O fim de semana demorou a passar, so conseguia pensar naquele dia com minha professora, lembrar de seu cheiro e seu gosto... Finalmente chegou a segunda feira, estava louca pra reve-la, mas sua aula era a ultima do dia, encontrei-a em um dos intervalos, mas ela nao me viu, ou pelo menos fingiu que nao viu. Logo que entrou na sala percebi que nao olhava pra mim, deu sua aula normalmente e quando terminou saiu rapido da sala. Fui atras dela, afinal hoje era dia de pegar carona com ela, encontrei-a guardando um livro na sala dos professores e aguardei quieta para seguir ate o carro.
Ja dentro do carro ela ainda nao havia dito uma palavra, resolvi quebrar o silencio.
- ta tudo bem?
- aham
- tem certeza?
-sim, a gente so precisa conversar
Aquilo me deixou nervosa, nao era o que eu esperava. Deixei que o silencio novamente tomasse conta e assim foi ate chegarmos em sua casa. Ela entrou e parou proximo a mesa da cozinha, eu a segui, ela me encarava seria.
-eu acho que nao podemos mais continuar com essas aulas, nao depois do que aconteceu
- mas...(hesitei pois nao sabia o que falar)
- olha ju, eu gosto muito de voce, mas aquilo foi errado em muitos sentidos, nao podia ter acontecido e nao pode acontecer de novo.
- por que? Voce gostou, eu gostei. Qual o problema?
- nao e tao simples assim, tem muitos problemas, pra comecar nos duas somos...
- mulheres! E dai?
- nao e so isso, eu sou sua professora e vc e so uma menina que nem sabe o que quer
- eu quero voce( meus olhos encheram de lagrimas)... Eu te amo
- nao fala isso, voce so tem 16 anos, eu sou 15 anos mais velha
- isso nao importa pra mim
- ju... Por favor nao precisamos complicar mais as coisas, vamos manter apenas a relacao de aluna e professora na escola e eu posso de dar carona, mas continuar com aulas particulares... Nao vai dar.
- deixa eu te perguntar so uma coisa? Voce gostou?
- sim (ela ficou vermelha)
Cheguei perto dela tinha intencao de beija-la, mas ela percebeu e se afastou, deu a volta na cozinha e pegou um copo de agua. Eu estava com vontade chorar, mas nao iria fazer isso na frente dela, peguei minha mochila e sai batendo a porta. Quando cheguei em casa e entrei em meu quarto foi que deixei q a tristeza tomasse conta, chorei o resto da tarde.
Nao fui a aula no dia seguinte, pois teria aula dela, fui na quarta que nao teria que ve-la e faltei novamente na quinta e sexta, nao sabia como olhar pra ela de novo, estava muito magoada, eu a queria muito e precisava pensar no que fazer para te-la de volta. Para minha surpresa aquela sexta logo depois do almoço toca a campainha, quando vou atender era ela, ali na minha porta, por mais que ela estivesse seria nao consegui conter um sorriso...
Continua