Boa tarde queridos leitores, estou de volta com mais um capítulo para vocês...enfim sobrevivi as provas da faculdade, pós-graduação não é fácil, mas tudo que a gente faz com vontade e esforço os bons frutos são colhidos não é mesmo? Mas devo pedir desculpas a vocês pois como eu tinha avisado, esse capítulo era para ter sido postado no último sábado à tarde, mas por causa da chuva aqui em BH o serviço de internet foi interrompido e só voltou ao normal hoje, peço que me desculpem. Esse capítulo não tem reviravoltas, surpresas e tal...acredito que até vai ser um dos mais monótonos que já fiz, mas ele é necessário para dar continuação ao conto,ele mostra um lado mais sentimental do Marcos como “pessoa” e o Geovane como paizão, fiz esse capítulo pra mostrar um lado mais sério, um diálogo mais adulto entre os dois, acredito que até consegui dar uma evoluída nos personagens, principalmente no Geovane, acho importante abordar esse lado pois a partir de agora o conto toma um rumo interessante e a possível reconciliação de Marcos e Fernando...
Pessoal por curiosidade segue link onde é possível ter noção de como seria os personagem.
http://buffandbloated.tumblr.com/post//porn-star-picks-brad-kalvo - seria semelhante ao tio Geovane.
Resposta aos comentários.
FlaAngel: querida como está você, alias obrigado pelo voto de boas provas, realmente foi cansativo mas valeu a pena.Que bom que você gostou do último capítulo, esse é bem menos intenso mas essencial pra continuação do conto.Me arrisco a dizer que os três machos com os quais você simpatiza são o Marcos, o Luiz e o Mario.Boa leitura
Yaf: E ai sumido, senti falta dos teus comentários nos dois últimos capítulos.Que bom que você curtiu sua experiência como podólatra, espero que tenha sido muito prazeroso pra você, cada doido com seu fetiche não é mesmo?Cara um conselho, não prejudique seu relacionamento por causa de uma transe com um daddy rsrsrs, a não ser que seu namorado tope ai sim, mas enfim, acho que você vai gostar desse capítulo.E como assim não gosta mais do Luiz?A ocasião faz o ladrão Yaf, as vezes o amor é complicado, se eu quiser faço você cair de amores por ele de novo mas tudo tem sua hora, vem cá ve se não some mais não e boa leitura.Acredito que você vai adorar os link de personagem que anexei ao conto.
Atheno:Como vai cara, tudo bem?Sim cada um tem um fetiche, eu sei que é tosco, alias tem piores mas fazer o que, temos que respeitar não é mesmo?boa leitura cara.
Rose Vital:Tudo bem contigo?Espero que sim, a amizade dos meninos é verdadeira e muito forte pra deixar algo como sexo estraga-la, Fernando se entregou ao melhor amigo, assim como Felipe se entregou, foi amor de irmãos, sem preconceito, sem nojo, um procurou satisfazer o outro.Eu quis abordar esse tema justamente pelo fato que é algo que acontece com frequência, o que não é feito em nome da amizade não é?Hoje amizades verdadeiras como essa são difíceis de encontrar, que bom que você gostou, esse capítulo está mais light.Boa leitura.
Alexcurtepeludo: Boa tarde cara, somos dois, também adoro um peludo, bear então me apaixono rsrsrs, vou parar por aqui senão meu companheiro briga rsrsrs. Cara não sei nem como me expressar após as palavras que você escreveu. Alias sua escrita é impecável, espero chegar há esse grau de perfeição.Estou muito feliz de ter um leitor como você, eu realmente escrevo histórias pra todo mundo ler, não me prendo a um tema específico, procuro passar por vários caminhos do que seguir um só, estou escrevendo um conto que cresceu mais do que eu imaginava, e fico feliz de ter leitores exigentes e inteligentes lendo ele.Cara sou Descendentes de italianos do norte, de alemães e afro – descendentes mas o que predominou em mim foi o gene italiano.Cara de uma olhada no link que anexei, acho que você vai curtir, muito obrigado pelo seu comentário, estou muito feliz...Boa leitura.
Lugrey: Obrigado, continue acompanhando, creio que gostar desse capítulo.
Talles de Lima: Olha você aqui, um dos meus leitores mais exigentes.Você como alguns leitores captaram o real sentido desse capítulo., a amizade de ambos, não atrapalhou a transe deles e nem foi predicada.Fernando é muito interessante, você ainda vai se surpreender em como ele pode mudar.Meu querido continue acompanhando o conto.Boa leitura.
AbelhaleitorA:Que bom que você gostou do capítulo cara.Tentei dar um toque de inocência e erotismo ao capítulo e acho que consegui.Em relação a demora nas postagens acredito que a partir de agora fica mais fácil, pois a época de viagens a trabalho e provas está acabando.
