Eu - Você pode ferrar com minha vida. O que você ganha fazendo isso?
Klauss - Já te falei. Só curto brincar.
Eu - mas isso não é brincadeira merda. É minha vida.
Klauss - Cada um com seus problemas.
Eu - me diz o que você quer pra não fazer isso. Pode pedir qualquer coisa. ( eu continuava agarrado ao braço do cara).
Klauss - qualquer coisa? ( ele me olhou com um sorriso estranho).
Eu - qualquer coisa cara. Eu só não quero perder esse emprego.
Klauss pensou um pouco.
Klauss - já sei o que eu vou querer.
Eu - o que?
O homem sorriu maliciosamente.
Eu - fala cara, me diz o que tu quer pra não falar nada com o Matthew. (eu dizia aflito).
Klauss - por enquanto ficamos dessa forma. Mas no momento certo eu irei cobrar.
Eu - não, espera aí. Como assim no momento certo você irá cobrar? Qual é a tua meu irmão?
Klauss - já falei. No momento certo você vai saber. Agora me faz um favor: Fica bem longe da minha família, e principalmente do meu pai.
O cara me olhou de uma forma que me fez, pela primeira vez, teme-lo.
Assim que ele entrou na residencia, eu fiquei pensando em inúmeras possibilidades para que ele nutrisse tanto ódio por mim, e cheguei a uma conclusão. Ele era um otário mimado que não era acostumado a ser contrariado. Só poderia ser isso.
- Felipe? ( Matthew apareceu na sacada, cortando meus pensamentos).
Eu - Oi Matthew? (perguntei assustado).
Matthew - te assustei? (disse esboçando um sorriso).
Eu - Não. É que eu tava um pouco distraído.
O cara sorriu.
Matthew - quer jantar agora?
Eu - quero. Quero sim.
Matthew - então vamos lá.
O homem foi ate a cozinha, e eu o acompanhei. Lá chegando, Klauss já estava acomodado comendo alguma coisa. Eu o olhei e ele soltou um sorrido de canto de boca.
Fiz meu prato e quando fui sentar, o homem bateu com a mão na cadeira que estava a seu lado. Entendi que ele estava insinuando que eu sentasse ali.
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Depois de um bom tempo comendo em silencio, Matthew resolveu quebrar o gelo.
- E aí Felipe, ta gostando do meu tempero?
Eu - to sim. Ta tudo muito bom.
Matthew - tu ta calado. Achei que não tivesse gostado.
Eu - gostei sim, é que eu tava entretido com a comida.
Klauss - deixa o moleque quieto irmão. Ta vendo que ele ta pensativo.
Olhei para o Klauss, e ainda não conseguia entender qual era a dele.
Eu - da licença Matthew, eu já terminei. (falei levantando da mesa).
Matthew - já? Tu não comeu quase nada.
Eu - to sem fome.
Matthew - sei. Quer sobremesa?
Eu - Não! Valeu.
Matthew - Tem certeza? Tem sorvete, tem pudim...
Eu - Tenho certeza. (falei o interrompendo).
Matthew - tudo bem.
Eu - vou te esperar la na sala.
Matthew - beleza. Eu já te acompanho.
Eu - certo!
Klaus me olhava com cara de desconfiança.
Eu tentava imaginar o que aquele cara estava articulando.
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Matthew - e aí? (disse Matthew sentando no sofá a meu lado).
Eu - li e reli isso aqui e não entendi quase nada. (falei com o documento em mãos).
Matthew sorriu.
- Vamos ler juntos e eu vou te explicar direitinho. Como ja havia te adiantado, uma cliente abriu um processo contra a empresa.
Eu - certo. (falei prestando atenção).
Matthew - e agora nós temos um pequeno curto de tempo para montar a defesa da empresa.
Eu - entendi, mas infelizmente eu não vou poder ajudar, já que não entendo nada da área do direito.
Matthew riu novamente.
Matthew - e quem disse que você não vai poder me ajudar?
Fiz uma feição de desorientado.
