PRECISAMOS DE AJUDA #1

Um conto erótico de Hyuuga5
Categoria: Homossexual
Contém 2476 palavras
Data: 18/10/2016 22:24:41

PRECISAMOS DE AJUDA #1

Olá, me chamo João, tenho 23 anos, tenho 1.76 de altura e peso 76 kg, não sou musculoso nem nada, mas procuro fazer exercícios sempre que posso para manter a boa forma. Nunca fui fã de academia e a minha vergonha também não deixa. Timidez é meu sobrenome.

Eu moro numa cidade chamada Floresta Bela (fictícia) no interior do Ceará. É uma cidade média com mais ou menos 250 mil habitantes, localizada no norte do Estado. É uma cidade bastante legal, tem shopping, cinema, grandes eventos esportivos, universidades, indústrias. É uma das principais cidades do estado. Terminei minha faculdade de História a pouco tempo, na verdade faz alguns meses, três pra ser mais exato. Estava a procura de emprego, porém, sabemos que está muito complicado de se arranjar nestes tempos de crise econômica/política.

Sempre fui apaixonado por história. Saber o que aconteceu no passado, pensar, refletir o que verdadeiramente aconteceu. Era minha paixão. Escolhi ser professor por que sempre achei que essa seria minha vocação maior: Repassar conhecimento.

Bom, eu morava em Floresta Bela há quatro anos desde que comecei a faculdade. Moro com meu companheiro Emanuel faz quase dois anos. O conheci na faculdade, ele fazia Direito e já terminou faz um ano. Já trabalha num escritório aqui da cidade. Sempre tivemos um ótimo relacionamento, brigas acontecem lógico, mas isso acontece frequentemente numa vida a dois.

E um fato aconteceu que mudaria toda nossa vida: a morte do meu tio-avô Jonas Torquato.

Meu tio Jonas sempre foi um velho muito sério. Mas eu sempre o considerei meu avô, pois meu avô de verdade tinha morrido há muito tempo e infelizmente nem cheguei a conhecê-lo. Tinha uma ótima relação com ele e ele sempre soube que eu gostava de homens, pois ele sempre foi meu confidente. Era incrível para alguém da idade dele (75, na época) não ter preconceitos. Era por isso que o amava muito. Ele sempre me apoiou em todas as decisões que tomei e inclusive sempre pagou o meu pequeno apartamento em que morava na cidade.

Meu tio Jonas andava muito doente e fazia algumas semanas que ele estava doente num hospital de Várzea da Cacimba, uma pequena cidade de 20 mil habitantes a quase 80 km de Floresta Bela onde eu morava. Já o visitara antes quando ele estava lúcido, mas infelizmente ele morreu.

Chorei bastante naquele dia. Tio Jonas era realmente um segundo pai pra mim. Quando Emanuel chegou em casa perguntou o que estava acontecendo, já que eu estava chorando bastante.

Emanuel: O que houve João? – perguntou aflito.

João: tio Jonas acabou de morrer. Minha mãe acabou de me contar.

Ele não falou mais nada apenas me abraçou. Eu dei muita sorte de encontrar alguém como Emanuel. Era um cara simpático, bonito.

*Características de Emanuel: cabelos castanhos claros, olhos verdes, um pouco fortinho, pois praticava academia, 1.76 de altura e 83 kg.

NO DIA SEGUINTE...

Era 9hrs da manhã não dormi nada. Tomamos um café da manhã rápido e fomos ao velório do meu tio. Emanuel pediu licença do trabalho. Ainda bem que deu certo, pois não estava com cabeça pra ir dirigindo até lá, sozinho ainda por cima.

Depois de uma hora de viagem chegamos à Várzea da Cacimba, cidade onde iria acontecer o velório do meu tio. Não iria ser na casa dele, pois onde morava era afastado da cidade, quase 10 km mais próximo da civilização. Ele gostava de morar só naquele lugar, já que minha vó tinha falecido a mais de 10 anos.

Chorei bastante, pois ele significava muito pra mim. Estavam todos na pequena igreja de Nossa Senhora da Conceição. Minha mãe chorava bastante, era seu tio e a quem nos ajudara bastante em tempos difíceis.

