Gostaria de agradecer a todas que leêm meus contos e têm comentado. Boa leitura.
Capítulo 9 - Sonhos ou desejos?
-Ohhh... -Um gemido. Um gemido seguido de um orgasmo.
Forte. Intenso. Avassalador. Estas eram as características do orgasmo que aquela mulher de olhos azuis, que agora me olhava com um sorriso enigmático, me proporcionara.
E eu tremia e latejava. Era como se eu, de alguma forma, pertencesse a ela. E ela, a mim.
Dessa vez, o orgasmo em meu sonho foi tão violento, que acabei acordando assim que o efeito apossou-se de mim.
-Ah Meu Deus. -Já de olhos abertos, não encontrei outra saída a não ser chorar novamente. Havia acontecido. Sim. Eu havia tido um orgasmo e ele ainda me fazia extremecer e palpitar.
-O quê tá acontecendo comigo? -Murmurei baixinho, esperando que alguém ou algo me respondesse.
De repente, ouvi passos vindos em direção a cela e cessei o choro esperando que alguem chegasse, mesmo sabendo que, àquela hora, a delegacia já devia estar vazia.
Eu fechei os olhos, com medo e me encolhi no estreito banco.
Logo o barulho dos passos aumentou e eu abri os olhos, assim que ouvi o barulho das chaves. Era ela.
A doutora estava em silêncio, o semblante sério e as sambrancelhas arqueadas.
-Você... -Foi só o que consegui balbuciar, saindo do banco e ficando contra a parede ao lado, como se pudesse me camuflar ali, me esconder daquela mulher e de tudo que ela me causava.
Após adentrar a cela, ela começou a andar em minha direção, ainda calada, séria.
Passei a sentir um misto de sensações: Medo, euforia, desejo...
E então lá estava ela, na minha frente, me olhando como se tentasse entender algo que nem eu mesma entendia. Os olhos azuis brilhavam, a boca era iluminada pela pouca luz que adentrava a cela, vinda da rua.
E a delegada enfim, enlaçou seus braços ao redor de mim e me puxou pra um beijo...
Meu corpo automaticamente sentiu o efeito do beijo e passou a arder em resposta. Meus lábios e língua, moviam-se sedentos por aquele beijo. Era como se estivéssemos no deserto e o roçar das bocas fosse a única coisa que matasse a nossa sede.
A delegada cheirava a algum perfume importado que impregnava minhas narinas, me causando êxtasse. Sua boca tinha um sabor único, amargamente doce. Uma das mãos agora alisava minhas costas enquanto a outra, se enfiava por entre alguns fios soltos de cabelo, acariciando a meu pescoço e nuca.
Aquele beijo não tinha fim. Nossos corpos pareciam terem se fundido, pois nenhum espaço entre eles existia.
-Hmm... -Soltei um gemido rouco contra sua boca, pois mesmo não querendo, precisava parar pra respirar. A doutora pelo contrário, tinha um grande fôlego e só me soltou assim que a empurrei sutilmente.
Ela desgrudou sua boca da minha, sem deixar de me envolver em seus vigorosos braços.
Eu a vi abrir os olhos a minha frente, me fazendo suspirar e morder o lábio inconscientemente.
"Oh, como são lindos!" Pensava diante dos olhos azuis que brilhavam enigmaticamente a minha frente. Então, vi um breve movimento em seu lábio que a pouco me beijara. Sua voz rouca saiu, dessa vez, perdida.
-Quem é você e o que está fazendo comigo?
Continua...
E ai galera? O que estão achando? Eu sei. Vocês estalão achando um pouco chato e que falta as cenas mais picantes né? Mas calma, por que elas virão. E as cenas tão demoradas, por que quero que entendam bem o que a personagem principal sente... Até o próximo galera. Comentem!