Matthew - Nós vamos revezando no computador. Quando um cansar, o outro continua digitando. Beleza?
Eu - tranquilo.
Nesse momento, Klauss chegou na sala e já foi logo preparando mais um drink.
Matthew - vai continuar bebendo irmão?
Klauss - Vai ficar me monitorando maninho? (disse ele dando dois goles na bebida).
Matthew - estou falando serio. Você já bebeu demais.
Klauss - depende do ponto de vista.
Matthew - o meu ponto de vista diz que já é hora de parar.
Klauss - e o meu diz que estou apenas começando.
O homem sentou e por um momento os dois irmãos ficaram se encarando.
Eu - Matthew?
Matthew - o que foi? (disse ele ainda olhando serio para o irmão).
Eu - o sr não acha melhor a gente fazer isso amanha? ( referia-me ao processo).
Matthew - o que? (ele me olhou confuso). Não da tempo. Amanhã temos que entregar o processo impresso ao meu pai.
Matthew levantou e foi ate o irmão.
- Klauss? (disse ele tocando no ombro do irmão).
Klauss - fala irmãozinho! (disse o homem bastante alterado).
Matthew - ouve o que eu vou te falar.
Klauss - to ouvindo. (disse ele fingindo dar atenção ao irmão).
Matthew - eu preciso trabalhar.
Klauss - eu sei.
Matthew - e você ta me atrapalhando.
Klauss - eu atrapalhando? (disse ele fazendo cara de vitima),
Matthew - exato. Você ta causando um grande mau estar em mim e no Felipe, meu assistente.
O homem me olhou e agiu como se estivesse sendo injustiçado.
Klauss - essa não era a minha intenção. Juro. (disse ele beijando os dedos). Eu só queria me divertir. Queria apenas que tivéssemos uma noite agradável.
Matthew - eu sei disso, mas como você pode perceber, hoje não é um momento propicio.
Klauss - eu percebi, e não vou atrapalhar vocês. Eu juro.
Matthew - eu te conheço Klauss, e sei que você não vai se controlar.
Klauss - já parei de beber. (disse ele largando o copo em cima da mesa de centro).
Matthew riu.
Klauss - vou tomar um banho e já fico novinho.
Matthew - Klauss, não insista meu irmão. Eu chamo um táxi e logo você estará na casa do nosso pai.
Klauss me olhou e eu não conseguia entender nada.
Klauss - Felipe seu nome né!?
Eu apenas confirmei com a cabeça.
Klauss - você acha que eu to atrapalhando em alguma coisa?
Tentei dizer sim, mas eu estava entendo a jogada dele.
Eu - Não. (falei tímido).
Matthew - tem certeza Felipe?
Eu - tenho. (respondi sem muita convicção).
Klauss - Olha aí mano. Só você está incomodado com minha presença. (disse o cara esboçando um sorriso).
Matthew - certo, Você fica. Mas se causar qualquer desconforto eu te coloco no primeiro táxi direto pra casa.
Klauss - não vai ser necessário chefia. (disse ele batendo continência).
Matthew apenas sorriu.
Klauss foi ao banheiro, enquanto Matthew e eu dávamos uma acelerada no processo.
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Matthew - o sono bateu? (perguntou Matthew apos horas de trabalho).
Eu - Os olhos tão coçando.
Matthew - vai lá descansar.
Eu - não, não. Da pra continuar.
Matthew - aqui já ta tudo bem encaminhado. Vou só finalizar.
Eu - a é? Então vou pra minha casa.
Matthew - a essa hora? (ele olhou no pulso).
Eu - sim, ainda da tempo de dormir um pouco antes do amanhecer.
Matthew - dorme aqui. Pela manhã eu o levo em casa.
Eu - ta de boa sr Matthew, eu vou logo agora.
Matthew - tem certeza que não prefere dormir aqui?
Eu - tenho sim. Eu fico mais confortável em casa.
Matthew - confortável? Me desculpe, mas como você pode sentir-se confortável em um local que não tem nem aonde deitar...
Eu - o senhor tem razão, só que o meu amigo ta sozinho lá.
