A melhor parte de mim. Cap 17

Um conto erótico de Phamy
Categoria: Homossexual
Contém 1254 palavras
Data: 25/11/2016 18:01:39

CAPÍTULO 17: CLARA

Tudo estava perfeito naquele dia. Sol, mar, namorada, paz... Estava sendo uma tarde perfeita até o momento que retornei a ligação do Fabinho.

---- LigaçãoOi Fabinho.

- Onde você está?

- Na praia.

- Vem pra casa agora. É urgente! -- Comecei a ficar preocupada.

- O que foi que aconteceu?

- A Bianca foi estuprada. -- O Fabinho foi direto. Minha garganta ficou seca. Perdi o ar.

- Chego aí dentro de uma hora.

---- Fim da ligação ----

Eu corri o mais rápido que eu pude, mas parecia que eu nunca ia chegar.

O desgraçado do Sandro estuprou meus dois irmãos... Por anos... Mas aquilo iria acabar. Agora eles tinham a mim. A Bianca concordou na hora em denunciar o pai, mas o Sandrinho não. Ele não tava facilitando pra mim. Ele só foi concordar depois que teve uma conversa em particular com a Marina. No outro dia aquele monstro seria preso e tudo ficaria bem.

Por hora o Sandrinho e a Bianca ficariam em minha casa. Morariam comigo. A Marina estava sendo essencial, não só na minha vida, mas na vida do Sandrinho também. Ele confia nela, ouvia ela. Eles tinham uma especie de ligação.

No outro dia recebi uma ligação que fez com que a minha tranquilidade se dissipasse na hora. O delegado me disse que assim que o mandato saiu eles foram prender o Sandro, mas que infelizmente ele conseguiu fugir. Bateu o desespero. Eu sabia que ele viria atrás de mim e de seus filhos.

Comecei a tomar minhas providências. Aumentei o número de seguranças, instalei mais algumas câmeras e fiquei mais alerta. Não podia vacilar.

Eu já não sabia mais o que era dormir. Já havia se passado três semanas e o Sandro ainda não havia sido preso. Eu consegui me aproximar mais dos meus irmãos. Eram ótimas crianças. Eu queria dar o melhor pra eles. A Marina acabou me surpreendendo. Ela tinha uma paciência com aquelas crianças que eu ficava até boba. Eles gostavam dela e ela deles. Acabaram virando grandes amigos. Arrisco dizer que eles tinham mais afinidade com ela do que comigo.

Numa quarta-feira a tarde eu precisei ir até a construtora para uma reunião. Fui acompanhada do meu segurança, o Marcelo. Correu tudo bem na reunião. Na saída recebi uma ligação, era um número desconhecidoLigaçãoMaria Clara? -- Logo percebi que era uma mulher.

- Eu mesma!

- Aqui é a Jade.

Jade? Minha mente trabalhou a mil por hora. Ata... Jade... Amiga da Marina.

- Pois não Jade, o que deseja?

- Tem uma coisa que eu fiz mais estou muito arrependida.

- E o que eu tenho a ver com isso? -- Perguntei.

- Eu topei entrar numa aposta há uns meses atrás...

- Não estou entendo aonde você quer chegar.

- Só me escuta por favor. A Marina apostou uma garrafa de whisky Royal Salute que pegaria você. -- Fiquei sem palavras -- Mas Maria Clara eu juro que estou arrependida de ter concordado com essa idioticeFim da ligaçãoNem respondi nada. Só desliguei o telefone. Era óbvio que aquilo era mentira. A Marina já havia comentado comigo que os amigos dela estavam enciumados porque ela estava dedicando a maior parte do seu tempo a mim.

Quando cheguei em casa a Marina ainda estava lá. Ela estava praticamente morando comigo, pois vivia lá em casa e dormia comigo todos os dias.

- Sabe quem me ligou hoje? -- Perguntei enquanto tirava o salto alto.

- Não faço a mínima idéia.

- A Jade, sua amiga.

- É mesmo? Pra quê?

- Falou que você apostou que me pegaria. Vê se pode? Bem que você me falou que eles estavam enciumados...

Ela ficou em silêncio... Isso me preocupou.

- Isso é mentira, né?!

Ela continuou quieta.

- Marina?

- É verdade. Mas eu voltei atrás depois...

Não ouvi mais nada. O ódio aflorou dentro de mim. Tudo aquilo que a gente viveu era mentira? Não era possível.

- Marina não to acreditando nisso! -- Falei.

- Meu amor isso foi uma besteira que eu fiz porque estava com raiva... Releva por favor..

