Under your Skin

Um conto erótico de Escarlate
Categoria: Homossexual
Contém 755 palavras
Data: 22/10/2016 10:25:09
Última revisão: 22/10/2016 10:31:51

É intergalático ser apaixonada por alguém. É uma viagem. Eu nunca vou sair do banco da montanha russa, não enquanto for apaixonada por essa mulher.

Sou uma moça comum, cabelos e olhos castanhos, não tenho nada a destacar. A não ser que se trate dos meus sentidos, sentimentos, que,hoje, eu amo sentir.

E ela não facilita, porque é fantástica.

Começaremos com a reputação que não é das bonitas, a natureza permite uma mulher provar de tantas outras e pousar em uma,como um abrigo, o último vôo de uma borboleta. Eu fui, sou e sempre serei um abrigo seguro.

E ela? Ela foi conhecida por ser instável. E eu, é claro, me apaixonei justamente por ela.

Ela... Seu nome é Julia, tem 24 anos, olhos verdes, cabelos claros, e na pele branca as pintas mais bonitas da cidade. Seu cheiro é inebriante e ela tem o poder de me deixar corada só de me olhar por muitos segundos. É pedagoga, musicista e por isso conhece essa cidade quase toda.

Há 1 ano atrás você a poderia encontrar em qualquer bar ou casa noturna. Hoje está aposentada... está comigo. Como foi que isso aconteceu?

- Rafa, eu vou ver uma garota..

- Tudo bem, miga. Beijo.

Ela não conseguia evitar estar ansiosa, foram dias de papo e ela admitia que nunca uma garota havia lhe prendido tanta atenção. Estava nervosa, e isso chegava a ser estranho. Ela torceu silenciosamente para que ela parecesse ser no mínimo a menina bonita da foto, a garota dona daquela voz sexy.

Ela ajeitou o batom e o cabelo pelo retrovisor, ajeitou o decote da regata branca, deu uma batida na blusa xadrez preta que usava por cima da regata e passou mais perfume.

Mandou uma mensagem "Cheguei" .

Pronto, meu coração acelerou.

Fiquei parada na frente do espelho

"Eu fiz o melhor que pude"eu disse, ironica, ao olhar meu cabelo, roupa e maquiagem.

Desci as escadas daquela casa com uma sensação gostosa de expectativa.

Morava com amigos a quase seis meses naquele casarão enorme. Pra simplificar, vou dizer que era como uma república, fiz na loucura dos 17, não pensei muito, só aceitei quando Davi me propôs que eu devia sair da casa dos meus pais, na verdade da casa da minha mae. Vivíamos em pé de guerra.

Enfim... Júlia estava me esperando no carro.

Quando desci as escadas, vi que mesmo sendo quase 24h da noite, Davi e seu namorado, Caleb estavam acordados.

Droga, ia ter que contar. Caleb já sabia por cima, afinal Júlia era sua prima, mas meu problema era o Davi. 4 anos de amizade, que agora já estava estava se tornando um tormento.

Depois que vim pra essa casa ele se tornou obsessivamente meu pesadelo. Achava que era meu pai, eu já estava de saco cheio. Mas assumi o compromisso de morar 1 ano com eles e mais um amigo nosso, o Gui, numa casa luxuosa no centro da cidade, teria que ficar até o fim do ano, por causa da multa absurda do aluguel caso quisesse sair antes. Sempre fui sensata, e mesmo tendo feito aquela loucura, sabia que ia que ter que assumir minha burrada e ficar la até o fim do ano.

Caleb me viu descendo as escadas, e adiantado, já estava mandando a Júlia entrar. Meu batimento aumentou, e nervosa, peguei Kenai, o gato da casa, no colo para me acalmar.

Assim ela entrou na minha casa.. e na minha vida

De jeans, tenis, uma regata branca transparente por debaixo da camiseta xadrez. Ela era muito bonita, os cabelos lisos escondiam mechas azuis cristalinas.

Ela me viu na escada, com um gato preto na mao, e deu um sorriso irônico. Babei um pouco.

Ela estava morrendo de vergonha, dava pra ver sua pele branca inteira rosada, e seu jeito deslocado dentro daquele casarao. Nós abraçamos, e por segundos me desconectei dali. O aroma do perfume dela espiralava sobre mim.

Davi ficou surpreso e ficou me encarando por instantes intimidantes, na sua cara escrito " Como você não me contou?", Apenas desviei o olhar e pensei, " porque não é da sua conta".

Finalmente a tortura de apresentações passou,e logo eu e ela saiamos pelo portão em direção ao carro dela.

Quando sentei no banco do carro, me senti meio abobada. O cheiro dela estava todo lugar.

Ela sentiu do meu lado e disse

- Que vergonhaaaa! Meu primo sabe.

E olhou pra baixo.

- Relaxa - disse eu, mas no caso eu também tava nervosa. - Prazer, moça - Disse eu, abrindo meu sorriso de mil kilates.

Continua

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