Cap 36
*Fernanda*
Finalmente Edu e Murilo iriam se casar. Resolveram fazer uma cerimônia pequena só para a família e os amigos mais íntimos. A cerimônia aconteceu à tarde ao ar livre, em um jardim muito bonito, todos ficaram muito emocionados e relembrei meu casamento com Mariana. Ela estava do meu lado com um barrigão de 8 meses, a previsão para o nascimento era daqui a algumas semanas. Logo depois da cerimônia fomos todos para festa, não pretendíamos ficar muito tempo, pois Mari precisava ficar em repouso. Todos estavam se divertindo muito, dançando. Nunca havia visto meus amigos tão felizes.
Mari: Fê, não precisa ficar sentada comigo o tempo todo. Pode ir dançar com todo mundo.
Eu: Estou ótima aqui com você. – Dei um selinho nela.
Mari: Olha, sua amiga esta ali.
Me virei e vi Bia com sua namorada, que por sinal era linda.
Eu: Aquela deve ser a namorada dela.
Mari: Fico feliz por ela ter conseguido encontrar alguém e ter deixado você de lado.
Eu: Elas formam um casal bonito.
Mari: Só não mais que nós. – Rimos.
Bia e a namorada se aproximaram.
Bia: Oi Fernanda. – Me levantei e a abracei.
Oi Mariana. – Mari levantou também e a cumprimentou.
Essa é a Ana minha namorada. – Cumprimentamos ela.
Ana: Então você é a famosa Fernanda, amiga da Bia.
Eu: Sou eu. – Sorri.
Ana: Que lindo vocês vão ser mãe. É meu sonho.
Mari: É o meu também.
Eu: Olha a indireta em Bia. – Todos rimos.
Bia: Quem sabe daqui uns anos. – Ela deu um selinho em Ana.
Tivemos uma conversa agradável com elas, Ana era muito simpática, parecia uma boa pessoa para Bia. Bia explicou que não pode ir ao chá de bebê, disse que não se sentiu bem no dia, resposta que não me convenceu, mas deixei de lado. Mari estava casada, nos despedimos de todos e fomos pra casa. Em casa tomamos banho e fomos nos deitar.
Mari: Foi tudo tão lindo hoje.
Eu: Foi sim, nossos amigos estavam tão felizes.
Mari: Tomara que eles sejam tão felizes como nós somos. – Ela me beijou.
Eu: Eles vão ser eles se amam.
*Mariana*
Minha gravidez se aproximava do final, minha mãe e a mãe de Fernanda estavam mais ansiosas que nós, elas não paravam de me dar dicas, já eram as avós mais corujas do mundo. Fernanda tentava absorver tudo que elas diziam. Eu já estava nas semanas finais da gestação, o bebê poderia nascer há qualquer momento, Fernanda ficava o tempo todo ao meu lado, não queria me deixar sozinha em nenhum momento. Meu irmão estava na cidade, me ligou e disse que queria me ver, ele parecia triste. Fernanda teria que resolver alguns assuntos no trabalho, ela aproveitou que Arthur estava na cidade e para resolver tudo, pois se afastaria por um tempo por causa do nascimento do bebê. Marquei com Arthur que chegou na hora do almoço, estava abatido, almoçamos e nos sentamos na sala para conversar.
Eu: Arthur o que esta acontecendo? Você esta tão abatido.
Arthur: Vanessa me deixou, ela pediu pra eu sair de casa.
Eu: Como assim ? Por quê? O que você fez? Traiu ela?
Arthur: Eu não fiz nada, eu a amo.
Eu: Então por que ela te deixou?
Arthur: Faz tempo que ela me cobra atenção, cobra um tempo só pra nós. Mas como os negócios estão crescendo tive que me dedicar mais a empresa e fiquei menos tempo em casa, tive que viajar a negócios. Ai ela esta achando que eu não a amo mais, que tenho outra.
Eu: Irmão você acha que vale a pena perder sua mulher por causa dos negócios? Ela sempre te esperou te apoiou só que você tem que se dedicar mais a sua família. Dinheiro não é tudo.
Arthur: Eu amo ela Mari, ela e o nosso filho são minha vida.
Eu: Você disse isso pra ela antes de ir embora?
Arthur: Não. Ela não me deixou falar. – Ele estava com lagrimas nos olhos.