- Me dá um tempo pra digerir isso? -- Pedi. Eu não queria fazer nada de cabeça quente.

- Como quiser...

Ela veio até a mim, me deu um beijo no rosto e saiu. Quando fiquei só me permiti analisar aquela situação. Tomei um banho e depois desci. O Fabinho e meus irmãos conversavam baixinho e quando cheguei eles pararam. O Sandrinho saiu sem me dirigir a palavra e a Bianca foi atrás dele.

- O que aconteceu com esse menino? -- Perguntei sem entender o porquê de sua atitude.

- Já sabemos que você e a Marina terminaram e você sabe como ele é apegado a ela. Com certeza ele ficou sentido.

- Mas eu e a Marina não terminamos. Só pedi um tempo. Você acredita que a Marina apostou que me pegaria por uma garrafa de whisky com os amigos dela?!

- Acredito. Como também acredito que ela tenha se arrependido. Eu já sabia dessa aposta Marina. Eu estava por perto quando ela desfez e só por isso permiti que ela se aproximasse de você.

- Você já sabia? Como assim? -- Perguntei indignada.

- Naquele jantar que vocês brigaram e eu sumi. Fui levá-la em casa. Paramos num barzinho e ela começou a beber. Depois de bêbada acabou chorando e me contando sobre essa aposta. Ela estava arrependida, pois estava apaixonada por você. Por isso ela comprou o tal whisky, entregou aos amigos e disse que a aposta tinha acabado.

- Você tem certeza disso Fabinho??

- Qual foi o dia que eu menti pra você? E mais... Qualquer um que olha pra vocês percebe que ela é louca por você. Olha como ela mudou nos últimos meses.

Pensando agora de cabeça fria eu estava mais racional. Ela desistiu da aposta. Isso significava que ela gostava de mim de verdade. Pensei em ligar pra ela, mas achei melhor esperar até o dia seguinte. Liguei pela manhã e ela me atendeu no segundo toque. Marcamos de nos encontrar na hora do almoço num restaurante que ela escolheu.

Cheguei no restaurante um pouco atrasada, mas a Marina também não tinha chegado ainda. Aguardei por mais meia hora e nada dela aparecer. Liguei pro celular mais só dava caixa postal. Esperei por mais alguns longos minutos e nenhum sinal dela. Então liguei pra sua casa, a Aparecida atendeu. Perguntei se a Marina se encontrava em casa e ela disse que não. De acordo com ela a Marina tinha saído a mais ou menos uma hora e meia de casa. Bateu o desespero. Minha intuição dizia que algo havia acontecido. Fui pra casa e passei para o Fabinho o que havia ocorrido. Ele se preocupou.

Meu celular tocou. Era elaLigaçãoMeu amor onde você se meteu? Fiquei te esperan... -- Falei

- Escuta vadia. Eu estou com sua amiga.

Reconheci a voz. Congelei na hora.

Sandro...

- Você ferrou com a minha vida. Preciso da o fora antes que os "canas" me achem. Quero quinhentos mil reais ainda hoje se não eu mato sua namoradinha.

- Onde? -- Não pensei duas vezes.

- Sabe onde fica àquela estrada de chão depois do Hospital Municipal?

- Sim.

- No final dessa estrada tem uma placa de proibida a entrada. Vire a esquerda e você dará de cara com um galpão abandonado.

- Ok.

- E não de uma de esperta pra cima de mim. Se chamar a polícia eu mato a patricinha. Te espero as 17:00hsFim da ligaçãoEu estava apavorada. Como a Marina foi parar nas garras daquele crápula? Meu Deus...

ATÉ SEGUNDA GENTE... TENHAM UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA. :*

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Phamy a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Nossa quanta coisa acontecendo, acredito que muita coisa vai acontecer.

0 0
Foto de perfil genérica

Ótimo conto, Phamy. Leva um dez com louvor. Gostariamos de publicar seu conto na Secret Islands. Entre em contato com a gente. Beijoka da Carla Zéfira - Secret Island - Email: modfant@gmail.com

0 0
Foto de perfil genérica

Coitada da Marina! Mas tenho certeza que vai dar tudo certo. Pena é ter que esperar até segunda rsrsrs... Um excelente final de semana pra você também!!! 😘😘

0 0
Foto de perfil genérica

Eu to com muita raiva, eu odeio o Sandro profundamente

0 0
Foto de perfil genérica

Um otimo FDS pra tii tbm...... Ain que perfeito seu conto, odeio esse Sandro *.*

0 0