IMPORTANTE:
01. Acredito que o conto tenha chegado em momento que se faz necessário relembrar o passado dos nossos protagonistas, e assim, tentar explicar um pouco a vida de cada um antes do início da relação.
02. O Conto esta com uma visibilidade legal, eu estou amando o retorno de vocês. Muita gratidão por isso. Então, resolvi escrever mais que duas vez por semana, fiquem espertos que coisas novas vão aparecer por esses dias. Vocês realmente me motivaram a escrever mais. Beijos nos pés de todos vocês, seus lindosCARLOS FERX
Nasci em uma tradicional família paranaense, que, acima da tudo, valorizava as suas conquistas e o seu poderio econômico. Portanto, sempre fui acostumado com tudo do bom e do melhor, dinheiro nunca foi problema lá em casa. Fui educado nos melhores colégios e frequentei os melhores lugares de Curitiba.
Quando me descobri gay, foi um choque para toda minha família, pois, para o meu pai, era inaceitável que o filho mais velho não fosse casar, ter filhos e assumir a posição de homem da casa/chefe da família. Fiquei um bom tempo passando por terapeutas por causa disso e fizemos um razoável período de tratamento familiar, para que todos, incluindo eu, pudessem me aceitar.
As coisas melhoraram quando decidi fazer faculdade em São Paulo, mudei pra lá e os problemas foram todos deixados para trás. Meus pais não precisavam mais lidar com o fato de ter um filho gay, e eu não precisaria mais aturar o diário julgamento de todos.
Quando mudei para São Paulo, tinha acabado de completar dezoito anos. Morava em um apartamento legal, perto da faculdade e de tudo que eu precisava. Conheci muitas pessoas legais e visitei lugares incríveis. Não demorou muito eu conheci Rodrigo, meu primeiro e único namorado.
Ficamos juntos por aproximadamente quatro anos, fazíamos milhões de planos e trocávamos diárias juras de amor, que, pelo menos para mim, eram reais. O sexo entre mim e Rodrigo era uma coisa normal, ambos versáteis, fazíamos um pouco de cada coisa, mas não tínhamos muita criatividade ou empolgação no sexo, era praticamente um papai-e-mamãe básico e só.
Eu e Rodrigo nos formamos juntos, mas tínhamos uma enorme diferença financeira e ideológica, que sempre causava um certo desconforto em Rodrigo. Assim que nos formamos, minha carreira começou a levantar um vôo rumo ao sucesso, claro que contei com a ajuda do meu pai, que me colocou em um dos escritórios que prestavam consultoria para sua empresa, mas depois que entrei, tive que dar muito duro para mostrar meu valor.
Infelizmente, Rodrigo não teve as mesmas oportunidades, e descontou sua frustração com a vida em mim e no nosso relacionamento, as coisas começaram a ficar cada vez piores. Ele se tornou agressivo e frio de uma hora para outro. Mas, a gota d’água do nosso relacionamento foi quando descobri que ele mantinha um caso “amoroso” com uma de minhas amigas, aquilo foi devastador.
Então, eu que sempre odiei decidir as coisas, fui obrigado a tomar uma decisão drástica, e terminar com tudo. Não podia atuar aquilo, meu pai sempre me ensinou a ser firme nas decisões, e não aceitar que as pessoas me fizessem de palhaço, afinal, eu era um Ferx, e os Ferx são sempre os melhores. Ouvir isso de um cara que se sujeita a ser escravo de um moleque chega a ser irônico né?
Enfim, fato é não havia condições de ficar morando na mesma cidade que Rodrigo, precisava sair de lá e ir para um lugar que pudesse, novamente, começar do zero. Foi quando decidi mudar para o interior, uma pequena e pacata cidade, cercada de empresas dos mais diversos ramos e próxima dos principais centros comerciais, onde poderia continuar com meu trabalho.
Em pouco tempo já era conhecido na cidade, e meu escritório ganhou nome e fama. Mas, embora o dinheiro não me fosse um problema, me faltava muita coisa, eu não tinha amigos, família por perto ou um misero rolo de final de semana. E isso me tornou uma pessoa extremamente amarga, cética e totalmente viciada no meu trabalho, agora o jogo havia virado, era eu quem descontava todas as minhas frustrações em meus funcionários e nos meus alunos, qualquer coisa que me desagradasse era suficiente para um sermão daqueles.
Tudo ficou ainda mais solitário quando pais se aposentaram e resolveram alugar a casa de Curitiba e mudar para alguma cidade do interior da Itália, e, desde então nunca mais tivemos contatos. Eu e meus irmão não éramos do tipo unidos, todos ocupados em seus cargos e carreiras, nos víamos, quando muito, duas vezes no ano. E ultimamente nem isso dava tempo. Eu foi obrigado a aceitar que estava completamente sozinho!
Lembro que, dia desses, dei um sermão daqueles na mulher que limpava o meu escritório, por que ela tinha derrubado uma pilha de documentos que estava na minha mesa. Muito constrangida e irritada, a única resposta dela foi: “Um dia o senhor vai encontrar alguém que vai acabar esse seu ego.” Simplesmente ignorei o que Dona Maria tinha dito. Não costumava ligar para as pessoas, eu era completamente indiferente.