Nayarah: Tudo bem, foi perfeito né...Eu nunca tive essa chance, meu amigos eram todos héteros ou passivos rsrs...mas tenho um grande amigo que perdeu como o melhor amigo dele e os dois estão juntos mais ou menos há 10 anos já.O engraçado é que o cara se considerava hétero.
VALTERSÓ: Tudo bem contigo?Que bom que você gostou, acredito que esse capítulo vai te agradar muito.
Plutão:Você terá outra surpresa com esse capítulo atualizado.Foi uma grande prova de amizade mesmo, claro que houve a curiosidade do Felipe mas ele se entregou por completo também.Sim a amizade não muda não, ela se fortalece.
Catita:Foi mesmo não é?Então...foi algo que marcou os dois, uma bela prova de amizade bem do jeito de Felipe, ele abriu mão de qualquer tipo de preconceito pra ajudar um amigo.Sim eles se amam muito, mas amor fraterno.Obrigado pelo elogio, continue acompanhando...Boa leitura.
Isaac.I.: Cara confesso que também me deu tesão, mas confesso que também não teria coragem de transar com meu melhor amigo, nós também somos como irmãos, caso do Nando e do Lipe foi algo que é muito comum acontecer, sim o Lipe é um gostosinho, ainda mais sendo caipira, é ingenuo e de bom coração, e Nando gosta de sexo mas ainda se trava por causa do seu porte físico.Mudando de assunto cara, você é do sul?
CintiaC: Boa tarde Cintia, como você está?Agradeço seu elogio ao conto, gosto das suas palavras doces e sinceras, é muito difícil isso hoje em dia.Um abraço e aproveite a leitura e desculpe pelo atraso...
Magus: Gostou não foi?Eu imaginei que você iria gostar cara.O Lipe deu a maior prova de amizade sim, foi uma transa sem culpa, sem nojo, sem preconceito.obrigado por compreender minha demora cara, aproveite o capítulo de hoje, ele começa a mudar o sentido do conto.
Pessoal segue abaixo alguns links de como seriam os personagens do conto.Por enquanto só tem do tio Geovane e do Marcos.
Ação e Reação – Marcos tem coração!... – 2° temporada
Marcos narrando...
- Droga! – Exclamei ao acordar com uma dor de cabeça horrível, massageei minha têmpora para ver se aliviava a dor, mas foi em vão, parecia que um boeing 747 havia taxiado sobre ela e estava lotado, na verdade todo meu corpo doía, uma dorzinha chata, se não bastasse a dor o simples fato de abrir os olhos e ver a claridade que adentrava em meu quarto através da janela me incomodou, meus olhos lacrimejaram, teria que usar meus óculos de novo, estava com uma ressaca horrível.
Ainda com a preguiça e cansaço de uma noite mal dormida me deitei novamente me cobrindo até a cabeça com o edredom já que o ar-condicionado do meu quarto estava na temperatura mínima, mas após 10 minutos rolando de um lado a outro da cama me dei por vencido, era hora de levantar e curar a ressaca.
Me sentei na cama, estava nu, meus pelos se arrepiaram com o frio que estava fazendo no quarto, peguei o controle do ar condicionado em baixo do travesseiro e desliguei, olhei ao redor já sem o incomodo de antes nos olhos, meu quarto estava todo revirado me fazendo questionar o que havia acontecido ontem a noite,me surpreendi, parece que por ali havia passado um tufão tropical, a roupa que eu havia usado estava espalhada pelo chão, calça de um lado camisa de outro, minha cueca em cima da mesa de estudos e uma das minhas meias sociais estava dentro de um copo com água, ri, pois não imaginava como ela foi parar dentro do copo.
Olhei meu celular em cima do criado mudo, peguei ele e conferi se havia alguma mensagem ou ligação da Giovanna mas não havia nenhum registro de chamada ou mensagem dela, fiquei com raiva, como é que ela podia estar me ignorando desse jeito, eu não posso ser ignorado, ela não pode estar fazendo isso comigo, como homem e namorado ela tem que me respeitar. Só havia um mensagem do Luiz me perguntando como foi a noite de ontem, pois não tinha ido ao happy hour com o nosso grupo já que deu aula pra turma em que Fernando estuda e me perguntou se eu estava afim de jogar futebol a tarde com a turma do escritório, pensei bem e uns 2 minutos depois mandei um whats confirmando que iria, já que estava de ressaca seria bom suar um pouco.
Relembrei da noite anterior em flashes, lembro de ter misturado, bebi vodka e bebi choop, lembrei que depois do do expediente os advogados do escritório decidiram fazer uma social no bar onde sempre íamos, por dois motivos, um por ser sexta – feira e outro por que dois deles haviam ganhado um caso que traria mais dinheiro pro escritório. Eu decidi ir pra esquecer do dia terrível que tive e da discussão com Giovanna horas antes, mas o que era pra ser um simples passatempo de fim de tarde varou noite a dentro e entre risadas, piadas e falação acabamos fechando o bar quase de manhã quando eram 4 horas da manhã.
