Naquele dia as horas pareciam não passar e eu estava num estado frenético de ansiedade, chegando a duvidar que aceitaria ir com ele seja lá pra onde fosse. A existência daquela paisagem linda com um mar refletindo o sol, aquele dia de céu descoberto e a possibilidade que eu tinha de olhar por aquela janela sem sair do meu lugar foi, aos poucos, criando uma calma em mim, afinal eu precisava controlar meus medos e ansiedades.
O celular vibrou me tirando daquele momento de reflexão interna. Era uma mensagem do Pedro perguntando se eu estava bem. Idiota. Como eu estaria bem depois de todo aquele show que ele armou?! Não respondi. Prometi que nada mudaria, mas eu não estava mesmo pronto para deixar aquilo de lado. Voltei aos meus afazeres e deixei que o trabalho ocupasse a minha mente e fizesse a hora andar. Eu sei que fiz tanta coisa naquele dia que quando me dei conta a bela paisagem lá fora tinha dado a um maravilhoso por do sol, me lembrando que a hora estava chegando... do lugar onde estava, Gabriel olhou em minha direção e sorriu. Aquele sorriso foi suficiente pra me dar confiança e me fez perceber que não tinha lugar pra indecisão ou eu ia e aproveitava cada momento com aquele cara fantástico ou amargaria as incertezas de como seria, se eu optasse por não ir. Ele levantou e ia em direção à porta, me fazendo perceber que o momento tinha chegado. Desliguei minhas coisas e o encontrei no corredor. Tomamos consciência da presença um do outro e aquele silencio constrangedor se instalou.
- Err tudo bem? - ele perguntou coçando a cabeça. Era engraçado perceber que ele sempre fazia isso quando estava com vergonha. Não que eu estivesse reparando muito nele... imagina! Sorrindo, respondi:
- Ahan. E com você? Quer dizer, não que você não estivesse bem, é só que eu queria saber se agora você está bem... - ele me olhou confuso.
- Cara, você é engraçado! - e soltou uma gargalhada gostosa. - eu to tranquilão.
Passei vergonha?! Passei, mas pelo menos quebrou o gelo. Fomos conversando amenidades quando o elevador chegou e la dentro uma intensa troca de olhares predizia o que estava por acontecer.
Quando chegamos no hall de entrada do edifício Gabriel se deteve numa animada conversa com o porteiro, como de hábito, enquanto eu me encaminhava para a porta principal. Ao alcançar o lado de fora qual não foi minha surpresa ao ver quem estava ali me encarando.
- Oi... a gente pode conversar? - a porta atrás de mim se abriu e passando a mão pelas minhas costas Gabriel perguntou "Vou pegar o Carro. Boa noite, Pedro." Trocaram um aperto de mãos e eu fiquei ali enquanto Gabriel se afastava.
- Ei Pedro Henrique!
- Pedro Henrique não, porra! Fala direito comigo.- Gabriel se aproximava com o carro.
- Olha, não é um bom momento e nem o lugar para termos essa conversa. Boa noite. - sorrindo, fui me afastando quando senti uma mão segurando meu braço. Olhei da mão para o rosto dele e o olhar era como se implorasse “não vai”. Sorri amistoso me desvencilhando do aperto e o som da buzina me alertou para minha saída. Acenei com a cabeça e fui em direção ao meu fds dourado...
No carro Gabriel me olhava como se não sabendo o que fazer, se perguntava o que aconteceu ou se deixava quieto. Ele deu a volta no quarteirão e passou em um estacionamento, coisa que eu só me dei conta quando ele parou.
- Olha, me desculpa! - eu não estava entendendo, até que ele avançou e me beijou. Não foi suave, foi avassalador. Eu sentia o desejo dele por mim e sem pensar muito me entregue àquele momento. Quando me dei conta estava no colo dele, no banco do motorista, num amasso frenético e intenso e se não fosse pela minha bunda encostar na buzina nos assustando e lembrando de onde estávamos, não sei o que mais teria acontecido.
Voltei para o banco do carona um pouco tímido. Eu tinha dessas coisas.
- Então, acho melhor a gente ir... - eu disse sorrindo. Ele sorriu de volta e em seguida deu a partida.
As luzes lá fora iam passando rapidamente pela janela, no rádio tocava "Love me now" e eu ficava pensando em tudo o que tinha acontecido na ultima hora. Pensava em como tudo parecia tão clichê e em como o Pedro havia me machucado.
Mas ele tinha mesmo me machucado ou eu dizia isso porque era confortável pra mim pensar numa desculpa para justificar o que eu vinha fazendo? Eu sei que o carro foi parando aos poucos e a voz animada do Gabriel me despertou dos meus pensamentos.
- Chegamos!
