A Dor de um Segredo - Capítulo 4

Um conto erótico de Bruno Del Vecchio
Categoria: Homossexual
Contém 1197 palavras
Data: 29/12/2016 21:54:49

...CONTINUANDO

Ao olhar para frente me deparei com ele, estava mais lindo que na noite anterior.

- Bom Dia! – Falou ele com um sorriso de canto a canto do rosto.

- O que você está fazendo aqui? Como entrou? – Perguntei nervoso descendo os últimos degraus da escada.

- Vocês se conhecem? – Indagou Esmeralda adentrando a sala.

- Não! – Falei.

- Sim! – Falou ele ao mesmo tempo em que falei.

- Afinal? Vocês se conhecem ou não? – Indagou Esmeralda.

- Bom... Só o conheço de vista. – Falei.

- Hum... Sei... Miguel esse é o Bernardo.

- Bernardo? – Indaguei olhando para ele.

- Bernardo Costa! – Respondeu.

- Ele é nosso novo vizinho e veio me perguntar se tinha uma caixa com ferramentas.

- É que a minha foi furtada durante a mudança e eu preciso instalar umas prateleiras e não tenho nem uma chave de fenda. – Falou ele me olhando.

- Filho você sabe onde seu pai guarda as ferramentas dele?

- Sei, sim! – Respondi.

- Pegue e empreste ao Bernardo! Eu vou pegar a minha bolsa.

Esmeralda foi subindo as escadas.

- Por favor, me acompanhe! – Falei enquanto ele me acompanhava.

Papai sempre guarda suas ferramentas na área de serviço. Peguei a maleta e entreguei a ele.

- Aqui está! Acho que tem tudo de que precisas. Faz um favor... Vê se não perde nada. Meu Pai morre de ciúmes das coisas dele.

- Não se preocupe! Eu sempre costumo cuidar bem das coisas e principalmente das pessoas. Principalmente aquelas a qual me apaixono.

Ele passou a mão em minha cintura e eu senti meu corpo todo arrepiar.

- Anda Filho! Se não vamos chegar atrasados. – Ecoou a voz da minha mãe.

- Melhor você ir! E obrigado pela noite de ontem.

Antes que eu pudesse falar algo, ele segurou meu rosto e me deu um beijo. Foram apenas cinco segundos de um beijo caloroso. Ele se desvencilhou de mim.

- Melhor nós irmos. Se não sua mãe vai gritar de novo.

Ele saiu caminhando na frente e eu o seguindo logo atrás. Fechei a porta da sala e me dirigi até o carro. Entrei e olhei pela janela para em sua direção. Até aquele momento eu não acreditava que tinha me entregado de corpo e alma pra um desconhecido. Eu pensei que fosse um sonho, um pesadelo, mas não. Aquilo tudo era real.

- Se precisar de alguma ajuda o Miguel estará livre no período da tarde. – Falou Esmeralda.

Nesse momento olhei para ela, pois no presente momento eu queria esquecer tudo o que aconteceu.

- Mãe! – Falei a repreendendo.

- Pode deixar Dona Esmeralda, se precisar eu o chamarei. Tenho certeza de que ele será bastante solicito. – Falou e abriu um lindo sorriso.

- Vamos embora se não eu perco o primeiro Horário. – Falei.

Minha mãe ligou o carro e saiu catando pneu. Quanto mais nos distanciávamos mais meu coração ficava aliviado.

- Filho... Eu e o seu pai vamos viajar. – Falou Esmeralda prestando atenção no trânsito.

- Por acaso é mais uma Lua de Mel? – Indaguei.

- Sim! – Respondeu enfática.

- Qual o destino da Viagem? Vocês não estão querendo me levar junto não né?

- Dessa vez não! Você vai ter que ficar. Afinal, você já tem 17 anos, está quase um homem e sabe se virar bem sozinho.

- Nisso terei de concordar com a senhora.

Nesse momento sinto meu celular vibrar, ao pegá-lo vejo que é uma mensagem de um número desconhecido.

“Não consigo parar de pensar em você.”

