Eu: - Nossa amor, que lindo! Sempre me surpreendendo, adorei a declaração de amor, amei as flores.
Erik: - Rafael, não fui eu que te mandei essas flores...
Eu: - Como não?
Erik: - Não fui eu e agora me diz quem te mandou essas flores Rafael?
Eu: - Eu não sei Erik... não sei...
Erik: - Que porra cara, será que a gente não vai ter paz?
Eu: - Erik calma, olha pra mim (ele me olhou). Independente de quem tenha sido, a gente precisa confiar um no outro... sempre
Erik: - Tudo bem, mas eu quero descobrir quem está por trás dessa palhaçada.. e se for o Júnior, eu juro que acabo com a raça dele.
Eu: - Fica calmo, amanhã eu vou procurar saber se foi ele... deixa que eu resolvo isso...
Naquela noite ele não dormiu lá em casa, talvez tenha sido melhor assim, ele estava muito nervoso e a gente poderia acabar brigando por nada. Não consegui dormir, fiquei rolando na cama tentando descobrir quem teria enviado as malditas flores: Júnior? Talvez ele tivesse feito pra afrontar o Erik ou tentar me conquistar. A Cínthia? Pode ser que sim, apesar de estar muito na dela, a megera é bem capaz de um golpe baixo desses só pra poder me desestabilizar. Mas também pode ser qualquer outra pessoa da faculdade tentando tirar uma onda com a minha cara.
O fato é que pensei a noite toda, mas não consegui achar fatos que pudessem incriminar uma pessoa em especial, qualquer um poderia ter mandado aquelas flores, mas aí me vinha outro questionamento na minha cabeça: Quem teria motivos pra me tentar me separar do Erik, e na minha cabeça só vinha uma pessoa: A Cínthia. Aquela lacraia estava aprontando alguma, meu faro dizia isso, só não tinha como provar.
Cheguei na faculdade e fui até a cantina tomar um café e comer alguma coisa antes da aula, a Flávia também estava tomando o café dela, me sentei com ela e contei toda a história pra ela, aquilo estava entalado na minha garganta, precisava desabafar urgente com alguém.
Flávia: - Rafa que loucura! Quem é que te enviaria flores anonimamente?
Eu: - Pensa comigo, quem é que quer me separar do Erik desde o inicio?
Flávia: - A cascavel... é claro, só pode ser ela.
Eu: - Só não tenho como provar, mas eu preciso descobrir o que ela está tramando.
Flávia: - Rafa, finja de morto, dá corda que logo-logo você vai conseguir dar o bote nela.
Erik vinha chegando também, e pela cara ele também não havia conseguido dormir direito.
Erik: - E aí amor bom dia. (me deu um selinho)
Eu: - Bom dia meu gato, tudo bem?
Erik: - Morto de raiva, louco pra descobrir quem é que está dando em cima de você
Eu: - Erik, esquece isso amor, logo a gente descobre.
Flávia: - Olha Erik, eu não tenho nada haver com o assunto, mas esquece isso cara. O importante é que vocês se amam e confiam um no outro, isso basta. Agora vou indo porque quero passar na biblioteca antes da aula, a gente se fala mais tarde meninos.. beijos..
Eu: - Beijos amiga... Amor, eu não acredito que tenha sido um admirador secreto que tenha me mandado aquelas flores, se fosse assim, você também receberia inúmeros presentes e declarações, porque você chama atenção dos meninos e das meninas daqui da faculdade.
Erik: - Onde vc quer chegar amor? Se não foi alguém afim de você, quem foi então?
Eu: - A Cínthia é claro.
Erik: - Ah Rafael, não viaja. A garota ta na dela, pra que ela faria isso?
Eu: - Erik, aquela lacraia é bem capaz disso, ela já tentou separar a gente antes.
Erik: - Esquece a garota Rafael, só te digo uma coisa, eu vou descobrir quem é o filho da puta que te mandou as flores e vou quebrar a cara dele ainda, e agora vamos pra aula que não quero me stressar...
Eu: - Não vai adiantar discutir com você, vamos pra aula que a gente ganha mais.
E assim fomos pra aula, minha cabeça estava a mil e a dele também. Não consegui prestar atenção na aula, só pensava em um jeito de descobrir se foi a Cínthia mesmo que estava por trás das flores, não tinha muito a se fazer, eu tinha que esperar o próximo passo dela, antes disso a única coisa que eu poderia fazer era conversar com o Júnior, pra ter certeza de que não foi ele, e foi o que eu fiz na hora do intervalo.
Eu: - Júnior...
Júnior: Falaí Rafa, o que manda?
Eu: - Júnior por acaso vocês me mandou flores ontem a noite?
Júnior: Como é que é?
Contei toda a história das flores pra ele, e pela reação dele eu já tinha certeza de que não tinha sido ele.