- É oficial, nunca mais bebo – resmunguei – que ressaca desgraçada – olhei no visor do celular a vi que se passavam de 10 da manhã, o bom é que era sábado então não teria que me preocupar com trabalho e teria o dia inteiro pra ficar a toa, pensando bem meu pai deve estar agradecendo também, com certeza meu pai já estava de pé nesse horário e devia estar com a mesma ressaca que eu.
Levantei da cama e andei nu pelo meu quarto, o frio do ar condicionado ainda estava no ambiente me fazendo arrepiar meu pelos do peito e braço, pelado mesmo fui até a porta e pus a cabeça pra fora, olhei ao redor e ouvi barulho na cozinha, sai pro corredor e me apoiei no guarda corpo.
- Pai? – chamei em tom de voz alto – é o senhor que está ai embaixo? – perguntei, lógico que era, a Rosa não trabalhava de sábado.
- Oi filho? – disse ele alguns instantes apareceu no meu campo de visão.
- Vou tomar um banho e já desço aí contigo tudo bem? – sorri, ele estava com olheiras enormes, com certeza não fui só eu que rolei na cama.
- Tudo bem filho, vá tomar seu banho que o café esta quase pronto – sorriu indo pra cozinha.
Entrei em meu quarto, dessa vez fui direto ao banheiro deixando meu celular na mesa de estudos, quando entrei com a toalha no ombro ao me olhar no espelho não aguentei, tive que rir , meu cabelo estava todo bagunçado, minha barba grande e meus olhos com olheiras enormes denunciavam que a noite foi tensa, me olhando no espelho fiz uma negativa e sorri
- Que vexame hein Marcos – sorri e cocei minha barba pois eu gostava da sensação que ela dava quando tocava meus dedos e minhas mãos, o barulho da barba sendo coçada era gostoso de se ouvir, meus pelos do peito e barriga estavam grandes também, motivo esse que fez eu e Giovanna brigar muitas vezes nos últimos meses, de uma hora pra outra começou a implicar, ela queria que eu aparasse ou raspasse dizendo que homem depilado era mais higiênico, mas eu sempre curti meu corpo peludo, não era nadador e nem metrossexual pra me raspar e muito menos viado, é de família pois meu pai tem e até meu primo bichinha já é peludinho.Até pensei na possibilidade, mas depois deixei de lado de qualquer forma iam crescer de novo.
Entrei no box liguei o chuveiro e deixei a água morna do chuveiro cair, que sensação boa, a água ia levando o resto de cansaço e uma boa parte da ressaca ralo abaixo, enquanto caia sobre os meus ombros e minhas costas eu relembrava da discussão que tive ontem com Giovanna, isso me fez ficar tenso, precisava me aliviar, me ensaboei e aproveitei que estava nu e com as mãos lisas e comecei a me acariciar, passei as mãos em meu peito peludo e desci com uma das mãos pegando em em meu membro e comecei a acariciá-lo, uma das coisas que acontecia quando eu estava de ressaca era que eu ficava excitado, muito excitado, meu pênis começou a endurecer em minha mão, após me escorar na parede comecei a me punhetar de maneira rápida e ritmada, meus 19 cm começaram a crescer e em pouco tempo estava babando de tesão, eu gemia alto nem me preocupei se meu pai ouviria ou não, com uma das mãos eu me punhetava e a outra alisava meu peito minha barriga, imaginei Giovanna na minha frente de 4 no chão do box me olhando com cara de pidona, sua língua de fora pedindo meu leite quente e grosso, esse pensamento me fez ofegar e aumentar o ritmo, escorreguei pela parede até sentar no chão, estava me tocando e gemendo chamando ela quando gozei três jatos fortes espirrando sémen no vidro do box, que sensação boa que é uma gozada matinal, estava novo, deixei o êxtase passar. Depois de alguns minutos sentado no chão me levantei e terminei meu banho, fui a frente do espelho aparei minha barba e escovei meus dentes, vesti uma cueca box e bermuda, pela primeira vez em meses resolvi que hoje usaria meus óculos e não as lentes de contato, sorri ao me ver de óculos me dava um ar mais sério, mais culto, calcei meus chinelos e desci para tomar café com meu pai.
- Bom dia pai - disse beijando o rosto dele, cumprimento normal entre homens de famílias italianas e descendentes – dormiu bem? – perguntei.
- Bom dia filho, dormi sim – meu pai estava sorridente, retribuiu me dando um abraço de urso, ambos estávamos sem camisa então senti cosquinha – senta aí, comprei pão fresco hoje de manhã, tem frutas também a noite foi braba, não é? – disparou ele.