Tio Jonas era dono de um sítio no interior de Várzea da Cacimba, chamado Lagoa do Canto. Era uma área razoavelmente grande onde ele plantava milho, feijão, banana, manga e alguns outros produtos. Ele construiu sua casa no meio daquilo. Ele sempre teve mais condições que o restante da família, pois vendia bastante seus produtos para comerciantes da região. Por causa da distância decidimos fazer o velório na cidade mesmo para poupar tempo.

E assim ocorreu o sepultamento. Foi bastante difícil. Acho que nem posso descrever aquele momento. Era como se eu perdesse uma parte de mim. Ainda bem que Emanuel estava sempre ao meu lado me dando forças, me confortando.

Depois daquilo tudo, meus pais decidiram passar na casa do sitio de tio Jonas. Fomos todos pra lá. Meus tios também foram. Fizemos o trajeto de 10 km por dentro de uma estrada deserta, era incrível como não havia movimentação por ali. Dava uma sensação de isolamento, eu não gostava nada daquilo.

A casa do meu tio era bastante grande. Era dividida em dois andares (o térreo e o primeiro andar). Tinha uns quatro quartos no primeiro andar, uma cozinha muito grande, uma sala espaçosa com uma lareira ao centro. Banheiro em baixo e um no quarto onde ele dormia. Era tudo muito lindo, mas dava pra perceber que a casa estava meio suja. Devido ao tempo em que ela passou sem cuidados.

Minha mãe e suas primas foram fazer uma limpeza pela casa. Não direi que a casa era um paraíso, claro que não, era uma casa de quase um século de vida. Tudo que estava lá dentro parecia antiguidade, mas dava um charme fantástico, tipo uma casa de época da década de 1940, 1950, ou até mais antiga. Aquilo era verdadeiramente lindo, de uma maneira diferenciada, ainda mais pra mim: um historiador.

Eu comecei a andar pelo quintal da casa. Era cheio de plantas que meu tio cuidava. Tinha até mesmo orquídeas. Não sei como ele conseguia, pois essas plantas são cultivadas apenas em locais com clima ameno e a caatinga era tudo, mais não tinha clima ameno. Parecia um dom.

Continuava andando pelo extenso quintal, relembrando às vezes que tinha ido lá. A plantação de milho era muito grande. Dava pra ver numa extensão de quase 1 km adentro da propriedade. Olhava maravilhado para aquilo tudo. Tio Jonas era incrível, cuidava daquilo tudo, quase sempre sozinho. Claro que ele contratava alguns trabalhadores da região para ajudá-lo.

Estava parado em meio ao milharal, ainda olhando tudo ao redor, quando sinto uma presença estranha. Calafrios. Como se alguém estivesse me observando. Já era quase 5:40 da tarde. Olhei tudo ao redor e não consegui identificar ninguém. Estava um pouco afastado da casa. Passei alguns minutos mais ali e aquela sensação ainda continuava. Estava começando a ficar nervoso.

Decido voltar pra casa, quando de repente sinto alguma coisa passar na minha frente rapidamente. Tomei um susto. Fiquei paralisado depois daquilo. Não conseguia me mexer, nem um milímetro sequer. Tentei olhar na direção em que aquilo tinha corrido, mas não conseguia. Estava com muito medo. O que vi era uma sombra negra passando na minha frente rapidamente.

Depois de alguns segundos consegui finalmente olhar na direção em que aquela coisa foi. Não havia nada ali. Era intrigante, pois eu juro que havia passado algum animal, não sei. Pensei que fosse algum cachorro do meu tio, alguma galinha, gato, sei lá. O que eu queria era encontrar uma resposta plausível para aquilo tudo.

Nunca fui medroso, pelo contrário, sempre gostei de desafios, sempre curti o inesperado. Mas sei lá, aquele vulto estranho me deixou apreensivo.