Matthew - eu entendo, e eu queria mesmo falar com você sobre isso.
Eu - sobre meu amigo?
Matthew sorriu.
- Não! Sobre seu amigo não. Sobre a situação de como vocês moram.
Eu - é aquele negocio que falei para o senhor. A gente mudou para aquele ''apê'' há pouco tempo e ainda tamos nos adaptando.
Matthew - entendo.
Eu - O Otávio já comprou um colchão, e com o tempo vamos comprando o restante dos moveis.
Matthew - interessante. Acho que posso ajudar vocês.
Eu - sério? Como o sr pode nos ajudar?
Matthew - se você concordar eu posso comprar o que vocês precisam e vamos descontando do teu salário.
Eu - isso seria bacana, mas quem garante que eu vou da certo na empresa?
Matthew - já ta desistindo? (disse ele sorrindo).
Eu - Não é isso. (foi minha vez de sorrir). É que ninguém sabe o dia de amanhã né!? Vai que eu faço algo e o sr não gosta?
Matthew - e o que você faria que eu não iria gostar?
Eu - ah! Não sei. Se eu errar alguma coisa ou fizer alguma besteira.
Matthew - relaxa, Felipe! Só tem duas coisas que eu não perdoo.
Eu - o que?
Matthew - que me enganem ou tentem me fazer de idiota.
Eu engoli a seco.
Matthew - e aí vai aceitar minha ajuda ou ta com medo de cometer uma dessas duas faltas graves?
Eu - vou aceitar. (falei com um sorriso amarelo no rosto).
Matthew - então vamos ver isso pra semana. Beleza?
Eu - beleza.
Matthew - e hoje você dorme por aqui.
Eu - mas eu não vou atrapalhar?
Matthew - claro que não. Tu pode dormir no quarto de hospedes.
Eu - e o senhor?
Matthew - eu não tenho horas pra ir dormir. Vou terminar, primeiro, esse processo.
Eu - então eu fico pra ajudar.
Matthew - só se você tiver disposto.
Eu - eu to uai.
Matthew - to vendo. Ta com os olhos pregando aí. (disse rindo).
Eu - vou lavar o rosto e volto.
Matthew - Felipe? (disse ele vendo eu levantar).
Eu - senhor?
Matthew - faz um favor pra nós.
Eu - diga lá.
Matthew - passa um ''cafézinho'' pra matar esse sono.
Eu - na hora. Fraco ou forte?
Matthew - forte e sem muito açúcar.
Eu - beleza.
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Após passar uma água no rosto, fui ate a cozinha fazer o café que o meu chefe havia solicitado.
Era estranho estar ali. Ha um tempo atras, eu só via aqueles '' apês'' bonitos daquele jeito pela ''tv''. Agora eu estava ali, trabalhando para um executivo e vivendo um pouco do que os ricos viviam.
- Ta preparando o que aí pra gente?
Olhei pra trás e vi Klauss escorado na mesa.
Fingi que não havia ouvido.
Klauss - fiz uma pergunta.
Eu - eu não ouvi.
Klauss - quer ser o engraçadinho né!?
Eu - você quem ta falando.
O cara segurou, com força, em meu braço.
Eu - me solta porra. To fazendo tudo que você mandou. O que mais você quer?
Klauss - você não ta sendo um bom menino. Ta sendo rebelde, e eu não gosto disso. Você tem que me agradar, ou então teu segredinho vai voar na direção do Matthew.
Eu - To sem tempo pra ficar te agradando cara. Vai chupar um canavial de rola. (falei com ira nos olhos).
Klauss - tu acha que eu sou da tua laia ô viadinho!? Ta pensando que é quem pra falar assim comigo?
O homem, igualmente, furioso me segurou, dessa vez, pelos dois braços e acertou minhas costas contra o balcão, fazendo a cafeteira virar sobre meu corpo.
O grito foi involuntário.
Matthew- O que foi isso Felipe?
Apresadamente, Matthew chegou ate a cozinha.
