Olá meninas, desculpem a demora, eu sei que pra vocês é uma hora mais tarde ai, não queria ter demorado tanto a postar, mas não estava em casa e o texto ficou aqui. Como eu disse surpresas, sobre o texto anterior, a data era 2010, não 2011, peço desculpas por esse erro também, uma boa noite e um beijão. Bora pro conto?
Continuando... Em Londres
Nossa como eu estava praticamente babando por ela, parecia que havia um feitiço, mulher de charme e elegância, com um tom de seriedade que praticamente seduz, acho que dei tão na cara que ela me deu uma encarada que gelei por dentro, fiquei tão envergonhada que abaixei a cabeça e comecei a cantarolar baixinho olhando pro livro. Quando a aula acabou, me preparava para sair da sala quando ela me chama:
- Miss Priscilla, please wait, I want to talk to you – Eu entendi essa com certeza, ela me chamava, agora eu morro.
- Hi teacher Charlote – Gelando por fora, congelando mais ainda por dentro.
- I noticed a little distraction from you in my class, do not you?
- I... eu queria dizer... humm... please – Ferrou, agora ela suga meu sangue.
- Senhorita, pelo visto é de língua lusófona, qual país seria? Guiné, Macau, Portugal...?
- Brasil mesmo – Falo interrompendo.
- Humm... Brasil. Faz um tempo que não visito aquela terra tropical.
- Humm... – Reação de quem não sabe o que falar.
- Agora que você consegue me compreender melhor, sem o seu nervosismo, posso saber o que tanto te distraía em minha aula? – Esse tom sério vai me derrubar de amor, que isso.
- Bem na verdade, é que meu inglês não é tão bom quanto eu pensava, acabei me perdendo na sua explicação, peço desculpas.
- Eu entendo, está desculpada. Aprender outro idioma completamente do seu de origem não é fácil, mas a prática leva a perfeição – Ela me encarava sério.
- É, percebi, a senhora é muito bem dedicada e por isso é fluente no português.
- Não só o português, faltou o inglês, mandarim, espanhol e italiano.
- Nossa, cinco idiomas, realmente não deve ter sido fácil, e eu reclamando apenas de um.
- Pra você ver que não existe dificuldade em aprender no seu caso.
- Realmente, ainda bem que minha colega de quarto vai me ajudar – Eu já estava envergonhada com aquela de classe, que esplêndida.
- Ótimo, que bom que existe dedicação da sua parte.
- Obrigada – Eu dei aquele sorriso amarelo de quem estava quase derretendo de medo.
- Se não se importar, gostaria de treinar o seu inglês também.
- Que isso, não precisa, a senhora é muito ocupada e eu me viro com a Amélia, ela é fluente também.
- Humm... Amélia Wilker, excelente garota, ela com certeza será uma boa advogada. Mas a questão é, ela não vai poder te auxiliar sempre, tem sua vida particular e seus estudos.
- Verdade, mas dou um jeito.
- Não precisa ter medo de mim, Priscila, que eu saiba, não sou uma vampira sanguinária. Mas sou exigente em minhas aulas e acredite, não gosto de distrações nelas, estamos entendidas?
- Sim senhora.
- Great. Hoje e amanhã não posso te dar essas aulas de inglês, mas sábado me encontre no estacionamento as 15:00 horas. Sem atrasos, entendeu?
- Yes ma’am
- Very good.
Ela saiu da sala levando suas coisas, minha nossa que mulher, estou quase entrando em colapso. Passei o resto da noite pensando nela, Amélia me auxiliou no inglês, mas estava com a cabeça em outro mundo, aquela sexta rapidamente havia chegado e já tinha acabado, nem acreditava já ser sábado. A tarde ia se aproximando, me arrumei do jeito que pude (na época eu me vestia como a Cristina, só que desleixada, grandes mudanças, devo a essa mulher) fui espera-la no estacionamento, cheguei no horário em ponto, mas ela já me saudava com aquele jeito bem “espontâneo”.
- Em ponto, mas poderia ter chegado antes senhorita Priscila.
- Mas eu... – Ela me interrompe.
- Quando alguém mais velho fala, você se cala, escuta tudo e depois responde, me entendeu? – Que mulher autoritária, estava começando a ficar com medo.
- Sim senhora – Particularmente estava ficando sem graça.