Era uma casa muito simpática de dois pavimentos, um jardim frontal dava boas vindas e uma árvore frondosa com um balanço trazia um certo frescor àquele ambiente. Ele foi entrando com o carro na garagem lateral à casa e mais ao fundo eu percebi uma espécie de area de lazer, tudo muito moderno e clean. Uma piscina de ladrilhos pretos iluminada atraía meu olhar e logo ao lado do deck um conjunto de estofados externos de muito bom gosto parecia um convinte ao descanso. Um verdadeiro Oásis.
- Ei, por aqui. - ele me chamava pela porta que dividia a garagem do interior da casa. Quando eu entrei fiquei bastante admirado. Claramente era uma casa de pessoas com condições financeiras razoáveis e eu não conseguia disfarçar meu encantamento com aquilo tudo.
- Ei fica bem a vontade... deixa suas coisas aí em qualquer canto ou, se preferir, pode colocar la no quarto...
Quando eu olhei para responder fiquei embasbacado: ele estava sem camisa. Que corpo. Que estrutura. Que homem!
- Ow, você ta bem ? - eu precisava controlar essa minha patetice, porque olha... mas era muito gostoso mesmo, gente. Eu nunca, na vida, achei que um dia poderia me envolver com alguém desse porte, por isso babava mesmo.
- Eu er-r, e-eu... - e continuava babando nele.
- Mano, para de babar! - ele disse rindo da minha cara. Eu poderia me chatear mas, come on, eu não era mesmo de porcelana.
- Ficou tão na cara assim? - falei rindo junto com ele. Corei.
- Po, só olhar pra essa sua carinha de menininho certinho...- e foi se aproximando - ... vai me dando uma coisa - ele me imprensou na parede. Ele tinha dessas coisas. Eu o olhava com um misto de ansiedade e apreensão, enquanto ele me olhava com desejo, luxuria.
- Olha o que você faz comigo, guri.- levou minha mão ao seu membro ereto e preso pela calça jeans de lavagem clara que ele usava. Não me fiz de rogado e apalpei com vontade, afinal eu já tivera contato com aquilo antes.
Ele se aproximou e começou a passar a barba de 3 dias no meu pescoço, distribuindo beijos pelo caminho. O ombro dele ficou na altura do meu nariz o cheiro dele me inebriava e era engraçado pensar que ele passava o dia inteiro cheiroso daquele jeito. Por fim, ele iniciou um despretencioso beijo sem pressa, afinal aquele tempo era nosso. Eu e ele. Continuamos a nos beijar e as coisas foram esquentando mas quem parou foi ele. Sorrindo, Gabriel me disse:
- Calma, rapaz... temos o fds todo pela frente. Vem que eu vou te mostrar o quarto.- puxando a minha mão em direção à escada Gabriel me conduziu pelo amplo e bem iluminado corredor com varias portas largas e um cômodo sem portas ao final do corredor que, mais tarde, descobri se tratar de uma pequena biblioteca/ home office. Ele parou em frente a uma das portas e pediu que eu fechasse meus olhos. Comecei a ficar ansioso pra ver o que tinha ali dentro. Ele tapou meus olhos com suas enormes mãos e nos conduziu porta a dentro.
- Vou pegar sua mochila, continuar tapando seus olhos com uma mão e você promete se comportar, ok?! - Sorrindo respondi:
- Qual o meu castigo se eu não me comportar? - ele ficou mudo e a unica coisa que me permitia saber que ele ainda estava ali era sua mão no me rosto. De repente ele se aproximou e falou calidamente no meu ouvido:
- Você quer mesmo saber? - mordeu o lóbulo da minha orelha. Engoli seco. - Não estraga a surpresa, vai. Depois eu te mostro como seria o castigo...
- Tudo bem! - respondi. Senti a mochila deslizando pelas minhas costas e ele voltou com a outra mão pro meu rosto.
- Quero que essa seja uma experiência sensitiva. Sinta os odores à sua volta... - eu inspirei o ar e era um aroma agradável, adocicado. - Ouça o som ambiente... - ao fundo tocava uma melodia suave e tranquila. - Bom, grava tudo isso na sua memória porque pros outros sentidos eu vou ter que te deixar de olhos abertos. - disse isso e soltou as mãos dos meus olhos. Eu não podia acreditar no que estava à minha frente. Era uma cena típica de filmes românticos: o quarto estava à meia luz, iluminado por velas aromáticas, na cama havia pétalas de flores e eu ali, achando tudo aquilo demais para o meu merecimento. Você pode achar "mas nossa, ele se impressiona com tão pouco", mas não é bem assim. Eu nunca achei que essas coisas aconteceriam comigo e estava me permitindo vivenciar cada um daqueles momentos que ele estava me proporcionando. Olhei pra ele rapidamente e falei:
- Ainda falta o tato - toquei o seu rosto - e o paladar. - me aproximei de seu rosto iniciei um beijo suave, que nos permitia sentir o gosto um do outro. Ele sorriu.
- Então, vamos começar a festa logo logo. Mas que tal um banho antes? Não é por nada não, mas passamos o dia no trabalho e não queremos apressar nada... temos bastante tempo. - e me deu um selinho. Eu sorri e acenei positivamente com a cabeça.
