Capítulo 8 - Tentativas em vão...
"Não pode ser tão ruim assim, não é?" Esse foi meu último pensamento antes de agarrar Rodrigo.
Eu beijei sua boca e ele prontamente retribuiu, expandindo minha boca com sua língua áspera.
Eu não sentia muita coisa. Não sentia meu corpo extremecer, meus pelinhos eriçarem ou aquela contração no ventre. Na verdade, eu não sentia nada, apenas uma boca que se esfregava na minha, num beijo sem significado.
Rodrigo parecia estar gostando do beijo. De alguma forma que eu não entendi, ele retirou a bandeija vazia de meu colo, sem parar de me beijar.
Em seguida, deitou-se sobre mim no estreito banco/cama no qual eu passara dois dias desolada e continuou o que estava fazendo, agora acariciando também o meu pescoço. Eu continuava o tal beijo mecanicamente, lutando pra sentir qualquer coisa que não fosse rejeição. Em vão.
"Droga!" comecei a me desesperar assim que senti, contra minha pélvis, uma leve ereção começar a crescer dentro de suas calças.
"O que eu fui fazer? Droga! Eu não quero isso!" Passei a pensar em um jeito de me livrar de Rodrigo e sair daquela situação sem magoá-lo e, principalmente, sem passar daquele beijo.
Enquanto eu pensava, sua ereção crescia progressivente e eu me sentia assustada, enquanto agora, suas carícias se tornavam mais e mais ousadas.
Senti uma de suas mãos adentrarem minha blusa, tentando encontrar meu seio e isso foi como um empurrão pra que eu fizesse algo.
-Rodrigo... -Chamei seu nome e recebi um gemido de excitação em resposta.
-Eu estou... Bem... -Passei a pensar em algo pra dizer.
-Você está no vermelho? - Falou parando o que estava fazendo e me olhando, confuso. Eu logo entendi o que ele quis dizer.
"Eu ía dizer que estava com dor de cabeça, mas isso me parece uma boa ideia." Pensei enquanto analisava sua expressão.
Por fim, concordei com a cabeça, sem deixar de corar violentamente.
-Tudo bem, eu entendo. -Falou um tanto desanimado, enquanto ajeitava alguns fios de cabelos meus por detrás da orelha. -Bem, eu preciso ir. Volto amanhã para vê-la. -Falou sorridente, colocando-se em pé para sair. Nem parecia que eu havia destruído sua noite.
Eu balancei a cabeça afirmativamente, olhando em direção a sua virilha. Pobre homem.
Ele abaixou-se em minha direção e beijou-me de forma casta os lábios.
-Tchau, Bella. -Disse enquanto segurava meu rosto entre as mãos.
-Tchau, Rodrigo.
Mais um selinho em meus lábios e Rodrigo atravessava a cela, indo embora.
"Meu Deus o que eu... Quase fiz?" Meus pensamentos passaram a me atormentar novamente.
"Eu gostei daquilo? Não! Eu não senti nada! o que eu faço?" Enquanto pensaca em tudo, comecei a chorar. Nada fazia sentido agora.
"Por que eu não consegui sentir com ele o que senti com ela?"
Continua...