Já estava prestes a anoitecer e continuava andando para voltar a casa. Andava a passos longos, pois já eram quase 6hrs da tarde. Quem mora no interior sabe que 6hrs da tarde não é um bom horário. É quando as almas do purgatório entram em contato com o nosso plano. Pelo menos, era isso que minha mãe sempre contava quando eu era criança. Quando estamos no interior sempre nos lembramos dessas historietas, pois nunca tinha pensado nisso quando estou na cidade.

Estava atônito. Parecia que quando mais andava mais a casa ficava longe. Era surreal. Então comecei a ouvir sussurros. Vozes distantes como se algumas pessoas tivessem falando ao mesmo tempo. Olhei tudo em volta, mas, mais uma vez, não conseguia ver ninguém. A única coisa que fiz foi rezar um “Credo”, creio em Deus Pai, como alguns chamam. E saí correndo passando pela plantação. Corri desesperado já, quando de repente bati em cheio em Emanuel que caí no chão.

Emanuel: Caramba amor, o que está acontecendo? Que cara é essa? Viu um fantasma? – falava rindo.

João: Nada não, é que estava andando por aí e perdi a hora. – falava meio assustado.

Emanuel: Ok João. Fala o que está acontecendo de verdade. – falava preocupado.

João: Nada não. Eu que me assustei com um cachorro e meti o pé na carreira. – falava rindo, mas por dentro eu não sabia o que acabara de acontecer.

Ele me ajudou a levantar e voltamos pra casa. Minha mãe já estava preocupada.

Mãe (Josefina): Joãozinho meu filho, onde você foi parar? – falava aliviada.

Emanuel: Não se preocupe sogrinha, ele estava no milharal andando. Daí se assustou com um cachorro e veio correndo de lá. – falava rindo.

João: Oxe, exagerado. Foi apenas um susto com um diaxo de um cachorro mãe.

Mas o que veio a seguir me deixou pasmo.

Tia (Amara): Cachorro? Mas meu pai não criava cachorro. Ele odiava cachorros, só tem um gato por aqui e nem o achei.

João: Então deve ter sido coisa da minha cabeça tia. Nem vi direito. – respondi tentando parecer confiante, mas a verdade era que aquilo tudo tinha me deixado com medo.

Nem precisava dizer que Emanuel estava rindo da minha cara. Odiava aquilo. Eu nunca fui de ficar com medo, mas cá entre nós, se um vulto negro passasse na sua frente e você se paralisasse de medo, e posteriormente ouvir vozes, você não ficaria com medo? Se não, parabéns.

Minha tia Amara e minha outra tia Jânia, que eram filhas do meu tio-avô Jonas e prima da minha mãe, terminaram de fazer a limpeza na casa e fizeram um jantar pra todos que estavam ali. Alimento não era problema já que a despensa estava lotada de feijão, arroz, macarrão, dentre outras coisas.

Bom, eu não disse quem estava ali né, então vamos lá: Além de mim, Emanuel, minha mãe Josefina, minhas tias Amara e Jânia, estava meu pai (Maciel), os maridos de minhas tias (Pedro e Lúcio Fontes, respectivamente), além de meu primo Ricardo, filho da tia Amara.

Elas fizeram um banquete quase: feijão, carne assada, macarronada, batata cozida e frita, carne de gado cozida e pra sobremesa pudim de leite. Sei que não havia clima para fazer um jantar em família, já que meu tio acabara de morrer na noite anterior, mas tentamos nos entreter um pouco. Reunir a família era complicado. Tia Amara e tio Pedro moravam numa cidade vizinha a quase 50 km de Várzea da Camcimba e tia Jânia e seu marido, o todo poderoso advogado Lúcio Fontes, moravam em Floresta Linda, mesma cidade que eu morava com Emanuel. Tio Lúcio e meu tio Jonas nunca se deram bem. Só se aturavam por que a tia Jânia sempre insistia bastante em uma amizade dos dois.

Resolvemos que passaríamos a noite por ali mesmo. Já eram 10hrs da noite e pegar aquela estrada escura e deserta era perigoso, não por haver assaltos ou algo do tipo, mas decidimos isso. Então já que estávamos todos ali, ficaríamos ali até o dia seguinte.

