O PASTOR - Parte 02
- Está se sentindo bem, moça?
Tomei um susto ao ouvir aquela pergunta. Viajei na maionese mais uma vez. De vez em quando eu tenho uns surtos estranhos e me pego fantasiando uma bela foda, só que desta vez foi numa hora imprópria. Minha respiração estava ofegante e meus seios pareciam querer furar a blusa de malha que eu vestia. Senti minha vagina encharcada por causa do tesão que eu estive sentindo pelo cara. Ao ponto de sonhar, de olhos abertos, que lhe estava dando uma gostosa mamada no enorme cacete. Olhei novamente para o seu colo e me convenci de que eu havia fantasiado seu pau querendo pular das calças. Pedi desculpas e balbuciei a primeira coisa que me veio à mente:
- Ainda não estou acostumada a ver cadáveres. Então, sempre fico passando mal, depois. O senhor me desculpe...
Ele apenas sorriu, mas eu percebi que não havia acreditado nem um pouco no que eu havia lhe dito. Perguntou, novamente:
- E então, para onde vamos?
Repassei-lhe o endereço do tatuador que o arquivista havia conseguido. Não ficava muito longe de onde estávamos. Comecei a ficar incomodada com o fundo todo molhado da minha calcinha. Parecia que eu havia mijado nela. Esse pensamento deve ter me deixado corada. Ainda bem que ele não percebeu.
Por mais incrível que possa parecer, ainda sou virgem. É certo que já experimentei uns amassos com os poucos namorados que tive, mas na hora agá eu sempre fugi da raia. Ainda não me achava preparada para ceder minha perseguida para alguém. Vocês podem pensar que é bobagem, mas eu sempre quis casar imaculada. Acho que herdei isso de minha mãe, que jurava ter engravidado de mim sem nunca haver tido uma relação sexual. Quando se descobriu emprenhada, tomou abuso de homem. A prova disso é que sou filha única.
Eu vou completar trinta e cinco anos de idade, ainda de hímen intacto. Ultimamente, porém, tem me dado uma vontade imensa de foder. Como ainda não escolhi a quem dar meu cabacinho, fico tendo essas alucinações sexuais quase que o tempo todo.
Fizemos o percurso até o endereço do tatuador sem pronunciarmos uma única palavra. E eu evitava olhar para o detetive, temendo voltar a me imaginar numa foda com ele. O cara, por sua vez, dirigia com aquele sorriso enigmático nos lábios, como se ouvisse meus pensamentos. Felizmente, chegamos logo ao nosso destino. No entanto, ainda era muito cedo. O porteiro do edifício redondo, na Conde da Boa Vista, centro do Recife, onde ficava o endereço do tatuador, disse-nos que ele só costumava chegar depois das nove da manhã.
- Você já tomou o café matinal? Poderíamos aproveitar para fazer o desjejum – propôs o detetive negro.
- Fui, a bem dizer, arrancada da cama –, Eu disse, fazendo cara de morta de fome - O delegado mandou uma viatura me apanhar em meu apê. Saí sem nem escovar os dentes...
Pouco depois, estávamos numa lanchonete. Pedi um sanduíche americano com um suco de laranja, sem me importar com a minha gastrite. Ele pediu aveia com ovos fritos, recomendando o mínimo de gorduras. E um café bem quente. Quando terminamos de comer, deu-me algum dinheiro para que eu fosse até o caixa pagar as duas refeições. Agradeci, pois estava com grana insuficiente. Não havia dado tempo de eu passar por um caixa eletrônico a caminho da cena do crime. Mas o que ele queria mesmo era ficar olhando para o meu rabo, enquanto eu caminhava em direção ao guichê. Senti que o detetive me olhava pelas costas, sem nenhuma cerimônia, com certeza admirando minha bunda pronunciada. Eu gosto de ser comida com os olhos, isso me dá o maior tesão. Caprichei no andar provocante. Quando voltei para perto dele, a lhe entregar o troco, percebi a sua excitação. Apertava o pau, sem se preocupar em disfarçar o desejo que estava sentindo. Tive que fazer um esforço enorme para não tocar o seu enorme volume por fora das calças.
