Olá,boa noite pessoal!
Como agradecer o incentivo que cada um de vocês me deram?Eu não sei,mas graças ao que cada um disse,me senti mais animado e com mais gás pra levar está história até o fim.Eu sei que não posso agradar todo mundo,mas ver que agrado a tantos,me mostrou que meu conto está indo bem e que ele deve continuar.
Jota você não se intrometeu,ao contrário,me disse verdades.Outro Abraço querido!
Magus onde você acharia uma bomba nesse país?kkkk
Chria o conto continua,pois percebi que ele está agradando.
Edu19>Edu15 acho que é o único que torce pelo Vitor kkk
Vitinho obrigado por tantos elogios.
Greader ajudou bastante,belo exemplo o que usou.
VALTERSÓ pode deixar,já pensei bastante.kkk
Aos demais que deixaram suas palavras de incentivo,um muito obrigado e meu carinho a todos.
Agora vamos ao capítulo de hoje...
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Atenção:
Este capítulo possui dois narradores.
Narrador:Felipe
Algumas pessoas têm a sorte de nascer em lugares felizes,onde tudo dá certo.Outras nascem em lugares onde só a dor e sofrimento.Eu faço parte dessas outras.Mas tive a sorte de ter uma mãe maravilhosa,apesar de não ter tido o melhor pai do mundo.
Eu nunca falava nele,mas era o meu pai,e de alguma maneira eu sempre tentei justificar seus atos.Não é que eu não quisesse ver tudo que ele tinha feito,mas como algumas pessoas,preferi guardar seu lado bom,e esquecer o ruim.
E agora,como se uma barreira tivesse sido quebrada,lembranças antigas inundavam a minha mente.Minha mãe sempre dizia que eu era diferente do meu pai,mas com o que fiz o Vitor passar,eu percebi que talvez fosse igual ou pior,e isso me quebrou por dentro.
As lágrimas lavaram meu rosto,e eu fui até a parede do beco,onde me encostei.Vitor se levantou com dificuldade,e veio até mim,me puxando para seus braços.
-Não fica desse jeito,eu fiz por merecer.Além de tentar enganar você,eu fui egoísta.Achei que podia ser o Vitor e o D ao mesmo tempo.Achei que poderia ficar com você como o D,e levar a minha vida do jeito que era,como o Vitor.Eu nem pensei em você,o quanto sofreria.Eu só pensei em mim,em como manter a minha masculinidade e não te perder.Eu fui um idiota!-Ele disse enquanto beijava os meus cabelos.
-Me perdoa,eu não sei o que aconteceu...Nunca tinha perdido o controle desse jeito antes!-Disse enquanto agarrava sua camisa.
-Não fique assim minha criança.Eu mesmo,já fiz coisas muito piores.-Ele disse enquanto me apertava com força.
-Tantas mágoas entre nós,será que ainda temos solução?-perguntei enquanto esfregava o rosto de leve em sua camisa.
-Ainda é muito cedo pra saber.-Vitor respondeu sem me soltar.
-Talvez a gente não deva mais insistir nisso.-Eu disse após conseguir sair dos braços dele,sentindo meu corpo reclamar por isso.
-A verdade é que não quero ficar de longe de você,mas talvez entre a gente não tenha futuro.-Vitor concordou após um minuto pensativo.
-Eu sou só um muleque,um menino que ainda gosta de jogar bola e nem sabe o que quer da vida ainda.Eu gosto de você,tanto que chega a doer,mas eu não sei lhe dar com esse sentimento e acho que ele deve morrer.-Disse enquanto apertava as mãos uma na outra,sentindo meu peito gritar por dentro.
-E eu sou um homem Felipe.Eu levei muito anos,batalhando pra que meu nome fosse respeitado,e não digno de pena por causa de uma tragédia que aconteceu a anos...Eu tô apaixonado por você,e tô sofrendo muito mais do que eu achei que fosse.Mais eu não posso abrir mão do que construí,por algo que não dure nem uma noite.-Ele admitiu após um longo tempo em silêncio,dando voltas pelo beco.
-Eu entendo!-Disse sentindo meu coração se revoltar dentro do meu peito,gritando com todas as forças pra que fosse diferente.
Vitor me puxou e logo nossas bocas estavam uma na outra,sua língua invadindo e explorando a minha,seus braços me apertando mais forte que nunca e seu coração batendo no ritmo do meu.
E então acabou,e ele me deu um beijo na testa,me observando com carinho.E eu me afastei,sem olhar pra ele,sentindo meu peito se rasgar por dentro.As coisas tinham chegado a um limite,um limite que eu não sabia o que iria acontecer.
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Narrador:Eu
Vitor observou ele se afastar devagar,seu peito queimando por dentro,chamando o nome dele.Mas tinha que ser assim!
As lágrimas vinheram e ele se encostou a parede do beco,de olhos fechados.O gosto dele ainda em sua boca,o cheiro dele em sua camisa e o rosto gravado em sua mente.
-Nunca vou esquecer a noite de hoje.Afinal quem imaginária,o poderoso Vitor beijando o chão?...Impagável!-Uma voz disse fazendo com que ele desse um pulo.
-Porque você não foi pra casa,Henrique?-Vitór perguntou enquanto,enxugava rápido as lágrimas.
-Fiquei curioso,como seria a sua conversa com o Felipe,e fiquei aqui no beco.Mas tive que ir mais pra dentro,quando vocês resolveram fazer o showzinho aqui.-Henrique respondeu como se fosse óbvio.