Mesmo assustado com o ocorrido de mais cedo dormi feito uma pedra. Joguei-me na cama e só acordei no dia seguinte. Acordei com os galos cantando. Era incrível sentir aquele ar de natureza, sons dos pássaros cantando, o som do vento batendo nas árvores. Era tudo muito lindo. Fiquei no segundo andar num quarto junto com Emanuel. Acordei cedinho e ainda vi o nascer do Sol. Foi lindo.

Mas aquilo que aconteceu ontem ainda me deixava intrigado. O que era aquele vulto? Aquelas vozes? Perguntava-me olhando para o milharal mais a frente, da janela do quarto. Quando Emanuel me abraça por trás me dando um susto do caralho.

Emanuel: Eita, o que foi? Não vai dizer que acordei tão feio assim. – falava rindo.

João: Nada amor. Só estava distraído. – falava olhando para o nada.

Emanuel: Ainda pensando naquilo? Para de pensar bobagens. Vamos, ainda dá tempo de fazermos uma rapidinha antes do café! – falava rindo.

João: Nem pensar. Tá louco de pensar que vou transar com meus tios todos aqui na casa, minha mãe e meu pai. Vai que o Gabriel (meu primo) entra aqui de uma hora pra outra!?

Emanuel: Oh cara chato. Tava só brincando.

Vestimos-nos e fomos para a sala. Todos já haviam acordado e estavam tomando café e comendo um bolo que minha tia tinha acabado de fazer. Estava ótimo o clima. Mas algo estava me incomodando: o Gabriel.

Gabriel era um garoto de 14 anos. Era um garoto sorridente, cabelos pretos, magrinho, sorriso fácil. Mas naquele momento ele parecia assustado. Percebi e perguntei:

João: Tá tudo bem Gabriel?

Gabriel: Está sim. – aquela resposta não me convenceu, mas também não quis insistir.

Depois que terminamos o café da manhã, nos despedimos, choramos um pouco antes de deixar tudo àquilo para trás, a casa, as lembranças. E seguimos nosso caminho, mas com a promessa de voltar ali para resolver o que faríamos com aquele sítio.

Eu e Emanuel ficamos por último e trancamos toda a casa. Ele me mandou dirigir por que ele estava sonolento, por acordar cedo demais. E eu aceitei. Fechamos o portão principal do Sítio e partimos por uma pequena estrada de chão batido até aquela estrada deserta e solitária.

Fiquei aliviado por ter saído dali. Dirigia calmamente quando de repente um vulto passa em frente do carro, de um lado da estrada pra outra. Pisei no freio na hora. Emanuel acordou assustado.

Emanuel: Porra, o que aconteceu João? – perguntou bravo.

Eu não conseguia falar nada, de novo. Estava de olhos vidrados do susto. Era o mesmo vulto que havia visto naquele milharal. O mesmo formato de um cachorro grande, preto ou algo semelhante.

Emanuel: João? João?

João: Hã? Não foi nada. Acho que um animal passou em frente do carro e como não queria peitar nele, acabei freando bruscamente. Desculpa amor. Não queria te assustar.

Emanuel: Não, sem problemas. Agora vamos, que preciso estar em casa antes de 12hrs pra ir ao trabalho!

Continuei dirigindo com certo medo até sairmos daquela estrada estranha e deserta. Graças a Deus saímos dali.

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Bom Galera, decidi começar um novo projeto. Não vou abandonar o conto “A Vida é Pra se Viver”, mas decidi por em prática uma ideia que estava tendo algum tempo. Uma história gay com conteúdo sobrenatural.

Espero que vocês gostem. Não vai haver muitos capítulos, vai ser um conto rápido, mas espero que vocês acompanhem. E comentem o que vocês acharam e tals.

Um Grande Abraço e durmam bem... <3

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Comentários

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Obrigado aqueles que gostaram. Um grande abraço ❤

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Vixe, Maria menino, que eu morro de medo de assombração!!! 🙏👏 já tô aqui me pelando, vou dormir rezando essa noite!!!! Continua logo!!!! 👏👏😓😓😓👀

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