- Muito bem, agora entre e vamos.
Ela tinha um carro muito lindo, parecia até coisa de colecionador, um Bentley preto, bem a cara dela. Ficamos rodando um tempo, eu estava calada, nervosa e com medo, comecei a achar que aqueles boatos seriam verdadeiros, sobre sumir com alunos? Quando ela entrou em um beco, parou o carro, atendeu o telefone e começou a falar em inglês, pronto, eu ia morrer. Estava suando frio, a ponto de sair daquele carro correndo, sem levar bolsa, até que ela desliga e começa a dirigir novamente, estava de olhos fechados já, o ditado diz “o que os olhos não veem, o coração não sente”, quando ela parou mais uma vez eu gritei:
- PROFESSORA NÃO ME MATE POR FAVOR ! – Ela passa a me olhar desconfiada.
- Por que razão eu te mataria Priscila?
- A senhora parou em um beco, começou a falar em inglês e voltou a dirigir e ... – ela me interrompe.
- Por que não abre os olhos e vê se tem algum capanga meu aqui?
Eu abri meus olhos, já estávamos em meio a rua, particularmente em um bairro nobre, Londres em si é nobre, mas esse bairro tinha uma certa elegância, ela me apresenta:
- Bem-vinda a Eaton Square, esse é meu humilde lar – Ela falava daquele “palácio” assim dizendo, como se fosse uma choupana na praia.
- Estou percebendo esse lado “humilde”, se eu soubesse que mestres aqui ganhavam tanto, tinha escolhido ser professora – Fiz um sarcasmo leve.
- Pelo visto a senhorita gosta de ser piadista, fazia stand up? – Essa ironia foi tão direta, que quase morri.
- Nunca fiz, na verdade nem sabia que conseguia fazer isso, nem conseguia sorrir quando cheguei aqui, mas enfim... A senhora mora entre Kensington e Chelsea, muito bonito.
- Que bom que sabe um pouco sobre a região, vem vamos entrar.
- Estudei o mapa antes de vir.
Quando entrei, pensei que estava até naqueles filmes ingleses, como; Um Lugar Chamado Notting Hill, com uma mistura de; Tudo o que uma garota quer.
Ela recolhe meu casaco, manda eu ficar à vontade na sala, que já voltaria. A aula corria bem, apesar de ser bem exigente, eu fazia o máximo, pra não ficar pra baixo, realmente, decepcionar uma mulher como essas, devia ser um pecado, ela não falava nada sobre a vida pessoal, apenas sobre sua carreira, pelo menos já era um começo. Ao dar 19:00 da noite, ela decidiu me levar para o campus novamente, mas antes perguntou se eu queria fazer alguma refeição, eu estava meio que sem graça para aceitar, acabei dizendo que não era necessário. Quando saímos, nenhuma de nós duas falou algo sequer, mas eu pude voltar feliz olhando aquelas ruas, tão lindas, que parecia mentira de ver. Ao chegar, ela disse que iria planejar os horários das aulas extras para que não interferissem em meus estudos regulares, porém, as sextas e aos sábados, era definitivo as aulas.
Ao dar tchau, pude perceber que ainda estava viva, mas que aquele mistério me encantava.
As semanas corriam bem, sempre ia as suas aulas extras, quase todos os dias, exceto aos domingos e segundas. Ela pouco ou nada falava da sua vida, praticamente dois meses passaram, ela não falava da sua vida e eu muito menos arriscava perguntar, como já estávamos em novembro (As aulas em Londres começam na primeira semana de setembro), existe a preparação para as festas de natal e ano novo, assim como o baile. Ela por ser uma das mestres de cerimônias, estaria ocupada também, então as aulas com frequência teriam que diminuir, mas pelo menos, o meu sotaque horrível eu consegui tirar e já estava até conseguindo acompanhar melhor, tanto as aulas em Oxford, quanto as da casa dela.
Uma noite, eu voltava para casa, juntos a uns colegas, saímos pra beber um pouco, se distrair, ver um filme, cada um ia para o seu canto, eu decidi ficar um pouco no banco próximo ao meu andar, respirar um pouco antes de subir, medo eu tinha, mas e daí, sou faixa preta em karatê, ninguém se atreva a mexer comigo.