Eu não conseguia responder nada, apenas trincava os dentes para não da um grito mais alto,
Matthew veio a meu encontro e tocou em meu corpo molhado pelo café.
O cara começou a tirar minha camiseta e me conduziu ate o banheiro.
Klauss nos acompanhou.
Matthew me colocou debaixo do chuveiro e deixou as águas rolarem pelo meu corpo.
- Me diz o que aconteceu lá na cozinha, Klauss. ( o cara refez a pergunta).
Klauss - e como eu vou saber? (disse Klauss parado na porta do banheiro).
Matthew - você tava lá. Você ta bebido. Pode muito bem ter provocado tudo isso.
Klauss - da um tempo né irmão!? Agora sempre a culpa é do bêbado?
Matthew - muda de assunto não Klauss. Isso foi culpa tua ou não foi?
Klauss - foda-se. Se você quer acreditar nisso, do que adianta eu dizer que não tenho culpa em nada disso?
Enquanto os dois trocavam ideias, eu ia congelando de baixo do chuveiro.
Matthew - e aí Felipe? Deu uma aliviada? (disse ele parado em minha frente).
Eu - melhorou!
Matthew - Ótimo. Agora me diz o que foi que aconteceu naquela cozinha? Como foi que caiu café quente em cima de você?
Klauss me olhou e eu olhei para o Matthew.
Matthew - então Felipe. O que me conta?
Eu - a cafeteira derrapou do balcão e caiu por cima de mim.
Matthew - foi isso mesmo?
Eu confirmei com a cabeça.
Matthew me estendeu uma toalha e em seguida me ajudou a ficar em pé.
Matthew - me espera na cama. Vou aqui do lado ver se a vizinha tem algo pra passar nessa queimadura.
Eu - beleza.
Após Matthew sair do apartamento, eu me sequei e coloquei minha bermuda, ficando sem camiseta.
Klauss - como é que ta as costas? (disse ele entrando no quarto).
eu - Teu irmão saiu velho. Precisa ficar encenando mais não.
Klauss - eu não to fazendo cena. To sendo sincero, quero saber como você ta.
eu - sabe cara, você disse que iria querer minha cabeça em uma bandeja, mas eu não sabia que tu falava tão serio. Isso é estranho pô, porque nós só tivemos aquele mal entendido e nada mais.
Klauss tentou falar algo, mas eu o impedi.
Eu - eu to fora dessa tua jogada cara. Preciso trabalhar, mas eu não vou ficar me humilhando dessa forma não.
Klauss - ...
Mais uma vez, Klauss tentou falar algo, mas dessa vez foi Matthew quem o interrompeu.
Matthew - olha só. A vizinha disse que isso aqui é bom. Vamos tentar né!? (disse ele entrando no quarto com uma pomada nas mãos).
Eu - será que isso não vai fazer cair meu couro?
Matthew - teu couro vai de qualquer jeito. (disse ele começando a rir).
Klaus - deixa eu ver mano. (disse Klauss pegando a pomada das mãos do irmão).
- essa é das boas! (disse ele lendo a bula).
Matthew - e o que você entende de pomadas, Klauss?
Klauss - lembra de uma vez que você me queimou comendo '' fondue ''?
Matthew - você mereceu. (disse Matthew sorrindo para o irmão). O que tem a ver a queimadura do ''fondue''?
Klauss - a mamãe me passou essa pomada, e a queimadura cicatrizou bem rápido.
Matthew - se a mamãe usa delas é porque é boa mesmo.
Klauss - pode apostar. (disse aproximando-se de mim e abrindo a pomada). Deita de bruços.
eu - há? (falei confuso).
Klauss - vou passar a pomada em você. Deita aí na cama.
eu - não precisa. (falei firme).
Matthew - você precisa de ajuda Felipe. Não tem como passar pomada nas costas sem a ajuda de alguém.
Os dois me olhavam e eu não via outro meio de passar aquilo nas minhas costas.
