Como matar meu chefe?
Esse era meu primeiro pensamento do dia assim que acordava, com tantas pessoas para ele encher o saco tinha que ser justamente Eu, que nem bola dou para ele?
Trabalho numa grande empresa de petróleo na área administrativa da empresa, estou cursando o último período de letras na faculdade e querendo ser um grande escritor, mais a porra do meu chefe está enchendo o meu saco com mais trabalho do que devo ter nas costas.
Me chamo Richard Drummond, alto e magro dos cabelos negros e da pele parda, os olhos num tom de castanho claro, apenas o meu sorriso que acho bonito, pois meus dentes são bem brancos e tenho algumas covinhas.
Trabalho para a família Sollath a alguns anos e isso já está me deixando louco. Com meu tcc perto e o meu chefe gritando toda vez que faço algo. Aquele capeta, não sei como ainda estou aqui e ainda não o matei.
Meu chefe o dono da empresa, o filho mais novo da família Sollath com seus 30 anos na cara, ele era um cretino, me fazia as vezes ficar até mais tarde no escritório, fazendo com que eu viajasse com ele para várias reunião e me botando para ser também seu secretário pessoal.
Seu nome era Murilo Sollath, seus cabelos negros no estilo dregader, com as pontas pintadas de grisalho, sua barba e costeleta caiam bem nele, devido ao seu rosto ser da forma de um touro bravo, ele tinha dois metros de altura, um verdadeiro armário, com a pele branca, suas tatuagem tribais que de vez enquanto apareciam quando ele tomava banho na empresa eram bem definidas na parte de seu corpo, seu corpo estava em total sincronia com a academia, bem definido ele era musculoso mais para ele não chegava a ser feio, era charmoso velo num terno de risca giz que sempre usava.
- Richard, quero os papeis dos relatório do setor hoje as sete. – disse ele abrindo a porta da sala como se fosse dono do mundo.
Sua voz era grossa, como de um locutor de rádio, ele me olhou com aqueles olhos castanhos que perfurariam meu corpo se eu não entregasse naquela hora.
- Capeta. – murmurei baixo.
- O que disse? – perguntou ele arqueando as sobrancelhas.
- Sete horas? Mais senhor Sollath, meu curso vai apresentar um trabalho hoje, eu preciso chegar cedo e já tinha avisado aohoras, será que dá conta disso, Drummond? – perguntou ele sem espera a resposta, batendo a porta.
Xinguei ele de todos os palavrões que sabia e até inventados. Olhei bem para o relógio e ainda era apenas 3 horas da tarde, ainda dava tempo, se eu fosse rápido conseguiriam apressar tudo.
Para começo de conversa, eu odiava ele, Murilo era do tipo de pessoa que adorava a perfeição e odiava quando pessoas desobedeciam suas ordenes, demitiu um garoto novato justo porque ele tinha se atrasado 5 minutos para a reunião. Alegando que o menino era um retardatário, prejudicando assim a sua reunião.
Ao abri a porta eu quase jogo a cadeira, ainda bem que era meu amigo de sala.
- Epa, calma lá jovem. – disse meu amigo.
Firmino era um cara bacana, realmente um grande amigo e o primeiro que fiz quando entrei na empresa. Sua pele morena, dos cabelos raspados, os olhos verdes e aquele belo sorriso que derretia os corações das meninas, um corpo de um jogador de futebol que encantava qualquer um.
Em pelo vigor de seus 26 anos, era bem sucedido para alguém que já foi preso por assassinato, Murilo acreditava em segundas chances e deu para Firmino uma, criando um vínculo de fidelidade. Firmino não gostava de outras pessoas falando mal de seu chefe, só eu poderia falar mal dele estando perto.
- O que o chefe já te fez? - perguntou Firmino ajeitado seu palito preto.
Bufei de raiva só de pensar nele.
- Ele quer os relatórios tudo para hoje, ate as sete da noite. – disse para ele ajeitando os papeis em cima de minha mesa.
Firmino cocou o queixo, ele sempre fazia isso quando estava pensando em algo.
- Como vai ficar a sua aula? – pergunto ele.
- Ainda não sei, mais vou me vira de alguma forma. – respondi num sobre salto com o celular vibrando.
Desde de que minha mãe morreu, botei meu irmãozinho num colégio interno, me sacrificava dobrado tanto para pagar minha faculdade quanto para ajudar meu irmão a ter tudo do bom e melhor.
- Olá maninho, como está? – perguntei tentando ser o mais natural e não demostra preocupações demais para ele.