- Senhorita Priscila, isso são horas de chegar? 22:30 da noite – Era a Ms. Charlote, que susto.
- Puxa vida! Me assustou agora, de onde você veio?
- Eu estava pelo campus e vi quando você e seus amigos chegaram, praticamente bêbados acredito.
- Bêbados não, ainda estou sóbria.
- Que seja. Não esqueceu de nada hoje?
- Não, eu vim para as aulas de manhã, a tarde fui fazer uma pesquisa e a noite sai.
- Sabe que dia é hoje?
- Sexta.
- Isso mesmo, mas a pergunta que não quer calar é... Por que não foi a minha aula hoje? Já se acha didática suficiente?
- Não foi isso Ms.Charlote, eu fui fazer uma pesquisa à tarde e depois fui me divertir, mereço sair um pouco pra conhecer melhor a cidade.
- Por que não me ligou pra avisar o seu motivo? Saiba que fiquei a tarde toda te esperando – Ela me encarava com aquele olhar frio que ao mesmo tempo era sedutor.
- Pensei que estaria ocupada cuidando da festa, como eu ia imaginar?
- Independente de estar ou não, sua obrigação é me avisar, sou sua professora em ambos horários e me deve respeito.
- Nossa desculpa, se isso for um incômodo eu posso sair das aulas tanto de inglês quanto psicologia.
- Não se faça de vítima, odeio joguinhos. Vou te dar mais uma chance, amanhã, na minha casa, mesmo horário, já sabe o caminho e não se atrase – Ela me disse aquilo sem nem sequer me dar o direito de tréplica, sempre com tom sério e olhar mais ainda.
Por amanhã ser sábado, o que seria um dia de folga, não será mais, tinha que ir a casa dessa mulher que por alguma razão estava me dominando indiretamente e particularmente não estava gostando, da minha vida quero eu cuidar. Me arrumei com um estilo que aprendi em Londres e mantenho até hoje, bad girl sem ser vulgar. Coloquei uma camisa preta de manga curta, jaqueta preta, uma calça branca e um tênis preto e fui até sua casa. Toquei a campainha e esperei ela abrir, ela sempre vinha na elegância de seus vestidos casuais, entrei, sentei no sofá, retirei dicionários, livros e o estojo da bolsa e aguardei a aula. Para minha surpresa ela falou apenas:
- Hoje não teremos aula de inglês, pode guardar suas coisas.
- Como assim? Me fez sair de lá até aqui pra nada?
- O que eu lhe falei sobre interromper os mais velhos?
- E vem ao caso? Isso tudo é raiva por eu não ter avisado ontem? Olha, desculpa, prometo não fazer mais isso, tá bom agora? Ou vai me dar mais algum castigo por isso?
Ela se aproxima e olha profundamente nos olhos me encarando e repete suavemente:
- Não interrompa os mais velhos.
Pensei por um momento que ela ia me beijar com aquilo, mas eu voltei a falar:
- Está começando a me assustar, melhor eu ir embora.
- Senta ai – Aquele bom e velho tom autoritário.
- Senhorita Priscila, não é por que veio parecendo uma bad girl, que pode agir como uma, por mais que eu tenha gostado da roupa, eu ainda exijo respeito.
- Mas...
- Shhh... Estou falando!
- Desculpa.
- Muito bem, assim que se fala. Prosseguindo, a senhorita, melhor, para existir algo mais informal, você está se empenhando nas aulas, isso é verdade, mas percebo que uma distração maior toma conta da sua mente grande maioria das vezes. Então eu quero saber o que é.
- Faz parte do meu passado, não é obrigada a se envolver, já me ajuda muito tirando do seu tempo pra me dar aulas extras.
- Antes de professora, sou psicóloga, e antes de psicóloga, espero que consigamos ter um laço de amizade, por mais que eu seja exigente, sei compreender quando algo não está bem.
- Olha sinceramente estou surpresa, a sensação que sempre me passa a maioria das vezes é medo por seu tom autoritário.
- Convenhamos que ser legal a maioria das vezes não ajuda muito na moral a ser imposta mediante a uma faculdade de respeito certo? Mas não mude de assunto, quero saber o verdadeiro motivo da sua distração, por que não são apenas minhas pernas que fazem isso.
- Eu gostaria de dizer que sobre as pernas, eu... ahn... – Me perdi toda e mentir não ia funcionar.