Como será que ele conseguiu o meu número? – Pensei.

Minha mãe estacionou o carro, me deu um beijo na testa e logo eu desci do carro.

- Tenha um bom dia filho!

- A senhora também! – Falei enquanto ia adentrando a escola.

Para minha alegria faltavam apenas duas semanas para o fim do ano letivo. E eu como sempre já estava aprovado na maioria das disciplinas. Já que eu não era bom em fazer amizades, ao menos eu era bom nos estudos.

Entrei na sala e me dirigi a minha carteira. Nesse momento sinto meu celular novamente vibrar. Ao pegá-lo vejo que é mais uma mensagem.

“Estou com saudades dos seus beijos.”

Travei o celular e guardei no bolso, pois o professor de Geografia adentrou a sala de aula.

- Bom Dia Turma! Bom... Eu preciso fazer umas atividades de recuperação com vocês. O que eu chamar pode se retirar da sala de aula, pois esses já atingiram a média e já estão aprovados.

Para minha alegria eu já sabia que estava aprovado nessa disciplina. Esperei o momento de ele me chamar e logo sai da sala. Fui para o pátio da escola e me sentei num banco. Meu celular novamente vibrou. Peguei-o e era mais uma mensagem de texto da criatura.

“Vai me evitar, é... Eu se fosse você não faria isso.”

Eu tinha duas opções. Evitá-lo e ver o que acontecia, ou respondê-lo. Optei por respondê-lo.

“Deverias saber que estou em aula e o uso do celular é proibido.”

Enviei e não demorou mais que dois minutos e uma nova mensagem apareceu na tela do meu celular.

“Quando chegar peço que venhas até a minha casa. Temos muito o que conversar.”

O que diabos ele quer de mim? Isso só pode ser obra do capeta, do satanás. Mas que ele é um homem tentador isso é. Alto, Corpo sarado, Olhos castanhos cor de mel, Barba por fazer, Cheiroso e Beija bem pra caralho. Ai meu Deus que Homem é aquele. Logo sou tirado dos meus pensamentos, pois um menino da minha sala se aproxima.

- E ai Miguel, tudo bom? – Falou ao se aproximar.

O Nome dele é Kelven. Estuda comigo desde a Quinta série.

- Sim! E com você?

- Bem também! Sabe... Eu estava querendo te convidar pra minha festa de aniversário.

- Fico surpreso com o seu convite, mas infelizmente não poderei comparecer.

- Calma! Eu nem disse quando era e onde era. Pra você me dispensar assim. Bem que disseram que você é Antissocial.

- Eu mesmo não! Olha só Kelven, nós estudamos juntos a mais de cinco anos. E só agora você decidiu me convidar para a festa de seu aniversário. Poupe-me! – Falei e me levantei e sai caminhando em direção a quadra poliesportiva.

- Espera! Deixa eu falar... – Falou Kelven me seguindo.

Virei-me e o encarei. Ele estava trêmulo, seus olhos brilhavam.

- O que você quer? – Falei.

Ele me empurrou em direção ao beco e me encurralou na parede.

- Você é um idiota! Deveria apenas ter aceitado o meu convite. Eu tinha preparado uma surpresa pra você.

- Hã? – Foi o único som que consegui emitir.

Ele segurou minha camisa com as duas mãos e me beijou. Logo tratei de me desvencilhar dele e dei uma tapa em sua cara e sai correndo. Para minha alegria o sinal tocou e logo entrei na sala de aula.

- Aconteceu alguma coisa Miguel? – Perguntou Karina.

Karina é uma colega de sala a qual eu tenho uma boa afinidade.

- Nada não Karina! – Falei ao me sentar.

Nesse momento Kelven adentrou a sala de aula e me fuzilou com os olhos.

- Eu só posso ter urinado no santo graal. Eu mereço... – Pensei.

- Você falou algo Miguel? – Indagou Karina.

CONTINUA...

Será que Miguel está se metendo em mais uma roubada? O Que o aguarda? Isso vocês só saberão no próximo capítulo. Meu nome é Bruno Del Vecchio e é nessa que eu vou.

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