Deitei na posição que Klauss havia solicitado. Percebi que o cara também subia na cama e estava em uma posição em cima de mim. De repente uma massa gosmenta caiu sobre minhas costas, e as mãos, macias, daquele cara começaram a passear pelo meu corpo. O movimento que ele fazia foi subindo ate meu ombro.
eu - acho que já cara. (falei tentando evitar aquele desconforto que eu me encontrava).
Klauss - ainda não. Tem que espalhar bastante. (disse ele derrubando mais pomada sobre mim).
Aquele cara tava aprontando alguma, mas eu não conseguia decifrar, naquele momento.
Klauss - pronto. (disse ele saindo de cima de mim). Agora você dorme um pouco e fica sem camisa pra não correr o risco de grudar.
Eu apenas confirmei com a cabeça.
eu - que horas são?
Klauss - passa das 3. (disse ele calmo).
eu - tu pode chamar o Matthew pra mim?
Klauss - o que você quer com o Matthew?
eu - quero conversar com ele, mas não esquenta que eu não vou te detonar pro teu ''maninho''.
Klauss - dorme um pouco. Depois você fala com ele.
balancei a cabeça negando.
eu - queria falar com ele agora.
O cara respirou fundo.
Klauss - ok! Vou chamar o cara pra você. Mais alguma solicitação? (disse ele, mais uma vez, sendo irônico).
eu - não.
O cara saiu do quarto e em pouco tempo, o mesmo retornou com o meu futuro ex chefe.
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Matthew - quer falar comigo Felipe?
eu - quero sim sr Matthew. (disse ficando sentado na cama).
Klauss ficou ao lado do irmão.
eu - queria um particular com o senhor.
Matthew - entendeu né irmão? É particular.
Klauss me olhou com cara de poucos amigos.
Klauss - eu vou tomar um drink na sala.
Matthew olhou com uma cara repreendendo o irmão.
Klauss saiu e Matthew sentou a meu lado.
Matthew - o que ta pegando? (ele foi logo perguntando).
Matthew era um cara direto. Aparentemente era um cara justo também, eu iria me abrir com ele e confirmar se minha impressão a seu respeito estava certa ou não.
eu - Matthew, por que mesmo o sr me contratou?
Matthew - não entendi Felipe.
eu - eu sou um moleque sem experiencia e sem recomendação. Por que o sr me contratou mesmo sabendo disso tudo?
Matthew - você me pareceu ser um cara esforçado, e eu gosto disso. Não ligo pra sua falta de experiencia ou pra recomendações.
eu - foi o que eu imaginei.
Matthew - mas por que você ta perguntando isso?
eu - eu preciso falar uma coisa para o senhor.
Matthew - então fala. Sou todo ouvidos.
O homem me olhava dentro dos olhos, me deixando ainda mais nervoso.
eu - é algo que eu sempre procurei esconder.
Matthew - conseguiu me deixar curioso Felipe. Você acha que eu devo mesmo saber?
eu - se eu não falar, outra pessoa vai falar pro senhor.
Matthew - então eu prefiro saber por você.
eu - o senhor disse que eu sou seu assistente? é isso mesmo?
Matthew - claro. Você é meu braço direito na empresa e fora dela.
eu - e não pega mal pra um executivo como o senhor ser assessorado por um homem?
Matthew - de maneira nenhuma. Hoje em dia é ate muito normal.
eu - e por um gay?
Matthew - aonde você quer chegar?
Continua...
♫♫♫♫
Eu sou do tipo de pessoa que ama rápido demais
O meu jeito todo estranho não combina com os normais
E eu olho pro relógio e espero o tempo passar
Sempre penso que é você quando toca o celular
Se recebo um bom dia, soa como “eu te amo”
Bagunçou a minha vida, mudou todos os meus planos
Eu dependo desse amor que até hoje não me deu
E eu fico na saudade de alguém que não é meu
E nessa incerteza
Deu uma vontade louca de virar a mesa
No bar eu amanheço e perco a cabeça
Não sei se seus abraços são meus
Eu só quero saber como é que eu vou embora
O que é que eu vou fazer
Garçom, enche o meu copo que hoje eu vou beber
Eu só saio daqui quando ela me atender.
♫♫♫♫
