Bem, chamo-me Giovani, estou no último ano do colégio e nunca tive relacionamento com ninguém. Pois bem, no começo do ano meus pais me colocaram, com muito esforço pois não sou rico, em um curso preparatório para o vestibular, porque pretendo entrar na faculdade de medicina. Foi quando conheci o Juliano, que também pretendia o mesmo curso, e seu irmão gêmeo, Adriano, que apesar da sala ser bem grande, capacidade de 400 pessoas, sentávamos relativamente perto.
Era logo uma das primeiras semana de aula quando a professora de Português e Redação, Daniella, recebe um bilhete perguntando se os gêmeos estavam solteiros. Achei a situação engraçada e não me importei, achava-os bonitos, mas não ligava para eles. Tinha um rapaz bem bonito que eu estava interessado, porém depois vi que não era recíproco.
Semanas passaram e eu percebi que esse tal de Juliano olhava para mim, não acreditei muito, de início. Achei que fosse algo da minha cabeça, apesar de não me achar feio. Ah sim, tenho 1,70 m, 55 Kg (Sou magro mesmo), cabelos castanhos escuros e lisos, 18 anos com cara de menos, recebo algumas cantadas e olhadas no cotidiano, porém não ligo muito e terminei, por ser um pouco específico com as pessoas que me interesso, nunca ficando com ninguém. Voltando, fiquei sem ação, nem contei para minhas amigas dessas história a princípio. Achava legal esses olhares, mas não estava interessado, ainda. Antes que eu me esqueça, o Juliano é bonito, 1,75 m, olhos castanhos escuros, cabelos castanhos claros e liso, e uma barba bem interessante. Garanto, um rapaz muito charmoso.
Dias se passaram e começo a olhá-lo diferente. Outrora no intervalo, vou comprar um suco e volto em seguida para sala, quando antes que isso aconteça, o Juliano esbarra em mim e o suco derrama na minha roupa. O garoto ficou branco, eu ri loucamente daquela situação, pois sou muito desastrado e me vi na situação dele. Ele me pediu um bilhão de desculpas e foi comigo ao banheiro me ajudar, eu tinha uma camisa longa na bolsa e o pedi para procurar uma bolsa turquesa para eu pegá-la. Ele ainda continuava pedindo desculpa e eu dizendo que tudo bem. Então, eu me virei para o box, ficando de costas para ele, e tirei a camisa (Eu odeio ficar sem camisa na frente de qualquer pessoa), senti uma sensação estranha. Troco-me e viro, vejo que seus olhos estão paralisados e pareciam olhos de lobo faminto, fiquei super envergonhado e não demorei, saí.
Seguiram-se os dias e os olhares estavam cada vez mais devoradores, foi quando eu estava no corredor e o encontrei, olhamos bem no fundo dos olhos do outro, sabíamos o que queríamos. O inevitável aconteceu, beijamos ali mesmo, uma sensação como nenhuma outra.
Continua...