- Tá de ressaca também pai? – Perguntei de forma jocosa enquanto pegava uma xícara e me servia de café – eu achei que fosse só eu – disse puxando a cadeira e me sentando junto dele.
- Estou com um pouco de ressaca sim – disse me fitando – mas estou falando de você meu filho, eu só bebi chopp ao contrário de você que misturou tudo quanto foi bebida, deu o maior vexame dentro do bar nos fez passar vergonha e ainda te carregar para dentro de casa – seu olhar era de repressão, apesar de eu já ter 29 anos respeitava muito meu pai, não teria coragem de peitá-lo, fiquei envergonhado pelo que ele falou que eu fiz.
- Me desculpa pai – fiquei sem graça, ele ao contrário não ficou com a cara séria muito tempo, logo depois de pedir desculpa ele deu aquele sorriso de paizão.
- Tudo bem meu filho, mas espero que isso não se repita, beber daquele jeito pra esquecer um problema só cria outro e convenhamos pessoas inteligentes não fazem isso – ele não tirou os olhos do jornal pra me dar sermão.
- Verdade pai – admiti que ele estava certo, no fim por causa de uma irresponsabilidade minha estava com uma ressaca pesada.
Tomamos café enquanto conversávamos sobre assuntos diversos, ele tocou no nome do Fernando, mas eu desconversei, não queria estragar meu dia falando do meu primo. Meu pai me olhava muito na verdade era como se ele olhasse dentro da minha alma, seu Geovane não era nenhum bobo e a qualquer brecha maior que eu desse ele tocaria no assunto da bebedeira de ontem a noite, ele não deixaria passar, se conheço bem ele me faria muitas perguntas. Terminei a torrada com patê que estava comendo limpei a boca e olhei para ele que tomava seu café e lia o jornal tranquilamente, decidi me antecipar, mas ele foi mais rápido. Quando ia falar ele começou.
- Marcos me responde uma coisa filho, a bebedeira de ontem foi por causa da Giovanna e da discussão que vocês tiveram no escritório estou certo? – Perguntou, sua feição estava indecifrável, a calma e a sua frieza o faziam um grande advogado.
- Sabe pai – pausei olhei sério pra ele que focou sua atenção em mim - falando em Giovanna eu... – fui interrompido, ele largou o jornal em cima da mesa e meu fitou com aqueles olhos grandes, percebi que a cada dia ficava mais parecido com ele, seu semblante sério poderia dar medo, mas não passava de um paizão bondoso.
- Como está o namoro de vocês? Está tudo bem – perguntou preocupado, percebi que meu pai estava disposto a me ouvir e a apoiar.
- Não – passei meu dedos pelo cabelo, enchi a xícara de café e encarei ele envergonhado, teria que admitir – nosso namoro está chegando ao fim pai...não fui homem o bastante pra impedir que nosso relacionamento chegasse ao ponto que chegou e... - fui interrompido.
- Não se culpe Marcos – me repreendeu de forma ríspida – as vezes o amor acaba, não da certo temos que seguir em frente filho – justificou.
- Pai, eu não sei mais o que fazer – me lamentei, meu lado emotivo acordou, as primeiras lágrimas escorriam pelo meu rosto, meu pai me olhou com ternura e preocupação, não tinha vergonha de expor meus sentimentos pra ele, eu não estava me fazendo de vítima mas estava me abrindo pra pessoa que eu mais confiava.
- Marcos não precisa ficar assim, vem cá – disse ele me fazendo sentar do seu lado, do jeito que meu pai é se tivesse como me faria sentar no seu colo e me deixaria chorar encostado em seu ombro como eu fazia quando tinha 5, 6 anos - não sofra sozinho por uma coisa que os dois tem culpa, relacionamento a dois é a dois e não onde só um se importa, acho que vocês tem que sentar e conversar – disse ele me abraçando, eu enterrei a cabeça no pescoço dele, sua barba fazia cosquinha na minha orelha, ele me dava tapinhas nas costas, realmente eu era um bebezão nessa hora.
- Acho que ela não me ama mais – desfiz o abraço, limpei as lágrimas, depois de muito tempo me permitia chorar, meu pai alisava meu ombro.
- O amor acaba meu filho – ele pareceu pensar por uns instantes - digo o amor de casal, as vezes por não ser a pessoa certa ou por se transformar em outro sentimento, outro tipo de amor, não se culpe pois vida a dois é complicado mesmo meu filho – sorriu pensativo.
- Pior que eu sei pai – soltei um risinho sem graça – nunca foi fácil entre nós, mas de uns 6 meses pra cá já estávamos entrando nessa fase, piorou de um tempo pra cá,nas últimas semanas e além do mais como vai ser depois que nós terminarmos... – fui interrompido novamente.