Ainda tivemos que esperar um bocado para que o tatuador chegasse. O sujeito jovem, vestido à moda hippie, espantou-se quando nos apresentamos como policiais. Pediu-nos que o seguíssemos até o seu atelier. Na verdade, aquele era seu local de trabalho e sua moradia. Explicou que havia passado a noite fora, antes mesmo de saber o que queríamos com ele. Mostrei-lhe a foto que tirei com o meu celular e perguntei se havia sido ele a fazer aquela tatuagem. Respondeu de pronto, sem titubear, que aquele pequeno desenho estava sendo muito repetido naqueles dias. Afirmou já ter feito quase uma centena de tatuagens como aquela. Entrou em pânico quando dissemos que já havia morrido três mulheres com tatoos idênticas, em menos de um mês. Negou qualquer envolvimento com os crimes e se prontificou a nos ajudar com as investigações. Eu achei que ele estava mentindo. O detetive, no entanto, apenas falou que ele não se ausentasse da cidade, pois iria precisar dele dentro em breve.
Quando saímos do atelier-apartamento do cara, fiz questão de encostar minha bunda no pau do negrão, enquanto descíamos pelo elevador. Senti seu volume bem na minha regada. Mas por pouco tempo, pois o percurso foi breve. Agradecemos ao porteiro e, quando entramos no fusquinha, ele perguntou de chofre:
- E então, no seu apartamento ou no meu?
Claro que tomei um susto, apesar de ter o tempo todo provocado o cara, desde a lanchonete. Mas como eu já disse: na hora agá, fujo da raia. Ou, corro do pau, como dizem os policiais do meu departamento. Ele, no entanto, insistiu:
- Já há algum tempo que sinto o cheiro da sua periquita no ar. Está excitada, não pode negar. Andou até encostando a bunda no meu pau, então deve estar com um desejo imenso de tê-lo no rabo. Ainda temos tempo, antes de voltarmos ao trabalho. E ninguém precisa ficar sabendo, se esta é a tua preocupação. Tem namorado?
- Mesmo se tivesse, com o tesão que estou sentindo, acho transaria com você. Este não é o problema. A merda é que eu ainda sou virgem – eu disse apressadamente, antes que me arrependesse.
Ele esteve olhando incrédulo para mim, depois deu uma gargalhada. Aquilo me deixou hiperirritadíssima. Ao ponto de descer do seu carro e, imediatamente, pegar um táxi que ia passando por perto naquele momento. Pedi que o motorista me levasse para casa. Ansiava tomar um banho, aplacar o desejo que sentia. Achei que o detetive iria me seguir, mas estava enganada. Ele continuava com seu carro parado lá, falando ao celular. Já no elevador do meu apartamento, enquanto subia sozinha, levei a mão à boceta e ela estava encharcada. Quase me masturbo ali mesmo, aproveitando que não havia ninguém comigo.
Quando cheguei ao meu apê, corri para o banheiro, sem nem fechar a porta de entrada. Deixei-a apenas encostada. Quase arranquei as roupas do corpo e entrei debaixo do chuveiro. No entanto, tão logo comecei a me banhar, querendo aplacar o tesão que me consumia, eis que a campainha toca. Fiquei na dúvida se atendia ou não. Mas, aí, percebi que alguém invadia a minha sala. Arrepiei-me toda quando reconheci a voz:
- Olá? Senhorita Andressa? Posso entrar? A senhorita está se sentindo bem?
- Quem é? – Perguntei apenas para ganhar tempo de me cobrir com uma toalha. Claro que eu já sabia de quem se tratava. Só não esperava que ele aparecesse assim de repente, na minha casa.
A merda é que, na pressa de querer me masturbar, esqueci de trazer uma toalha para o banheiro. Havia deixado minhas roupas espalhadas pela sala. Para terminar de lascar, meu W.C. não tem porta já faz algum tempo. Como moro sozinha e nunca trago ninguém para a minha casa, isso nunca me incomodou. Assustei-me quando ele me localizou e assomou a cabeça na porta. Tentei cobrir minhas vergonhas, mas já era tarde.
O cara me olhou de cima abaixo, avaliando minhas curvas. Elogiou meu corpo da forma menos sutil:
- Putaquemepariu... Você é muito gostosa. Um tesão de mulher. Aposto que é muito boa de foda, também.
