Era o jantar que eu apresentava meu quase-namorado para o meu irmão mais velho. Rodrigo era separado e morava com os filhos quase adolescentes num apartamento de três quartos do outro lado da cidade. Eu, Ricardo, na casa dos trinta e morava num apartamento considerável pequeno próximo de onde trabalhava. Éramos muito parecidos, com diferença de quatro anos, e tínhamos uma cumplicidade muito grande, éramos melhores amigos mesmo, tanto que para eu chegar ao ponto de apresentar alguém para ele era o penúltimo nível antes da relação ficar séria.
Talvez por isso Rodrigo se sentiu confortável em sair contando a Tiago todos os meus podres de quando era criança e outros costumes que hoje em dia acho serem super embaraçosos.
Sinceramente não sei o que faltava para que eu e Tiago nos tornássemos oficialmente um casal. Já estávamos na fase em que a monogamia tinha se instaurado naturalmente e nenhum dos dois, acredito eu, sentiam necessidade de procurar em outras pessoas algo que encontrávamos um no outro. Até porque, com toda humildade cabível, somos dois homens muito bonitos. Eu tenho um corpo parrudo – tenho costas largas, peitoral estufado, barriga normal, pele dourada queimada de sol, quase 2 metros de altura, olhos negros iguais meus cabelos, barba cheia e pelos espalhados no corpo; inclusive ao redor do meu pau de 17 cm e grossura condizente ao meu físico –, jogo rúgbi às vezes e foi numa dessas partidas num clube que tem no bairro ao lado que conheci Tiago.
Tiago tem o corpo largo também, mas em menor proporção. Ele mede aproximadamente 1,75m, talvez um pouco mais, corpo sarado de academia, liso, barba por fazer e branquelo. Seus cabelos e olhos eram castanhos, e seus olhos eram tons mais claros do mesmo castanho. Que combinavam com seus lábios, mamilos, pau e cuzinho rosados.
Rodrigo e Tiago, em pouco tempo de conversa se tornaram quase melhores amigos, o que fez com que meus podres de infância e adolescência chegassem com mais facilidade ainda ao meu parceiro. Tanto que quando meu irmão foi embora e nos deixou sozinhos, prometendo voltar aqui em casa amanhã pra conversarmos (e ele me falar o que achou de Tiago e provavelmente insistir para que eu o pedisse em namoro), Tiago ainda estava remoendo as informações novas que tinha adquirido sobre mim e tentava remontar o prospecto sobe mim.
— Você dormia nu no inverno, cara. Que loucura. — Ele ria da minha cara. — Você não sentia frio?
— Sentia um pouco. Mas como sempre fui foguento, nunca foi lá um grande problema. — Eu ria de volta. Mais por ser um abestalhado que adorava vê-la sorrir, do que pelo que eu falava. – E se você quer saber, ainda faço isso, às vezes, hoje em dia.
— Então você é foguento, é? Hm. Bom saber. — Ele abriu um sorriso maroto, trazendo um tom sexual ao papo antes somente curioso.
— Quer que eu te mostre meu fogo? — Questionei, direto.
— Você já foi mais sútil, Rick. — Ele se levantou rindo.
— Ei, você vai pra onde? — Minha voz soava com um pouco de desapontamento.
— Pra um lugar onde você pode me mostrar seu fogo, ué. Só que sem perigo de sermos interrompidos. — Quando ele se virou para me estender a mão, eu já estava praticamente colado nele.
— Então vamos, que você só sai daqui hoje depois de não deixar nenhuma brasinha.
— Para de cantada de pedreiro, e eu faço tudo que você quiser, por favor. — Ele gargalhou.
— Paro sim, Ti. Até porque, vou usar a boca para outra coisa. — Comecei a beijar seu pescoço, sentindo sua pele arrepiar e me sentindo o máximo por isso. É sempre ótimo ver o cara por quem você está meio que se apaixonando se arrepiar com seu toque. A sensação é indescritível.
Entramos, e nem pensei direito antes de me jogar em cima dele.
Beijos tórridos como só nós dois conseguimos ter um com o outro, as mãos dançando pelos nossos corpos por cima e baixo das camisetas, que em pouco tempo já estavam jogadas pelo quarto. Logo depois, a bermuda dele voou quase para a janele aberta. Minha bermuda voou pelo quarto logo depois também.
