podemos ver amanhã a tarde então, já que não teremos aula.

Eu: - Combinado então, agora vamos entrar que a aula já esta para começar.

Me despedir do Júnior e quando cheguei na sala a Flávia ria de mim no canto dela e o Erik estava sentado na cadeira dele emburrado (Ele fica lindo bravinho, vocês nem imaginam), a entojada da Cínthia não tinha chegado ainda.

Eu: - Oi!

Erik: - (emburrado) Resolveu entrar? Legal...

Eu: - Para com isso, só estava falando da pesquisa.

Erik: - Não fui com a cara dele

Eu: - Deixa de ser implicante kkkk

Erik: - Tá bom...kkkkk (finalmente ele riu para mim).

A aula começou e naquela manhã a Cíntihia chegou atrasada, mas tinha pedido para a amiga dela guardar o lugar ela ao lado do Erik. Ela chegou e pra variar me ignorou e comprimentou apenas o Erik, para mim não fazia diferença, eu não queria a amizade dela mesmo. O sinal tocou e o Erik me chamou para ir até a cantina.

Eu: - Vai indo com a Flávia que eu vou ao banheiro e depois encontro vocês lá.

Erik: - Tudo bem, só não demora lá no banheiro dorminhoco... kkkk

Eu: - Pode eixar engraçadinho, já encontro vocês lá.

Fui tranquilamente ao banheiro, e quando eu voltei vi algo que não queria nunca ter visto: Cínthia estava beijando o Erik na frente de todo mundo lá na cantina, meu coração se partiu quando eu vi aquela cena.

Galera por hoje é só, perdão pelo fato de ser grande o capítulo de hoje, mas é que eu precisava chegar nesta parte do beijo da Cínthia, isso deu início ao desenrolar de tudo que aconteceu conosco. Vem muita confusão por aí, o Erik e eu passamos por vários desencontros...Aguardem os próximos capítulos.

Agradeço a todos: Monster, Rafa Azevedo, Valtersó, Iari12,m@rcinho, Gordo1979, Magus, FlaAngel,Irish e toda galera que leu e não comentou, peço que vocês comentem, e se tiverem alguma duvida me mandem e-mail faelvelaskes@gmail.com, eu responderei a todos.

Abraços galerinha...

Rafa Velaskes

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Comentários

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Carlos Henrique ainda vai ser o calcanhar de Aquiles de Erick.

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O tamanho do conto tá ótimo,esperando o desenrolar da história.

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Essa cintia

Essa menina pega pesado

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BOM, VC DEVERIA TER FALARO PRO ERIK SOBRE OS COMENTÁRIOS DA CINTHIA. COMO ELE VAI PODER SE LIVRAR DELA SE VC NÃO DISSE NADA. DEPOIS NÃO VÁ RECLAMAR E FICAR SENTINDO CIUMES. E LEMBRE-SE ELE TÁ SE DESCOBRINDO AGORA. É TUDO NOVO PRA ELE. NORMAL QUE ELE AS VEZES COMETA ALGUMAS BOBEBIRAS. MAS VC TEM QUE SER FIRME COM A CINTHIA, ELA NÃO PODE T ATRAPALHAR. QUER DIZER, VC NÃO PODE DEIXAR ELA FAZER ISSO.

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a nao RAFAAAAAAA, agora eu to curiosooo. continua logoooo!!!!!!!!!!!!

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Essa Cinthia não presta! Mulherzinha ordinária. E acho que o Junior vai dar trabalho também rs.

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ei Rafa eu n vou te desculpar n já que eu adoro contos longos ainda mais quando os contos são bons como o seu então pode deixar desse tamanho mesmo kkkkkkkkkkkkkk

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