- Vai ser difícil meu filho, terminar um relacionamento nunca é fácil, mas você vai superar, todo mundo supera – ele me abraçou, eu retribui – mas você vai encontrar alguém legal, não se preocupe com isso... – tentava me alegrar.
- Será ? – perguntei fazendo doce.
- Marcos, para de se fazer de vítima, olha o meu caso filho, faz 16 anos que sua mãe morreu e nunca mais me envolvi com ninguém ao ponto de engatar um relacionamento sério – meu pai não era bobo, sabia que tocar no assunto da minha mãe pra ele era ruim, mas pra mim era pior, sabia que de vez em quando ele dava suas escapadas mas nunca na nossa frente e nem aqui em casa – e sabe por que não fiz isso? Foi opção minha, por causa de você e do Fernando vocês eram mais importantes aliás vocês são, vão sempre vim em primeiro lugar... – ele deu uma golada em seu café, eu fiquei com receio de que a conversa fosse mudar de rumo.
- O que você quer dizer com isso pai? – tentava argumentar com o meu pai como se eu fosse uma criança pequena ainda.
- Que você tem a opção de seguir em frente sem ela meu filho – me fitou, estava entendo o que meu pai queria, ele queria me confortar – você sempre vai ter o amor da sua família, esse amor é incondicional – respondeu olhando a hora no celular.
- Eu acho que amo ela pai... – agora eu que enchia mais uma xícara de café.
- Como assim você acha que ama meu filho? – perguntou surpreso.
- É – sem graça, percebi que havia falado bobagem – não sei se é amor pai, mas eu gosto de ficar perto dela, ela é minha confidente também é minha amiga, aliás ela é uma das poucas pessoas que posso chamar assim, eu tenho medo de perde-la eu só não quero ficar sozinho – justifiquei.
- Como sozinho filho? – perguntou.
- Você sabe que eu tenho poucos amigos não é? Sabe que eu sou uma pessoa complicada pai, as pessoas não gostam de mim – baixei a cabeça.
- Que Bobagem Marcos – me reprendeu – você tem a mim, a Maria... – interrompi ele.
- Estou sofrendo por amor então...- ri sem graça.
- As vezes a gente sofre de amor pela pessoa errada meu filho, você já pensou que isso tudo está acontecendo agora pra te fazer crescer – Argumentou.
- Como assim pai? – sabia onde ele iria chegar – será que eu amo a pessoa errada? – perguntei sem entender.
- Por que em vez de você correr atrás dela e se esforçar por um relacionamento fadado ao fracasso, você não se preocupa em melhorar , procurar outra pessoa ou mesmo ficar sozinho um tempo meu filho? – sugeriu ele.
- Que outra pessoa pai? – já sabia a resposta.
- Não sei, mas eu acho que faria bem pra você se afastar da Giovanna meu filho, vocês estão juntos a quanto tempo? – perguntou ele.
- Quase 4 anos - conheci ela um pouco depois de ir pra São Paulo.
- Parta pra outra meu filho, se permita viver e deixe ela viver também – meu pai me dizia isso como se fosse a coisa mais fácil do mundo terminar um relacionamento e seguir em frente.
- Vamos mudar de assunto pai – estava incomodado com a conversa – esse já me encheu e além do mais nem sei se é o caso de terminarmos nosso relacionamento, as vezes é só uma fase que logo vi passar – eu mesmo tentava me convencer mas já não acreditava nisso.
- Você devia se preocupar em recuperar o amor de quem você perdeu, de quem você magoou e quando digo isso não me refiro a Giovanna – meu pai estava sério.
- De quem estamos falando pai? – perguntei mas já sabia a resposta.
- Sabe Marcos, por que você não começa se redimindo com o Fernando hein – meu pai disse isso e uma raiva surgiu em mim.
- Eu sabia! – exclamei, bati na mesa e me levantei da cadeira saindo da cozinha indo pra sala, meu pai veio atrás de mim e me segurou pelo braço – tinha que por o Fernando nessa história não é? – estava com raiva.
- Eu não acabei ainda Marcos – disse impaciente – senta ai no sofá e me escuta entendeu, depois que eu falar ai você pode opinar – foi uma ordem.
- Ok pai – disse vencido – fala o que você tem para falar então – sentei no sofá fazendo pouco caso e ele sentou do meu lado. Ele me fitou, estava pensativo.
- Você vem, se abre comigo, como seu pai lhe agradeço muito pela confiança depositada em mim, mas como seu pai tenho que falar o que vou falar agora – ele pegou um porta retrato onde estávamos eu ele e Fernando.
- E o que isso tem haver com o Fernando? – perguntei impaciente.
- Marcos, sabe o que eu acho engraçado? Você não deu amor a quem mais precisava, e vem me falar sobre não ser amado, que ironia não é?
- O que você quer dizer com isso pai? – me deu um frio de estomago.