Eu: Ai...
Arthur: O que foi? O que ta doendo? – Ele ficou assustado.
Eu: São as contrações, elas estavam fracas, mas estão aumentando.
Arthur: Você tem que ir para o hospital. Vou ligar para Fernanda.
Eu: Arthur calma, não estou parindo. Vou esperar mais um pouco, se aumentar nós vamos. Ok?
Arthur: Tem certeza?
Eu: Tenho.
Continuamos a conversa e ele voltaria pra casa e procuraria sua mulher. Ele a amava. Durante nossa conversa minhas contrações aumentaram, com a insistência de Arthur resolvi ir para o hospital. Fernanda estava demorando, ela havia dito que seria rápido. Resolvi ligar pra ela no caminho.
Eu: Que estranho...
Arthur: O que?
Eu: Fernanda não atende.
Arthur: Continua tentando.
*Fernanda*
Aproveitei a visita do irmão de Mariana para resolver algumas pendências do trabalho antes de me afastar para cuidar do bebê. Cheguei cedo, mas como sempre acabei demorando mais que o previsto, estava quase terminando para ir pra casa quando minha secretaria anuncia um nome. Pedi que ela chamasse os seguranças quando minha sala foi invadida.
Eu: O que você esta fazendo aqui Fabio? Eu vou chamar a policia.
Fabio: Calma Fernanda, eu não vim te fazer mal. Só quero me desculpar.
Eu: Você acha que um pedido de desculpa vai apagar tudo que aconteceu? Você tentou me matar, mais de uma vez inclusive. – Eu só consegui me lembrar de todo o terror que ele havia me feito passar.
Fabio: Eu errei Fernanda, mas eu mudei. Todo aquele ódio se foi, até parei de me drogar.
Eu: Eu não quero saber da sua vida! Quero você bem longe de mim e da minha família. Você ta ouvindo?
Não consegui me controlar e fui pra cima dele, e acabei dando o soco em seu rosto, sua boca começou a sangrar, mas logo depois os seguranças chegaram e nos distanciaram.
Fabio: Me perdoa Fernanda! Eu mudei. – Ele chorava.
Eu: Sai daqui, vai embora pra sempre! Nunca mais chegue perto de mim e da minha família. Eu não quero saber de você nunca mais. Entendeu?
Fabio: Entendi, eu nunca mais procuro vocês. Pode mandar seus seguranças me soltarem que eu estou indo embora. Mas eu te peço mais uma vez que me perdoe estou indo pra fora do país e não pretendo voltar mais.
Eu: Não quero saber! Vai embora.
Eles o soltaram e o acompanharam até a saída.
Eu estava muito nervosa, a presença de Fabio me perturbava e não me trazia lembranças boas. Bebi um pouco de água pra acalmar, precisava ir embora mas ainda estava muito nervosa. Peguei o celular pra mandar uma mensagem pra Mariana, mas vi que tinha 10 chamadas perdidas prontamente liguei para ela.
*Mariana*
Minhas contrações estavam aumentando a cada momento e eu não conseguia falar com Fernanda. Liguei para seu trabalho e ninguém atendia. Desisti de ligar, estávamos chegando no hospital eles constataram que eu estava com 7cm de dilatação. Arthur me avisou que Fernanda já estava a caminho, ele ligou pros nossos pais e para família da Fernanda. A dor só aumentava e eu já estava com 8cm de dilatação estava quase parindo, Fernanda havia chegado.
Eu: Até que fim Fernanda.
Fê: Desculpa a demora meu amor, você ta sentindo muita dor?
Eu: Agora a dor ta ficando mais forte.
Não conseguimos conversar, já estava na hora de nossa filha nascer. Eu sentia muita dor, optei por um parto natural sem anestesia. Segurava a mão de Fernanda enquanto a médica pedia pra eu fazer força e empurrar. Depois de alguns minutos nossa filha nasceu. A médica enrolou ela e entregou para mim, no momento que a segurei em meus braços só pude ver como ela era perfeita.
Eu: Nossa filha é linda Fê. Eu te amo! – Ela me deu um selinho.
Fê: Eu também te amo Mari. E amo também nossa menininha.
Aquele momento foi o mais feliz de toda minha vida, o nascimento de Cecília e estar casada com Fernanda era tudo que eu poderia querer.
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