Éramos intensos como sempre. Tiago arfava no meu ouvido, e arranhava com vontade minhas costas. Tinha algo mais ali. Sei lá. Só sei que ambos estávamos superexcitados, e sensíveis e parecíamos queimar com o toque do outro.
Ele gemeu alto quando passeei minha boca da sua, passando pelo pescoço, ombros, mamilos já intumescidos, e enquanto descia ainda mais. Senti sua mão passear pelo meu cabelo, e a força que ele colocava para que eu continuasse a peregrinação da minha boca pelo seu corpo.
Quando cansou de conter outro gemido alto, ele me puxou pra cima e me deu um beijo. Não foi qualquer beijo. Mas não me pergunte como foi, porque não sei dizer. Só sentir. E o que eu senti foi uma mistura de desejo, paixão, tesão, carinho, fogo. Tudo ao mesmo tempo tomando conta de mim e do meu corpo. E aparentemente, o mesmo acontecia com ele.
Findado o beijo, Tiago se pôs em cima de mim, e fez o mesmo que eu. Sentir aquela boca passeando pelo meu corpo era como ir no céu, voltar à Terra e então orbitar ao redor da lua. Era uma sensação única no universo. E eu aproveitei dela o máximo que pude.
Tiago me chupava como se não houvesse amanhã, como se não houvesse outro caralho na terra capaz de deixar ele satisfeito. Ele brincava com o prepúcio da minha pica, enfiando a língua entre a pele e a cabeça do meu pau, e isso me deixava louco sussurrando seu nome e apertando minha mão que acarinhava sua cabaça.
– Você é um puto safado e tesudo, sabia, Ti? – Ele me olhou, um olhar safado e faminto quase devasso, e sorriu com a cabeça do meu pau dentro da sua boca. – Eu não quero que você saia daí nunca.
Depois de escutar isso e mais alguns gemidos meus com o trabalho da sua boca, Tiago começou a engolir todo meu pau. Ia e voltava por toda a extensão do meu pau, melando meus pentelhos com a mistura de baba e pré-gozo, aumentando ainda mais o cheiro de sexo que preenchia o quarto e nossas narinas.
Ti engasgou algumas vezes com meu pau em sua garganta antes de se cansar e parar o boquete. Ele voltou lambendo e mordiscando meu corpo até que se sentou em meu peitoral estufado para que seu pau rosado e branquelo com pelos castanhos baixinhos e macios ficassem a altura da minha boca. Ele era circuncidado e não tinha prepúcio como eu, mas eu também sabia como enlouquecê-lo com minha boca. Em pouco tempo quem gemia era ele e o apelido que ele me dera, Ursão, saia da sua boca acompanhados de “vai” e “que delicia” com tanta frequência quanto os gemidos.
Do seu pau eu parti para o seu saco, e sentir aquele par de ovos lisos e branquelos à minha disposição era uma delícia tão grande que fiquei bons minutos ali só saboreando seu saco e sentindo o movimento dos seus ovos de acordo com onde minha língua estava.
Aquela posição, ele sentado em meu peito, já não era confortável para nenhum dos dois e logo Tiago estava deitado no sentido contrário ao meu e começamos um 69 fenomenal. Aproveitávamos cada milímetro do corpo do outro, usando boca, dedos e até mesmo pernas e braços e tronco e nariz para sentir e ser sentido. Era êxtase total. Talvez até mais extasiante que a própria droga.
Quando saí do seu pau e saco e fui para o cuzinho lisinho achei que meu parceiro iria gozar. Seu corpo estremeceu todo ao meu toque, e eu pude sentir seu anelzinho piscar na ponta da minha língua. O mais delicioso disso tudo é que quanto mais eu me esforçava para vê-lo estremecer, arrepiar e gemer; ele impunha a mesma dedicação para que eu sentisse o mesmo, aumentando nosso tesão em graus estratosféricos.
– Para, Ursão. – Escutei-o pedir. – Para senão eu vou gozar, e eu só quero gozar depois de sentir você dentro de mim.
Desci a mão no rabo dele, num tapa bem estralado, fazendo-o gemer.
– Então vamos providenciar isso. – Falei, levantando-me para pegar a camisinha e o lubrificante na gaveta do guarda-roupa.