Só que de repente me bateu um pânico. Com o João eu demorei um tempo para me acostumar a ficar sem camisa, banho junto então, nossa. Eu comecei a imaginar situações em que eu ficava envergonhado, Gabriel me rejeitava, os planos miavam, tudo acontecia. Menos dar certo. Isso não. "Droga, onde foi parar a postura otimista que eu falei que adotaria? Não é hora de crise."
- Mark, você precisava parar de fazer essas caras quando pensa, ow. Fica muito engraçado. - eu fiz alguma careta. Ele se aproximou.- O que está havendo contigo? - segurou minhas mãos - Fala comigo, anjo. Eu quero te deixar bem confortável mas você tem que querer estar assim.
- É que é mais difícil do que parece, Gabriel. Tudo é muito surreal pra mim, entende?! Eu fico pensando... - ele me interrompeu.
- Esse é o problema, vei. Você pensa demais. Para de pensar. Não tem nada de surreal, eu estou aqui, você está aqui, não tem o que pensar. Deixa rolar.
Ele estava certo. Eu precisava deixar esse meu lado ir.
- Ok, você está certo e eu vou me esforçar! - ele sorriu e me abraçou. Não me sentia seguro ainda, mas precisava tentar. Por ele. Por mim.
Uma porta dentro do quarto foi aberta e dentro havia um banheiro. Não tinha uma banheira e nem mesmo uma hidromassagem. Mas havia um chuveiro daqueles de revista: centralizado no teto do box, com jatos como duchas e tudo muito bem iluminado. As cores eram de tons cinzas e azuis, bem masculino.
- Eu tenho que tirar uma foto da sua cara cada vez que você vê um cômodo dessa casa...
- Besta! Eu acho bonita ué... gosto de apreciar.
- Tenho uma coisa mais bonita ainda esperando pra ser apreciada aqui... - apontou para o meio das pernas. Corei.
- Mas é um safado oportunista mesmo né?!
- Fala assim mesmo que eu gosto. - ele se aproximou e me beijou com violência. Com pegada bruta.
Lentamente ele tirou minha camisa e primeiro eu travei, estava ansioso, então ele sorriu e me beijou.
- Você é tão gostoso! - relaxei... fácil ne?!
Continuamos aquele nosso beijo, mas estávamos de calça ainda. Ele, todo sexy, desafivelou o cinto que agarrou e não saía.
- Ow me ajuda aqui... isso acabou com a cena sexy que eu imaginei. - eu caí na gargalhada e fui lá cumprir a pesada tarefa de ajudá-lo.
Me ajoelhei pra ficar na altura da cintura dele e quando me dei conta aquela cena parecia mais outra coisa. Ele me olhava de cima e simplesmente parou de me ajudar colocou a mão na cintura e falou:
- Isso, ajuda seu macho.- olhei com olhar mortal pra ele. Depois ri. Era engraçado.
Por fim soltamos o cinto e ele ficou de cueca na altura do meu rosto. Não me aguentei. Aquela cena típica de filme pornô: ele com a calça aberta, sem camisa; eu ajoelhado na frente dele sentindo o aroma que aquele saco produzia, de um dia inteiro guardado na cueca; ele me olhando de forma sexy assistindo ao meu encantamento com aquele que parecia ser meu primeiro encontro com o pênis dele.
Já o descrevi aqui, não era gigante, não era descomunal, mas era lindo. Apetitoso. Naquela minha epifania não me fiz de rogado e comecei a mordiscar o pau dele por cima da cueca mesmo e o urro que eu ouvi em seguida era um sinal de aprovação. Eu estava mandando bem. Não me fiz de rogado, coloquei o bicho pra fora e comecei a chupá-lo. Isso significa que os planos dele para um banho romântico antes do sexo tinham ido por água abaixo, ou não porque afinal de próximos ao chuveiro não chegamos a entrar no box.
Enfim, chupei devagar, lambia a cabeça, o corpo, distribuía beijos, aspirava os pentelhos, saboreava o líquido pré gozo. Isso sempre naquela pose de submissão, olhando dentro dos olhos dele e morrendo de tesão com o ato. Teve um momento que ele quis conduzir e assumiu o controle da situação.
- Ahhh essa boquinha! Eu e meu molecão aqui imaginamos muitas vezes essa cena. E sabe aquela vez que você me deixou com água na boca?! Então, se prepara que hoje eu vou secar essa água todinha... – e metia na minha boca. Tirava o pau rapidamente fazendo escorrer baba pelo meu rosto.
Nessa hora eu tinha perdido completamente o controle e não estava nem ligando pros meus medos e inseguranças. Ele continuou lá, metendo por um tempão e nada daquele cavalo gozar. Se no boquete, preliminar, estava assim imagina na hora do sexo?! Como diz um amigo meu ia ter que colocar o cu na salmoura.