Júnior: - kkkk Rafael, eu jamais me prestaria a um papelão desses cara. Eu sou homem o suficiente pra dizer pra tu e pra quem quiser ouvir que sou afim de ti mesmo... não tenho por que ficar mandando bilhetinho anônimo não cara.
Eu: - Eu já imaginava que não tinha sido você , só precisava confirmar.
Júnior: - È gatinho, pelo visto eu tenho outro rival além do Erik... Tem mais alguém afim de ti.
Eu: - Valeu Júnior, vou tirar esta história a limpo.
Deixei o Júnior e fui me juntar com o Erik, a Flávia e o Lucas que estavam sentados no pátio da faculdade. O Erik já estava mais tranqüilo, acho que ele já estava esquecendo a história e eu resolvi não me mostrar tão tenso, mas meu coração estava apertado, eu estava sentindo que algo ruim estava pra acontecer.
A aula terminou, enfim eu fui pra casa e pude descansar, estava pregado precisava muito dormir, o Erik veio dormir aqui comigo. Não rolou nada de sexo, estávamos muito cansados, apenas dormimos abraçados, como é bom dormir abraçado com ele, e naquele momento em especial eu precisava disso. Fomos juntos pra aula no outro dia, já era quinta-feira e tudo estava voltando ao normal, assistimos a aula normalmente e na hora do almoço estava eu, Erik, a Flávia e o Lucas na mesa, tudo estava indo muito bem, mas assim que acabamos de almoçar chega um motoboy trazendo uma caixa com um laço dourado e um bilhete.
Motoboy: - Você que é o Rafael Velaskes?
Eu: - Sim, sou eu
Motoboy: - Mandaram pra você
Eu: - Mas quem mandou?
Motoboy: - Não sei eu só entrego, agora preciso ir porque tenho outras entregas.
O cartão dizia assim: “Pra adoçar a tua tarde... te amo”, era uma caixa de bombons, o Erik com raiva tomou o cartão da minha mãe e saiu bufando da mesa:
Erik: - Vou fazer aquele babaca engolir esse cartão
Obviamente ele falava do Júnior, eu fui atrás dele, afinal não poderia deixa-lo cometer essa injustiça, a Flávia e o Lucas vieram juntos e foi de grande ajuda a presença deles. O Júnior costumava passar a hora de almoço dele num canto mais afastado da faculdade que eu e o Erik já sabíamos onde era, Erik já foi se aproximando dele aos berros.
Erik: - Seu babaca, eu vou fazer engolir essa porra agora... vou te partir ao meio.
Antes disso eu entrei na frente dele:
Eu: - Calma Erik, não foi ele..
Erik:- Não defende ele não Rafael, senão a coisa vai complicar aqui..
Júnior: Qual é Zé Ruela? Tá achando que eu preciso de bilhetinho pra falar por Rafa que eu gosto dele? Não preciso de nada disso, sou homem pra dizer pra ele, pra tu e pra qualquer pessoa que sou afim dele sim, mas não mandei nada pra ele...
Erik: - Eu vou te arrebentar seu cara de pau...
Júnior: - Vem que eu não tenho medo de ti não palhaço. Eu disse que ia respeitar o namoro de vocês e to respeitando, agora se tu quer cair no braço vem que eu não vou fugir não.
Lucas segurava o Lucas e eu e a Flávia segurávamos o Erik.
Eu: -Erik, para com isso agora... será que não deu pra perceber que não foi ele? Ele não precisa disso...
Lucas: - Relaxa brother, o Júnior não ia fazer um papel de moleque desses não...
Os dois foram se acalmando e finalmente nós pudemos soltá-los, os gritos cessaram e só ouvia-se as respirações ofegantes dos dois:
Erik: - Tô de olho em você cara, se foi você que mandou essas merdas para o meu namorado eu te arrebento.
Júnior: - Não mandei porra nenhuma, e já te disse que não tenho medo de ti, quando quiser cair no braço pode vir.
Aquilo gerou um climão, a tensão pairou entre nós o resto do dia. Fomos pra casa e eu pedi pra ele ficar comigo mais aquela noite e ele ficou. Assistimos a um filme, rimos um pouco, nos beijamos bastante. Acabamos fazendo amor, precisávamos daquilo, me entreguei ao Erik com todas as forças da minha alma, precisava deixar claro pra ele que eu pertencia a ele, corpo, alma, coração e não eram os fatos que estavam acontecendo que iriam mudar o que eu sinto por ele. A noite foi mágica, parecia que o resto do mundo não existia, era só ele e eu.
Os dias passaram e sempre apareciam aquelas surpresas agradáveis, ora em casa, ora na faculdade. Aquilo já estávamos ficando chato, e agora foi a minha vez de tirar satisfação com alguém, sim eu fui falar com a Cíntia, ela estava no corredor da biblioteca e eu abordei ela de uma forma nada amistosa.
