Loucura! Disse para mim mesma, gritei comigo ao assistir perplexa o que pairava em meu subconsciente, senti medo da falta de limites dos meus sonhos e tremi com meus desejos revelados. Não era eu, jamais poderia agir assim. Ainda não concordo, mas estou até agora sem reação porque enquanto repousava sobre os lençóis eu pude sentir alguém entrando em meu quarto. O invasor não era tão estranho porque sua presença ali me trazia um certo conforto além da sua ousadia facilitar que acolhesse-o entre as pernas. Ele sentiu o meu sabor mais íntimo, ouviu meu suspirar de satisfação, colheu o aroma do meu prazer e quando eu estava ávida a receber seu sexo ele me segurou para que outro provocante intruso trepasse sobre mim.
Era algo que me deixava nervosa e excitada, meu coração tremia de medo enquanto minha vagina se contraia de satisfação ao sentir a ereção plena. Conseguia discernir o que acontecia através do contato e odor dos corpos másculos que percorriam minhas zonas erógenas, a luz era quase zero e meu desejo estava à mil. Eles me posicionaram de joelhos sobre a cama ficando brincando com meu sexo enquanto estava na posição de cachorrinha, quando pressenti haver outro alguém, não era possível serem apenas dois.
Nossa que absurdo! Nossa que absurdo!
Como vou conseguir me encarar no espelho depois disso? O trio revezava dentro de mim, subiam em meu corpo para embalar com movimentos depravados. Eu evitei contar as trocas de corpos, não queria admitir a vontade de entregar minha carne prostituta que oferecia prazer aos meus parceiros. Eu ficava estirada na cama apenas com a preocupação de manter as pernas bem afastada e gemer dengosa para motivá-los. Por mais que eu já tenha ouvido falar sobre isto para mim é uma aberração. Aquele que tinha o membro maior deitou-se ao meu lado pedindo para eu sentar sobre sua vara apontada para o teto. Obedeci devota, arremessando meu quadril sobre ele quando outro ficou de pé na minha frente para eu lhe fazer carinho com a boca, mas tive um sobressalto quando o terceiro (que tinha um sexo menor) posicionou-se no atrás das minhas ancas para forçar passagem entre meu rego. Senti um arrepio percorrer toda minha espinha até chegar as passagens da pelves duplamente invadida. Quando gritei de dor o cacete alojado entre os lábios invadiu o espaço da voz tocando no fundo da garganta, abafando meus berros de protesto. Foi a satisfação de me ver preenchida que me fez despertar assustada.
É totalmente fora dos meus conceitos, meu corpo entregue a satisfação de três pervertidos pauzudos. Só de relembrar fico corada de vergonha.
Me confunde este caleidoscópico de sensações, uma confusão de sentimentos que me deixam sem norte. Não sei se destruo ou crio esta fantasia, se arranco de mim a imagem bestial ou deixo que aconteça e vire uma de minhas realizações. Orgia não é a forma correta de ter prazer, entretanto o devaneio me fez sentir bem. Meus sonhos estão poluídos de depreciação e minha conduta recatada arruinada. Estou consumida pelas fantasias!