- Não tente mentir pra mim.
Expliquei a ela meu passado, relação com meus pais, a Flávia, meu amigo Rodrigo, ficamos praticamente uma hora conversando, como paciente e médica e particularmente consegui relaxar pela primeira vez desabafando, só o Digo sabia de tudo. Ao terminar a conversa ela me perguntou algumas coisas:
- Você gostaria de se tornar mais forte em autonomia?
- Sim.
- Gostaria de poder abdicar dos sentimentos grande parte, para remover sua dor?
- Claro.
- Qual a última vez que fez sexo?
- O que?
- Esqueça. Priscila, a partir de hoje criamos uma amizade, sempre saberei da sua vida, e com o tempo passará a conhecer a minha. Meu objetivo agora é te ajudar a ser alguém melhor para si mesma. Está de acordo em tentar a mudança?
- Sim, mas a senhorita não é sádica não né? Ou faz parte de algum clube sadomasoquista?
- Eu gostaria de saber quantas vezes na vida você assistiu Hellraiser(clássico do horror, fala sobre sadomasoquismo em outras dimensões, bom filme), para tirar essa impressão minha. Eu não sou sádica e muito menos masoquista, estamos entendidas?
- Sim senhora.
- Ótimo, agora sobre a pergunta que não me respondeu – Ela ia se aproximando aos poucos e me beijando leve.
- Ms. Charlote, o que está fazendo? Isso é errado não?
- Você não deixou de ser bissexual – Ela ficava me dando beijos pelo pescoço
- Mas o que tem a ver – Eu estava ficando toda arrepiada já
- A sua mudança vai começar pelo sexo, hora de deixar de ser passiva para se tornar mais ativa.
- Eu... ahn... uhn – Aquela mulher sabia como me deixar arrepiada só olhando.
- Vem vamos subir.
Subimos até seu quarto e eu falei:
- Olha não sei se consigo, há meses não faço sexo e não devo nem lembrar.
- Minha cara, isso é igual a bicicleta, uma vez aprendido, nunca se esquece. E também, eu disse que ia começar a sua mudança e ela vem primeiro pelo sexo.
- Mas eu nunca fui ativa, nem como funciona.
- Hoje vai ser igual as aulas, aprendizado, no começo se erra, mas tudo é questão prática, até chegar a perfeição – Ela continuava a me beijar pelo pescoço, na nuca.
- O que quer eu faça? – Estava tão arrepiada, que poderia ter um orgasmo ali.
- Eu mando, você obedece, se conseguiu olhar pra minhas pernas e corpo esse tempo todo, consegue colocar o seu desejo em prática, agora sem papo.
Ela me deu um beijo forte que rapidamente retribui, fomos nos despindo até deitarmos e começarmos a nos beijar mais, com toques leves, eu me sentia um pouco perdida com aquela mulher, mas ela me penetrava com delicadeza, me chupava e aquilo realmente estava me deixando a ponto de ter um orgasmo, quando ela percebeu minhas reações, rapidamente parou, fiquei meio sem nexo, ela apenas falava:
- Hora de retribuir, vou te ensinar aos poucos como satisfazer a sua mestra.
Ela me dizia que seria como uma obra de arte, aos poucos comecei a chupa-la, aperta-la, acaricia-la, e finalmente penetrar, ela apenas queria que me guiasse pelas reações e assim continuou o sexo, impactante, sedutor, muitos beijos, aprendi a sensação de ser a caçadora e continuamos muito tempo, entre aqueles amassos, penetrações, até marquinha eu deixei no corpo. Sua barriga era esplêndida, magra, mas não definida, o que a tornava incrível, a sua linda boca rosa e teus belos cabelos quase loiros, um corpo eu particularmente gostei de possuir.
“Quando aquilo acabou, ficamos deitadas conversando, ela me disse que não pararia ali, muitas lições estão por vir”.
CONTINUAAAAA... Em Londres
Espero que esse supra a necessidade kkkkkkkk, não sei se essa semana eu ainda postarei mais algum, vai depender do tempo, mas caso eu apareça, darei uma de Priscila e chegarei com meus mistérios. Um detalhe, não sou sadomasoquista não, ali só foi uma sugestão de filme do gênero horror kkkkkkkk. Beijão, boa noite😘😘😘😘