Até que um dia, em meio a uma crise de carência e um copo ou outro de whisqui, resolvi instalar esses aplicativos de sexo, foi uma experiência bem proveitosa, acabei por conhecer caras bem legais, que chegaram até a me propor algo sério, mas eu não queria nada com ninguém, queria apenas trepar e boa, foda-se esse negócio de relacionamento, não estava disposto a amar ninguém, muito menos em ser amado. Acredito que seja isso que tenha me encantado no Caio
Quando comecei a conversar com Caio, logo percebi o seu jeito, e aquilo me instigou demais. Além de ser lindo, Caio tinha um modo de falar muito peculiar, sempre com poucas e precisas palavras, conseguia tirar de mim tudo que queria, e, muitas vezes, me fez rir das piadas mais idiotas. Eu senti que ele era diferente, e, pela primeira vez, em tanto tempo, estava disposto a dar uma chance para alguém.
Não que ele tivesse dado a entender que queria ter alguma coisa comigo, mas, sua inteligência e educação, misturadas com seu jeitão de moleque mandão, fizeram despertar em mim um sentimento que nunca havia experimentado. Eu simplesmente queria fazer qualquer coisa por ele, independente do que fosse.
Em algumas de nossas conversas, Caio me contou de sua experiências anteriores, dos caras que saia e do que gostava de fazer. Logo de cara me falou que adora ver caras mais velhos satisfazendo suas vontades, aquilo me levou ao delírio, e, só de pensar em ter alguém como ele, toquei várias punhetas imaginando coisas, que, na minha modesta imaginação, nem chegaram perto da minha realidade atual.
Outro fato que pode ter motivado meu interesse por Caio, foi saber que ele não estaria comigo por dinheiro, que ele realmente não precisava disso. Ele tinha dinheiro e uma vida muito confortável. E, por mais fútil que pareça, isso era muito importante para mim. Então resolvi aceitar seu convite para tomar uma cerveja, e o resto vocês já sabem.
--- CAIO DA SILVEIRA
Agora chegou minha vez de contar um pouco do meu passado... Eu nasci em São Paulo, meus pais são donos de uma grande rede de postos de gasolinas, espalhados por grande parte do estado de São Paulo. Nunca precisei me preocupar em estudar ou em arrumar um emprego, cursar Engenharia Civil foi uma escolha de meu pai, que já planejava expandir os negócios da família e abrir uma construtora.
Minha relação com meus pais e meus irmãos sempre foi muito boa. Tenho vários amigos e sou o filho perfeito, e, lá em casa, o fato de ser gay nunca foi um problema. Eu tenho orgulho de dizer que sempre fui um playboy de mão cheia, trocava fácil qualquer programa mais sério por um final de semana na rave, uma partida de futebol ou um churrasco com os meus amigos.
Meus pais sempre foram extremamente super protetores, e, me ensinaram que o mundo esta aí para ser conquistado, e, eu realmente acredito que todos estão aqui para servir minhas vontades, nunca tive dificuldade em dominar ou impor minha opinião, como diz meu velho, eu era um líder nato.
Quando mais novo, fazia meus primos mais novos de escravos. Com o tempo, passei a dominar os menininhos mais frágeis do colégio, e, já na adolescência, passei a brincar com os caras mais velhos, entre eles, meu professor de matemática, que passava horas alisando meus pés, e corrigindo minhas provas na base da chinelada, era sempre dez. E não fosse pra ver.
Não era difícil encontrar pessoas dispostas a fazer de tudo que eu quisesse, afinal, sempre fui muito bonito, tenho um estilo bacana e uma confiança sem tamanho. Qualquer pessoa que me olha já fica sabendo do seu lugar.
Mesmo não precisando que as pessoas pagassem as coisas pra mim, era incrível ver alguém, muitas vezes mais pobre que eu, sustentando meus luxos, essa é, sem dúvida, a melhor parte da dominação.
Lembro das vezes que dominei o filho da Rose – mulher que limpava minha casa. O moleque andava contando os trocados, mas sempre me levava um maço de cigarro, uma cerveja, um chinelo novo ou qualquer outra coisa que eu tivesse vontade. E como prêmio, eu enchia aquela bundona de porra e deixava ele se deliciar com meu pau.
Quando vi a foto do Carlos no perfil, já sabia que ele seria um forte candidato a ser meu escravo. Comecei a provocar, contando fatos do passado, como a vez que fiz meu professor ir dar aula descalço, ou das inúmeras vezes que fiz o filho da Rose engolir minha porra. Mas, já fui adiantando que eu não queria relacionamento, de fato eu não queria. Os caras para mim, tinham apenas uma função: escravo. E, como todo mundo sabe, escravo é coisa.
Ao longo das nossas primeiras conversas, Carlos já demonstrou uma submissão espontânea, uma coisa que, até aquele momento, nunca tinha presenciado. Ele queria falar comigo o tempo todo, me mandava foto de onde estava, do que estava fazendo, das coisas que estava lendo etc.
Então, aproveitando que eu estava em uma cidade nova, sem aqueles caras que me serviam, era hora de encontrar alguém para satisfazer minhas vontades, e Carlos estava praticamente implorando pra issoCONTO FICTÍCIO. PROIBIDA REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO. DICAS? SUGESTÕES? DEIXEM NOS COMENTÁRIOS. BEIJOS NOS PÉS DE TODOS VOCÊS.