- O que eu quero lhe dizer é que quando você teve a chance de demonstrar seu amor pelo Fernando você não fez, muito pelo contrário, você descarregou seu ódio em cima dele, em cima de quem confiou em você meu filho, e você fez o que?Você foi covarde, ai você quer ser amado pela Giovanna – engoli em seco, eram palavras pesadas, entendi onde meu pai queria chegar, essas lembranças me afetavam.
- Eu não quero falar sobre isso – disse seco – aliás eu não sei onde o senhor quer chegar com isso – falei temeroso.
- Mas eu quero – ele gritou – e você vai ouvir entendeu?Eu te ouvi e dei meus conselhos, agora quem vai me ouvir é você , Marcos eu não vou estar sempre aqui, você
- O senhor está brigando comigo? – perguntei ofendido.
- Não estou, eu te amo e muito, se você quer saber me dói falar isso – ele baixou a voz – mas eu estou sendo pai, coisa que eu devia ter feito a muito tempo atrás, mas depois de ontem não tinha como passar – foi o mesmo que um tapa de luva no rosto.
- O que aconteceu ontem? – perguntei desconfiado.
- Você encheu a cara, deu o maior vexame , chorou pela Giovanna e humilhou um casal de homossexual que estava no bar e não te fez nada, você fez isso só pra deixar eles envergonhado – disse ele decepcionado.
- Eu não me lembro disso pai – disse confuso.
- Com certeza não lembra, com os litros de álcool que você tomou não ia mesmo,mas o que me matou foi você tocar no nome do Fernando, você não tinha o direito de fazer isso de expor ele assim – meu pai me olhava decepcionado, eu senti um aperto no peito, pela primeira vez estava arrependido.
- Eu não vou ouvir isso, já basta estar de ressaca, quando o senhor se acalmar a gente conversa melhor – me levantei pra sair da sala e meu pai me puxou de volta.
- Senta ai!– exclamou – eu não acredito, nessa idade ainda se comportando feito moleque meu filho – encarei ele com os olhos vermelhos.
- Eu não sou moleque e não tenho que ficar ouvindo isso – meu pai me analisava.
- Marcos o que eu quero dizer é que está na hora de você rever seus conceitos meu filho, você corre atrás de alguém que não te ama, você da seu amor pra ela enquanto pra quem você tinha que ter dado amor você não fez, isso é hipocrisia meu filho, eu não aguento mais ver você sofrendo por um relacionamento que não tem futuro, eu não aguento mais ver você se machucar, mas eu também não aguento mais não ter minha família unida por que você não quer,por que você é um ignorante e um arrogante que só olha pro próprio umbigo, para com isso meu filho o mundo não gira ao seu redor – meu pai estourou, algumas lágrimas escorriam no seu rosto e no eu também.
- Chega!Pará de me falar isso ta bom – eu estourei – eu tenho coração sim – eu tremia de raiva.
- Então mostre isso Marcos, mostre que você tem coração, ou você vai afastar todo mundo que te ama meu filho – foi a cereja do bolo, sai da sala e me tranquei no meu quarto.Meu pai ficou na sala.
Meu pai nunca me tratou assim,ou falou comigo desse jeito e se falou não me lembro, o problema é que o que ele falou surtiu efeito, eu achei que ia entrar por um ouvido e sair pelo outro, mas não foi isso que aconteceu, repensei meus atos e chaguei a conclusão que teria que engolir meu orgulho, no fim ele tinha toda a razão, eu teria que mudar o meu jeito e aprender a respeitar os outros.Não viraria amiguinho do Fernando assim como não adoraria os gays, mas não iria mais implicar com ele e nem faltar com o respeito,digamos que eu toleraria ele.Na semana também resolveria minha situação com a Giovanna pois como estava não podia ficar.
Me deitei na cama e tentei cochilar, me revirei de uma lado pro outro e não consegui dormir, umas 3 horas depois o meu pai bateu na porta do quarto e entrou.
- Marcos meu filho, eu vim me desculpar com você? – ele estava envergonhado, seus olhos vermelhos denunciaram que ele havia chorado, mas o que mais me chamou a atenção foi ele estar com a térmica e a cuia de chimarrão em mãos, meu pai só tomava chimarrão quando estava muito preocupado ou emotivo e queria fazer as pazes com alguém, ele sempre disse que quando se tem chimarrão não tem problema.
- Senta aqui pai – bati na cama e ele veio se sentar ao meu lado – vamos tomar juntos – sorri.
- Eu vim me desculpar contigo filho, tem coisas que dói para um pai falar pro filho, mas eu tinha que fazer isso, eu tinha que dizer isso pra você – ele não me olhou.Eu abracei ele e tirei a cuia das mãos dele.