Ele gostava de tomar o controle na hora da primeira entrada, então já voltei para cama deitado de costas com pau encapado e em riste, esperando só por ele para sentar ali e encaçapar tudo até as bolas.
Com cuidado e paciência, fui sentindo a resistência do seu cu ceder ao meu pau cabeçudo e ir agasalhando tudo. Aos poucos, Tiago ia subindo e descendo, rebolando e arriscando quicadas no meu pau até se sentir confortável para me dar o que ele chamava de chá de cu, onde ele tirava o pau quase todo do seu rabo, deixando apenas parte da cabeça dentro, e voltava sentando de vez, me fazendo ver estrelas e gemer de tesão.
Trocávamos posições e ritmos e comandos e sussurros e gemidos e urros de forma sincronizada, sem necessidade de palavras ditas. Tinha uma aura meio mágica no momento em que chegamos juntos ao orgasmo. Foi pleno. E, caralho, eu não trocava aquela sensação por nada no mundo.
Acho que eu tinha achado o que faltava para que virássemos um casal. Um fogo que não tinha existido até então. Não que nossas fodas anteriores tenham sido frias, mas ali parecia um fogo sem fim, e que iria sugar toda nossa energia e ao mesmo tempo nos recarregar.
Peguei-o de quatro, minha posição favorita, e Tiago gemia cada vez mais alto, pedindo para que eu fosse mais forte e não parasse porque ele estava quase gozando. Eu também estava perto do caminho sem volta, e suava bastante, deixando todos os pelos do meu corpo encharcados.
– Eu vou gozar, Ursão – Ele arfou, entre gemidos.
O rebolado dele aumentou enquanto ele punhetava de leve seu pau, como se não quisesse gozar, mas ao mesmo tempo estivesse louco para esguichar os jatos da sua porra.
Eu, por outro lado, comecei a urrar e gemer mais alto, falava frases desconexas, e tirei sua mão do seu pau enquanto continuava a bombar que nem um louco dentro dele. A cada socada que eu dava, era uma punhetada no seu pau, nos levando quase sincronizadamente ao caminho do gozo.
Foi uma sintonia de urros e gemidos quando gozamos. Eu dentro dele, sem perceber que a camisinha tinha estourado, e ele em cima do lençol da cama que já estava completamente bagunçado e encharcado de suor.
Depois que vimos que a camisinha tinha estourado, tivemos a conversa sobre o que isso significava, ambos afirmamos que estávamos com exames em dias e decidimos fazer outro juntos ainda naquela semana.
Fomos pro banho juntos e ficamos de namorinho lá mais um tempo até voltar para a cama, arrancar a roupa de cama e eu convidá-lo – ou melhor, intimá-lo – para dormir comigo aquela noite. Eu estava acostumando com a presença de Tiago na minha vida e agora na minha cama, e eu sentia que aquele fogo consumidor e energizador que senti na transa estava ali ainda, mas agindo de forma diferente em mim, em nós. Agora aquecia nós dois, que estávamos completamente entregues ao outro na cama, enquanto dormíamos abraçados, ele com a cabeça no meu peito.
Antes de dormir profundamente eu ainda pensei um pouco sobre isso e decidi que provavelmente conversaria com ele sobre o que senti, perguntaria se ele sentiu o mesmo e decidiria o que fazer a partir de então. Mas isso era amanhã, e amanhã é um outro dia.
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Olá queridos, como foram de feriado? Pra mim foi meio que um saco porquê não tive feriadão, mas é a vida do proletariado e a gente não pode reclamar não é mesmo?
Então, esse conto primeiramente era pra ser uma continuação de Que Sorte a Minha, mas não estava encaixando no meu jeito de pensar o Raul e o Artur - até mesmo na disposição de ações e gestos e fisico - então resolvi de última hora adequar ao que eu estava pensando - por isso os nomes iniciados com R e o apelido carinhoso parecido - e saiu isso aqui, espero que tenham gostado.
Aos meus fieis leitores e comentadores de sempre, aviso que esses contos que (inicialmente) são únicos eu sempre respondo os comentários na página do próprio conto, para não deixá-los no vacuo!
Enfim seus linds, até a próxima!
Abraços cabeludos e apertados, bagsy.