- Está maluco? Quase ainda agora eu te disse que sou virgem, não ouviu?
- Você não disse nada, minha linda. Apenas ficou absorta por um momento, quando saímos da morgue, depois abriu a porta do carro e saiu quase correndo.
- Como me encontrou?
- Liguei para o teu departamento e pedi teu endereço, é claro. Falei com o delegado e disse que você parecia não estar passando muito bem. Ele me deu o endereço no mesmo instante. Parece se preocupar muito com você.
Relaxei e sentei-me na lousa sanitária. Já não protegia meus seios, nem a minha vulva, dos seus olhares indiscretos. O tesão havia passado, de repente. A vergonha por estar nua na sua presença, também. Ele se aproximou de mim e alisou meus cabelos. Havia ternura em seu gesto. Perguntou-me:
- Você precisa de alguma coisa? Algum remédio?
- Não, o remédio que eu preciso está bem na minha frente – ousei dizer, talvez sem nem pensar.
Ele, inocentemente, procurou em volta, como se quisesse localizar algum frasco com comprimidos ali. Sorri, complacente. Já me sentia tão à vontade com aquele negrão que me peguei dizendo:
- Eu preciso de sexo, meu amigo. Mas sou virgem. Porém, ultimamente ando tendo uns delírios sexuais poderosos, e isso está me incomodando pra cacete.
- Você não precisa perder o cabaço para dar umas gozadas – garantiu-me ele. – Talvez sinta prazer apenas chupando um caralho.
- Você está me dizendo mesmo isso, ou estou delirando de novo?
- Ele deu um sorriso cúmplice. Em resposta, libertou o enorme caralho de dentro das calças e posicionou-se mais perto de mim. Eu estava sentada na borda do vaso sanitário, enquanto ele estava de pé à minha frente.
- Vá, coragem, caia de boca. Prometo que este será um segredo só nosso...
Acho que era isso que estava me faltando ouvir. Acredito que sempre tive receio de que alguém me usasse para sexo e depois saísse espalhando por aí o que fez comigo. Foi o que meu pai fez com a minha mãe, e que a deixou enojada de macho. Meu pai havia agido, e continuou agindo a vida toda, como um safado. Tanto que nem me registrou como filha. Eu esperava que o negrão ao menos cumprisse com a sua palavra de não espalhar que havia feito sexo comigo. Por isso, sem mais receio, peguei carinhosamente o enorme pau e coloquei na minha boca miúda, ajustando a sua grossura aos meus lábios. Era a primeira vez que eu sentia o gosto de uma rola. Passei um longo tempo brincando com o falo enorme, antes de tentar engoli-lo o máximo possível. O negrão olhava fixamente para mim, talvez temeroso de que eu o mordesse sem querer. Depois relaxou, quando eu passei a masturba-lo e lamber a chapeleta com a boca cheia de saliva. A baba escorria pelo queixo, e algumas vezes me engasguei, mas não larguei o nervo.
Aí, ele meteu os braços por sob minhas coxas, ergueu-me bem alto, apoiando-as nos seus ombros, e encostou-me na parede do banheiro, deixando minha vulva encharcada à altura da sua boca. Chupou meu grelinho enrijecido com volúpia, me fazendo estremecer de prazer. Com medo de cair daquela altura, pois minha cabeça quase tocava o teto estucado, agarrei-me às suas carapinhas. Deve-lhe ter doído, pois ele lambeu com mais vigor a minha vulva. Então, pela primeira vez na minha vida, eu ejaculei na boca de alguém. Um gozo de jato forte, quase afogando o meu negrão. Ele precisou parar e respirar, enquanto eu continuava expelindo um líquido esbranquiçado no rosto dele. De repente, o gabinete sanitário começou a girar e eu senti muito medo. Aliás, deu-me um pânico daqueles que não se consegue conter. Pedi para descer daquelas alturas e, para minha sorte, ele me atendeu imediatamente. Voltou a sentar-me no vaso sanitário, mas eu escorreguei para o chão do banheiro. Fiquei tendo espasmos de gozo, enquanto ele sentou-se na tampa da bacia.
Vi que ele iniciou uma bronha, olhando para o meu corpo trêmulo jogado ao chão. Depois, não vi mais nada.
FIM DA SEGUNDA PARTE