- O senhor não tem que se desculpar, você fez seu papel de pai – disse envergonhado, não conseguia encará-lo nos olhos – na verdade eu que tenho que me desculpar com o senhor pai, você me fez enxergar que eu estou errado, eu sou arrogante e prepotente sim, eu estou pagando um valor muito alto pelo que fiz de errado, tenho que mudar sim, senão realmente eu vou ficar sozinho... -fui interrompido.
- Sabe filho, eu também acho que tenho que mudar, eu só olhei o problema de um e não vi o do outro, eu amo vocês dois de maneira igual e independente de quem é o que é eu nunca vou mudar esse amor que tenho por vocês , meu amor por vocês é incondicional – ele sorriu e apertei sua mão.
- Eu vou tentar mudar pai, eu prometo pro senhor – ele sorriu, seu dever estava cumprido.
- Eu sei que vai meu filho – sorri, queria fazer valer a confiança que meu pai estava depositando.
- Vamos tomar um chimarrão então pra selar a paz entre nós meu filho – sugeriu ele.
- Vamos – me levantei e desci com ele pra área de lazer, depois de algumas cuias de chimarrão e algumas risadas já tinhamos esquecido do ocorrido há um tempo atrás, depois de um tempo decidimos ir almoçar em uma churrascaria muito boa aqui em Uberlândia onde rimos, bebemos só suco e conversamos mais um pouco sobre a Giovanna, logo após voltarmos pra casa vesti meu uniforme de futebol e fui encontrar o Luiz e a turma do escritório no Parque do Sábia.
Cheguei lá e procurei saber em qual campo que jogaríamos, fui me informar aonde estava o pessoal do escritório, descobri o local e segui até lá, estava fazendo um calor de mais ou menos 35 graus, antes mesmo de começar a jogar eu estaria todo suado já .Avistei o pessoal e fui em direção deles.
- Que bom que você veio Marcos – Luiz sorriu a veio me abraçar assim que me viu entrar na área dos bancos de reserva. Jogaríamos futebol suíço, o pessoal já estava me esperando, Claudio, Marlon, Luiz, eu, Gabriel, Romero e o Anderson esses dois últimos advogados recém contratados pelo escritório jogaríamos contra um time de uma transportadora daqui da cidade, eram 7 de cada lado.
- Sim, acho que jogar um pouco de futebol hoje vai ser bom pra espairecer – disse sério.Luiz entendeu sobre o que eu estava falando, ele estava na hora da discussão.
- Problemas por causa da Giovanna não é? – perguntou ele se sentando ao meu lado enquanto eu ajeitava os meus meiões.
- Sim – afirmei – mas não foi só isso, hoje eu e meu pai acabamos discutindo e deixando nossas emoções falarem por nós, mas deu tudo certo no fim – Luiz segurou no meu braço.
- Cara o tio Geovane é paizão, você sabe que ele fala as coisas pro seu bem não é? – ele perguntou e mentalmente relembrei da discussão,ele não estava errado.
- Sim, ele só falou pro meu bem – confirmei.
Nosso jogo começou, fazia muito tempo que eu já não jogava futebol, na verdade nunca fui muito fã, mas era bom pra se divertir com o pessoal.O primeiro tempo passou como um raio, estávamos ganhando de 1 a 0 e estávamos de volta ao banco do reserva.Durante o jogo percebi que Luiz olhava pro outro campo mas eu não entendi por que, o que percebi é que alguns dos caras jogando lá eu conhecia , um deles era o Felipe amigo do Fernando.
- Olha lá Marcos quem está assistindo o jogo do outro campo – apontou Luiz sério em direção as arquibancadas.Pude ver de longe que era o Fernando, como eu não tinha visto ele ali, era óbvio tanto ele como Felipe sempre estão juntos, mas o que me surpreendeu foi que pela primeira vez não tive raiva ao ver ele , pelo contrário, ele estava conversando com uma das amigas dele.
- A é – disse indiferente, percebi que Luiz não parava de olhar pra lá.
- O que foi cara? – perguntei.
- Nada – disse ele como se acordasse de um transe – não sabia que seu primo gostava de futebol, Fernando faz a linha nerd – completou.
- Nem eu, mas é o amigo dele que está jogando futebol e como os dois são inseparáveis não é de se espantar que ele tenha vindo ve - lo jogar – percebi que Luiz ficou com raiva.
- Não gosto desse Felipe – soltou – ele parece que quer se aproveitar do Fernando, eu se fosse ele abria o olho com esse Felipe, nõ me parece confiável – fechou a cara e voltou pro campo.
Não entendi muito bem essa reação do Luiz, mas podia jurar que era ciúme, tudo bem, até posso entender já que na época que me dava bem com Fernando a gente sempre foi unido,mas por que já que eles não estavam mais próximos, realmente foi desnecessário esse comportamento dele.