- Estou bem, Richard, quando vai vim me buscar? – perguntou Victor, quase choramingando.
- Não chore meu irmão, eu vou lhe buscar nas férias. Te prometi isso e vou cumpri. – Disse tentando não desabar ali mesmo.
- Estarei te esperando. Como esta? – perguntou meu irmão.
Olhei para uma foto dele, que tinha botado na minha mesa. Ele tinha sete anos de idade quando consegui um internato para ele. Agora ele estava maior, com seus 12 anos de idade, os cabelos ruivos estavam ficando mais sedosos, os olhos castanhos eram bem mais claros e sua pele branca o destacava de tudo, já estava criando um corpo bom e isso me alegrava sendo que ele estava sendo bem tratado.
- Eu não posso falar muito com você, eu te amo...
A porta se abriu e antes que eu desligasse o telefone, Murilo abre a porta. Fuzilando-me com aqueles olhos, sua raiva aumentou ali e sua sobrancelhas se juntaram de raiva, com as veia aparecendo pelo pescoço.
- Quero todos os relatórios até as 5 da tarde e vou ter uma conversa muito seria com você. – disse ele se virando e fechando a porta.
Firmino não teve nem tempo de falar um oi e eu muito menos de desligar o celular.
- Te amo. – disse Victor desligando o celular.
Quase estouro em raiva, se ele me desse as contas eu pularia na cara dele e beijá-lo-ia. Não estava mais aguentando aquele emprego, aquele chefe, ele em si, dando seu ataques enquanto eu estava ali trabalhando, seu pai o senhor Magno Sollath era mais compreensível.
- O que ele ira falar contigo? – perguntou Firmino curioso. – Nunca o vi assim.
Nem respondi, voltei a trabalhar. As horas voam quando estava focando em algo, duas coisas que me deixavam focado era meu irmão. Já estava com 3 mensalidades do colégio dele atrasado e não saberia como pagar. Fora que minha faculdade ainda estava levando com a barriga. Apenas mantinha meu aluguel por que se não morraria na rua.
Faltava 15 minutos para a reunião. Eu estava atrasado e sai correndo com os papeis na minha mão, derrubei cadeiras, copos de café e pessoas que passavam na minha frente, gritava dando desculpas e dizendo que o diabo estava me chamando.
Chegando perto da sala de meu chefe me olhei no espelho rapidamente do celular, estava todo amarotado, cabelos desgrenhado, estando perto de um ataque de pânico.
Abri a porta e ele estava lá sentado, me esperando paras as entregas do relatório. Murilo estava tranquilo, apenas com a camisa social, o paletó estava em cima da mesa jogado.
Seus olhos se fixaram ao meu e rapidamente desvie o olhar e coloquei os papeis em cima da mesa dele.
- Todos os relatórios, entregue na hora em que pediu, senhor Sollath. – disse em pé esperando por alguma coisa.
- Como sempre eficiente, senhor Drummond, isso que espero de você. A propósito, sente-se. – disse ele - Local de trabalho é local de trabalho, não lugar para esta conversando com seus namorados virtuais senhor Drummond, da próxima vez eu não serei...
Não sei o que deu em mim, mais me levantei na hora e gritei.
- Não preciso de sua piedade, tão pouco de clemencia. – rebati para ele.
- Como quem achas que está falando, Richard? – perguntou ele arqueando sua sobrancelha direita.
Já estava ali, agora não poderia mais para.
- Isso mesmo que o senhor ouviu, ou é surdo? – perguntei o desafiando a responder. – Se quiser me dar as contas pode me dar, não preciso mais aguentar suas afrontas...
Ele se levantou e ficou na minha frente. O calor do corpo dele não me intimidou, seu corpo em si não me intimidou, todos tinham medo dele, ia mostra o seu devido lugar.
- Fale baixo comigo, antes que eu venha lhe dá uma advertência. Um pobre funcionário que pensa que é muita coisa nessa empresa. Posso te tira num estalar de dedos. – rebateu ele
- Me dê logo minha demissão, não aguentou mais o seus ataques de fúria, seu garoto mimado, seu idiota...
Ele me silenciou com um beijo. Foi mais demorado do que eu pensei, envolvendo seus braços em volta do meu corpo, tirando meu folego. Tentei me afastar, mais não tinha forças contra ele. A primeira chance que tive, dei um soco nele e sai correndo dali, pegando um elevador e correndo para fora da empresa. Eu estava maluco ou meu chefe tinha me beijado?