Eu: - Escuta aqui garota, o que você ganha infernizando a minha vida?
Cínthia: - Posso saber do que estou sendo acusada desta vez?
Eu: - Não se faça de sonsa, você sabe muito bem do que eu estou falando.
Cínthia: - Olha saber exatamente eu não sei, mas segundo os boatos que andam ai pela faculdade você anda recebendo umas declarações de amor de um suposto admirador secreto... Agora me fala guri, o que eu tenho haver com isso?
Eu: - É tudo o que eu gostaria de saber
Cínthia: - Eu acho que você está ficando paranóico, ao invés de me fazer acusações você deveria parar de dar trela pra qualquer um por aí.
Eu: - Se você acha que vai conseguir me afastar do Erik, ta muito enganada.
Cínthia: - Eu não preciso fazer nada pra te afastar dele, logo o Erik vai descobrir teus rolos e aí... o resto você sabe.
Eu: - eu ainda vou te desmascarar...
Cínthia: - Tenta Rafael... tenta.. agora sai da minha frente que eu tenho mais o que fazer...beijinhos.
Ela sempre foi assim, cara de pau, cínica, naquela hora eu estava tremendo de tanto ódio dela, minha vontade era dar uma surra naquela safada, fui ao banheiro, lavei meu rosto e andei um pouco pelos corredores para digerir minha raiva, acabei chegando atrasado na aula.
Erik: - Onde você estava?
Eu: - Fui falar com a Cínthia, tenho certeza de que foi ela a responsável por tudo que anda acontecendo.
Erik: - A Cínthia já entrou faz tempo na sala.
Eu: - Sim, eu fiquei com tanta raiva que eu precisei tomar um ar antes de entrar.
Erik: - Rafa, relaxa vamos esquecer isso. A gente vai superar isso amor.
Eu: - Obrigado pelo apoio amor...
Vocês não sabem o quanto foi bom ouvir isso dele, estava muito tenso e ter o apoio dele naquele momento. No final da aula o Erik chegou em mim me deu um beijo( a Cinthia estava perto e eu adorei isso) e me falou:
Erik: - Amor eu não vou te deixar em casa hoje porque preciso resolver umas questões do aluguel lá de casa e pagar algumas contas, paso lá na tua casa por volta das 8 da noite.
Eu: - Tá bom, eu vou estudar um pouco e te espero pra gente jantar.
Fui pra casa, tranquilamente eu tomei meu banho fiz um lanche e como estava com muita preguiça resolvi ficar bendo TV de bobeira, até que por volta de 7 da noite o interfone toca e o porteiro disse que era o Júnior, autorizei a subida dele. Quando eu abri a porta ele falou já entrando:
Júnior: - E aí Rafinha o que você tinha de tão urgente para falar comigo?
Eu: - Como assim? Eu não tenho nada pra falar contigo.
Júnior: - Ué eu recebi uma mensagem de um whats desconhecido dizendo que era você e que era para eu vir urgente aqui as 7 que você queria falar comigo.
Ele me mostrou a mensagem e realmente era um whats sem foto dizendo que era eu e que meu telefone tinha caído na água e por isso eu tava usando o whats de um conhecido, que precisava que ele fosse na minha casa porque eu precisava da ajuda dele para resolver o assunto dos presentes anônimos. Imediatamente eu matei a charada e vi que era uma armadilha, só pedi pra ele ir embora antes que o Erik chegasse, ele foi embora e uns 15 minutos depois o Erik entra em casa bufando.
Erik: - Posso saber o que o Júnior tava fazendo aqui Rafael. Eu estava na padaria e vi ele passando por aqui, ele só pode ter vindo aqui...
Eu: - Erik, calma... ele recebeu uma mensagem dizendo que eu queria falar com ele , como não era verdade eu despachei ele e ...
Erik: - Você ta mentindo pra mim
Eu: - O que?
Erik: - É ele o tal admirador secreto e você ta me escondendo isso..
Eu: - Não viaja cara, ta louco...
Erik: - Rafael ou você me conta o que realmente aconteceu ou a gente vai dar um tempo.
Por hoje é isso galera, agradeço a todos Marcos Costa, Irish, Iari12, Ru/Ruanito, VALTERSÓ, Monnter, Haliax, Dhiren, Rafa Azevedo, garafão, Gordo1979 e todos que estão acompanhando a história, agradeço os comentários e peço que continuem comentando, qualquer coisa mandem e-mail faelvelaskes@gmail.com.
Tem mais coisas acontecendo aí, está muito perto da parte em que a Cínthia vai começar a se dar mal.
Beijo a todos
Rafa Velaskes