Fui tirado dos meus pensamentos com o time me chamando pra jogar novamente, iniciamos o segundo tempo, percebi que Luiz olhava muito pro lado onde Fernando estava. Esse tempo passou mais devagar, o time já estava cansado por causa do calor, e do sol que castigava, era visível o cansaço, talvez não tivesse sido um boa ideia vim jogar, mesmo assim o outro time acabou empatando em 1 a 1, pelo menos valeu o esforço, cumprimentei os outros jogadores e quando estava voltando pro banco de reserva junto com o Luiz e o Marlon pra pegar minhas coisa e ir pra casa tomar um banho Claudio me chama.
- Olha Marcos – disse apontando pra onde o Fernando estava, quando me virei pra olhar em sua direção vi o murro que Fernando desferiu em Felipe, sorri e Luiz também – seu primo é nervosinho – debochou ele, não gostei do tom que usou.
- É, parece que sim – assenti sem interesse,percebi que Claudio ia soltar alguma piadinha.
- Na seca que eu to se eu pego ele de jeito o deixo bem calminho – debochou, me subiu um raiva, foi tudo muito rápido, minha reação foi segurá-lo pelo braço e dar um murro na cara dele fazendo cair no gramado.Ele me olhou com raiva massageando o queixo, ele se levantou e veio pra cima de mim.
- Que foi Marcos, vai dizer que você gosta do seu priminho agora – foi demais me soltei e segurei ele pelo braço – no mínimo já fudeu ele não foi?Aqueles lábios chupando um pênis deve ser uma delicia não é?– debochou, vi que Luiz fechou o punho mas fui mais rápido.
- Escuta aqui seu merda , se você encostar no meu primo eu te quebro entendeu, não chega perto dele ou você vai conhecer o meu pior lado – eu respirava ofegante.
- Já deu , vamos nos acalmar, está todo mundo olhando pra nós? – disse Luiz me pegando pelo braço, eu tremia de raiva.
- É já deu mesmo? – falei olhando com raiva pro Claudio que estava sendo amparado pelo Gabriel, ele ainda riu de deboche pra mim.
Percebi que eu fui hipócrita, pois eu fiz isso mutas vezes com Fernando, a culpa me bateu eu não era melhor que Claudio, mesmo batendo nele eu não tinha esse direito.
- Pessoal, vou levar o Marcos pra casa, Marlon você vai levando meu carro pra mim, depois te deixo em casa pode ser? – pediu ele.
- Sim, sem problema – Marlon concordou e pegou as chaves indo em direção ao estacionamento.
Saímos do campo e vi Felipe com a cara inchada chorando sendo amparado pela Ágatha, fiquei com pena dele, mas fiquei mais preocupado com Fernando.
- Marcos, que porra foi aquilo no campo, me explica o que aconteceu cara - Luiz exigiu, ele estava tão nervoso quanto eu.
- Não sei Luiz, quando vi ele falar do meu primo daquele jeito me subiu uma raiva, quando vi já tinha ido pra cima dele – justifiquei, na verdade nem eu sabia por que tinha ficado com raiva.
- Cara, eu não entendi, você mesmo fala do Fernando, debocha dele... – interrompi Luiz.
- Sim, mas eu não sei o que me deu cara, mas não gostei dele falar do meu primo daquele jeito, quem ele acha que é?Querendo ou não independente do que o meu primo é, ele é minha família – Luiz me olhou pasmo.
- Quem é você?O que aconteceu com o Marcos?O que você fez com ele? – Luiz perguntou desconfiado.
- Para cara, para de me zoar, só prometi ao meu pai que vou tentar mudar, ser um filho melhor, tenho que deixar de ser esse cara arogante – dei um soquinho no ombro dele, Luiz dava um risinho sarcástico e me fitava – o que foi? – perguntei com raiva.
- Nada cara, achei que esse Marcos havia morrido, mas acho que não né? – perguntou ele me abraçando, ele pegou meu carro e me deixou em casa, mas antes me fez prometer que eu iria pro churrasco na casa dele e que me comportaria já que Claudio estaria lá.
- Tudo bem – me dei por vencido – eu vou sim prometo me comportar – ele sorriu e entrou no carro dele o qual Marlon estava dirigindo.
Entrei em casa, meu pai estava no telefone falando calorosamente com o seu Antônio,acenei pra ele e subi pro meu quarto , entrei no banheiro e ao me olhar no espelho sorri lembrando do soco que dei em Claudio.Eu não sabia o que estava acontecendo, será que eu anda tinha sentimentos pelo meu primo, será que eu ainda tinha jeito, era estranho ser eu mesmo, tirei meu uniforme e entrei no banho.
- O que está acontecendo comigo? – Perguntei a mim mesmo, sorri, uma sensação boa de dever cumprido se apossou de mim, sentei no chão do banheiro e deixei a água cair...
Continua...