-Então deve estar bem satisfeito!-Vitor afirmou enquanto virava de costas pra ele.
-Sim,bastante!...Mas estranhei a sua reação.O Vitor que conheço teria saído daqui pisando em ovos e xingando Deus e o mundo.-Henrique disse em tom de provocação.
-Eu vi a dor e o choque nos olhos do Felipe,e quando ele chorou daquela maneira,a raiva que tava sentindo,diminuiu e sumiu.Eu só conseguia pensar nele,e que ele não tava bem.-Vitor disse enquanto passava as mãos pelo cabelo.
-Que bonitinho...O amor tá te amansando.-Henrique ironizou.
-Não enche meu saco,caralho!-Vitor disse irritado.
-Agora que vocês são namorados...-Henrique tentou falar em tom divertido.
-Não somos nada...Talvez a gente nem se veja mais.-Vitor disse ignorando seu coração que se espedaçava no peito.
-O quê?-Henrique perguntou fechando a cara pra ele.
-É melhor assim,Henrique.-Vitor respondeu sentindo algo subir pra sua garganta e apertar.
-Vitor por quantas pessoas você ficaria de joelhos?Por quantas pessoas você beijaria o chão daquele maneira?-Henrique perguntou sem acreditar no que tinha ouvido.
-Eu só fiz isso pelo Felipe!-Vitor respondeu tentando não olhar pra ele.
-Então porque tá se afastando dele?-Henrique perguntou
-Porque eu não posso abrir mão da minha vida,por algo que talvez não dure 24 horas.-Vitor respondeu enquanto se virava pra ele,o olhando desesperado.
-Eu não acredito que depois de todos esses dias,sofrendo como um condenado.Você tenha coragem de abrir mão do garoto,que você tá apaixonado.-Henrique disse incrédulo.
-Henrique você mais que ninguém,sabe o que passei pra ter tudo que tenho hoje...Eu sou administrador de uma grande empresa,sou respeitado pelos meus chefes e pelos meus funcionários...Você acha que eles me aceitariam no comando,se soubessem que corro atrás de um muleque?-Vitor perguntou enquanto o encarava nos olhos.
-A opinião que devia importar pra você,era a minha,do Juninho e da Paty.E não de meia dúzia de babacas de eterno.-Henrique disse exaltado.
-São esses babacas que pagam a mesada de vocês três,que garantem que não vá faltar nada nem pra nenhum de nós.-Vitor rebateu irritado.
-Ontem você mal comeu,saiu de casa sem dizer aonde ia.A Paty me ligou a uma da manhã,sofrendo,preocupada com você.Eu deixei de descansar,pra ir atrás de um marmanjo.E aonde te encontro?Lá naquele puteiro,que a Silvana comanda.Bêbado e chamando pelo Felipe.-Henrique disse com sarcasmo,ignorando o que ele havia dito.
-Você sempre querendo ser o dono da razão,né Henrique?Ontem você chegou lá,querendo botar moral em mim,e disse um monte de merda pra Silvana.-Vitor disse irritado.
-E ela mandou os capangas dela me levar pra fora.Eles me levaram até a beira da estrada,e me deram uns bons socos e ainda me empurraram contra uma cerca de arame que tinha lá.Mas o idiota aqui,preocupado com você.Esperou eles irem,pra voltar lá e tentar te ajudar.-Henrique rebateu no mesmo tom de voz.
-Eu nunca pedi pra que ninguém se preocupasse comigo.-Vitor disse alterando o tom de voz.
-Mas a gente se preocupa,porque é isso que família faz.Mas você não se importa,que esteja fazendo a gente sofrer,né?Afinal o poderoso Vitor,só enxerga o umbigo dele.-Henrique disse sem se importar que alguém escutasse.
-Isso não é verdade!-Vitor disse enquanto o encarava,a raiva lhe queimando.
-Você faz o que você quiser,eu não te dou mais nenhum conselho.Mas o Felipe não vai te esperar pra sempre,e quando perder,não corre pra mim,que eu não vou estar lá.-Henrique disse irritado,enquanto dava meia volta e saia.
Vitor se virou e deu um soco na parede,tamanha era sua raiva.Em seguida caminhou até o carro e entrou,olhando a Paty que dormia no banco de trás,pelo retrovisor.
Uma lágrima caiu no volante e logo outras vinheram,seu peito estava em pedaços,e doía muito mais que antes.
Ele era apaixonado pelo Felipe,mas valia a pena jogar anos de uma luta pesada fora,por algo que ele nem imaginava como ia ser?
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Narrador:Felipe
Cheguei em casa e entrei,minha cabeça dando voltas com tudo que tinha acontecido.Minha mãe estava sozinha no sofá,e eu me aproximei dela e deitei a cabeça em seu colo.
-Nossa,o que foi?-Ela perguntou enquanto acariciava meus cabelos.
-Eu acho que sou muito parecido com o papai.-respondi com tristeza.
-Não coloque isso na sua cabeça,seu pai era um homem bruto e violento,você é muito diferente meu anjo.-Ela disse com carinho.
Eu queria contar pra ela,o que estava acontecendo comigo.Mas eu estava com medo,não sabia como ia reagir,então me deixei ficar ali em silêncio,meu pensamento chamando pelo Vitor.
Continua...
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